In Treatment Série da HBO criada, desenvolvida, escrita e dirigida por Rodrigo Garcia (sim, filho do Gabo). Produzida por Mark Wahlberg. É uma série diferente começando pela sua forma de exibição: todos os dias da semana. São 45 episódios de quase meia hora em que acompanhamos, dia-a-dia, os casos do terapeuta interpretado por Gabriel Byrne. Em 4 dias da semana são 4 casos específicos e no quinto dia (sexta) é ele que vai conversar com uma amiga terapeuta, aposentada (Dianne Wiest). A série é uma adaptação de um aclamado seriado israelense, Betipul, com o mesmo formato e número de episódios. Os roteiros são adaptações também. O seriado ainda está no episódio 20 e vi apenas a primeira semana, então não sei como ela vai se desenvolver, se ela vai se manter no mesmo nível e muitas outras coisas. Só queria dividir aqui o entusiasmo que senti a cada episódio e caso, para que outras pessoas ao menos se interessem em ver alguns episódios. Será que a série pode ser vista ao gosto do espectador dependendo dos casos? Se a pessoa gosta somente dos pacientes A e D ela pode apenas ver os episódios relativos à esses pacientes, perde-se poucas coisas aqui e ali da vida pessoal do terapeuta já que quase todo o episódio é apenas a consulta, uma conversa entre duas pessoas. O que seria o "resumo" da semana seria o encontro com a terapeuta onde os casos são discutidos. Mas vamos ver como a série vai se desenvolver. Posso dizer que gostei de todos os casos, até do próprio terapeuta se tratando. Byrne está ótimo e os atores não deixam a coisa ficar falsa ou estagnada. O roteiro é primoroso em estabelecer em tão pouco tempo histórias de vida e situações, enquanto novelas e outros seriados levam anos para isso este consegue em minutos. Claro que muito disso se deve à dinâmica de uma sessão de análise, onde a pessoa tanto se abre mais quanto as perguntas instigam ainda mais. Vendo o começo da segunda semana retomam as histórias e já aparecem os colaboradores da série, Garcia dirigiu e escreveu todos da primeira semana mas já passou a delegar roteiros para outros e creio que diretores diferentes aparecerão nessa temporada. Quem não gostar de uma série onde o que existe são apenas pessoas falando ou mesmo de terapia, deve passar longe do seriado. Eu, que já adorava as sessões do Tony Soprano com a dra. Melfi e adorei o livro de não ficção do Irvin D. Yalom sobre terapia, não tinha como não gostar do seriado, ainda mais sendo projeto do Rodrigo Garcia, motivo principal porque quis conhecer o seriado. Ah, e uma das pacientes é a Melissa George (Alias). Os outros são conhecidos: Blair Underwood, Embeth Davidtz (de nome não, mas a cara é familiar, fez a emprega judia de A Lista De Schindler), Josh Charles e a única desconhecida, Mia Wasikowska. Cada um deles (há um casal num dia) enfrenta situações completamente diferentes, lidando com os mais diversos assuntos e dilemas. Espero que o seriado continue assim e que possa ter uma segunda temporada (como ocorreu com o original israelense, voltando ao ar mês passado). posted by RENATO DOHO 12:55 AM . . . Comments: