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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, dezembro 03, 2004
Celular - Um Grito De Socorro (Cellular)

Pra começar: eis o maior comercial de celulares que Hollywood produziu! Tirando esse fato o filme é empolgante, absurdo em várias situações, trabalhando com clichês básicos que manipulam o emocional (o espectador sente desespero, tristeza, ódio, alívio, humor). O motivo do seqüestro é um dos pontos fracos, não tem grande importância e é até ridículo, poderia ser algo mais bem trabalhado para justificar toda a operação envolvendo a família. Engraçada a relatividade que faz com que neste filme os policiais corruptos sejam vistos como desprezíveis enquanto que num seriado como The Shield a mesma trama seria mostrada de forma que a platéia torcesse para os "bad guys". Um dos méritos do filme é transformar o protagonista durante a narrativa. A primeira impressão é a pior possível: um ator que parece ser a imagem exata do que mostra - insensível, infantil, superficial, egoísta. E conforme a trama progride ele vira outra pessoa (mérito do ator que convence nos dois registros). Kim Basinger tem um papel quase ingrato de ter que fazer quase todas as suas cenas sozinha e chorando, mas é a mais forte do casal. Dá pra ver porque Jason Statham não convence como mocinho (como O Transportador e outros): a cara de mau caráter dele é difícil de modificar. Bom também é que ninguém é herói auto suficiente, todos erram e uns ajudam aos outros. Voltando aos celulares é incrível como o filme explora todos os recursos do aparelho, fazendo com que seja essencial possuir um. Afinal no filme o celular mata, salva, grava coisas importantes... item básico de sobrevivência moderna! O que são aqueles créditos finais senão mais um grande comercial da Nokia?


posted by RENATO DOHO 8:54 AM
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