O Rei Dos Mágicos (The Geisha Boy) Filme menor de Jerry Lewis com Frank Tashlin, mesmo assim divertido. Parece ser filme de boa vizinhança com o Japão ocupado. Algumas piadas funcionam, outras não, soam ingênuas demais. As brincadeiras cinematográficas são as melhores, como ver o logo da Paramount numa montanha no Japão. Retratos De Uma Obsessão (One Hour Photo) Suspense bem realizado, vê-se o cuidado com a movimentação da câmera e a fotografia (bem influenciada por diversos pintores). Há várias pequenas coisas que ajudam a afirmar o tema do filme, a visão e a reprodução fotográfica, então vemos enquadramentos dentro de enquadramentos, uma invasão justo numa conferência de cirurgiões oftamológicos, etcs. Ao final nota-se que o sociopata de Robin Williams (ou o próprio filme) é um moralizador, ele pune o que desfez o lar "perfeito", e o casal só se conserta após a interferência desse sociopata. Seria isso a idéia do filme? Todo casal em crise precisa de um sociopata para se ajustar? O cônjuge que trai tem que ser humilhado para perceber o que estragou? Mensagem estranha. Domicílio Conjugal (Domicile Conjugal) Mais um capítulo da saga de Antoine Doinel, este um pouco inferior, com menos imaginação. Passa mais rápido (os conflitos são apresentados e resolvidos num piscar de olhos), com bom humor, mas com menos emoção que outros da saga. A referência explícita a Tati numa cena é ótima. Confissões Amorosas (Ten Tiny Love Stories) Segundo filme de Rodrigo García, filho do aclamado Gabriel García Márquez. Demonstra outra vez uma grande sensibilidade para o relato feminino, aqui usando o suporte digital para dar 10 chances para 10 ótimas atrizes fazerem monólogos sobre histórias de relacionamentos (alegres, traumáticos, saudosos, românticos). O título original era Women Remember Men o que é mais próximo do que o filme tenta ser do que histórias de amor. Alguns monólogos são curtos e outros longos, os melhores são os que as atrizes (e o texto) deixam nossas mentes viajarem no que elas detalham, nesse ponto a melhor sem dúvida vem da linda Kimberly Williams. Por um instante nos pegamos pensando se são relatos reais ou não em alguns casos porque elas usam os próprios nomes, mas até onde sei são relatos ficcionais. Quase todas as atrizes eu já conhecia (e é legal não saber quem são todas para ser surpreendido a cada relato), apenas uma que não conhecia chamou atenção (mesmo que o relato dela seja curto), Rebecca Tilney. Um belo e pequeno experimento; também uma oportunidade de mostrar o talento destas atrizes. posted by RENATO DOHO 1:27 AM . . . Comments: