RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, abril 26, 2002
Partindo.. chegando...

"Mais de mim o que não pode ser de você
Há a necessidade de te amar e nunca te deixar"


posted by RENATO DOHO 9:55 PM
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Paul Auster

Parece que ele estava em Buenos Aires promovendo seu livro "I Thought My Father Was God" que na verdade é uma coletânea organizada por ele de contos reais que ouvintes da National Public Radio mandaram para serem lidos no ar. Ele escolheu as melhores dentre 4 mil estórias. Dizem que elas são tocantes e muito boas. Este ano ainda Auster vem com livro próprio, "The Book Of Illusions".

Eis a bonita capa do mais recente:





posted by RENATO DOHO 7:25 PM
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DUAS SURPRESAS

Peguei 2 filmes em que não tinha nenhuma referência, somente o fato de serem lançamentos e eu ter apostado nas capas, e tive duas boas surpresas! Como peguei sem saber de suas histórias não falarei muito delas aqui também para não estragar:

QUANDO ESTRANHOS CHEGAM (WHEN STRANGERS APPEAR)

Ótimo suspense que utiliza poucos elementos em atores e cenários e consegue manter a tensão durante todo o filme. A atriz principal consegue mostrar personalidade pela segunda vez em papel de mulher independente (Eclipse Mortal foi a primeira). O grande barato do filme é não sabermos as motivações dos personagens. Há um ótimo macguffin no filme. O único porém é o fato meio forçado da personagem principal administrar sozinha uma lanchonete de estrada e um motel, ainda sem carro e sem ajuda. Fora isso vale conferir, o diretor mostra talento no que poderia se um tema batido. A cena final é exagerada, mas totalmente cinematográfico (não falo mais pra não estragar, mas é quase uma homenagem). Após os créditos finais uma pequena boa surpresa.

SHIRI - MISSÃO TERRORISTA (SHIRI)

Ótimo filme de ação coreano. Maior produção vinda da Coréia e que conseguiu bater o recorde de Titanic no país. O filme começa violento e segue com muita ação. Mais que entretenimento o filme busca mais seriedade nas cenas de ação colocando um pano de fundo político (a reunificação das Coréias), violência e nada de piadinhas. Câmera frenética, mas nem por isso irritante. Sequências ótimas e algumas bonitas também. Nota-se influências de alguns filmes em certas sequências como Nikita e Fogo Contra Fogo. A trama mistura ação, romance, amizade e política. No dvd um documentário de 50 minutos dos bastidores como o intenso treinamento com armas. O único problema foi que os parceiros do filme são muito parecidos o que me confundia toda hora em saber quem era um ou outro. Yun Jin Kim é uma bela atriz. Je Gyu Kang é um diretor pra se prestar atenção.



posted by RENATO DOHO 1:11 AM
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quarta-feira, abril 24, 2002
Vistos:

UM JOGO DUPLO (CIRCUS)

Produção inglesa que parece ser um sub-Guy Ritchie, isto é, uma trama criminosa com gracinhas aqui e ali. Única atração do filme: Famke Janssen.

ESTRELA DE FOGO (FLAMING STAR)

Primeiro filme do Elvis Presley que vejo inteiro. Gostei, talvez pela direção ser de Don Siegel e o filme ser um western e não um musical (há só uma parte musical logo no comecinho). A questão do racismo com os mestiços índios é bem colocada. Presley não faz feio (talvez seu melhor papel?). 2 atores de futuros seriados participam do filme, o irmão dele no filme que seria o principal em SWAT e o amor platônico dele, Barbara Eden, de Jeannie É Um Gênio. Ótimo final.

DIVINAS CRIATURAS (BEAUTIFUL CREATURES)

Outro que segue a linha Tarantino, mas não chega a ser ruim. Duas mulheres se encontram por acaso e vão se envolver numa intriga de sequestro e mortes. Rachel Weisz está bem no filme e as cenas de violência (mesmo que cômicas) são boas. Pena que o resto não fuja muito do já visto.

O CENTRO DO MUNDO (THE CENTER OF THE WORLD)

Direção de Wayne Wang e história co-escrita por Paul Auster. Um relacionamento entre um engenheiro de computador e uma stripper num fim de semana em Las Vegas. O filme vai falar de relacionamentos e dinheiro, às vezes lembrando o clima de Despedida Em Las Vegas seja pelo local, seja pelo casal improvável ou pelo senso de vazio. Filmado em video digital. Não há cenas fortes no filme, são sim fortes e diferentes vindas de Wang, com um estilo bem diferente do habitual. É um filme irregular mas que merece ser visto. Molly Parker está bem no papel da stripper que também é baterista. O final é melancólico. No dvd há mais 2 finais alternativos.
Leia entrevista com Wayne Wang
aqui.



posted by RENATO DOHO 5:00 PM
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domingo, abril 21, 2002
Festival De Aquisições:

Achei várias coisas, comprei apenas algumas. Eis umas que deixei lá por falta de grana:

- o novo do Rubem Fonseca, Pequenas Criaturas;
- Coração Enfurecido, da Ingrid Betancourt;
- As Incríveis Aventuras De Kavalier & Clay, de Michael Chabon;
- Kurt Cobain - Fragmentos De Uma Autobiografia, de Marcelo Orozco.

Por outro lado...

- achei num sebo semi novo e levei O Deus Das Pequenas Coisas, da
Arundhati Roy, ganhadora do Booker Prize;

Vejam como a Roy é interessante:



- não resisti e levei no ato Como Ser Legal do Nick Hornby, capa ótima, igual a original inglesa;



- pelo preço de um cd levei o duplo America A Tribute To Heroes, de outra forma não levaria. Claro que comprei pq tem as faixas do U2, Bon Jovi, Bruce Springsteen e Eddie Vedder. Mas também tem Alicia Keys, Neil Young, Dave Matthews Band, Sheryl Crow... Ótima capa com o quadro de Jasper Johns (sem patriotismos, pelo quadro em si);

- Primeira parte da hq Origem do Wolverine. Bem legal, deu o gancho (e reviralvolta final) perfeito pra a próxima edição. Até falei pra minha mãe (que não lê hqs) dar uma olhada e ela gostou também, vai ler a segunda parte hehehe

Voltando ao sebo lembro que achei uns livros semi novos que tenho por preços bem convidativos e fiquei pensando em algumas pessoas (entre elas alguns leitores deste blog) que eu gostaria de enviar estes livros, mas não dava pra comprar pra ficar mandando pra todo mundo. Quando eu ganhar numa mega sena quem sabe...

Na livraria achei um livro nacional bem curioso chamado Serial Killer - Louco Ou Cruel. Foi uma moça (Ilana Casoy, formada em Administração De Empresas) que pesquisou por 2 anos o tema. Relata os mais famosos serial killers (Ed Gein, Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, etcs) contando histórias, modus operandi e muitas outras coisas além de falar do geral (a maioria dos serial killers são homens e brancos? quais os indícios de um pedófilo?). Bom, quem me conhece sabe que gosto deste tema há séculos, numa outra vida até queria ser criminalista (ainda mais se morasse nos EUA, pq criminalista aqui só vê casinhos). Há um fascínio para tentar achar uma lógica no ilógico. A natureza do mal. Pq isso ocorre? Claro que o lado investigativo tem boa parte deste meu fascínio. Maldita Agatha Christie que me fez ficar assim hehe Ah tá, eu seria Hercule Poirot nessas minhas vidas paralelas hehehehe Falando nele Cai O Pano tem um dos melhores casos que Agatha criou e o melhor inimigo que Poirot enfrentou, onde ele se defronta com a verdadeira natureza do mal. Não por acaso este é o último caso dele. Voltando ao livro, acho que deve valer uma lida, vamos ver se um dia aparece semi novo num sebo.

Descrição do livro no site da Saraiva:

Primeira coletânea sobre serial killers elaborada por uma escritora brasileira aborda com maestria e sem julgo a mente, a investigação e o perfil de frios e perversos assassinos e suas vítimas.
O livro foi prefaciado por Percival de Souza. Ilana Casoy dedicou esta obra às vítimas conhecidas e desconhecidas de assassinos e seus parentes e familiares.
Composto por duas partes, na primeira são expostas informações e características psicológicas e físicas sobre os serial killers, mitos e crenças, perfil do criminoso e investigação do FBI.
Na segunda parte, casos reais clássicos de serial killers internacionais, como Ed Gein, que inspirou o filme de Hitchcock, Bundy, um político que quase se tornou presidente, Kemper, que tinha um QI superior ao normal, o Palhaço assassino, um louco, um caso não resolvido, entre outros.




posted by RENATO DOHO 10:11 AM
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sexta-feira, abril 19, 2002
SOREN AABYE KIERKEGAARD

I – A VIDA DO FILÓSOFO

Soren Aabye Kierkegaard, nasceu na capital dinamarquesa, Copenhague, em 1813. Foi o último dos filhos do casamento precipitado que Michael Pedersen Kierkegaard (viúvo e sem filhos) realizou com sua governanta Anne Srensdatter (respectivamente 56 e 44 anos na época do nascimento de Soren) uma vez que já era viúvo sem filhos. Kierkegaard teve um relacionamento muito difícil com seu pai, pois sua personalidade ficou marcada como a do filho da expiação. Vive com uma vocação de sacrifício e de mártir idealizada pelo pai.

Considerava–se pecador diante do olhar de Deus, apesar de sua educação ter sido baseada no princípio do amor e temor de Deus, assim mesmo sentia sobre si a responsabilidade dos pecados de seu pai. Vale mencionar que seu pai blasfemou contra Deus na sua infância. Mais tarde quando a família mudou–se para Copenhague, seu pai enriqueceu tornando–se um comerciante de lã, apesar da forte crise que assolava o país deixando muitos dinamarqueses na miséria.

Dois outros fatores marcaram profundamente a vida do filósofo: a morte de seus irmãos Mikael em 1819, e de sua irmã Maren Cristine em 1822. A fatalidade aumentou a angustia de seu pai que já era um homem marcado por um grande sentimento de culpa e deixou profundas cicatrizes em Kierkegaard.

Sua obra traz as marcas dos relacionamentos difíceis que teve com seu pai e com sua noiva Regina Olsen, com quem rompe um romântico noivado que durara aproximadamente um ano. Apesar de muito apaixonado afirma estar fazendo um grande bem à noiva: “... nosso rompimento é um profundo ato de amor...” Na verdade não havia nenhuma razão aparente para o rompimento. Entretanto, em suas notas ele menciona um “terrível acontecimento” que chamou também de o “grande tremor de terra”.

Após esta experiência traumática do noivado rompido, vem um grande período de profundidade literária. Não se pode deixar de mencionar que Kierkegaard escreve a partir de sua experiência pessoal. No transcurso de sua filosofia vão se agregando aspectos de sua existência. O filósofo vive momentos de profunda depressão, uma amargura sem limites. Porém, esta energia negativa, se transforma em inspiração para a produção literária que aborda tema diverso da existência humana.

II – A OBRA

Sua primeira obra é uma tese de Doutorado em Teologia defendida em setembro de 1841, onde escreve o conceito de ironia profundamente relacionada a Sócrates.

Em 1843 escreve Enten, Eller (A alternativa), nesta obra é que se encontra o Diário de um sedutor.

Neste mesmo ano publica Temor e Tremor. Obra que é considerada a mais profunda onde comenta a história de Abraão empenhado em sacrificar seu filho Isaac para obedecer à ordem de Deus.

Ao mesmo tempo aparece Repetição, que trata do tempo e da felicidade.

Em 1844 escreve As Migalhas Filosóficas, que trabalha o paradoxo da fé.

Conceito de Angustia (1844), fala do pecado enquanto supõe o livre–arbítrio e a angustia da livre escolha dentre as possibilidades.

1845 – Os estágios sobre os caminhos da vida – nesta obra estão incluídos O Banquete (diálogo platônico), e Culpável e não culpável.

1846 – Post–Scriptum às Migalhas filosóficas.

1849 O Tratado de Desespero (reflexão sobre o pecado), traduzido também como: A Doença Mortal.

Seu último livro, A Escola do Cristianismo, é uma crítica à igreja. O autor se posiciona contra um teólogo chamado Martensen, e contra o Bispo de Mynster.

Em maio de 1855, funda um jornal: O Instante.

Todas estas obras são publicadas com pseudônimos como: Victor Eremita, Johannes de Silentio, Climacus e outros. Estes pseudônimos possivelmente são para se proteger de sua briga com o bispo da Igreja Luterana. Neste mesmo período Kierkegaard também publica mais de 24 discursos com seu próprio nome. Apesar de seus pseudônimos a obra de Kierkegaard se torna célebre, o fim de sua vida é bastante conturbada com polêmicas com os representantes da igreja oficial.

Em 02 de outubro de 1855 passa mal na rua e é levado ao hospital. Internado, rejeita tomar a comunhão das mãos de um padre, afirmando que os padres são apenas funcionários de uma instituição e não são testemunhas do cristianismo. Kierkegaard queria tomar a comunhão, mas esta não poderia ser das mãos de um clérigo, antes queria que fosse ministrada pelas mãos de um leigo. Kierkegaard tinha uma boa relação com Deus, mas não aceitava a igreja.

Emilio Boesem, amigo que o assistia no hospital, escreve por Kierkegaard, uma palavra de despedida dizendo como foi sua vida de solidão e seu destino. Em 11 de novembro de 1855, prematuramente, morre Kierkegaard com 42 anos. Depois de sua morte a igreja Luterana tenta apropriar–se de seu corpo (apesar de em toda sua vida ter negado religião oficial), porém os jovens dinamarqueses não permitiram.

III – O PENSAMENTO FILOSÓFICO

Todo o pensamento de Kierkegaard é desenvolvido a partir do seu íntimo. Uma escolha consciente do pensador por si próprio. Apesar disto, o filósofo experimenta os valores da tradição ou da “moda” filosófica de seu tempo, mas é, sobretudo em sua existência que Kierkegaard encontra elementos considerados por ele como importantes para o seu pensamento. Com uma vida conturbada e com grandes alternativas, o resultado de sua filosofia é uma novidade, muito mais de acordo com suas próprias experiências do que com outros sistemas anteriores há seu tempo. Das influências que recebe parte de um conceito amplamente utilizado por Sócrates, o conceito de ironia. Kierkegaard considera Sócrates como “precursor e patrono da filosofia da existência” (Mesnard, Pierre. Kierkegaard, Edições 70. Biblioteca Básica de Filosofia. p. 17).

A filosofia dos Estágios de Existência.

Kierkegaard era um profundo conhecedor de obras clássicas. Entre as fontes que o influenciava estava: as belas–artes, a filosofia clássica e moderna, a teologia, etc. Pode–se perceber na obra de Kierkegaard um pensamento reflexivo bastante abrangente, fruto desta sua diversidade de fontes. Toda esta abrangência tem o objetivo de confrontar as idéias, os fatos, as experiências à luz do cristianismo que, para ele, é uma consciência moderna.

Seu pensamento baseia–se em sua cultura incomum e nos complexos sentimentais profundos. Através de si e de seus problemas quer encontrar uma explicação para a sua existência. Mas não bastava para Kierkegaard analisar o conteúdo da consciência para se encontrar aí uma filosofia da existência. Tem–se, também, que ter idéias. E entre as idéias, tem que se estabelecer uma dialética. E é através desta dialética que ele percebe os estágios da existência: estágio estético, estágio moral e estágio religioso.

O Estágio Estético. Para Kierkegaard, este era o estágio básico na realidade humana. Segundo o autor, os valores estéticos eram originários do romantismo e influenciavam muitos de seus contemporâneos. A caracterização deste estágio, ao contrário do que pode parecer em um primeiro momento, é de difícil distinção, pois é marcado pela diversidade. Ao citar alguns personagens das obras filosóficas e clássicas como estéticos Kierkegaard demonstra esta diversidade, pois eles podem ser desde crianças audaciosas das fábulas, até sedutores insaciáveis como o clássico Dom Juan. Mas um ponto, diz Kierkegaard, será comum no caráter dos estéticos: “o desejo”. Este desejo poderia passar pela satisfação sentimental, material, entre outros, mas em última instância, o desejo erótico.

Kierkegaard irá desenvolver o estágio estético com autoridade da experiência. Pois no período que sucede a morte de seu pai ele se entregou a esta forma de vida, contrariando de certo modo, seu estilo de vida. Entretanto, a partir do momento que sente em seu coração a desesperança de uma vida feliz através da estética, tornar–se–á um forte opositor de tal princípio de vida e algumas de suas obras irão claramente opor–se ao estágio estético (o Banquete é um exemplo).

O tipo de vida estético não proporciona realização àquele que lhe dedica a vida. Kierkegaard percebeu que neste estágio de vida os objetivos não são claros e se perdem por não haver satisfação. É então que se pode perguntar: Quem é feliz realmente? Dos que buscam o prazer, o mais feliz não será aquele que não experimentou felicidade alguma?

O Estágio Moral ou Ético. Ao contrário da dificuldade na definição do estágio estético, o estágio ético ou moral é de fácil definição. Isto porque, em princípio, o estágio ético é marcado essencialmente, por uma vida coerente governada por normas morais. Entretanto, diferindo–se do estético, no estágio ético não se encontram personagens com facilidade na literatura. Em resposta a este vazio, Kierkegaard oferece–nos o original Wielhem em A Alternativa. O herói do estágio ético será “o herói da vida conjugal”. Wielhem defende na obra a sua própria causa: o casamento feliz.

Misturando na tese de Wielhem, a teoria do amor romântico com a teoria de um acordo econômico e social, Kierkegaard da forma ao amor cristão, um dom generoso entre duas pessoas que reconheceram em Deus, o responsável por esta união. A tese de Wielhem que defende o casamento confunde–se com um discurso de exaltação ao amor. O casamento será então, um meio pelo qual duas pessoas fazem uma opção tendo Deus como testemunha e são introduzidos na realidade da vida. E é aqui que se evidencia conscientemente a vida ética. Terá o homem que empenhar toda força para manter a vida conjugal.

A partir desta consciência de vida ética, começa a aparecer no pensamento de Kierkegaard sua traumática experiência amorosa e a dificuldade em entender e relacionar–se com o sexo feminino. Para ele, a manutenção da vida conjugal, característica essencial da ética, será dificultada ao homem pela presença feminina, que para o filósofo, tem enorme dificuldade de se situar em uma relação definida. Kierkegaard vai mais longe, para ele a mulher situa–se naturalmente no estágio estético, onde, aliás, ela é objeto de desejo em última instância. A plena revelação da mulher só será possível no estágio religioso.

O casamento torna–se então um grande risco necessário para a vida ética, por ser a única forma de se atingir tal estágio de vida. Porém, a derrocada do casamento traz consigo a derrocada de toda a moralidade. O homem então deve entender que o heroísmo moral da vida cotidiana será a única forma de desviar a fragilidade feminina dos caminhos de oscilação e perigo que poderão induzi–la à sua natureza estética e desta forma comprometer a relação conjugal. Assim sendo, no pensamento de Kierkegaard, só o heroísmo aliado a ajuda de Deus, pode salvar a vida conjugal e consequentemente, a forma de vida moral.

O Estágio Religioso. Mas para Kierkegaard, segundo a tese de Wielhem, o casamento não pode ser a única solução. Sendo assim, pode existir a solução excepcional, pois aquele que renuncia a vida conjugal para responder a uma vocação religiosa, atinge um estágio de existência superior à de um marido mais perfeito. Entra–se então nos domínios do estágio religioso. A religião sempre foi para Kierkegaard uma fonte de inspiração e um espaço de reflexão e existência. Desde a infância é conduzido pela família na prática religiosa. Mais tarde, parte para a especulação religiosa ao se iniciar em um curso de teologia, visando à carreira eclesiástica. A religiosidade pessoal do filósofo é composta por duas realidades: por um lado o cristianismo com seus dogmas e seus paradoxos. Por outro lado, a tensão psicológica com que ele e sua família recebem estes dogmas e paradoxos do cristianismo em meio aos problemas existenciais profundos e traumáticos no ambiente familiar: angústia, medo e tremor.

A influência da religião em sua vida ficará assente em sua obra. Desde o início, ele deixa claro que se trata de um autor religioso. Neste sentido, Tremor e Temor torna–se um bom exemplo para a introdução ao mundo religioso de Kierkegaard. Esta obra citada é escrita em um momento de algum otimismo por parte do autor. Seu objetivo é mostrar através do sacrifício de Abraão que o estágio ético não é absoluto, pelo contrário fica até ofuscado diante de exigências superiores do estágio religioso. O autor então argumenta que Abraão não hesitou em sacrificar Isaac e que este desprendimento foi exatamente o motivo pelo qual seu filho veio a ser restituído. Será que semelhante renuncia feita por Kierkegaard em relação à noiva no passado pudesse a trazer de volta então? A resposta a este questionamento só seria possível se Kierkegaard se elevasse ao plano da fé como o fez Abraão. Desta forma, percebe–se que o estágio religioso é marcado pelo subjetivismo.

Como apelo à subjetividade profunda, o estágio religioso pratica uma devoção ao Deus que não aparece e comunica–se através do silêncio que provem desta relação. Isto nos faz perceber que os dois primeiros estágios são mais populares do que o terceiro. Kierkegaard entendia que os estágios estéticos e éticos não podiam existir sem o estágio religioso. Em outras palavras, o religioso estava presente tanto no estético quanto no ético. O religioso é um estágio conseqüente, pois é a partir da desordem dos estágios inferiores que se tem a possibilidade de encontrar a realidade superior da vida religiosa.

Entretanto, apesar da vida religiosa ser conseqüência dos dois primeiros estágios, requer–se por ela uma decisão. Kierkegaard entende que teve que fazer uma escolha, muito clara, pela vida religiosa. Entre as várias vocações que estavam diante de si, ele escolheu a vida religiosa, que para o filósofo torna–se a forma de vida mais difícil, entre outras coisas, por ser marcada pela solidão e pelo olhar atento de Deus. Nesta sua escolha pela vida religiosa solitária, Kierkegaard foi conduzido a uma crise com os oficiais da Igreja Luterana (Igreja oficial da Dinamarca). O filósofo compreendeu que acontecia em seu tempo a descristianização do mundo. Sua luta solitária, contra pastores e bispos oficiais preocupados com suas carreiras eclesiásticas, aumentará o seu sofrimento e o fará alvo das chacotas populares, aumentando, a cada dia, a sua solidão.

A solidão no sofrimento torna–se o centro da meditação de Kierkegaard. A partir da solidão e do sofrimento o filósofo desenvolve o sentido da subjetividade e da existência que vem do seu interior. Na luta contra o luteranismo oficial, desenvolve um sistema religioso doloroso que se diferencia em muito da religião que se praticava. O hegelianismo, que outrora o influenciou, é agora alvo de duras críticas dirigidas por Kierkegaard. Ele não aceitava a aproximação da Igreja com o romantismo de Hegel. Kierkegaard aponta para o erro imbecil no âmbito religioso, segundo ele não havia qualquer compatibilidade entre o cristianismo como um momento histórico que se devia ultrapassar, conforme o pensamento dos romancistas. Não, o cristianismo não pode ser considerado apenas como um acontecimento histórico.

IV – CONCEITO DE DEUS

“O importante é entender –me a mim mesmo, é perceber o que Deus realmente quer que eu faça; o importante é achar uma verdade que é verdadeira para mim, achar a idéia em prol da qual posso viver e morrer” Journals p.44. In Filosofia e Fé Cristã, Colin Brown

Em 1848, Kierkegaard passou pela experiência de conversão e registrou em um de seus Journals o seguinte testemunho: “A totalidade do meu ser está transformada... Mas a crença no perdão dos pecados significa crer que aqui no tempo o pecado é esquecido por Deus, que é realmente verdade que Deus o esquece.” Kierkegaard se opunha a Hegel e ridiculariza os argumentos abstratos da metafísica especulativa. Ele escreve sobre Hegel em 1850:

“Quantas vezes demonstrei que fundamentalmente Hegel torna os homens em pagãos, em raça de animais com o dom do raciocínio. No mundo animal, pois, "indivíduo” sempre é menos importante do que raça. Mas a peculiaridade da raça humana é: justamente porque o indivíduo é criado à imagem de Deus, o “indivíduo” está acima da raça. Isto pode ser entendido erroneamente e terrivelmente abusado, reconheço. Mas isso é o cristianismo. E é aí que a batalha deve ser travada.” Journals.

Para Kierkegaard a subjetividade isolada é má, assim como a objetividade de Hegel por si só, também é má. Para ele, a única salvação era a subjetividade. Deus era como uma subjetividade infinita e compulsora. Por se tratar o cristianismo de uma religião histórica e em decorrência das críticas desta realidade, Kierkegaard escreveu que os resultados dos fatos históricos para ele eram incertos, o importante era a escolha subjetiva. Crer em Deus era um salto de fé, um comprometimento com o absurdo. A pessoa faz uma escolha por aquele fato histórico porque este significa tanto para ela que até arrisca a vida por ele. “ Então vive; vive inteiramente cheio da idéia, e arrisca sua vida por ela; e sua vida é a prova de que crê”. Não precisa haver provas para a pessoa crer e viver esta fé. A fé é impossível se houver provas e certezas. Sem riscos não há fé, é uma impossibilidade. A fé e a razão são opostas mutuamente exclusivas.

O autor Colin Browm compara o conceito de Deus de Kierkegaard comum à estória do Mágico de Oz, ou seja, não é tanto a sua existência o que importa, mas o pensamento sobre sua existência. Nesta estória, o homem de palha, o homem de latão e o leão covarde mudam o curso de suas vidas porque crêem no Mágico de Oz. Porém, no final, este mágico é na verdade um homem comum. Do mesmo modo para Kierkegaard, o pensamento a respeito de Deus o impulsionava para reagir, de certa forma, mais do que o encontro com o próprio Deus.

Surge no conceito de Deus no pensamento de Kierkegaard, uma palavra chave: o amor. É por amor que Deus deve decidir–se eternamente a agir, mas como seu amor é a causa, seu amor deve também ser o fim. Deus quer restabelecer a igualdade entre Si e o homem (discípulo), assim com um rei que se apaixona por uma plebéia. Tal idéia per si é incongruente, mas o rei é o rei, acima de tudo. Segundo Kierkegaard, “Deus encontra sua alegria em vestir ao lírio com mais esplendor que Salomão” (Fragmentos Filosóficos, p. 59). O amor de Deus não somente ensina, mas também leva a um novo nascimento do discípulo, passando do não ser ao ser, pois “o fazer nascer pertence a Deus cujo amor é regenerador” (Fragmentos, p. 68).

Deus busca a unidade, de Si com o não ser do homem. Assim, “para obter a unidade, Deus deve se fazer igual ao seu discípulo”, e para isto toma a forma de servo. Deus sofre a fome, o deserto, tudo experimenta por amor ao discípulo. Kierkegaard afirma que só Deus pode salvar o indivíduo do desespero: “Deus pode a todo instante...” (Chaves, Odilon. Sofrimento e Fé em Kierkegaard, 1978. p. 36). Não seria também por isso que ele afirma que se deve “tremer” diante de Deus? “É impossível enganar a Deus, Ele é o onisciente, o onipotente” (Attack Upon Christendom, p. 255). E ainda, “Ele é o único que tem uma verdadeira concepção do infinito que Ele é” (Attack Upon Christendom, p. 255).

Por outro lado, Kierkegaard menciona ser fácil o enganar a Deus. Não que Deus não notaria a “presença” do homem tentando agradá–lo. Deus, na verdade, cria uma situação na qual o homem, se ele quiser, pode “enganar” a Deus. Como isto é possível? Deus permite que o homem sofra para que ele perceba que é um abandonado de Deus, e que tenta enganá–lo, e, se Deus, na opinião do homem não está atento para este fato, o homem enganou a Deus (Attack Upon Christendom, p.256). Por isso diz Kierkegaard: “Tremei!”

No tocante à justiça de Deus, Kierkegaard diz que cada criminoso, cada pecador, que pode ser punido neste mundo, pode também ser salvo para a eternidade. Na eternidade, o que será lembrado? O sofrer, aqui, pela verdade. Todas as transações neste mundo têm como filtro o intelectualismo e a espiritualidade, sendo Deus nos Céus o parceiro.

BIBLIOGRAFIA

CANCLINI, Arnoldo. Fragmentos Filosóficos. Buenos Aires, Imprensa Metodista, 1956.
CHAVES, Odilon M. Sofrimento e Fé em Kierkegaard. Monografia, S.B. do Campo, 1978
LOWRIE, Walter. Kierkegaard’s Attack Upon “Christendom”. Boston, The Beacon Press, 1957
LOWRIE, Walter. Kierkegaard, Christian Discourses. New York, Oxford, 1961.
SIMÕES, Carlos O. P. Ética e Fé em Kierkegaard. Monografia, S.B. do Campo, 1958.
VERGEZ, André. História dos filósofos ilustrada pelos textos. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1976.
MESNARD, Pierre. Kierkegaard. Edições 70, Coleção Biblioteca Básica de Filosofia.
KIERKEGAARD. Coleção Os Pensadores...



posted by RENATO DOHO 12:51 AM
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O DESAFIO

A questão apresentada no episódio de hoje de O Desafio foi ótima como sempre.

O seriado tem a rara qualidade de fazer com que os personagens tomem atitudes inesperadas e criar um clima de discussão bem realístico entre os integrantes da firma.

Espera-se que a equipe na maioria das vezes se dê bem, o que não ocorre aqui. As decisões pessoais afetam a firma como um todo e brigas acontecem. As amizades não são seguras ou talvez sejam, mas são constantemente testadas.

O clima de desconforto na firma com uma briga entre os integrantes é palpável, real.

Como balancear a ética com a moral? Eles são uma firma de advogados de defesa, soltam assassinos (e esse é um dos pontos positivos da série ao assumí-los como personagens principais do seriado, geralmente eles são os vilões). No que eles se apoiam para fazerem isso? A crença no sistema é importante, crucial.

Na história apresentada uma companhia de seguros chama a firma para ajudá-los num caso de atropelamento de uma criança. Ela quebrou alguns ossos, mas aparentemente nada mais que isso. Um acordo não é aceito por parte dos querelantes (525 mil dólares). A criança parece que na verdade não se lembra muito do acidente.

Médicos da companhia de seguros descobrem que a criança tem um aneurisma de risco e se não operarem o quanto antes a criança pode morrer a qq momento. Mas revelar isso para a família da criança pode dar num processo milionário. É decisão da empresa de seguros não revelar.

Um dos advogados da firma mesmo sabendo disso vai à família e fala do problema. A criança é operada e salva. A empresa pode mandar o advogado para a Comissão De Ética por desrespeitar o sigilo advogados-clientes. Quem o denuncia, para surpresa de todos, é um dos sócios da própria firma por achar ser a coisa certa a fazer, pois o advogado arriscou toda a firma quebrando esse código.

Segue-se os debates no caso na Comissão. A criação de leis e como a violação de leis pela moral pessoal de cada advogado pode ser prejudicial a todo o sistema. Quando um advogado pode seguir sua própria consciência e não as leis? Quem decide quando se deve fazer algo certo ou errado? Se uma criança é deixada para morrer apenas por uma questão do que é certo então o sistema é que está errado e não o advogado?

Na própria firma discute-se isso já que o advogado teve problemas com aposta no passado e quase pôs em risco a firma ao retirar dinheiro da conta da firma para cubrir o quanto devia para um bookmaker (mas logo após conseguiu depositar a quantia novamente). Há a questão da confiabilidade dele por arriscar botar o nome da firma toda hora por questões pessoais.

Uma das sócias fala para quem o delatou que a questão é ele ter esquecido que faz parte de uma família, onde podemos não concordar exatamente com o que a outra pessoa fez, mas a apoia quando em dificuldades, enquanto ele apenas se apoiou na lei, irrestritamente.

Depois o delator e delatado conversam e admitem que as duas decisões foram tomadas por emoção. Mesmo quem se baseou na lei, na confiabilidade de um advogado e no que representa a quebra deste código, revela que há no passado dele algo que o faz ter essa conduta moral, mesmo pela li a decisão sua também foi emocional.

A Comissão o repreende, mas não o expulsa da ordem, por achar que o sistema se beneficia com ele dentro mais do que fora, ele apenas é suspenso.

A relação entre os dois sócios da firma ainda vai demorar para voltar a um bom termo.

E "O Desafio" continua sendo o melhor seriado em assuntos de ética, moral e justiça.


posted by RENATO DOHO 12:23 AM
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quarta-feira, abril 17, 2002
SEBO

Duas aquisições de sebo:

- LAVOURA DE CORPOS, de Patricia Cornwell: vou ver se gosto dessa autora que só agora fui saber que é bem conhecida. Como gosto de CSI e falam que ela pesquisa bastante para escrever esses romances policiais investigativos pode ser que eu goste. Se gostar vou ter que correr atrás dos outros livros dela...

- MESTRES DO TERROR - STEPHEN KING & CLIVE BARKER: uma edição da Fangoria. Como estava em conta quis levar mais pelo Clive Barker que eu gosto, mas até que é bom ler algo do King, mesmo que nunca tenha lido nada dele. São artigos e entrevistas.



posted by RENATO DOHO 3:16 AM
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terça-feira, abril 16, 2002
A conversation with Maren Ord

By MIKE ROSS -- Edmonton Sun

Maren Ord has been forced to quit her part-time job at Treasured Memories.

What's bad for the fine scrapbook industry is good for the music business. On the heels of her debut album, Waiting, the 20-year-old pop singer has just been way too busy with music. With tours shaping up for fall, Ord performs Aug. 6 at the Festival of the Worlds, a series of free concerts at Kinsmen Park happening during the World Championships in Athletics.

Ord first came to our attention after winning a Power 92 song contest with a song called Sarah, which was not about Sarah McLachlan, despite similarities in the two singers. However, like clockwork, Ord played Sarah's Lilith Fair - on the third, or "shopping mall" stage - and was soon signed to Sarah's record label, Nettwerk.

With the full support of her large, musical, Mormon family, Ord says she's delighted to be able to make a career out of the dream she's had since she was a child.

Here's a look at Edmonton's own Maren Ord:

1. What was the last movie that you saw and loved?

The Wedding Singer. That was a long time ago, but it was one of my favourite movies. It's like the ideal Maren movie.

2. What was the first album you owned?

I bought the Reality Bites soundtrack.

3. What was the last book you read?

The Work and the Glory.

4. What's your favourite hangout?

My sister Rachel's house. She's got two cute little kids and it's just a fun place to go and other family members go there, too.

5. Do you have a pet peeve?

When someone asks me to play a song for them and then they start talking with their friend or something while I'm trying to sing for them. I think that's kind of rude.

6. What's your idea of the perfect Sunday?

Wake up, go to church, come home, spend time with my family. We try to have family dinners every Sunday. Actually, every Sunday is the perfect Sunday for me

7. What's your favourite food?

I really like to eat wraps, with the rice and vegetable stir-fry. I think it's just a stage I'm going through.

8. What was the worst job you ever had?

I haven't really had many jobs, but my least-favourite chore is cleaning bathrooms.

9. What gadget or gizmo can you not live without?

I just got myself a Palm Pilot and I really need that. It keeps me organized.

10. Do you have a hobby or habit that you think would surprise people?

A lot of people don't know that I like to play soccer. I play on a team here in Edmonton.

11. What's your favourite piece of clothing?

My "hoodie."

12. What would you change about yourself if you could?

I'd like to be a lot more firm, physically speaking.

13. Whom do you most admire?

My parents. I really look up to them. They're a really good example to me. They've been the most influential in my life.

14. What is your greatest extravagance?

My art supplies. They really are expensive, but I love to do it.

15. Have you ever been mistaken for another celebrity?

No, but my sisters have been mistaken for me.

16. Do you have a favourite quotation?

"Remember who you are and what you stand for."

17. What is your greatest weakness?

Chocolate.

18. If you could be reincarnated, who or what would you like to be?

I don't really believe in reincarnation. It's not in my basic beliefs.

19. If you had to go back in time to live in another decade, which one would you choose?

I think it would be neat to have been around when Mozart was around, just in that day and age where you got to dress up in fun clothes. If I was well off, of course.

20. If you could choose one duet partner from all the singers in the world, who would it be?

Fran Healy from Travis. That's my favourite band. I think he has one of the most beautiful voices ever.



posted by RENATO DOHO 12:56 AM
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Comments:
Maren Ord

Eu estou ouvindo bastante essa cantora. Um talento ainda pouco conhecido. Canadense. 21 anos. Escreve e toca em todo o álbum, o seu primeiro, Waiting.
Descobri ela na trilha de Gostosa Loucura com Perfect.

Perfect

Don't close your eyes
They may not open
What if they open
Would you be alive

Everyone falls
But not everyone rises
Why don't you get up
And rise again for me

chorus

What if the world were
a little more perfect
Would you stop crying or
would you take the leap
What if the world
were a little more perfect
Would you open your eyes
and blink again for me

What about friendship
What about friends
You said the whole world
was against you
And it all had to end

What about love
What about family
What about all that
you have to live for

chorus

It isn't easy here without you
Why did you leave me
What am I supposed to do
(without you)

chorus




posted by RENATO DOHO 12:15 AM
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Vi dois filmes:

KIDS E OS PROFISSIONAIS: os momentos de violência e tiros são as melhores coisas, têm um tom de realismo. O resto não chega a algum grande lugar acompanhando dois jovens que se juntam com um casal mais velho e experiente em tráfico de drogas.

RIQUEZA PERDIDA: bom elenco, o feminino só tem beldades como Nasstasja Kinski, Milla Jovovich e Sarah Polley. Polley tem uma cara de juventude e pureza que muitos diretores aproveitam, ela sempre parece ter um aspecto de inocência pura. Mais uma história de pioneiros na América, mas uma boa história.



posted by RENATO DOHO 12:07 AM
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quinta-feira, abril 11, 2002
mais 3 fitas para minha videoteca:

- Premonição

- Mar Em Fúria

- O Último Portal


posted by RENATO DOHO 5:48 PM
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