RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, maio 28, 2008
Home Before Dark



Novo do Neil Diamond. Produção Rick Rubin. Participação especial de Natalie Maines (Dixie Chicks) na linda canção Another Day (That Time Forgot).

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Bonus Songs

posted by RENATO DOHO 10:23 PM
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terça-feira, maio 27, 2008
Toki Wo Kakeru Shôjo



Uma ótima animação que mistura viagem no tempo com uma bonita história de amizade entre uma garota e dois garotos. O diretor, Mamoru Hosoda, vem de trabalhos mais infantis (como Digimon), mas aqui mostra uma maturidade admirável. Os "saltos" no tempo são tantos que podem ter causado algum furo no roteiro, mas não são perceptíveis num primeiro momento. A protagonista vai aos poucos nos conquistando e o filme atinge níveis de emoção impressionantes. A trama tem elementos existenciais lidando com a passagem do tempo, o destino de cada um e as responsabilidades que cada ato provoca. O amigo Marcelo Reis escreveu muito melhor sobre o filme
aqui.

Eu, Meu Irmão E Nossa Namorada (Dan In Real Life)

Não dava nada pelo filme, pois não é só porque Steve Carell participa que eu vou gostar (tanto que nem vi a continuação de Todo Poderoso) e, surpresa, adorei! Primeiro é bom que se diga que Carell está numa interpretação mais séria, ou melhor, mais realista, não necessariamente séria. Você acredita muito mais nele como pai, colunista e viúvo sem as caretas e os trejeitos. Segundo que a bizarra idéia de botar Juliette Binoche como interesse romântico dele acaba tendo um grande encaixe. Tanto ele se apaixonar por ela quanto ela por ele é extrememente cabível diante dos personagens criados. Acho que essas surpresas que conquistam o espectador, acabamos torcendo pela relação improvável, mesmo quando cada um começa a fazer ciúme no outro (e para isso nada melhor do que colocar Emily Blunt na jogada). O diretor e roteirista, Peter Hedges, vem do regular, mas simpático Do Jeito Que Ela É (com a Katie Holmes) que ele também dirigiu e escreveu e dos roteiros de Um Grande Garoto, O Mapa Do Mundo e Gilbert Grape. Um filme a se descobrir.

posted by RENATO DOHO 8:30 PM
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sexta-feira, maio 23, 2008
Indiana Jones E O Reino Da Caveira De Cristal (Indiana Jones And The Kingdom Of The Crystal Skull)



Um dos meus maiores receios com a volta do famoso personagem era a possibilidade de acontecer uma atualização que destoasse da trilogia original e acabasse como uma sombra (mesmo que nova) perante à memória dos outros três. Ocorreu um pouco disso na versão atualizada de E.T. que, ainda bem, saiu também numa edição especial que continha o filme como era na época do lançamento e em outros casos fora da filmografia de Steven Spielberg. Isso não ocorre neste novo filme e apenas pelo fato de estar em pé de igualdade com os outros três filmes já faz com que a avaliação comece de ótimo para cima, tudo o mais é lucro, mesmo com suas eventuais falhas (que também existiam nos outros). Minha experiência com os outros filmes difere um pouco da maioria. Meu primeiro contato via cinema foi com O Templo Da Perdição e é esse, talvez, o filme que mais vi na vida, por isso é o que tenho mais carinho, mesmo que seja renegado pelos fãs e até pelo Spielberg. Caçadores Da Arca Perdida fica em desvantagem pois A Última Cruzada também vi no cinema e sua trama com mais aspectos pessoais conquistam.

A impressão inicial do novo filme (como vi dezenas e dezenas de vezes a trilogia, só com constantes revisões prazeirosas desse a coisa começa a ficar justa) é que Spielberg, Lucas e os roteiristas pegaram elementos dos três filmes e juntaram num só, acrescentando outras referências do mesmo universo como O Jovem Indiana Jones, Contatos Imediatos Do Terceiro Grau, Taken, A.I., Jurassic Park, etcs. Fiquei impressionado por achar que estava há poucos anos depois de 1989, o mesmo estilo, o mesmo visual (grande trabalho de Janusz Kaminski por emular a fotografia de Douglas Slocombe), as mesmas tiradas, o mesmo clima e diversos outros elementos (grandes e pequenos) que reduziram drasticamente os quase 20 anos de diferença entre o último filme e este. Mesmo a direção do Spielberg tenta não estar contaminada com o que fez nesse tempo, nem a idade de Harrison Ford em momento algum pesou (como notava claramente em filmes recentes dele).

Logo no início fica claro o modo como Spielberg marca as cenas, juntando planos num só, fazendo o corte na câmera, me senti em casa em instantes. Spielberg consegue me desarmar como poucos, me senti criança novamente soltando risadas livremente, e empolgado nas cenas de ação, mas não como geralmente ocorre, algo que envolva adrenalina com tensão, mas sim uma genuína empolgação de aventura lúdica. Sentia falta dessas cenas de ação, como dizer, bem filmadas, onde as ações fazem um sentido e são mostradas claramente, então uma movimentação moto-carro-moto tem seu tempo assim como a do vai e vem da caveira de cristal por entre os carros na floresta.

Dentre as falhas do filme está a complexidade da simplicidade do roteiro, a história é simples, mas em alguns momentos sua explicação mais complica do que simplifica; também a má utilização de Ray Winstone que nunca é bem caracterizado e por isso suas constantes viradas soam falsas e algumas reações não têm sentido (inclusive sua fala final); toda a trama não conseguiu se ligar com outra coisa senão a própria trama, enfraquecendo-a - no primeiro havia algo histórico, no segundo uma comunidade e no terceiro a ligação pai e filho - neste a trama, sem querer ou não, se liga na vilã e em suas ambições e questionamentos e não em algum dos protagonistas ou algum lugar específico; e o que são aquelas piadas com esquilos no começo do filme (aparecem três vezes)? Fiquei sem entender.

Shia LaBeouf foi uma boa adição e adorei a piada final dele com o chapéu. A vilã feita pela Cate Blanchett aparentemente tem um defeito que vi como qualidade: ela não chega a ser ameaçadora (mas nos outros apenas Mola Ram realmente era um antagonista de peso), mas cria-se uma simpatia por ela (a cena dela pendurada e das formigas tentando subir é um exemplo de como há até uma torcida para que não seja pêga e sua reação é até admirada quando esmaga a formiga que subiu). Nisso ela se aproxima bastante de um perfil de vilã de desenho animado, onde acabamos nos divertindo com suas atitudes, mais do que criando antipatia e raiva.

Ao não deixar com que esse filme tenha um tom de fechamento (como A Última Cruzada), mas sim de começo de uma nova trilogia, perde-se num clímax mais emocional, mas ganha-se na expectativa de novas aventuras. Que venham Júnior e Henry Jones III!


posted by RENATO DOHO 12:15 AM
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quarta-feira, maio 21, 2008
Scrubs - Quinta Temporada (Scrubs - 5th Season)



Mesmo atrasado (a série está na sétima temporada) posso afirmar que não há na tv elenco mais carismático do que esse, TODO o elenco é ótimo, não há um que não goste. Isso é raríssimo. E nem preciso falar que é uma das mais divertidas, criativas, emotivas e cativantes sitcoms da tv. E as três principais atrizes representam, cada uma ao seu modo, os aspectos mais sedutores da figura da mulher: a companheira, a amiga, a mãe, a irmã, a filha, a competidora, a musa, a parceira...

The Addiction

Abel Ferrara no mundo dos vampiros! Lili Taylor está ótima e deve ter sido o primeiro grande papel dela (foi antes de Um Tiro Para Andy Warhol). Acho-a um caso curioso: talentosa, nunca conseguiu realmente virar estrela, se equilibrando entre coadjuvantes e poucos papéis principais, além de parecer sempre ter a mesma idade indefinida, nem jovem e nem velha. Tem também uma participação ótima do Christopher Walken. E o elenco de Sopranos aparece em peso: Edie Falco, Annabella Sciorra e Michael Imperioli (numa pequena participação). Uma doutoranda (?) em filosofia é mordida por uma vampira e a partir daí vai à caça de novas vítimas. Fé, drogas, o mal, o vício, redenção, tudo é abordado no roteiro de Nicholas St. John.

"To face what we are in the end, we stand before the light and our true nature is revealed. Self-revelation is annihilation of self."


Adrenalina (Crank)

Boa diversão. Vai ter continuação.

Quebrando A Banca (21)

Apesar da história não apresentar surpresa você acaba torcendo pro mocinho, que ele fique com a mocinha, querendo que o vilão se dê mal, etcs, revelando uma qualidade mínima de condução. Ruim que o casting vai contra a história real: a maioria dos estudantes envolvidos era de origem asiática (o que seria natural), mas no filme acaba que só 2 são e viram coadjuvantes. Pior é que a mocinha branquela não convence como bonita e nem como inteligente. A coisa da ambição monetária, o estudo pago e a relação potencialmente perigosa entre mestre e alunos não são aprofundados.

Evidências De Um Crime (Cleaner)

Renny Harlin é um enigma, às vezes faz umas coisas boas, outras umas bombas sem tamanho. Aqui fica no meio termo, a história até poderia interessar, mas acaba que fica previsível a partir de um ponto. Deve ser a terceira parceria entre Harlin e Samuel L. Jackson. Aqui ele faz um limpador de cenas de crime (função que o filme Eles Matam, Nós Limpamos já tinha explorado) que acaba envolvido num assassinato do marido de Eva Mendes e precisa da ajuda do ex-parceiro, Ed Harris.


posted by RENATO DOHO 2:47 PM
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quarta-feira, maio 14, 2008
O Sonho De Cassandra (Cassandra’s Dream)

Não que é gostei bastante desse filme do Woody Allen? Tava já meio enjoado de seus filmes recentes (exceto Match Point) e não esperava nada demais nesse só que acabei nem lembrando, em boa parte, que era um filme dele, e isso atualmente é bom. Só quando o Colin Farrell começa a parecer bastante com a persona de Allen que voltei a lembrar quem dirigia, mas não chega a ser uma cópia barata como aconteceu algumas vezes com outros atores em filmes dele. Mesmo assim não é algo negativo pois gostei do Colin nesse filme, bem diferente em vários aspectos (expressão corporal, entonação, olhar) e convincente. Há semelhanças com Crimes E Pecados e até Match Point no que o filme discute. As elipses são muito boas. Adorei o fim e seu plano final.

Bella (Idem)

Pequeno e adorável filme que se passa em apenas dois dias e mostra o relacionamento entre um cozinheiro e a empregada do restaurante que acaba de ser despedida e se descobre grávida. A atriz lembra outras personalidades, tem algo de Norah Jones com Judy Garland (aliás ela a interpretou num outro filme). O gostoso do filme é como nesse curto espaço de tempo os dois vão se aproximar e como a família dele mostra esse lado forte da raíz cultural. O final pode deixar indagações já que não chega a ser extremamente claro, mas não é algo prejudicial.

I Want Someone To Eat Cheese With

Quem assiste o seriado do Larry David, Curb Your Enthusiasm, vai identificar na hora o protagonista desse filme, Jeff Garlin. Ele também dirige (pela primeira vez) e roteiriza. O humor lembra do seriado nas desventuras de um ator que quarentão ainda batalha por pequenos papéis, se sujeita a fazer pegadinhas para programas de tv, mora com a mãe e tem problemas com seu peso. Nisso também lembra um pouco o seriado Extras com o Ricky Gervais. Creio que, no meio disso, há muito de pessoal do próprio Garlin no filme, seja coisas que ocorreram com ele ou com quem ele conviveu. Há uma grande variedade de participações de atores, provavelmente amigos, vindos da tv e do stand up: Sarah Silverman, Bonnie Hunt, Richard Kind, Joey Slotnick, Dan Castellaneta (o Homer), Paul Mazursky, Amy Sedaris, Gina Gershon e David Pasquesi (o personagem dele é muito bom). O filme Marty é muito citado e só por uma pequena cena quis conhcer mais o músico Ben Webster. É um pequeno filme, carinhoso com a vida e o personagem. Garlin fez logo após (2006) um documentário sobre a obra de John Waters, This Filthy World, que deu vontade de procurar.

O Grande Debate (The Great Debaters)

Direção do Denzel Washington, produção da Oprah Winfrey, finalmente conseguiram realizar um filme juntos. É daqueles cheio de boas intenções mostrando um pouco da história negra americana através do grupo de debates de uma faculdade só para negros em 1935. Daí surge uma idéia mais forte da luta por direitos civis através da desobediência civil (na questão negra) que tomaria forma com mais força nos anos 60 com Martin Luther King, Jr. Tudo correto e bem feito, só que o debate final não tem aquela força que deveria ter, não há um verdadeiro embate de idéias ou um discurso que realmente arrebatasse. Só como pequena comparação Alan Shore em Boston Legal consegue superar em alguns episódios qualquer debate que o filme apresenta.

Antes De Partir (The Bucket List)

Diante da decadência do Rob Reiner como diretor esse trabalho é até acima da média do que andava fazendo. Juntar Jack Nicholson e Morgan Freeman e falar sobre a morte até pode fazer lembrar outros projetos parecidos que caem em mais besteiras do que o necessário, mas aqui entre uma bobagem e outra até que há um mínimo de seriedade insuspeita. O final é espertinho, tentando enganar o espectador.

P.S. Eu Te Amo (P.S. I Love You)

Nova parceria entre o diretor Richard LaGravenese com a atriz Hilary Swank após o bem sucedido Escritores Da Liberdade. Funcionaram melhor com o drama do que com a comédia, mas ao menos Swank consegue passar uma graça pouco explorada. Conseguiram arranjar dois atores com o mesmo tipo, Gerard Butler e Jeffrey Dean Morgan, chegando até a parecer que são a mesma pessoa se não se prestar muita atenção ou irmãos (sem que eles fizessem uma cena juntos). A parte dramática é melhor do que as tentativas de humor e Harry Connick Jr. é apenas usado para despistar. Quem gosta da Irlanda o filme tem especial interesse pelo país e seus habitantes.

Speed Racer (Idem)

Como é ruim esse filme dos irmãos Matrix! Acho que isso resume tudo. O visual parece que foi criado pelo Robert Rodriguez, tanto os cenários quanto algumas ações e humor de personagens lembram o que o tex mex fez em seus filmes infantis (se bem que com o Rodriguez achei algumas coisas interessantes). No começo a coisa é tão básica que parecia que estava vendo um filme educativo infantil mal feito (aqueles pra escola com orçamento mínimo), até a criança parecia amadora. Os personagens inexistem, e olha que a carga dramática do Speed e do Corredor X (extremamente mal apresentado) era grande no desenho original. As cenas de corrida são sem graças e poucas criativas (tanto que preferem fazer como algumas lutas em certos filmes quando não há um coreógrafo bom: closes, edição rápida e câmera nervosa; aliás Michael Bay faz isso com perseguições de carro pelo mesmo motivo, fica parecendo que está acontecendo mil coisas, mas não é nada). A trama é tão besta que eu nem prestei atenção (aí até me indagava: que documento? que grande prêmio? e aqueles japas o que são? - aquela atriz oriental é ruim hein!) e com as corridas pouco empolgantes me deparei no meio do filme perguntando que diabos o filme teria a oferecer (isso que em uma hora de filme não acontece nada, fiquei até com sono)? Bom, nada. Nem humor, nem os atores (quase todos péssimos e caricatos), nem trama, nem vilão, nem um Mach 5 legal, nem desafios, nem drama familiar e nem romance. Falando em atores, pediram pra Susan Sarandon ressaltar os seios? Algumas horas pareciam gigantes. Eram o que mais chamavam atenção. E isso num filme supostamente infantil, onde ela é a mãe e há Christina Ricci (figurante de luxo, até a menininha que a faz quando criança é mais interessante e expressiva) no elenco só pode ser mais um dado de como o filme foi mal planejado / realizado. Bom, mas isso Matrix Reloaded e Matrix Revolutions já indicavam claramente.


posted by RENATO DOHO 10:26 PM
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