RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, janeiro 23, 2005
Jennifer Garner



Primeira vez que a vi foi na série Felicity, sendo a namorada de Noel, um dos personagens principais. Ela era mostrada como uma quase nerd e pouco bonita. Depois participou da série Time Of Your Life com a Jennifer Love Hewitt e do filme Cara, Cadê Meu Carro, mas só estourou mesmo como Sydney Bristow na série Alias. E é aí que cai de paixão por essa atriz! Sydney é um dos personagens que mais gostei de "conhecer" nos últimos anos, uma agente dupla numa série que começou explorando o mundo da espionagem com relações familiares complicadas. Ela consegue reunir muitas qualidades: seu físico é invejável nas cenas de luta e ação, dispensando muitas vezes dublês; convence tanto como uma expert espiã, séria, competente, inteligente e capaz de matar quanto como a vizinha do lado, simpática, sorridente, bondosa, frágil.

Jennifer não tem uma beleza clássica, em certas horas pode-se achá-la até feia pelos ossos marcantes no rosto, mas é absolutamente linda em muitos momentos (principalmente rindo). E quem já a viu em bastidores ela se mostra muito simpática e simples, rindo toda hora.

O seriado continua em sua terceira temporada me empolgando, mesmo que tenha mudado algumas prioridades. Desde lá que sempre vejo aqui e ali influências que a série tem exercido (sejam elas reais ou apenas imaginadas por mim) nos mais diversos filmes e seriados.

Foi natural vê-la como a escolhida para fazer Elektra no filme do Demolidor. Vejo poucas atrizes capazes (principalmente fisicamente), sendo Hilary Swank uma das raras escolhas alternativas (caso recebe treinamento intensivo). O filme não se mostrou muito bom, mas adorei sua participação.

Então ela faz dois filmes para o cinema para tentar se firmar como estrela cinematográfica (pois televisiva já é, mesmo que Alias não seja um seriado extremamente popular em termos de audiência, é mais cultuada), uma comédia e as aventuras solo de Elektra.

De Repente 30 (13 Going On 30)

É quase um filme gêmeo de Quero Ser Grande, só que é uma mulher desta vez. Dizer que Garner é a melhor coisa do filme não chega a ser surpresa. Há momentos bem engraçados como a dança ao som de Thriller (um verdadeiro mico antológico), mas talvez a comicidade física poderia ter sido mais explorada ao invés de tentar contar uma história (depois de uma dança daquelas o que menos se quer é coerência dramática). Os coadjuvantes Mark Ruffalo e Judy Greer estão bem. Mark se especializando como o cara-legal-que-a-protagonista-vai-se-apaixonar e Judy mostrando o desperdício de como ainda é pouco requisitada para papéis maiores. Como comédia romântica não chega a ser dos melhores, mas também não é esquecível. Engraçado nos extras os depoimentos (e fotos) dos atores sobre a época escolar, Judy é a mais diferente, uma verdadeira nerd no visual.

Elektra (Idem)



Acho que todo mundo que não gostou de Demolidor foi ver o filme com muitos pés atrás e talvez por isso mesmo não tenha achado o filme ruim, pois há coisas bem legais. Não se esperava fidelidade aos quadrinhos e nem na caracterização da personagem principal (uma Elektra emotiva, bondosa...). O começo parece quase plágio de uma história dela nos quadrinhos, o que não deixa de ser algo bom. Depois vem uma história que realmente dá o que pensar (no mal sentido): por que a escolha desta história? A criação do personagem da menina serve à qual propósito? Não amarra muito as coisas caso haja uma continuação? Ela parece até necessária caso aconteça uma continuação, quando o bom seria fazer um primeiro filme para estabelecer várias coisas para deixar a personagem livre para o segundo. Agora não consigo ver ela tão livre assim com a história da menina. É como se o filme fosse um passar de bastão, uma nova geração, mas isso aconteceria num quarto ou quinto filme de uma saga, não no primeiro! Com essa menina na história a emotividade de Elektra, seu lado quase maternal, parece fora de lugar. O breve e rápido flerte com o pai da garota não ajuda em nada também, parece forçado. Os vilões são ao mesmo tempo interessantes e descartados muito rapidamente, os tornando desisteressantes... Por outro lado a presença de Terence Stamp é boa fazendo Stick e merece ser mais explorada em outros filmes. As cenas de ação são boas, mesmo que a montagem seja picotada demais (as habilidades de Garner ficam escondidas quando deviam ser expostas abertamente). Há até uma cena meio Hero com panos brancos que é muito interessante. Rob Bowman se mostra um diretor que faz coisas boas em filme, só não consegue acertar o todo (muito por conta das escolhas de roteiro), como já tinha demonstrado nos filmes de Arquivo X e Reino De Fogo (já em séries de tv os resultados são bem melhores justamente por causa dos roteiros). Já que o filme inventou essa garota não custa achá-la então bonitinha, a atriz se chama Kirsten Prout, e pareceu familiar, mas nunca a tinha visto em outro trabalho. Enfim, poderia se dizer que vale pela Garner, de novo, que poderia ser melhor e tal. Quem sabe numa continuação? Pena que estreou em quinto nos EUA, mostrando que o público também não gostou de algumas coisas (e acho que seja a pouca ação na parte central do filme que cai naquele erro de querer contar uma história, quem se importa com isso? a não ser que seja muito boa a trama tem que ser deixada de lado) e fazendo com que a possibilidade de continuações possa ficar diminuída.

Garner com isso mostrou dois lados de sua persona: a sorridente e cômica num filme e a lutadora séria e dramática em outro. Isso nas folgas da série em que ela consegue juntar tudo isso. Bom, até agora a carreira está indo bem, se ela não se afetar com o pé frio do Ben Affleck vai ficar tudo bem daqui pra frente.


posted by RENATO DOHO 3:01 AM
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