RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sábado, abril 28, 2007
Donny Osmond - Love Songs Of The '70s



Uma bela surpresa. Nem sabia direito quem era Donny Osmond, mas quis ouvir o álbum. Ele pegou clássicos dos anos 70 e regravou com seu perfeccionismo característico o que deixou o trabalho com classe e algumas canções não devem nada aos originais. Não lembro como era a voz dele antes, mas está ótima hoje em dia. Algumas do repertório: I Can See Clearly Now, You Are So Beautiful, Let's Stay Together, How Deep Is Your Love, Oh Girl, Alone Again Naturally e Mandy.

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posted by RENATO DOHO 10:54 AM
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sexta-feira, abril 27, 2007
Sunshine – Alerta Solar (Sunshine)

Pra alguém que não é fã de Danny Boyle dizer que esse é seu melhor filme não é exatamente um elogio tão bom quanto se viesse de alguém que curte as obras anteriores. Então é isso. Tirando Boyle da jogada é uma boa sci fi, séria, que joga bastante com o fato da grande tela e do som alto para impressionar. O começo tenta emular 2001 nos tempos das tomadas e na voz tanto da nave quanto do tripulante, pausadas e calmas. Mas logo estamos num outro tipo de registro com a reunião da equipe com todos falando mais "naturalmente". Aí vários outros sci fis são citados, copiados e homenageados. A história é básica e simples, missão de lançar bombas no sol para que renasça e a Terra possa de novo ficar mais habitável. Pena nesses filmes que desde o começo se ficamos afeiçoados com os personagens já antevemos que boa parte não vai sobreviver até o fim. Dava para imaginar quem seria a última pessoa diante do que o filme propõe. As dificuldades da missão é que servirão para que fiquemos ligados à cada etapa. O elenco misto foi muito bem escolhido, principalmente pelo fato de 3 integrantes serem asiáticos (deliberadamente apontando futuros desdobramentos mundiais?) já que geralmente, quando muito, é apenas um e que logo morre. Um é até capitão da nave! Meu destaque é Rose Byrne, apaixonante. O roteirista Alex Garland conseguiu dar identidade à quase todos do grupo fazendo com que identificássemos quem era quem e nos importasse com cada um, em maior ou menor grau. Os questionamentos metafísicos ficam na superfície já que não era esse o intuito do filme e geram a parte mais falha do todo que é o final quando um "quinto elemento" surge. Se até aquele momento poderíamos acreditar numa missão parecida e nas crises e barreiras encontradas quando surge o ser diferente aí se vai a plausibilidade da coisa e vira um filme mesmo, no que isso tem de negativo. A incorporação literária dos receios e questionamentos do grupo num ser parece mais uma opção narrativa preguiçosa para criar um vilão, um oponente final para o clímax quando poderia muito bem ser descartado em favor do que o filme estava tratando até aquele ponto. Além disso Boyle incorpora cacoetes fílmicos a partir desse estágio, lembrando seus piores momentos. Sem ele o filme ficaria mais forte e com maior impacto, com ele o filme termina de forma até tradicional.

O Cheiro Do Ralo

Pra que achou o anterior de Heitor Dhalia, Nina, uma bosta, este até que é bom. A maior qualidade é o personagem e a interpretação de Selton Mello que se fundem. Nem por isso o filme deixa de parecer preso, a câmera e os personagens parecem confinados em marcações e cenários que mais parecem galpões de ensaio teatral. Alguns dos clientes soam falsos demais, decorados demais. O mais próximo de vida real que o filme chega são nas cenas no bar, tanto pelo local quanto pela interpretação de Paula Braun. Não sei se é de propósito essa irrealidade toda (em Nina também acontecia isso), mas acho que o filme (ou os filmes) se beneficiaria de um ar mais real, que aquele personagem e aquele local soassem familiares, que pudéssemos encontrá-los virando a esquina ao invés de (parecer) estar num mundo outro que só existe na imaginação do autor. Há cenas hilárias onde destaco a participação especial da Susana Alves, a interação dela com Selton (mesmo que não no mesmo lugar) é ótima. Não percebi que era a Alice Braga em sua participação, só pensei que era uma atriz bonita e fiquei surpreso ao ver os créditos. Falando em mulheres bonitas uma que faz um strip também merece atenção. Engraçado que Paula Braun, uma revelação, apenas com algumas calças parece ter uma bela bunda, não é daquelas bundas que fariam a perdição do protagonista, mas é seu carisma e talento que fazem dela inesquecível. O final não poderia ser outro.

A Profecia Celestina (The Celestine Prophecy)

Virando moda esses filmes de auto ajuda? O sucesso de Quem Somos Nós? logo foi sucedido pelo O Segredo e não foi surpresa quando vi o filme na locadora. Confesso que nunca soube do que se tratava o livro best seller, a não ser o título, e nem reconheci os realizadores ou elenco na capa, mas quis ver o que era, já esperando uma bomba. É e não é. É até um competente telefilme (e não é telefilme) que lembra alguns outros filmes (soube depois que um dos produtores é o mesmo de Amor Além Da Vida, o que explica um pouco). É uma aventura no Peru com a tal da profecia celestina, os pergaminhos secretos e gente tentando abafar a descoberta. Esses mistérios que envolvem grandes descobertas são um grande filão que englobam tanto essas vertentes mais de auto-ajuda quanto na cultura popular (Arquivo X, Lost, Alias, Heroes, O Código Da Vinci). A revelação da "grande verdade", do "segredo" e da "verdade está lá fora", misturada com a importância do indivíduo em todo o processo em diferentes variações é tudo a mesma coisa seja em livros de auto-ajuda ou nos produtos populares que a cultura cria. E isso parece cativar o público. Estranho é porque o autor do livro (e produtor e roteirista do filme) demorou tanto para adaptar para as telas e acabou numa produção claramente pequena, sem grandes astros ou divulgação (alguém sabia que tinham feito um filme sobre o livro?). A parte esotérica, se é que se pode dizer assim, fala de energias que temos e podemos compartilhar ou sentir tanto nas pessoas quanto em todas as coisas. Engraçado que é um papo que não vai muito longe do que David Lynch anda pregando e que bota aqui e ali em seus filmes (só pensar em como age a eletricidade/luz/energia em vários de seus filmes). Também fala da sincronicidade e de uma nova era de conhecimento o que também podemos ver sendo tratados, com outros graus de seriedade, em obras de mais prestígio. Há algumas caras conhecidas no elenco como Annabeth Gish, Hector Elizondo, Joaquim de Almeida, Sarah Wayne Callies (pra quem vê Prison Break) e Jürgen Prochnow. No dvd há um making of de quase meia hora onde até há casos de sincronicidade relatados pelas atrizes. Os efeitos finais são engraçados para mostrar a sintonia de energia que eles alcançam, difícil não rir da situação. Acho que demorou pro Paulo Coelho entrar nessa, já devíamos ter umas 3 superproduções baseadas em seus livros e mostrar que aqui também se faz auto-ajuda de grande alcance.


posted by RENATO DOHO 12:33 AM
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quinta-feira, abril 26, 2007
Live In Dublin



Outros futuros lançamentos aguardados:

Call Me Irresponsible, Michael Bublé (atualizado:
link)
Libertad, Velvet Revolver
Carry On, Chris Cornell
Lost Highway, Bon Jovi
Easy Tiger, Ryan Adams
Zeitgeist, The Smashing Pumpkins

posted by RENATO DOHO 6:19 AM
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quarta-feira, abril 25, 2007
Reese & Jenna



Desde Johnny & June que gosto dela mais morena do que loira.



Gosto dela mais sorrindo, o que não é o caso aqui em Escorregando Para A Glória.


posted by RENATO DOHO 12:10 AM
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Music from The Films of Michael Mann



Cd duplo, 28 músicas de quase todos os seus filmes.

Disc 1

Del Shannon - Runaway (Crime Story)
Prime Movers - Strong As I Am (Manhunter)
Iron Butterfly - In-A-Gadda-Da-Vida (Manhunter)
Shriekback - This Big Hush (Manhunter)
Red 7 - Heartbeat (Manhunter)
Blue Foundation - Sweep (Miami Vice)
Nina Simone - Sinnerman (Miami Vice)
Manzanita - Arranca (Miami Vice)
Jan Hammer - Miami Vice (Miami Vice TV series)
Clannad - Theme From The Last Of The Mohicans (The Last Of The Mohicans)
Massive Attack - Safe From Harm (Perfecto Mix) (The Insider)
Gustavo Santaiolla - Iguazu (The Insider)
Jan Garbarek - Rites (The Insider)
Peter Bourke / Lisa Gerrard - Exile (The Insider)

Disc 2

House Of Pain - Top Of The Mornin' To Ya (Heat)
Michael Brook - Ultramarine (Heat)
Moby - New Dawn Fades (Heat)
Brian Eno - Force Marker (Heat)
William Orbit - The Monkey King (Heat)
Terje Rypdal & The Chasers - Mystery Man (Heat)
Moby - God Moving The Face Of The Water (Heat)
Calexico - Guero Canelo (Collateral)
Groove Armada - Hands Of Time (Collateral)
Miles Davis - Spanish Key (Collateral)
Salif Keita - Tomorrow (Ali)
Truth Hurts - For Your Precious Love (Ali)
Soul Clan - That's How It Feels (Ali)
Aretha Franklin - Ain't No Way (Ali)


posted by RENATO DOHO 12:05 AM
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terça-feira, abril 24, 2007
Just a few words...

Maria (Mary)

Grande filme de Abel Ferrara. Apesar de ser muito sobre a fé em diferentes formas eu fiquei achando que era mais sobre os vários cinemas possíveis, os dos personagens e de Ferrara propriamente dito. E na mistura do que ocorre, as interpretações e o uso do som e música (muito bom, dando um clima como há tempos não sentia no cinema) há momentos de pura exultação. Até consegui passar por cima da minha não simpatia pelo Matthew Modine (algo de arrogante nele que não suporto). Filme pra ser várias vezes revisto. Um ótimo texto sobre o filme é
esse.

Os 12 Trabalhos

Gosto do primeiro do Ricardo Elias e gostei também desse trabalho. Ótimos atores, bons momentos, algumas falas artificiais que não prejudicam, trilha muito boa do André Abujamra, a cidade novamente bem colocada, e ainda consegue compreender os tão mal falados motoboys. Agora, por que personagens pobres do nosso cinema se mostram bons desenhistas como para mostrar que têm talento? Daqui mais alguns filmes isso vira clichê. O final é muito bom.

Scoop – O Grande Furo (Scoop)

Woody Allen comum, mas ao menos não tão fraco como alguns outros recentes. Talvez a presença dele junto com Scarlet Johansson e Hugh Jackman tenha ajudado.

300 (Idem)

Parecia que via um teatrão moderno, a câmera nunca escapava daquelas paredes mesmo se apontasse para o céu e os atores gritavam como se suas vozes tivessem que alcançar a última fileira. Por outro lado é até menos gay do que tantos falavam. As adições não melhoraram em nada e talvez até tenham atrapalhado.

posted by RENATO DOHO 12:33 AM
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segunda-feira, abril 23, 2007
Na Cama (En La Cama)



Um casal que mal se conhece num quarto de motel. Uma noite de sexo e conversas. Lembra um pouco Antes Do Amanhecer/Pôr Do Sol, tem até uma cena de homenagem (os olhares que se evitam), mas termina aí a semelhança. Lembrei mais de John E Mary e Love & Sex Etc que são de casais em uma única noite. O que é mais legal neste filme chileno é a naturalidade das falas. Não vão destilar pérolas de pensamentos ou apresentar questionamentos sobre Deus e o mundo. Vão sim, através de banalidades, aos poucos se conhecendo e se abrindo. A química da dupla central era fundamental para o sucesso do filme e realmente acreditamos que é um casal que tem tesão um pelo outro, belas interpretações de Blanca Lewin e Gonzalo Valenzuela. Blanca lembra a Juliette Binoche mais nova e com mais nariz (hehe) e tem um corpo muito bonito (fico pensando se nesses filmes há teste de corpo antes, é muita sorte achar boas atrizes que ainda tenham belos corpos). Outra diferença com os do Linklater é que há sexo, e muito. Por ser num só cenário e só dois atores em nenhum momento me lembrou uma peça teatral, o que é um elogio ao trabalho de câmera e atuação da dupla (sem projetar demais a voz e dizer falas ensaiadas). O diretor, Matias Bize, fez o filme aos 26 anos. Há recursos de dramaturgia ao final para que haja um fêcho que podem parecer rápidos demais para uma só noite, mas válidos e deixam um final aberto, tendendo mais pro melancólico. Um belo filme.

Pro Dia Nascer Feliz

Documentário muito bom sobre a educação no Brasil. Falando assim até parece algo imponente, mas não, retrata o cotidiano de várias escolas espalhadas pelo Brasil procurando as semelhanças e contrastes devido às regiões e ao nível econômico de cada escola. O foco é os alunos, mas professores também são ouvidos. De imediato vi um pouco do meu próprio preconceito que o filme tenta quebrar: quando alguém de alguma escola mais pobre se destaca ficamos admirados já qualquer questionamento de alguma moça de escola de elite soa uma banalidade. O carinho pelos retratados é tanto que mesmo os de elite não são caracterizados grossamente, aos pouco vamos nos afeiçoando com suas dúvidas e crises. Também o aluno de uma escola no Rio na tênue linha entre a escola e o crime é visto de forma carinhosa. Não há aquela divisão entre os pobres que tentam estudar apesar das dificuldades e os ricos que ficam se auto-questionando, com aqueles clichês de que um pensamento filosófico só pode vir das elites e que a depressão é marca dessa classe, enquanto os outros não têm tempo para essas frescuras. Tanto é que os alunos (e em particular uma aluna) e professores mais questionadores são de uma escola pública. A aluna revela como combateu suas crises existênciais e depressão através da escrita sem saber isso ao certo. A narrativa faz com que fiquemos interessados todo o tempo, a música parece familiar e depois soube que é do Dado Villa Lobos. Como tenho várias pessoas próximas (tias, amigas de família, amigos) que são professores não pude deixar de ficar com muita vontade de querer que eles vissem o filme pois muitos dos temas abordados são tão importantes pra eles. Ficamos ao mesmo tempo com esperança e temor de nosso futuro após ver o documentário, o que aquelas criancinhas ao final representam, tanto uma imagem de esperança quanto de receio.

Algo extra-filme é que uma das alunas do colégio rico, a Cissa, é apaixonante. Além de bonita e olhos lindos ela tem um dos momentos mais emocionantes quando ela se abre diante da câmera. Ela poderia até tentar atuação ao invés de engenharia...


posted by RENATO DOHO 2:32 PM
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domingo, abril 22, 2007
When The Levees Broke – A Requiem In Four Acts



Um dos melhores trabalhos de Spike Lee é um documentário sobre tudo o que aconteceu com New Orleans diante do furacão Katrina em 2005. Lee consegue englobar várias das dezenas de abordagens possíveis mostrando um pouco da história da cidade, os dias anteriores ao Katrina, a passagem do furacão, o pós-desastre, a reconstrução, as acusações, etcs. Se há algo não visto que se percebe mais claramente é a parte médica do assunto, como foi o tratamento dos que sobreviveram, histórias de hospital, etcs. Somente através de diversos depoimentos e toda gama de recursos audiovisuais (arquivo televisivo, transmissões radiofônicas, fotos, documentação histórica) cada aspecto vai sendo explorado com incrível poder de narração fazendo com que as quatro horas de documentário não sejam em nenhum momento entediantes. Raras as vezes que Lee interfere quando ouvimos algumas de suas perguntas. Os ataques ao governo federal (Bush principalmente), à FEMA, aos engenheiros responsáveis pelos diques e às companhias de seguro são certeiros. Poucos se salvam ou são elogiados. A guarda costeira é a única enaltecida. O prefeito da cidade e a governadora têm suas cotas de defesas e ataques e ambos dão depoimentos para Lee. Ao mesmo tempo que é um relato de uma tragédia é também a recuperação de uma história que pode se perder com as águas... Obrigatório.


posted by RENATO DOHO 8:50 PM
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quarta-feira, abril 18, 2007
Vindo por aí



Novo trabalho de Rufus Wainwright é sempre ótimo esperar.



Acho que apenas The Man Who foi um grande álbum, os que vieram depois sempre foram irregulares. Espero que o Travis tenha feito algo à altura do seu melhor álbum.



No caso da Paula Cole é uma volta. Ela quase desiste da carreira e depois de anos afastada da indústria fonográfica lança novo trabalho.


posted by RENATO DOHO 11:59 PM
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sexta-feira, abril 13, 2007
Anjos Da Vida – Mais Bravos Que O Mar (The Guardian)

Aventura nas mãos do competente Andrew Davis com Kevin Costner não tem erro. Consegue empolgar, emocionar (um pouco vai, ou só porque eu sou fã do Kevin?) e dar um retrato mais realístico dos salva vidas da guarda costeira. O interessante é que no meio da produção ocorreu o Katrina e é incorporado no roteiro, dando até um aspecto de homenagem em boa hora (caso tivesse sido realizado depois poderia soar congratulatório demais). A estrutura do roteiro não é novidade: veterano muito condecoração sofre um trauma e começa a treinar futuros oficiais e encontra no mais rebelde um pouco dele mesmo. Os resgates não são nada espetaculares, o que é ótimo, não fazendo da rotina de trabalho deles algo glamouroso (inclusive eles não são muito bem vistos por oficiais da marinha). Davis, mesmo num tanque de estúdio, consegue ótimos resultados. E, o melhor, Ashton Kutcher não atrapalha! Gostei do final (que nos extras do dvd vemos que o estúdio quis, por precaução, finais alternativos) que dá um toque até mitológico para a história, como um antigo conto do mar.

Volver (Idem)

Um bom filme de Pedro Almodóvar que quase é sabotado por tudo que se envolveu em termos de promoção e marketing. Mesmo quem não sabia nada do filme ao menos tinha noção que o personagem de Penélope Cruz encontrava a mãe já morta (seja em trailers, entrevistas e até fotos como a já clássica de mãe e filha abraçadas num banco). Bom, não é que isso só vai ocorrer mesmo lá no fim do filme? Meio frustrante isso, dava até pra pensar em muitas outras expurgações que a relação mãe e filha geraria e não ocorrem. Pior que o encontro talvez não ocorra mais cedo apenas deixar espaço para a surpresinha final o que realmente não é o aspecto mais importante do filme. Mesmo assim o filme corre tranqüilo.

Armadilhas Do Coração (The Importance Of Being Earnest)

Tem todo aquele clima de adaptações de textos clássicos ingleses, seja Jane Austen ou, como aqui, Oscar Wilde. Até os atores se repetem nessas produções (ah... Judi Dench, que surpresa... Colin Firth, novidade...). Mas Oliver Parker conduz bem e faz tudo soar simpático. Reese Witherspoon no elenco é o elemento diferencial (se pensarmos bem nem tanto já que atrizes americanas fazendo dramas ingleses de época são comuns, ao menos as de talento). Troca de identidades, amores enfrentando barreiras sociais e os quiprocós de sempre.

Beerfest (Idem)

Divertida comédia de uma turma que não tinha visto algo ainda, os Broken Lizards (que dizem ser um Monty Python com menos talento). O humor é levemente diferente do costumeiro, mesmo que o tema seja bem similar (campeonato de cerveja). Falando nisso haja cerveja sendo consumida no filme (e nas filmagens como se pode ver nos extras). Não tem como não ficar com sede, mesmo quem não beba. E não é nem algo de apreciação como vemos naqueles filmes de culinária, aqui é beber muito e rápido. O elenco é quase todo desconhecido (a não ser para quem é fã do grupo) o que é até algo bom hoje em dia. Há poucas piadas grosseiras e não tem um estilo meio amador que às vezes aparece nessas comédias. O curioso é adivinhar quem do grupo é o diretor, eu até fiquei surpreso ao ver quem era ao final.

O Contrato (The Contract)

Um thriller convencional que conta com nomes conhecidos como John Cusack, Morgan Freeman e direção de Bruce Beresford. O encontro dos dois atores e a trama que os faz ficar juntos é meio banal demais, só que conforme vamos assistindo não irrita, dá um bom Supercine com ação e tiroteios na floresta.

Filhos Da Esperança (Children Of Men)

Decepcionante filme de Alfonso Cuarón (começo a achar que o único filme dele que gostei mesmo foi A Princesinha). Tirando os famosos planos seqüência (bem realizados) o filme sofre para ir a algum lugar (e pior que já dá pra se saber onde tudo isso vai dar). Não há realmente algo de forte tanto no protagonista quanto na mulher grávida que nos faça querer que eles cheguem a qualquer destino. É um tanto faz, tanto fez que vai contra o filme que tenta dar importância ao que eles estão fazendo. Julianne Moore é desperdiçada e logo some da estória. Michael Caine, se isso significa o quanto seu personagem é significativo, é mais lembrado pela piada sem graça sobre... peido! Enfim, tanto dinheiro pra quase nada.


posted by RENATO DOHO 7:20 PM
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