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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, agosto 23, 2004
Sex And The City



E assim acabou mais um seriado de sucesso. Não deu pra segurar, chorei em algumas partes. Todas elas passaram por várias coisas, mas a que mais mudou foi Miranda e nesta parte final foi a que mais gostei. É dela algumas das cenas mais bonitas dos últimos episódios e isso começou com a ótima cena da festa de aniversário do filho, onde ela se declara para o ex-namorado com quem teve o filho. Ela foi passando de uma típica advogada, cínica e urbana, para uma suburbana, mãe e amorosa. Ela que mais cresceu e mudou, literalmente! Teve um filho, impensável para o personagem no início. Se declarou e descobriu o amor onde menos esperava, num ex (que não é nenhum modelo e tem um trabalho bem menos rentável e de pouco status). Mudou de Manhattan para uma casa! Chamou a sogra para morar junto! Ela não virou outra coisa, mas agregou valores, não passou de advogada desalmada para dona de casa boazinha, mas redefiniu prioridades (como quando vê como a sua firma a pressiona por conta da criação do filho) e conciliou mais as coisas. O marido também não ficou atrás, Steve foi se mostrando a cada episódio o cara ideal para ela, que a aceita e a compreende mesmo que não concorde com certas atitudes dela. Ele que foi criando um sentimento maior na vida dela, como quando ele diz "somos uma familia" para mostrar um dos motivos da compra da casa (enquanto o que ela mais queria era internet instalada). Engraçado que ela toda independente e segura de si se mostrou mais criança diante da maturidade da criação de uma família e ele todo crianção, sempre jogando basquete, se mostrou preparado e maduro para isso. No episódio final é emocionante a constatação do estado da mãe dele quando vai buscar algo no apê da mãe e a oferta da casa feita por Miranda. Depois ela saindo desesperada atrás da sogra pelas ruas e depois dando banho nela para logo após a empregada que a conhece tão bem tendo que afirmar para Miranda que ela é capaz de amar, como se a própria não se convencesse disso. Mais uma prova de como foi ficando madura. É tocante. Todos os personagens encontram sua própria felicidade, mas Miranda parece ser a que tem e terá uma felicidade mais rica e completa.

Outro momento emocional é da adoção de um bebê por Charlotte, tanto ela quanto o marido são bem retratados, ambos são emocionais ao fato.

E até Samantha tem uma cena tocante ao receber a declaração do seu namorado no meio da noite e conseguir desabafar e revelar que ele é o homem mais importante da vida dela. Aliás, o personagem do namorado é até ideal demais, extremamente compreensivo.

Justo a principal, Carrie, não tem algo tão emocional assim, mas sim divertido. No fim das contas ela continua a mesma, apaixonada por sua cidade e suas amigas e futuramente, casada. Curioso que a vida do artista, Petrovsky, é retratada como sem emoção, mas sua rotina e atitudes são muito parecidas com o que um artista teria, extremamente voltado para o trabalho, onde a companheira sempre ficará em segundo plano (por isso muitas vezes as companheiras mais estáveis são as que fazem parte do mesmo meio).

Big, quem diria, é o parceiro ideal. Um bon vivant que pode estar disponível e também proporcionar o luxo e/ou glamour que Carrie sempre precisa.

Não sei se o Multishow mesmo que teve a idéia preciosa de anunciar The Golden Girls comparando com Sex And The City. Não é que as séries são bem parecidas mesmo? Seriam elas no futuro! Aliás, o antigo seriado (que teve até Quentin Tarantino como um imitador de Elvis) era muito divertido, se sustentando em atrizes pra lá da meia idade (será que hoje uma série assim seria criada e teria sucesso?).

Bom, agora que acabou fica a saudade e a boa lembrança desta ótima série (brevemente passando na FOX também).

Nota: quem quiser saber a canção que toca no final do episódio é You Got The Love de Candi Staton.



posted by RENATO DOHO 11:53 PM
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