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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sábado, janeiro 25, 2003
O Chamado (The Ring)

Esse filme está sendo "vendido" como assustador, aterrorizante e outras coisas mais, só que não é nada disso! Onde estão os sustos e as coisas perturbadoras?! Bom, fora isso o filme é bom, mais investigativo que apavorante ou coisa e tal. A fita que as pessoas assistem durante o filme é bem legal, tem cenas que lembram Sangue De Um Poeta, Buñuel e a abertura de Millennium. A Naomi Watts está bem, o resto não chamou muita atenção. Ainda bem que não toma o rumo "Sexto Sentido" com o garotinho como pode-se pensar no começo (que lembra Pânico com adolescentes e telefonema). Depois de algumas pistas já dá pra imaginar todo o quadro do filme e só no finalzinho que vai ter algo que se possa chamar de suspense, mesmo assim é pouco. Creio que o filme japonês não seja tão explicadinho como a refilmagem, como tenho aqui no PC verei em breve. Notaram como tem coisas de vários outros filmes? Seriam fontes de inspiração? Primeiro que vem na cabeça (fora Pânico) é Lynch com Twin Peaks (os locais, o espelho como a Laura Palmer tem, etcs) e Estrada Perdida (o vídeo misterioso, muito mais assustador); O Sexto Sentido (óbvio, o espírito inquieto que quer se comunicar, o garotinho), mas há outros... até hehe Sem Medo De Viver com a imagem do túnel ou anel que é uma imagem comum de cunho religioso ou pessoas que passaram pela experiência da quase morte (o menino e Jeff Bridges vivem desenhando círculos). Boas imagens no geral. Agora, é mais um bom filme de mistério que suspense ou terror. E eu achando que ia ficar "perturbado" ou com "medo" hehehe

Focus (Idem)

Agora assustador foi o que vi em casa em dvd: Focus. Filmão! Adaptação da obra de Arthur Miller, um dos primeiros livros sobre anti-semitismo. Eis algo que te deixa aflito e com medo de tão real. William Macy, Laura Dern, David Paymer e Meat Loaf (é, ele mesmo, muito bem aqui) estão ótimos. Poderoso filme a falar de identidade, pressão social, racismo, comunidade e individualismo. A direção é cuidadosa e discreta, mas foge do que seria algo burocrático, vê-se paixão no que filma (o diretor mesmo diz que na faculdade leu o livro e disse pra si mesmo que filmaria o livro, nem sabia que isso aconteceria mesmo). O final é ótimo, com emoção. No dvd há um bom making of tendo até Arthur Miller falando do filme e do livro. Vale muito ver.



Sobre o livro de Arthur Miller (que deu vontade de ler):

Written in 1945, Focus was Arthur Miller's first novel and one of the first books to directly confront American anti-Semitism. It remains as chilling and incisive today as it was at the time of its controversial debut. As World War II draws to a close, anti-Semitism is alive and well in Brooklyn, New York. Here, Newman, an American of English descent, floats through a world of multiethnic neighborhoods indifferent to the racism around him. That is, until he begins wearing glasses that render him "Jewish" in the eyes of others, making him the target of anti-Semitic persecution. As he and his wife find friendship and support from a Jewish immigrant, Newman slowly begins to understand the racial hatreds that surround him.

"A strong, sincere book bursting with indignation." (The New York Times Book Review)


posted by RENATO DOHO 1:57 AM
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