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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, março 05, 2004
Piratas Do Caribe (Pirates Of The Caribbean)

Aventura em cima de uma atração da Disneyworld só podia dar no que deu: um filme de entretenimento facilmente esquecível (como deve ser o passeio pelo brinquedo). Nem a direção de Gore Verbinski nem a inusitada atuação de Johnny Depp (bem feita, mas inútil no projeto) salvam o filme de ser apenas uma aventura bem realizada, mas estéril, sem vida. O casal Keira Knightley e Orlando Bloom não tem carisma e todo o resto não contribui muito. Parece que vai ter continuação, infelizmente...

O Mensageiro Trapalhão (The Bellboy)

Jerry Lewis produziu, escreveu e dirigiu este filme que não tem uma trama, mas sim sucessivas gags ou esquetes humorísticos do dia a dia de um empregado de um grande hotel de Miami. Esse formato proporciona uma irregularidade já que nem todas as gags são ótimas, mas algumas são brilhantes, surreais. Jerry faz o personagem principal e não fala durante todo o tempo. Há participações especiais e homenagens (Stan Laurel). O filme é curto (70 minutos) e como não tem história pode acabar em qualquer momento e faz isso muito bem. Havia boatos que Jackie Chan queria refazer o filme (com produção do próprio Lewis), mas não soube mais do projeto. A parte física com o Chan ficaria muito interessante.

Mocinho Encrenqueiro (The Errand Boy)

Feito um ano após Mensageiro Trapalhão Jerry Lewis retrabalha coisas feitas no filme anterior só que agora acrescenta uma história e o personagem principal fala e melhora o que já era ótimo. Apesar da trama (um espião de Hollywood disfarçado de mensageiro nos estúdios) as cenas constituem de sucessivos esquetes. Agora, além do humor, há uma visão crítica de Hollywood e cenas específicas onde Jerry defende um cinema mais pessoal, de auto expressão, mesmo que não agrade uma maioria. Há dois momentos mais calmos e fantasiosos de encontros com fantoches que dão um ar bem chapliano, são os momentos mais tocantes do filme. Lewis continua genial tanto no humor físico quanto na construção cinematográfica (é brilhante a cena onde ele dubla a big band do Count Basie). Em ambos os filmes o interesse romântico inexiste, não sei se foi uma opção clara para diferenciar dos filmes da dupla Lewis & Martin. É um verdadeiro clássico (genial diriam os franceses hehe).


posted by RENATO DOHO 12:53 PM
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