RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Duffy



Álbum de estréia.







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pass: highqualitymp3.com



posted by RENATO DOHO 11:49 AM
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terça-feira, fevereiro 26, 2008
Cash



Completaria hoje 76 anos.


posted by RENATO DOHO 12:40 PM
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sábado, fevereiro 23, 2008
In Treatment



Série da HBO criada, desenvolvida, escrita e dirigida por Rodrigo Garcia (sim, filho do Gabo). Produzida por Mark Wahlberg. É uma série diferente começando pela sua forma de exibição: todos os dias da semana. São 45 episódios de quase meia hora em que acompanhamos, dia-a-dia, os casos do terapeuta interpretado por Gabriel Byrne. Em 4 dias da semana são 4 casos específicos e no quinto dia (sexta) é ele que vai conversar com uma amiga terapeuta, aposentada (Dianne Wiest). A série é uma adaptação de um aclamado seriado israelense, Betipul, com o mesmo formato e número de episódios. Os roteiros são adaptações também. O seriado ainda está no episódio 20 e vi apenas a primeira semana, então não sei como ela vai se desenvolver, se ela vai se manter no mesmo nível e muitas outras coisas. Só queria dividir aqui o entusiasmo que senti a cada episódio e caso, para que outras pessoas ao menos se interessem em ver alguns episódios. Será que a série pode ser vista ao gosto do espectador dependendo dos casos? Se a pessoa gosta somente dos pacientes A e D ela pode apenas ver os episódios relativos à esses pacientes, perde-se poucas coisas aqui e ali da vida pessoal do terapeuta já que quase todo o episódio é apenas a consulta, uma conversa entre duas pessoas. O que seria o "resumo" da semana seria o encontro com a terapeuta onde os casos são discutidos. Mas vamos ver como a série vai se desenvolver. Posso dizer que gostei de todos os casos, até do próprio terapeuta se tratando. Byrne está ótimo e os atores não deixam a coisa ficar falsa ou estagnada. O roteiro é primoroso em estabelecer em tão pouco tempo histórias de vida e situações, enquanto novelas e outros seriados levam anos para isso este consegue em minutos. Claro que muito disso se deve à dinâmica de uma sessão de análise, onde a pessoa tanto se abre mais quanto as perguntas instigam ainda mais. Vendo o começo da segunda semana retomam as histórias e já aparecem os colaboradores da série, Garcia dirigiu e escreveu todos da primeira semana mas já passou a delegar roteiros para outros e creio que diretores diferentes aparecerão nessa temporada. Quem não gostar de uma série onde o que existe são apenas pessoas falando ou mesmo de terapia, deve passar longe do seriado. Eu, que já adorava as sessões do Tony Soprano com a dra. Melfi e adorei o livro de não ficção do Irvin D. Yalom sobre terapia, não tinha como não gostar do seriado, ainda mais sendo projeto do Rodrigo Garcia, motivo principal porque quis conhecer o seriado. Ah, e uma das pacientes é a Melissa George (Alias). Os outros são conhecidos: Blair Underwood, Embeth Davidtz (de nome não, mas a cara é familiar, fez a emprega judia de A Lista De Schindler), Josh Charles e a única desconhecida, Mia Wasikowska. Cada um deles (há um casal num dia) enfrenta situações completamente diferentes, lidando com os mais diversos assuntos e dilemas. Espero que o seriado continue assim e que possa ter uma segunda temporada (como ocorreu com o original israelense, voltando ao ar mês passado).


posted by RENATO DOHO 12:55 AM
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quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Desejo E Reparação (Atonement)

Que filme redundante! Tanta redundância daria pra reduzí-lo em mais de 40 minutos de sua duração. Começando pelo começo (minha pequena homenagem ao filme hehe) lembro dos vários elogios ao livro, mas sempre que lia a idéia central achava algo de tão frágil que só um malabarismo do autor pra desenvolver um romance em cima disso. Creio que tenha conseguido, até tenho o livro, mas depois do filme diminuiu minha vontade de lê-lo. Só de pensar que terei que passar pelas partes da guerra já desanima. O começo até que é interessante, preparando o que vai acontecer e apresentando os personagens, mas o espaço de tempo é muito curto, nem um dia inteiro talvez. Fora todos os acasos que constroem o "jogo" e, relembrando, tudo num único dia. Pra mim o filme se perde depois disso. O que realmente tinha alguma força era o triângulo que se formara e como iriam lidar com isso juntos, a dinâmica entre eles. Ao concentrar no jovem e depois na mocinha já crescida tudo parece repisar o já entendido e dito. Em uma fala ou apenas uma cena poderíamos imaginar o que foi a vivência dele na guerra (como imaginamos os 3 anos anteriores apenas mencionados), e em uma fala (que a garota não foi pra Cambridge e sim foi fazer enfermagem, talvez por culpa) já resumia bem o personagem, mas o filme faz questão de vermos ela como enfermeira e não vi ali nada significativo que acrescentasse. O filme volta a ter força no reencontro dos 3, que veremos depois é algo imaginado. Depois temos o constrangedor momento da confissão final, que por um lado resume bem o que ocorreu com o casal de outro proporciona o final Titanic... Não sei como é no livro, mas esse recurso de auto-citação (ela escreveu um livro com o mesmo nome da obra e que conta o que o livro conta) já é meio pretencioso demais (como um filme de um filme achado e essas besteiras todas). No final eu acabei achando que aqueles personagens estavam emos demais, em sintonia com nossa época. Os 3 principais não entendem que a vida não é justa e não passam por cima disso, o jovem fica se remoendo no campo de batalha, a jovem fica esperando pelo amado e a garota fica tentando confessar tudo pela escrita, não vejo em nenhum deles algum grande dilema ou um enorme sofrimento, pois se dessem a volta por cima estariam muito melhores e bem resolvidos e não presos num banal acontecimento do passado. Quem eu acho que seria bem mais interessante é o outro casal, que começou num ato pedófilo, provocou uma prisão e acabou num casamento. O que pensam sobre tudo isso, o que os atormenta...

Ah sim, só uma coisa engraçada que notei no filme e me fez dar risada: o cabelo da Briony nunca muda e o diretor até procura mostrar três tomadas bem parecidas dela em idades diferentes com o mesmo cabelo. Quando vi isso e vejo o quanto as pessoas mudam com o tempo, ainda mais mulheres com o cabelo, achei cômico o fato. Sei que deve ter alguém por aí que tenha uma teoria que o cabelo represente a imutabilidade de Briony ao longo do tempo, mas pra mim só soou desastradamente cômico o recurso, mais uma redundância desnecessária.

Romance & Cigarros (Romance & Cigarettes)

Musical escrito e dirigido por John Turturro é um projeto antigo dele, já escrevia esboços disso durante as filmagens de Barton Fink (os irmãos Coen produziram o filme). Ele conseguiu reunir um bom elenco: três atores de Os Sopranos (James Gandolfini, Steve Buscemi e Aida Turturro), Mary Louise Parker, Kate Winslet, Susan Sarandon, Mandy Moore e Christopher Walken. A trama em si não tem novidade alguma e no final isso pesa negativamente. O filme é irregular e tanto tem boas cenas musicais, com coreografia e uma loucura controlada quanto se perde em outras, nunca conseguindo desenvolver melhor as relações entre eles. Exemplo maior é o pai com as filhas que ainda por cima não convencem (Aida e Mary como filhas do James e da Susan?!). Kate está engraçada e exagerada como a ruiva que deixa James maluco e desestrutura o lar original. Indo pro final há aquele típico arrependimento masculino junto com uma notícia nada boa. Há várias cenas cortadas nos extras do dvd assim como um making of e comentários de John e do filho com legendas. Poderia ser bem melhor do que o resultado final.

Baixio Das Bestas

De polêmico mesmo não achei coisa alguma, aliás achei que o filme se acovarda em várias situações e tenta deixar bonito o que não era pra ser (Dira Paes sendo abusada através de sombras? outra por uma bonita tomada de cima?). Pode-se dizer que é mais bem filmado que o Amarelo Manga, mas isso talvez prejudique ainda mais o filme (até as queimadas ficam bonitas, com aquele som cristalino dos estalos), afinal os personagens e o diretor insistem em falar que aquilo tudo é podre, sujo, asqueroso. Há uma óbvia falha de encenação das cenas, fazendo tudo estruturado demais para as tomadas, onde entra o ator, onde ele pára, onde a câmera vira, onde a luz foca, tudo parece montado, falso (fazendo com que menos ainda haja a impressão de estarmos vendo algo que choque ou polemize, é como ver uma briga no Jerry Springer ou no Ratinho). E eu não vou falar que Matheus enrabando uma puta soa falso pois isso é óbvio. Perde-se a naturalidade que vemos apenas nas tomadas dos trabalhadores na caçamba dos caminhões e na festa popular, e até parecem cenas de outro filme, mais documental. A sala do jovem burguês, o cinema abandonado, o bordel, a casa do velho e da garota, esses parecem realmente cenários. A narrativa que quase não existe consiste em cenas (sketches se for pra criticar mesmo) de um suposto cotidiano de uma suposta realidade que não chega a lugar algum (há alguma novidade nos "causos" relatados? nos noticiários e na vida real têm coisa muito pior).


posted by RENATO DOHO 10:23 PM
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quarta-feira, fevereiro 20, 2008
David Lynch - Catching The Big Fish



Primeiro audiobook que leio/ouço. Não poderia ser mais adequado, o próprio David Lynch que lê o livro e a leitura dele é tão natural que acho que foi ao contrário, o livro deve ser uma transcrição do que ele fala. O tom de conversa, às vezes como uma entrevista pessoal, é que é a grande qualidade do "livro". Quem já o viu comentando seus curtas no dvd que lançou sabe como é o tom de sua fala tentando explicar algo. Apenas as citações em certos inícios de capítulos recebem tratamento especial, com aquele misterioso som de vento. Obviamente é apenas indicado para fãs do diretor já que ele fala tanto de aspectos de sua vida e arte quanto da meditação transcendental e muitas vezes parece que estamos ouvindo um audiobook de auto-ajuda sobre criatividade. Sem se aprofundar muito ele vai detalhando algumas coisas de seu cotidiano, seja os horários que medita, o gosto de trabalhar com madeira (e quais as que ele prefere), as idas diárias ao Bob's Big Boy numa época de sua vida, o que pensa das drogas, terapia, religião, etcs, não fala nada de filhos e quase nada de suas ex-esposas. De tempos em tempos ele vai seguindo cronologicamente os filmes (pula alguns) e fala alguma coisa sobre eles, às vezes meras curiosidades (antes de fazer A Estrada Perdida ele estava muito interessado no caso O.J. Simpson e dai surgiu o filme; ele não tem a mínima idéia do que são a chave e a caixa em Mulholland Drive), outras o processo de feitura (como Inland Empire ou Mulholland Drive). E alguns tópicos específicos de cinema: ensaio, set ups, improviso, trabalho com o Angelo Badalamenti, digital, diretores que impõem medo nos sets, ouvir música durante a filmagem, teste de audiência, luz no cinema, comentários em áudio, a morte do filme, etcs. A duração total do áudio é de quase 2 horas.

O Mundo É Plano – Uma Breve História Do Século XXI: Thomas L. Friedman

Ótimo livro, revisado e atualizado com mais 2 capítulos. Acho que o título já diz tudo, o autor aborda uma variedade de assuntos de forma clara, com muitos exemplos e sem complicações desnecessárias. É uma reportagem que começa na Índia e passa pela China, EUA, Japão, México, Irlanda, países árabes, das grandes corporações aos pequenos grandes negócios, das universidades aos call centers e os mais diversos tipos de pessoas ligadas aos principais temas. Na parte final ele até muda um pouco o tom, ficado mais pessoal, o que causa uma leve estranheza, sendo menos um repórter e mais um autor conversando com o leitor. O livro é dividido em: 1) as 10 forças que achataram o mundo, ele discorre sobre cada uma - isso dá quase metade do livro; 2) a tripla convergência; 3) reestruturação; 4) os EUA e esse novo mundo plano; 5) os países em desenvolvimento e o achatamento; 6) o ajustamento das empresas; 7) o mundo não plano e os movimentos anti-globalização; 8) a verdadeira revolução cultural chinesa; 9) como as cadeias de fornecimento podem diminuir as chances de grandes guerras e como o achatamento também ajudou as redes terroristas, como a al-Qaeda; 10) a conclusão comparando duas datas 9/11, a queda do muro de Berlim, e 11/9 que todos conhecem, quais os caminhos que podem ser tomados para melhor ou para pior. Claro que serve de referência pro futuro, mas é o tipo de livro que se lido agora é muito mais proveitoso.


posted by RENATO DOHO 12:27 AM
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sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Medo Da Verdade (Gone Baby Gone)



Ótima estréia de Ben Affleck na direção com seu irmão Casey ótimo como sempre. Há um bom trabalho com o elenco, Amy Ryan sendo o maior destaque, mas que quase todo mundo está bem no papel que lhe cabe: Michelle Monaghan, Morgan Freeman, Ed Harris e Titus Welliver. A história é até simples e num instante estamos diante de um possível desfecho, mas aí que realmente a trama vai se revelar. As poucas cenas de ação são secas e com impacto. Na parte final que há a real dimensão do filme e um dilema moral é tratado da melhor forma possível, desconfortável para o público, e aí que Casey se mostra a escolha perfeita, o peso que cai em cima de seu personagem é tamanho que não fosse sua imagem de integridade nada se firmaria. Provavelmente boa parte do público não o entende e não concorda com suas ações, assim como muitos ao redor do personagem, e não fosse esse sentimento que ele passa como ator aquele final nada satisfatório desagradaria muito mais (se bem que muita gente se sentiu assim). Eu, ao contrário, vi ali um grande herói, mas quase um anti-herói porque o caminho dos justos é estreito e solitário (e nem se sabe se é o melhor). Nisso o
cartaz do filme é ainda mais simbólico. Mas é o final que provoca a discussão e o questionamento, do protagonista, dos personagens e de nossas próprias opiniões.

Colapso No Ártico (The Last Winter)

Talvez o primeiro filme de Larry Fessenden (No Telling, Habit, Wendigo) que sai em dvd por aqui e o seu mais recente. A trama lembra outros filmes (grupo em estação polar que começa a enlouquecer), mas se sustenta sem as comparações, não traz muitas explicações e o elenco (Ron Perlman, James LeGros, Connie Britton, Kevin Corrigan) ajuda. E ainda há um belo e sombrio final.

Earth

A versão em longa metragem para a série Planet Earth impressiona pelas imagens estonteantes, a boa narração de Patrick Stewart (é como se a Enterprise estivesse estudando a Terra e o capitão Picard relatasse tudo) e uma trilha aliada à montagem que faz até que muitas cenas pareçam parte de um filme de ação. Além de tudo, discretamente, faz um alerta aos seres humanos.

Caçada Ao Assassino BTK (The Hunt For The BTK Killer)

Como filme é um correto telefilme, mas o caso é ótimo, o personagem fascinante e Gregg Henry tem a melhor performance de sua carreira, ele está soberbo e muito bem caracterizado. Quem gosta de filmes de serial killers pelos casos em si e não pelas matanças ou atrás de alguma emoção barata, vai gostar mais do que a média. A estrutura de mostrar apenas os crimes no passado, com outro ator mais jovem, faz com que o personagem, já velho, adquira uma grande simpatia com o público; não conseguimos associar o que ele fez com a pessoa que vemos ser pêga e acusada e isso faz com que fique ainda mais realista o fato dele, se quisesse, não fôsse descoberto. Stephen T. Kay é o diretor.

A Ponte (The Bridge)

Documentário sobre a Golden Gate e as pessoas que se jogaram de lá através dos depoimentos dos amigos e familiares que ficaram. Além disso há registros de tentativas e pulos capturados pela câmera ao longo de um período. Não vi o tanto de polêmica que causou, por ser anti-ético ou sensacionalista, não há nem a tentativa de ser uma reportagem sobre isso, com tentativas de se entrevistar especialistas ou funcionários da ponte (ou autoridades). Há mais um delicado estudo sobre o suicídio, sem respostas definitivas, e uma tentativa de tentar compreender ações e personalidades (o filme até funciona melhor como terapia para os que ficaram lidar com o fato). Dois casos se destacam, o depoimento de um jovem que pulou e sobreviveu e o personagem principal que acompanhamos durante toda a narrativa, justamente onde mais se questionou a ação dos realizadores. Eu, que nunca gostei daquelas cenas reais onde se registra o suicídio de alguém pela tv, em nenhum momento achei que as cenas de tentativas e pulos estivessem no mesmo tom, intuito ou exploração.

Across The Universe (Idem)

Apesar das canções e alguns bons momentos, o filme num todo não se sustenta. Se visto fragmentado, por partes, é bem melhor que juntado. Falta algo tanto na história quanto nos personagens.

Dedication

Estréia do ator Justin Theroux na direção juntando Billy Crudup com Mandy Moore, numa relação estranha entre um escritor de livros infantis e uma desenhista. Algumas modernices de montagem e encenação prejudicam, mas no geral é uma comêdia romântica, um pouco mais dramática, que conta até com corridinha final.

Pucked

Comédia da National Lampoon com o Jon Bon Jovi fazendo um sonhador que não dá certo em nada até que tem a idéia de criar uma liga feminina de hóquei no gelo, tudo por causa do sistema de cartões de crédito. A parte do filme que discute esse sistema financeiro traiçoeiro é até interessante, mas fica meio deslocado no filme. De resto alguns micões do Jon em cena, um Arthur Hiller totalmente fora de forma e David Faustino (é, o Bud Bundy) tentando salvar o que resta.

posted by RENATO DOHO 10:24 PM
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