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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

terça-feira, fevereiro 01, 2005
Sinais Do Mal (Maléfique)



Interessante suspense francês com toques sobrenaturais. Passado num único cenário, uma cela de prisão, o diretor Eric Valette consegue criar um clima opressivo e de mistério sem ficar preso pelo limitado espaço cênico. Tipos peculiares que dividem uma cela encontram um dia um livro antigo onde há anotações místicas que podem os tirar de lá. Há cenas mais fortes com sangue, mas nada exagerado.

Sylvia - Paixão Além Das Palavras (Sylvia)



Conhecia Sylvia Plath apenas por nome, sem saber de sua história e esse filme com a Gwyneth Paltrow passou desapercebido por todos, até por mim. Apenas vi por acompanhar o seu trabalho. Tive uma boa surpresa, gostei do filme, mas depois vi que o filme não chamou atenção pois muitos criticaram por ser frio, além disso o filme fracassou nas bilheterias. Que estranho, achei um belo filme, que de certa forma me apresentou à poeta (mesmo que o filme em uma hora se concentre mais na vida pessoal que na atividade artística). Prendeu minha atenção mesmo sendo lento, em parte por não conhecer a história real e acompanhar tudo sem saber o final. Gwyneth tem um desempenho muito bom sustentando várias cenas, seja desglamourizada ou elegante. O desequílibrio emocional se mostra mais através do ciúme quase doentio, mas que a diretora nunca afirma ou nega ser infundado. As Horas é um filme de clima parecido. Achei a direção sutil, com belos momentos, mas li por aí que é acadêmico demais, o que não acho em muitas partes como Gwyneth mostrada em muitos claros e escuros, de longe, seja olhando uma janela ou sentada num sofá, ressaltando seus sentimentos no momento e reforçando uma espécie de solidão inerente. Uma cena dela quase no final é até mágica, mas simples ao extremo, ela olhando uma luz no teto. Poderia se explorar mais o lado poeta dela, se bem que nunca achei legal poemas recitados em filmes e o filme parece que não teve permissão da filha de Sylvia para reprodução dos mais famosos. Se o lado poético não pôde ser muito explorado a vida conjugal é mais retratada, com o detrimento dela do fazer artístico por causa dos afazeres do lar ou do mero trabalho (como professora) enquanto o marido alcança cada vez mais glórias literárias. O filme é acima da média e não merecia esse descaso todo. O trabalho de Gwyneth merece ser conferido, assim como da diretora, da trilha, da fotografia e da própria vida de Sylvia e Ted Hughes.


posted by RENATO DOHO 11:36 PM
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