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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, agosto 03, 2003
Solaris (Idem)

Não é que o filme é mais interessante do que aparentava quando foi anunciado? Mas quero ver o Soderbergh e o Cameron comentando o filme antes de falar mais sobre o mesmo.

O Exterminador Do Futuro 3 (Terminator 3)

Não é que não ficou ruim não? hehe Eu não esperava nada, mas o Mostow conseguiu seguir uma série de sucesso, prosseguir alguns temas e colocar um final corajoso que decide várias coisas e aponta em direção ao quarto filme. Não é pouca coisa não. Ele poderia ter estragado tudo, renegando os dois anteriores e fazendo o que quisesse ou sendo deveras respeitoso e fazendo apenas um filme que poderia ser facilmente sobrepujado por um quarto com Cameron de volta. Da maneira que fez é difícil qualquer outro não levar em conta essa terceira parte, pelas soluções que apresenta dos dois capítulos anteriores e pela base que forma para as futuras continuações. A grande virada da guerra com as máquinas finalmente começar era adiada nos dois primeiros, era um futuro que sempre se conseguia jogar lá pra frente, agora não tem mais volta, parou a enrolação. O cenário do futuro foi bem construído, sabemos como John vai liderar os rebeldes, quem será sua esposa e segunda em comando, como morrerá e até quem o matará. O receio que tinha com esse filme era que poderia soar como um grande filme pequeno, isto é, não ter a carga de importância que Cameron impõe aos seus filmes onde tudo é maior que a vida, um filme de espião vira True Lies com Schwar pilotando um jato em pleno centro urbano, uma expedição submarina dá em O Segredo Do Abismo que fala de ets e o sentido da vida, sem contar que uma história de amor se passa no Titanic... Vamos deixar claro, Cameron é meio megalomaníaco e isso se podia perceber em seus filmes. Mostow não chega a tanto, mas também não parece que transformou o filme num episódio de série de tv (no pior sentido da coisa), só a cena de destruição com a caminhão guindaste já põe tudo nos devidos lugares, só em certos momentos tem um clima mais normal na história. Claire Denis é uma escolha muito inusitada, assim como Nick Stahl, dois jovens atores de filmes mais baratos, mas parece que Mostow acertou pois isso os deixa vulneráveis e acrescenta uma intimidade, já que como os personagens os dois estão em território desconhecido, cria-se de imediato uma ligação entre eles (como atores e como personagens) diante da presença grandiosa de Schwarzenegger (como personalidade e como personagem). Kristanna Loken conseguiu ser sexy e letal ao mesmo tempo, o que já está de bom tamanho. Uma falha é ter concentrado a grande cena de ação do filme quase no meio, no final o confronto dos dois exterminadores não é empolgante ou grandioso, mas o final nada feliz compensa (é um final nada aliviante para o público que fica meio puto ao não sair 100% satisfeito, o que pra mim é uma qualidade).



Adaptação (Adaptation)

O filme caminha bem por boa parte de sua projeção. A crise criativa de um roteirista ao adaptar um livro que o faz com que vire personagem do roteiro que escreve tem bom potencial. Os atores ajudam com boas atuações de Nicolas Cage, Meryl Streep e Chris Cooper. Só que chegamos a parte final e aí que o filme estraga quase tudo. Por uma dose de ironia Charlie Kaufman faz da parte final tudo o que no filme inteiro ele afirmou discordar e ir contra (um pouco como O Jogador faz), então em poucos minutos temos perseguições, sexo, drogas, morte, violência, redenção e um final feliz. Só que Kaufman talvez não lembrou que a grande força do filme era fazer o público se perguntar até que ponto o que ele via na tela era verdadeiro ou falso, o verdadeiro Kaufman passou por essa crise? o irmão dele existe mesmo? esse foi o processo de feitura de Adaptação? Quando na parte final ele vai espiar os personagens de Meryl e Chris e eles o flagram e decidem matá-lo o filme perde seu charme que foi duramente construído ao longo da narrativa. A partir daí assumimos que tudo é mais um roteiro ficcional e não nos importamos o que vai acontecer com qualquer um dos personagens, já que eles são imaginários. E aí o filme se perde para sempre. Spike Jonze neste filme se mostrou aprisionado pelo roteiro, não consegue em nenhum momento mostrar liberdade com a câmera, tudo se resume ao roteiro e os personagens. Enfim, no final o que aconteceu foi má adaptação... hehehe

Soldado

A história de Garth Ennis para a edição 1 de Universo Star Wars vale ser lida, um barato.


posted by RENATO DOHO 9:39 PM
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