RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, dezembro 27, 2007
Heart Tango



Monica Bellucci para a Intimissimi. Direção de Gabriele Muccino.



Bastidores.

Para uma versão com qualidade melhor e legendas em inglês só ver
aqui.

posted by RENATO DOHO 7:07 AM
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sexta-feira, dezembro 21, 2007
No End In Sight



Charles Ferguson, que escreveu e dirigiu esse documentário, conseguiu dar uma dinâmica de um thriller político sem usar não mais do que imagens de arquivo e entrevistas com as pessoas envolvidas. É como se didaticamente, de forma positiva, ele ordenasse os eventos para um grande alcance de público. Boa parte do que ele apresenta uma pessoa bem informada já sabe, viu ou leu, mas é na ordenação que ele cria um quadro geral melhor. Isso lembra o que Brian De Palma fez em Redacted: tudo já estava por aí, espalhado pela internet, mas é da forma que ele reúne tudo e ordena que nasce algo novo e maior. O que o documentário mostra é a sucessão inacreditável de erros da administração Bush na guerra do Iraque, são tantos que chega uma hora que estamos aflitos, nervosos e irritados com cada decisão, cada passo dado, como se acompanhássemos uma trama ficcional absurda. Uma das principais críticas da pequena parte do público que não gostou do documentário é que nunca se tenta questionar a guerra em si, mas isso eu acho de uma grande ingenuidade e jamais fez parte do projeto. Realizar mais um panfleto anti-bélico tem efeito quase nulo, enquanto que analisar e apontar decisões erradas da administração diante de uma situação serve não só para uma avaliação mais objetiva do que ocorre, mas também é útil para toda e qualquer forma de encarar uma crise e um problema, seja pessoal, econômico e social. São atitudes e formas de pensamento e ação que não são específicas para a guerra do Iraque ou um país invadindo o outro, mas sim de maneiras desastradas de lidar com outra cultura, outras pessoas e as coisas. Nisto o documentário não fica datado e pode ser apreciado tanto hoje como no futuro, e não só nos estudos de história, política externa ou guerra, mas em administração e gerenciamento, em escolas, firmas, organizações, equipes e grupos e até na esfera pessoal de cada espectador. Claro que atualmente, a questão mais importante se dá na esfera da política externa e em como as coisas vão se resolver diante do caos apresentado. O documentário me cativou tanto que retomei a leitura de um livro que estava parado e terminei Contra Todos Os Inimigos de Richard A. Clarke, que esteve nos governos Bush pai, Clinton e Bush filho em diversas funções, a mais reconhecida foi a de chefe antiterrorismo. Um ótimo complemento ao documentário, de alguém de dentro do poder. E se no filme vemos os erros no Iraque no livro acompanhamos com ainda mais informação do que vinha sendo feito nos governos anteriores, principalmente no de Clinton, o quanto a administração Bush desviou completamente do que poderia ser feito. Nem a mais simplista das visões de que tudo não passa de interesse no petróleo e em lucros com a guerra se sustenta diante de fatos que mostram ações burras que causam mais prejuízo do que qualquer outra coisa. Fosse apenas esses os motivos a situação estaria muito menos caótica e até haveria uma solução à vista. Tanto Ferguson, quanto Clarke (e por que não colocar aqui também De Palma) terminam de forma pessimista quanto ao futuro. Ah, vale mencionar a narração sóbria de Campbell Scott. E especialmente para nós é interessante ver a boa participação de Sérgio Vieira De Mello e seu triste final. Como o filme ainda é inédito por aqui só achei
essa impressão em nossa mídia.

posted by RENATO DOHO 7:41 PM
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terça-feira, dezembro 18, 2007
The Last Great American Picture Show: New Hollywood Cinema In The 1970s



'The Last Great American Picture Show' brings together essays by scholars and writers who chart the changing evaluations of the American cinema of the 1970s, sometimes referred to as the decade of the lost generation, but now more and more recognized as the first New Hollywood, without which the cinema of Francis Coppola, Steven Spielberg, Robert Zemeckis, Tim Burton or Quentin Tarantino could not have come into existence. Identified with directors such as Sam Peckinpah, Arthur Penn, Peter Bogdanovich, Monte Hellman, Bob Rafelson, Hal Ashby, Robert Altman and James Toback, American cinema of the 1970s is long overdue for this re-evaluation. Many of the films have not only come back from oblivion, as the benchmark for new directorial talents. They have also become cult films in the video shops and the classics of film courses all over the world.

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Renomear para .rar após download.

posted by RENATO DOHO 6:54 AM
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segunda-feira, dezembro 17, 2007
Big Nothing

David Schwimmer e Simon Pegg numa comédia de humor negro dirigida por Jean-Baptiste Andrea (Rota Da Morte) que envolve um desastrado plano criminoso amador. O papel de Natascha McElhone poderia ter sido melhor trabalhado. Tem bons momentos e o final, ainda bem, segue o espírito do filme. Acho até que é um filme que se sustenta numa revisão.

Garçonete (Waitress)

Um filme agridoce pois marca o primeiro e último trabalho de Adrienne Shelly como diretora. Ela foi assassinada quase que ao final da montagem do filme. Keri Russell está adorável e acho que ela está num bom momento de retomada e renovação de carreira (após anos sob o estigma de eterna Felicity). Vários momentos de humor lembram Hal Hartley, que Shelly atuou em vários filmes, principalmente na hilária seqüência quando Keri fica verdadeiramente feliz (a buzina também tem algo do antigo senso de humor de Hartley). Aos curiosos a menina que aparece no final é a filha de Shelly, o que dá ainda mais um aperto no coração, não intencional.

Antes Só Do Que Mal Casado (The Heartbreak Kid)

A surpresa é que ri em vários momentos do filme e quase chegou no status de O Amor É Cego que é o filme dos Farrellys que mais gosto (que eu nem acho engraçado, gosto mais do romance deste filme, ao contrário desse novo onde só se salvam algumas partes de humor). Há semelhanças entre os protagonistas masculinos desses filmes. Só não tem um personagem como a da Gwyneth Paltrow que era muito bem trabalhado e visto carinhosamente. O estranho é que achei muito pior o homem que as mulheres, o cara é insuportável, mas o filme tenta mostrar que é a esposa que é chata ou louca. Pra mim, pior é o caráter do homem, esse se mostra incorrigível. Achei que a esposa foi moldada em Cameron Diaz, como se fosse escrito pra ela, com vários de seus trejeitos e tiques. Há várias partes chatas e pouco criativas e com muitas piadas velhas (duas antigonas logo no início: ele na mesa só de crianças no casamento e a mulher no restaurante vista pela vitrine com a música enfatizando a piada - achei que ao menos teria algo de novo ao invés de apenas aparecer o homem que está com ela; uma outra mulher ao menos mostraria uma situação atual).

Bee Movie – A História De Uma Abelha (Bee Movie)

A volta de Jerry Seinfeld se mostrou mais didática do que engraçada. Talvez por estar falando com o público infantil Seinfeld ficou mais preocupado em mostrar a vida das abelhas e contar uma história do que ter boas piadas. No máximo você sorri de certas situações. Pra completar o dilema principal é adulto demais para crianças: a crise do indivíduo diante da carreira que terá pela vida (a não ser que o público alvo seja vestibulandos). As referências à A Primeira Noite De Um Homem só adultos reconhecerão. Lembra bastante Formiguinhaz, ainda mais se lembrarmos que o protagonista é dublado pelo Woody Allen. Algo que faltou, talvez por receio de alguma coisa, foi concretizar o relacionamento entre a dupla central - um romance "interracial" entre abelha e humano. Ficou na amizade e o protagonista virou assexuado. Seria muito legal ao menos um beijo entre os dois.

Águias De Fogo (Thunder Birds)

Filme de William A. Wellman sobre uma prestigiada escola de pilotos no início da segunda guerra mundial onde ocorrerá um triângulo amoroso entre um jovem piloto, seu treinador e uma jovem moça. Gene Tierney está absolutamente maravilhosa, algo de ficar fascinado com tanta beleza, ainda mais em technicolor. As cenas aéreas (mais no início) são excelentes, uma pena que hoje em dia são cada vez mais raras. De resto o filme é bem tradicional e o narrador surgindo no início e no fim dão o tom de propaganda patriótica de guerra, envelhecendo-o.

A Lenda De Beowulf (Beowulf)

Não muito a dizer a não ser que é o filme é bem chato e sem graça. A técnica ainda é precária, ainda mais com relação aos olhos, que estragam quase todas as cenas dramáticas (melhor usar essa técnica somente para ação e com os personagens de costas hehe), aumentando ainda mais a sensação de estarmos diante de marionetes (e, pior, sem os recursos cênicos de expressão corporal que as marionetes têm para realçar a dramaticidade). E não vemos nenhuma das transas do filme...


posted by RENATO DOHO 3:06 PM
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domingo, dezembro 16, 2007
Vanguart



Uma ótima revelação e um dos melhores álbuns nacionais do ano. Saiu encartado na revista OutraCoisa (Agosto).

Link

Making of do álbum:



Clipe de Cachaça:



posted by RENATO DOHO 6:41 PM
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terça-feira, dezembro 11, 2007
Indy IV



posted by RENATO DOHO 4:32 PM
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domingo, dezembro 09, 2007
Once



Maravilhoso pequeno filme escrito e dirigido por John Carney! Um dos melhores sobre relacionamentos dos últimos tempos. E ainda por cima extremamente musical. Os dois atores são excelentes, pois atuam pela primeira vez, são talentosos musicalmente e tem uma química que não dá pra fabricar.

Soube do filme primeiramente por um breve comentário do Steven Spielberg que dizia que o filme o tinha dado inspiração para o ano inteiro (Bob Dylan foi outro que elogiou o filme). Depois fui saber que foi muito bem sucedido diante de suas modestas proporções - em festivais foi elogiosamente recebido por onde passou, nos poucos cinemas teve bom público e criou-se um boca a boca espontâneo enorme em cima dele. Não é de se espantar, pois as duas primeiras vontades que você sente ao acabar de vê-lo é revê-lo e indicar para as pessoas mais próximas e/ou queridas.

Não acho que se deva falar da simples história para não estragar certas coisas, principalmente na hora de tentar definí-lo, uma palavra errada faz o filme ser o que não é. Pode-se falar que o encontro de duas pessoas através da música é o ponto principal. Gostei bastante de várias pequenas coisas, entre elas a musicalidade irlandesa, todo o entendimento de uma pessoa através de imagens e música, a naturalidade das situações (com o pai dele, com a mãe dela, com a banda e entre os dois) e o realismo na criação dos personagens (como qual o background de cada um, por exemplo), as quase inexistentes viradas narrativas para aumentar o drama (uma ida ao mercado é apenas uma ida ao mercado, com sua força dramática, mas sem fantasias de roteiristas) e o tempo de exposição das canções. E também o final, extraordinário.

Muito da força do filme também se deve não só a interpretação da dupla principal mas de seus talentos musicais já que se tocassem coisas que não sentíssemos essa necessidade de expressão por vias musicais tudo soaria falso.

Pena que Glen Hansard e Markéta Irglová deram a entender que não continuarão na carreira de atores, mas sim só a de músicos.

Enfim, espero que o filme saia por aqui e que legendem as canções, importantíssimas para a narrativa.



posted by RENATO DOHO 8:16 PM
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sábado, dezembro 08, 2007
Twin Peaks - Season Two Music And More



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posted by RENATO DOHO 6:18 AM
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quinta-feira, dezembro 06, 2007
Gianna Jun / Jeon Ji Hyun / Jun Ji-Hyun



Primeira imagem de Blood - The Last Vampire, a estréia de Gianna Jun nos EUA.

E ela já está filmando novamente na Coréia o filme A Man Once A Superman.



Um clipe-homenagem pra ela, You're So Damn Hot.


posted by RENATO DOHO 10:52 PM
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quarta-feira, dezembro 05, 2007
Leões E Cordeiros (Lions For Lambs)

Engraçado como um filme supostamente liberal conheça e entenda muito mais o lado republicano da coisa, mas apesar da esquizofrenia é um ótimo filme com seu sentimento de imediatismo (que poderá ser datado em poucos anos) e com um final chave no que se propõe.

My Girl And I (Parang Juuibo)

De novo Jae-Young Kwak (roteiro) e de novo Tae-Hyun Cha, só faltou a Gianna Jun. Talvez inferior aos trabalhos anteriores (será que pela falta de uma atriz principal mais cativante?) mas ainda uma delícia de romance, com muitos pontos em comum, mas diferente dos outros. Aqui a comunicação indireta tem maior importância e os momentos tristes são mais frequentes. Remake de um filme japonês.

Eleição – Submundo Do Poder (Hak Se Wui)

Sopranos versão Hong Kong. Era o que mais pensava ao ver o fascinante processo de eleição dentro de uma facção da tríade chinesa. Não importa a região a luta pelo poder passa pelos mesmos processos.

Shogun Assassin

Versão americana dos dois primeiros da série de filmes Lone Wolf And Cub (Lobo Solitário) montados e dublados. Isso resultou numa narrativa mais confusa e em mais cenas de ação, que são fantásticas, das quais vemos como influenciaram bastante Os Aventureiros Do Bairro Proibido e Kill Bill, entre outros. A história criada parece não ser como a dos filmes originais, mas ao menos faz algum sentido.

Mandando Bala (Shoot’Em Up)

Grande diversão com um ótimo Clive Owen, um Paul Giamatti maquiavélico e uma Monica Bellucci bem perdida. A junção dos absurdos das situações com uma trama conspiratória interessante (que dá a impressão que tudo pode fuder o protagonista) elevam o filme de uma mera diversão rasteira. Estranho é que o diretor de 100 Garotas e 100 Mulheres mostre uma insuspeitada habilidade para ação.

O Diário De Uma Babá (The Nanny Diaries)

Só a Scarlett Johansson já vale todo o filme, mas tem alguns toques diferentes a mais que dão um charme ao filme. Uma espécie de relato antropológico de como vivem as mulheres do upper east side e suas famílias através do ponto de vista de uma babá recém formada de uma universidade que não sabe ainda qual rumo seguir em sua vida é uma idéia que vem do livro em que o filme se baseia (não sei se baseado em experiências reais). Laura Linney faz a Sra. X, a patroa, Paul Giamatti o Sr. X, marcando presença mais com sua voz do que com sua cara e a Alicia Keys faz a melhor amiga da Scarlett. Um pouco da estrutura lembra O Diabo Veste Prada (chefe durona, vivência em ambiente mais rico, jovem garota trabalhando em área totalmente diferente ao que estudou, etcs) que lembra outros contos clássicos (Cinderela?). O filme é escrito e dirigido pelo casal Shari Springer Berman e Robert Pulcini que fez American Splendor (por isso a presença de Giamatti num papel coadjuvante) e o documentário Wanderlust.

Rogue – O Assassino (War)

Segunda parceria entre Jet Li e Jason Statham. Se por um lado a trama é interessante (até com virada final) por outro a ação é filmada daquele jeito caótico.

Fuck (Idem)

Será que documentário sobre a palavra do título se sustenta? Até que sim já que vai um pouco além e começa a debater a liberdade de expressão e censura. O bom é que há uma boa seleção de
entrevistados com destaque para Hunter S. Thompson (talvez sua última aparição nas telas) e a abordagem de dois grandes stand up comedians, Lenny Bruce e George Carlin.

Um Fio De Esperança (The High And The Mighty)

Pai dos filmes de desastre que seriam moda nos anos 70 esse filme convencional de William A. Wellman não abusa dos dramas e o desastre não é tão desastroso assim, mas a história de cada passageiro vai sendo contada conforme o filme vai passando. Os diálogos, muitas vezes, são péssimos, muito expositivos e talvez isso seja porque o roteirista é o autor do livro em que o filme se baseia. John Wayne é um dos pilotos e o filme é de sua produtora, a Batjac.

Todo Mundo Em Pânico 4 (Scary Movie 4)

Vale acima de tudo pela Anna Faris, mas tem algumas piadas grosseiras que são engraçadas. Aqui a sátira vai para Guerra Dos Mundos e O Grito principalmente. Só vi porque passou no Telecine num dia em que o sinal estava liberado.

posted by RENATO DOHO 3:38 PM
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