quinta-feira, novembro 30, 2006
684 Unidade De Combate (Silmido) •••1/2
Mais um ótimo filme de sucesso sul coreano que chega por aqui (como Shiri - Missão Terrorista, Zona De Risco e A Irmandade Da Guerra). A mistura de ação com toques políticos permeia todos esse filmes. Aqui há uma história real ainda pouco revelada, por isso com maior liberdade narrativa. A trama básica lembra Os Doze Condenados, onde temos um grupo de condenados que é treinado pelo exército sul coreano para uma missão secreta para assassinar o líder norte coreano (na década de 60). Vemos o treinamento até a metade do filme e o desenrolar das coisas na outra metade. Mesmo tendo toda a ação e violência há uma dramaticidade que quase chega ao melodrama na questão da união daqueles homens e o aspecto patriótico da coisa. Um filme que vale ser conhecido.
Dois É Bom, Três É Demais (You, Me And Dupree) •••
Comédia que parece ser apenas divertida, mas se mostra até dramática e sentimental. O lado cômico é a presença de Dupree na vida recém casada do seu melhor amigo. Toda a outra parte foca no relacionamento desse novo casal, as dúvidas dela quanto ao recém marido e as pressões em cima dele pelo trabalho e o novo sogro. Interessante notar como o filme tenta minimizar os coadjuvantes, deixando o mínimo possível restrito aos 3 (excetuando Michael Douglas e um dos amigos do casal). As mulheres não são mostradas (as que ficam com Dupree, a esposa de um dos amigos). Opção curiosa. Seria para deixar nossa atenção exclusiva em Kate Hudson? O final todo mundo imagina e acaba assim mesmo.
U–Boat – Nas Mãos Do Inimigo (In Enemy Hands) •••
Bom filme de submarino mesmo com orçamento reduzido. Tripulação americana acaba num submarino alemão em plena segunda guerra mundial e em certo momento todos têm que se unir para se salvarem. Os alemães falam em alemão, o que ajuda a não ficar tão falso. William H. Macy é um dos nomes mais conhecidos do elenco que conta com vários atores reconhecidos de séries de tv (Lost, 24 Horas, Six Feet Under). Quem curte o gênero vai apreciar.
Drunken Monkey (Chui Ma Lau) •••
Lau Kar Leung ainda na ativa como diretor. Estava afastado desde Drunken Master III. O mais incrível que é além da direção é o ator mais versátil do filme, com 66 anos à época das filmagens! Por outro lado isso mostra que não deu para utilizar bem a dupla jovem e a mocinha, que lutam, mas não tanto quanto poderiam. Quem manda bem no filme são os veteranos como Gordon Liu e Chi Kuan Chun (o vilão do filme). Há uma mudança no tom do filme de drama de ação para comédia, tentando voltar ao drama no final, o que deixa o filme irregular. Mas as lutas compensam tudo.
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domingo, novembro 26, 2006
Our Daily Bread
Com muita vontade de ver esse documentário, logo!
"The Austrian filmmaker Nikolaus Geyrhalter's superb documentary is an unblinking, often disturbing look at industrial food production from field to factory. "Our Daily Bread" can be extremely difficult to watch, but the film’s formal elegance, moral underpinning and intellectually stimulating point of view also make it essential. You are what you eat; as it happens, you are also what you dare to watch." - The New York Times
"'Our Daily Bread' confia exclusivamente no poder de suas imagens. Não há entrevistas, nem trilha sonora. O filme foi definido como o “2001” da produção de alimentos, por suas imagens futuristas e assépticas, mas lembra muito também “Koyaanisqatsi” (1982), de Godfrey Reggio, pela coleção de cenas de grande força visual, que prescindem das palavras." - Ricardo Calil
Algumas cenas, que na verdade são teasers do filme. Isso que é teaser!
Teaser 1 Teaser 2 Teaser 3 Teaser 4
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sábado, novembro 25, 2006
Borat OST
Divertidíssima trilha sonora da esperada comédia de Sacha Baron Cohen.
Link
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sexta-feira, novembro 24, 2006
Alex Colville
Famoso e aclamado pintor canadense.
Pacific
Essa pintura de 1967 serviu de inspiração para Michael Mann na composição do personagem de Robert De Niro em Fogo Contra Fogo. Podemos ver ali também tanto o Sonny Crockett de Don Johnson quanto o de Colin Farrell. E até o Will Graham de William Petersen.
Horse And Train
Poderosa imagem.
On A River
Virou até capa de um dos livros que estudam sua obra, Alex Colville: Return.
Couple On Beach
As pessoas de costas parecem até uma constante em sua obra. O que pensam? O que estão sentindo?
To Prince Edward Island
E quando o retratado está de frente eis como se apresenta! O que ela vê em nós? O que pensamos? O que sentimos?
Outras pinturas de Colville, aqui.
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Alias - The Complete Collection
Caramba, como gostaria de ter isso!
Num dos extras Steven Spielberg conversa sobre Alias com J.J. Abrams, Jennifer Garner, o diretor Ken Olin, os produtores Sarah Caplan e Jesse Alexander, o diretor de fotografia Michael Bonvillian, e o supervisor de efeitos visuais Kevin Blank.
29 discs with every episode of all five seasons, plus bonus disc of never-before-seen extras including:
• Jennifer Garner's never-before-seen first interview as Sydney Bristow • Exclusive J.J. Abrams interview • Identity theft – Alias' sexiest aliases • Case Closed: Emotional cast reunion from the series finale • Dossier 47 – The Secret of the Infamous Number • Fan montage, bloopers, and more! • Packaged in replica of Rambaldi artifact box, with secret compartment holding the bonus disc • Hardbound book revealing answers to the show's deepest secrets, including introductory letter from J.J. Abrams • Plus commentary on select episodes, deleted scenes, featurettes, bloopers, and other supplements from the original season releases
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quinta-feira, novembro 23, 2006
Na Estante
Ou no armário? Adquiridos nos últimos 2 ou 3 meses.
O Gato Por Dentro: William Burroughs Tristessa: Jack Kerouac
Da boa coleção Pocket Plus da L&PM, 6 reais cada em várias livrarias e bancas (de capital) por aí.
Lembranças De Hollywood: Dulce Damasceno De Brito
Bela edição, cheio de fotos dela com os artistas. Ela até podia ter escrito mais de cada um, mas acho que nem era essa a intenção, tem mais o intuito de ser um álbum de recordações, como se ela estivesse do lado falando um pouquinho de cada artista/foto. Tem até revelação de seu primeiro homem, um ator de razoável fama! Legal que a Dulce deve ter sido uma das primeiras pessoas que fui ver uma palestra quando eu era adolescente, ela ia falar sobre o Oscar. Desde lá tenho simpatia por sua pessoa, lia sua coluna na Set e até tenho um de seus livros. O bom é que nunca se passou por crítica, mas uma jornalista-fã, ainda tendo aquele fascínio quase ingênuo com o cinema hollywoodiano.
Chegando Juntos: Emlyn Rees & Josie Lloyd
Há uns, sei lá, 5 anos atrás eu anotei esse livro pra ler/comprar por ter achado interessante. É escrito por um casal, e tem os dois pontos de vista sobre um casal que se encontra e começa a namorar (acho que é até meio autobiográfico). Nunca vi em promoção ou sebo e o tempo foi passando. Quando vi tempos atrás num sebo em São Paulo eu lembrei que ainda estava na minha lista. Pelo preço quis finalmente riscá-lo da lista e adquirí-lo. Espero que ao menos seja divertido. Um trecho:
Amy, the female protagonist, calling her best friend Helen the morning after meeting Jack, the soon-to-be boyfriend:
H: (sleepily) Hmmm?
Me: (a pause, just so she'll know it's me) Blachhhhhhhhh! (I inject this greeting with as much postpuking throaty misery as I can muster)
H: Blachh-blachh-blachh? Or just blachh?
Me: Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaachh!
H: I'll be right over.
I love H. She understands me.
A Lei Em Randado: Elmore Leonard
Os faroestes do Elmore estão aparecendo de vez em quando na Fnac por 9 reais. Lembro que em Julho, junto com o Ailton, vimos e compramos o O Último Posto No Rio Sabre pelo mesmo preço. Só falta é ler hehe.
Michael Mann: F. X. Feeney Eisner / Miller: Will Eisner & Frank Miller U2 By U2: Bono & The Edge & Adam Clayton & Larry Mullen, Jr.
Os importados. Do Mann era muito aguardado, quase compro em pré-venda. Deve ser o terceiro livro hardcover que compro importado (se não me engano os outros dois são da Jewel e sobre os westerns do Leone) e é sempre diferente ter um em mãos, a capa avulsa (anti-pó, dizem, não?), a encadernação excelente, as folhas de alta qualidade que ressaltam as fotos extraordinárias... que diferença dos daqui (se bem que quase não há esses livros de capa dura por aqui, o Beatles Antologia é um desses). Do U2 era quase obrigatório e também é hardcover. E do Will Eisner e do Frank Miller foi um belo acaso, fiquei sabendo do mesmo semanas antes de encontrá-lo numa livraria. Se não fosse o ao vivo, pegar o livro na mão e folheá-lo provável que iria ficar por meses na minha wishlist da Amazon. O melhor é que tinha desconto que eu não sabia no meu cadastro na livraria, ficando ainda mais tentador a compra. Estou lendo e é muito bom!
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Na Orelha
É mais título que realidade, muitos desses álbuns eu só baixei e ouvi uns 30 segundos de cada faixa. Quem sabe num futuro com ipod possa curtir mais certos álbuns que de outra forma não ouviria.
Aimee Mann - Another Drifter In The Snow Aly & AJ - Acoustic Hearts Of Winter Sarah McLachlan - Wintersong
Tradição americana de lançar cds de natal continua firme. Muitos artistas até gostam de realizar esses trabalhos, nem sempre é uma imposição da gravadora. Ainda acho o da Jewel o melhor. Sei (e pretendo baixar) que ainda tem do Chris Isaak e do Brian Setzer Orchestra este ano.
Jerry Lee Lewis - Last Man Standing Tony Bennett - Duets, An American Classic
Os velhões voltando com aqueles discos cheio de convidados. Os Duets do Sinatra deram cria. Recentemente ouvimos Ray Charles, B.B. King, dentre outros fazendo isso. Outros fazem os seus standards como o Rod Stewart, Paul Anka e Barry Manilow.
Folkways - A Vision Shared
Trilha de um especial que tenho em vhs há anos. Um tributo ao Woody Guthrie e Leadbelly com Bruce Springsteen, U2, Bob Dylan, Brian Wilson, Pete Seeger e outros.
Immediate Music - Epic #1 Immediate Music - Epic #3 Immediate Music - Themes For Orchestra And Choir My Name Is Earl - The Album The Departed X Ray Dog
Trilhas. A curiosidade é ter conseguido álbuns dos profissionais que fazem as músicas para trailers e comerciais, X Ray Dog e Immediate Music. É como se ouvisse a trilha de um filmão cheio de clímaxes e momentos de impacto.
Beirut - Gulag Orkestar TV On The Radio - Return To Cookie Mountain
Devo ter pêgo esses dois por causa de uma lista de melhores álbuns do ano (passado?) ou algo assim.
Gram - Seu Minuto, Meu Segundo The Beatles - Love U2 - 18 Singles U2 - 18 Vertigo 05 (Live From Milan)
Trabalho curioso com as canções dos Fab Four.
Sugarland - Enjoy The Ride
A banda da bela Jennifer Nettles já no segundo álbum. Agora mais conhecida depois da projeção que teve o dueto de Jennifer com o Bon Jovi com Who Says You Can't Go Home que chegou a liderar as paradas country e foi um marco na indústria fonográfica.
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Manns
Saindo em Dezembro.
Na fila pra começar a leitura.
P.S. - uma entrevista com o autor, F.X. Feeney, sobre o livro.
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segunda-feira, novembro 20, 2006
A Cidade Perdida (The Lost City)
Este projeto pessoal de Andy Garcia não consegue se realizar plenamente, seja pelas condições precárias (levou mais de 15 anos para produzir e quando conseguiu não teve tanta grana quanto queria) quanto por escolhas do que e como mostrar. Quem conhece o lado anti-castrista de Garcia não vai ficar surpreso em ver um filme que ousa criticar a revolução cubana, assumindo um ponto de vista de uma família rica cubana. Ao mesmo tempo consegue ter sentimentos contraditórios de nostalgia por uma velha Cuba que nunca foi exatamente bela (com os mafiosos comandando tudo). Qual Cuba Garcia sente saudades? Parece mais uma Cuba de desejo e não de recordações. Fidel, neste contexto, não difere muito do que existia antes. Um dos pontos tocados é o lado artístico, mais reprimido pós-revolução (o roteiro é do famoso escritor Guillermo Cabrera Infante). O personagem de Bill Murray é um dos mais interessantes, parecendo até descolocado da história principal, mas acrescentando um lado cômico crítico importante. Pena o filme ter sido muito atacado, não sendo exibido em muitos lugares, justamente por um dos seus aspectos mais relevantes: uma outra visão da revolução cubana.
Amantes Constantes (Les Amants Réguliers)
Excelente filme de Philippe Garrel, veterano cineasta que só agora tem um filme lançado comercialmente no Brasil. Se não avisassem poderíamos imaginar que o filme foi realizado em 1968 ou perto disso e não em 2005. E com isso não quero dizer que o filme pareça velho, mas a forma de filmar se liga mais a Nouvelle Vague que ao que se faz hoje em dia e o próprio tema tratado ajuda nessa impressão. Um dos mais notáveis aspectos do filme é o uso brilhante do som, principalmente em sua primeira parte, tanto que dispara diversas coisas na mente em meio aos motins que acontecem nas ruas de Paris. Toda a encenação dessa passagem é excepcional, ligando-se diretamente ao que se fala no filme, o poder da arte e da transformação. Algumas sucatas, um pouco de fogo e muito uso do som e caimos diretamente naquele momento histórico sem uma vez pensarmos estar diante de um filme. Também aqui, como no filme de Garcia, retomamos um momento do passado para ser refletido de outra forma através de um grupo de estudantes burgueses que se dividem entre o real e a arte, os que querem "a revolução do proletariado, apesar dele" e os que almejam a pintura e a poesia, e no meio disso se entorpecem com ópio. O filho do diretor é o protagonista e se enamora com uma jovem (a bela Clotilde Hesme), romance que vai pautar a segunda parte do filme e de certa forma refletir o que se mostrou anteriormente, como ação/teoria ou agir/refletir ou mesmo razão/emoção. Muito se disse do filme ser a antítese de Os Sonhadores de Bertolucci, um motivo para que eu finalmente veja o filme. Mas o melhor mesmo seria rever o do Garrel e me perder entre sons e p&b.
A Ponta De Um Crime (Brick)
Um mistério, uma mulher perigosa, informações desencontradas, o submundo de um ambiente relativamente comum, ângulos tortos, trilha jazzistica, falas elaboradas... estamos em terreno noir só que desta vez um noir à luz do dia (em boa parte) e com personagens adolescentes numa típica high school americana. Joseph Gordon-Levitt (Mistérios Da Carne) está à procura da ex-namorada após um telefonema esquisito recebido, para isso vai aos poucos se infiltrando no mundo escondido de um mini-rei do tráfico local. Se a opção de deslocar o noir para esse ambiente e esses personagens é interessante faz também com que fique ressaltada a construção falsa desse tipo de narrativa. Há que se acreditar com um pouco mais de força nesse universo para não achar tudo encenado e beirando o ridículo. O filme ao menos consegue se equilibrar, não se tornando uma piada de si mesmo mas também não conseguindo convencer plenamente. Para quem embarcar na brincadeira pode até achar mais interessante.
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domingo, novembro 19, 2006
Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth)
O que mais chamaram este documentário é de ser um filme em powerpoint. Não deixa de ser, mas acho melhor descrever como uma palestra filmada. Mas que palestra! Al Gore se mostra, como nunca antes, um ótimo palestrante, discorrendo sobre um assunto não lá muito empolgante e conseguindo manter o interesse com dados, comparações, informações, um alerta e humor. Fora isso é um pouco uma forma de renovar sua imagem, pois entre a apresentação vemos seu lado mais pessoal, sua história e sua jornada pelo mundo com essa palestra. O diretor, Davis Guggenheim (marido de Elisabeth Shue), não deixa que o filme se torne enfadonho, precário ou simplesmente puro registro que um mero cinegrafista faria do auditório. É até uma espécie de homenagem ao pai, documentarista com vários prêmios, já que Davis trabalha mais com ficção. O objetivo de difundir para um público maior o que ele tenta fazer com suas palestras é evidente e acho que consegue realizar com ótimos resultados. Não vejo problemas, e espero que possa ser visto na tv aberta, nas escolas e em outros lugares.
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terça-feira, novembro 14, 2006
As Torres Gêmeas (World Trade Center)
Eu quase não falo isso ou tenho essa impressão quando vejo um filme, mas não pude não deixar de sentir que esse novo trabalho de Oliver Stone é uma grande nulidade. Achei realmente péssimo. Sobre 9/11 não diz quase nada, poderia ser qualquer outro evento parecido. Não se tocou em nada polêmico ou no mínimo esclarecedor. Como as comunicações truncadas das equipes que, dizem, chegaram a fazer com que pessoas não evacuassem uma das torres. Sobre a situação enfrentada pelos dois personagens há dois outros filmes que lidam melhor com isso: Apollo 13 (as duas situações em paralelo: a família e os que enfrentam uma situação de risco) e Brigada 49 (e os dois têm finais diferentes). Acho que comecei a achar o filme ruim quando ocorre o desmoronamento, pois antes ao menos havia a expectativa de ver como as coisas seriam postas em andamento. Ninguém ainda tinha feito nada e já estavam enterrados. O que importa a sobrevivência desses dois personagens? Nem os flashbacks lançam alguma luz nisso. Os dramas ficam no nível de um Supercine. Depois entra o personagem do soldado, péssimo. E aí já estamos no resgate! Diante de tantas e melhores histórias reais saídas do WTC escolheram logo essa! Lendo as faixas da trilha sonora bem antes de ver o filme notei que haveria algo de religioso, só que nem nisso há algo mais bem elaborado, seja em visões ou alucinações, apenas uma visão do que pode ser Jesus... O único segundo que parece ser um pouco o que o filme quis passar é aquele pensamento que o personagem de Cage tem ao ser retirado, a solidariedade entre as mais diversas pessoas, só que é justamente esse sentimento (eu diria quase global naqueles dias pós 9/11) que foi soterrado pelas ações da administração Bush logo a seguir. "Oportunidade" como essa de reverter algo ruim em bom os EUA podem não ter mais em sua história. O que é aquela lente de contato da Maria Bello? Ficou falso e se destacou demais. Maggie Gyllenhaal tem boa interpretação, mas isso já é algo regular dela. Pior é que usando esse pomposo nome ele fica meio como que o filme oficial sobre o evento, o que é uma lástima (acentuado pelas legendas finais). Parece realmente filme de encomenda para as vítimas se sentirem bem, por isso o sucesso, só achei estranho a crítica gostar também (ao menos a americana).
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segunda-feira, novembro 13, 2006
Shut Up & Sing
O documentário sobre toda a polêmica que envolveu o grupo Dixie Chicks após um comentário negativo sobre Bush. De líder em vendagens e shows lotados para banidas de rádios, destruição de cds, shows vazios e até ameaça de morte. A volta por cima acontece com o ótimo álbum Taking The Long Way e esse documentário. Mais do que isso é um filme sobre liberdade de expressão. Dirigido pelas documentaristas Barbara Kopple e Cecilia Peck. Vale conferir o trailer.
Trailer
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Inland Empire
"It’s Lynch’s strangest and most difficult film. And it’s the film of the year."
Lynch promovendo o filme numa esquina de Los Angeles.
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domingo, novembro 12, 2006
Reverse Shot - Brian De Palma
Filme a filme com textos duplos para Um Tiro Na Noite, Femme Fatale e Dália Negra.
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sábado, novembro 11, 2006
U218 Singles
Com 16 sucessos, a parceria com o Green Day (The Saints Are Coming) e uma nova: Window In The Skies.
The shackles are undone The bullet's quit the gun The heat that's in the sun Will keep us when there's none The rule has been disproved The stone it has been moved The grain is now a groove All debts are removed
Oh can't you see what our love has done Oh can't you see what our love has done Oh can't you see what our love has done What it's doing to me
Love makes strange enemies Makes love where love may please The soul in a striptease Hate brought to its knees The sky over our head We can reach it from our bed If you let me in your heart And out of my head
Oh can't you see what our love has done Oh can't you see what our love has done Oh can't you see what our love has done What it's doing to me
Oh oh oh oh Oh oh oh oh
Please don't ever let me out of here
I've got no shame Oh no, oh no
Oh can't you see what love has done Oh can't you see Oh can't you see what love has done What it's doing to me
I know I hurt you and I made you cry Did everything but murder you and I But love left a window in the skies And to love I rhapsodize
Oh can't you see what love has done To every broken heart Oh can't you see what love has done For every heart that cries
Love left a window in the skies And to love I rhapsodize
Oh can't you see
Uma edição especial vem com um dvd com 10 músicas de um show da Vertigo Tour em Milão.
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quarta-feira, novembro 08, 2006
Mostra Internacional De Cinema De São Paulo 2006
Esse ano não pude comprar pacote então fui nos últimos dias para tentar ver ao menos algumas coisas. Com isso deixei de ver alguns filmes que gostaria, mas passaram apenas no começo (Mary, O Crocodilo, O Céu De Suely, o do Tsai Ming–Liang, Shortbus, etcs). O que deu pra perceber é que a Mostra não foi feita para o público comum. Filas imensas logo antes dos cinemas abrirem que se não são pêgas no início logo esgotam os ingressos para as sessões umas 5 horas antes. Com isso nada de se programar, é ver o que estiver disponível. Ou se conseguir ingresso para uma sessão a tentação é comprar pra outra a seguir já que foi tanto tempo na fila só pra comprar 1 ingresso, imagine enfrentar outra fila em outro cinema?! Lição aprendida: sem pacote = sem Mostra.
Não vi um filme que me impressionasse tanto quanto nos anos anteriores que sempre tinham um ou dois para compensar todo o resto. Mas também não vi um péssimo, o que é mais comum ver quando se arrisca tendo pacote na mão.
Acompanho a Mostra com mais fervor desde 2001, ano que devo ter adquirido meu primeiro pacote, antes, no máximo, via uns poucos filmes da seleção. Não vi grandes mudanças nesse tempo. O que pode ser uma qualidade pela constância também mostra uma certa imobilidade para mudar. Os catálogos não mudaram quase nada. Os guias de programação também. A central também pouco mudou. As filas continuam aumentando. Ainda há problemas com a legendagem eletrônica (será que não há inovação nessa área?). Os monitores pouco ajudam na prática, deveriam ter mais autonomia, mas são dependentes dos funcionários oficiais dos cinemas selecionados. Por que não contratar pessoas para lidar com a bilheteria (separada da bilheteria do cinema) já que os funcionários do cinema quase nunca sabem informar algo? E uma separação para compras de ingressos para sessões que estão para começar das que só ocorrerão mais tarde, não é uma reclamação constante que não resulta em mudança alguma?
É de se perguntar por que do preço exagerado do livro sobre os 30 anos da Mostra escrito pelo Leon Cakoff. Caso fosse pela Cosac & Naify dava pra entender já que a editora tem o costume de lançar livros de luxo e muito caros, mas o livro foi lançado pela Imprensa Oficial e deveria seguir o exemplo da coleção Aplauso que consegue trazer bons livros por preços acessíveis (9 reais os pequenos e os maiores por 18). E qual é o preço do livro do Cakoff? 50 reais! Na verdade é 60, 50 era o preço “promocional”. Apesar do interesse pela leitura o preço desestimula de imediato. Sinceramente não vale. Mais um pouco e o mesmo valor dá para adquirir um belo livro importado de luxo. Pela fila dos que esperavam o autógrafo do Cakoff no livro deu pra ter uma idéia de quem comprou e comprará o mesmo: poucos privilegiados.
Os poucos filmes que vi:
Belle Toujours – Sempre Bela (Belle Toujours) ••••
Manuel De Oiiveira, 97 anos e com uma vivacidade cinematográfica incrível. Toda a cena do jantar é maravilhosa, incluindo o aceno para Buñuel.
Síndromes E Um Século (Sang Sattawat) ••••
Estrutura semelhante ao Mal Dos Trópicos. Impressões e sensações mais do que narrativas. Um retorno ou um recomeço. Depois fui saber que muito vêm das memórias do diretor. Mais para o final cenas extraordinárias que não dá pra explicar, como a do cano do exaustor ou da velhinha olhando para nós (eu queria até que o filme terminasse ali).
Leonard Cohen – I’m Your Man (Idem) ••••
Fãs do Cohen não tem como não gostar. Vemos um show em sua homenagem com gente como Rufus e Martha Wainwright, Nick Cave, Teddy Thompson, Jarvis Cocker, Beth Orton, The Handsome Family, Perla Batalla, Julie Christensen e outros cantando as famosas canções de Cohen. Entre cada apresentação sabemos mais do próprio Cohen sobre sua vida, seu trabalho, sua passagem pelo budismo, sua forma de escrever e outros assuntos que soam (The Edge diz algo parecido) como se fossem proferidas pelo próprio Deus para nós, simples mortais. Naquela voz há tanta sabedoria e experiência que até dá arrepios. Ao final, Cohen canta uma canção e meio como convidados especiais o U2 é a banda de apoio dele (a apresentação é separada do show). Ver e ouvir isso numa tela de cinema não tem comparação. Não fãs não sei como reagiriam diante do filme. A trilha sonora vale ser adquirida.
Juventude Em Marcha (Idem) •••1/2
Muito bom o filme de Pedro Costa, só faltou algo a mais que esperava encontrar como aquele começo espetacular. As câmeras fixas, as relações familiares e as cenas em interiores me fizeram lembrar um pouco de Ozu. Só que Costa dá um tom mais de aprisionamento com seus enquadramentos (já Ozu evocava outras sensações). A língua dos personagens nem parece o português que estamos acostumados.
Edmond (Idem) •••1/2
Um típico filme de David Mamet, sem ser sua direção. A jornada do personagem de William H. Macey parece deslocada, atrapalhada e cheia de erros e ódios, mas dá pra entender tudo com aquele final, aquele visual, o que ele se torna na prisão explica e ironiza muitas das posições e atitudes que o personagem tomou durante a narrativa.
O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias •••1/2
Um trabalho muito legal do Cao Hamburger sobre o passado, a infância e a história. Cao revela bom gosto na escolha das atrizes, seja a garotinha amiga do protagonista ou a mãe ou a garçonete do bar. Há uma falta de cartase lá pro final que é até encenada (a volta do velho, vindo da polícia), mas só o fato dele estar no apartamento e não na entrada corta a emoção que ia num crescendo com o moleque caminhando pela rua. O corte mata todo o sentimento, aí o abraço final soa fraco, montado.
Paris, Te Amo (Paris, Je T’Aime) •••
Se eu falar que é irregular não passa de obviedade. Achava que seria na maioria uma visão romântica de Paris, com curtas sobre o amor. Mas não vi exatamente isso, vi mais é uma liberdade em abordar o assunto que cada diretor queria trabalhar. Uma qualidade é a grande quantidade de cineastas envolvidos, fazendo com que os curtas tivessem pouca duração, assim não deixando que algum segmento mais fraco prejudicasse o todo, pois logo acabaria para a exibição de outro.
Pela ordem de exibição:
Montmartre, de Bruno Podalydès •• - sem graça Quais de Seine, de Gurinder Chadha ••• - depois soube que é a diretora de Bend It Like Beckham, por isso a boa química dos dois jovens atores Le Marais, de Gus Van Sant ••1/2 - uma leve decepção Tuileries, de Ethan Coen & Joel Coen •••• - um dos melhores, bem engraçado, trabalhando bem esteriótipos e com um excelente ritmo Loin du 16ème, de Walter Salles & Daniela Thomas ••1/2 - mesmo tendo Catalina Sandino Moreno achei mais ou menos Porte de Choisy, de Christopher Doyle ••1/2 - bem, é inusitado... Bastille, de Isabel Coixet ••1/2 - se fosse maior poderia ser mais trabalhado Place des Victoires, de Nobuhiro Suwa •••1/2 - me convenceu da metade pro fim, com a Juliette Binoche mais uma vez triste Tour Eiffel, de Sylvain Chomet ••• - parece um comercial bem humorado extendido Parc Monceau, de Alfonso Cuarón ••1/2 - plano sequência com Nick Nolte e Ludivine Sagnier, mas parece uma piada filmada, com uma surpresinha sem graça no final, nem a Ludivine aparece de perto pra compensar... Quartier des Enfants Rouges, de Olivier Assayas •••• - ótimo! filmagem, romance, drogas, Maggie Gyllenhaal, Assayas! Place des Fêtes, de Oliver Schmitz ••• - o que tem mais cara de ser crítico Pigalle, de Richard LaGravenese •• - mesmo com Fanny Ardant e Bob Hoskins é só regular Quartier de la Madeleine, de Vincenzo Natali •••• - uma surpresa muito boa, um terror com Elijah Wood e com um ótimo final, o diretor é o de Cubo Père-Lachaise, de Wes Craven ••1/2 - um pouco bobo, com fantasma de Oscar Wilde sendo interpretado por Alexander Payne! Faubourg Saint-Denis, de Tom Tykwer •••1/2 - um bom resumão de romance entre um cego e uma atriz com a sempre cativante Natalie Portman Quartier Latin, de Frédéric Auburtin & Gérard Depardieu ••1/2 - vale só pelo encontro de Gena Rowlands e Ben Gazzara 14th arrondissement, de Alexander Payne •••• - tem um quê de Schmidt no curta, mas Payne contorna isso e faz um belo trabalho mostrando uma ótima Margo Martindale, fica na linha tênue entre a ridicularização do personagem (uma americana obesa, falando um francês fraco e bem simplória, visitando Paris) e a valorização de seus sentimentos
A Última Noite (A Prairie Home Companion) •••
Um bom e típico Altman com vários atores, diversas ações paralelas e um humor nem sempre na mesma linha (uma hora pode ser refinado e sutil, outra pode ser grosso e pastelão). Boas performances tanto de interpretação quanto musicais. Acho que só faltou mesmo algumas canções mais significativas no repertório, para mostrar mais a riqueza da música country (algumas personalidades do meio poderiam ter feito mais participações especiais, incluindo nas composições).
O Homem Duplo (A Scanner Darkly) ••1/2
Muito parecido com Waking Life, só que aqui mais cansativo pois a trama só engrena mesmo perto do final, e quando a trama fica interessante acaba. Todo o resto parece um falatório dispensável sobre pouca coisa de importância. Poderia ter sido apresentado como filme mesmo ao invés de animação.
Wal Mart – O Alto Custo Do Preço Baixo (Wal Mart – The High Cost Of Low Price) ••1/2
Vale mais pelo que mostra e discute e menos pela apresentação visual que é feia, com muita coisa tirada de vídeo, tv e filmada sem muito cuidado. O produtor se encontrava na sessão. Não ficaram só nos EUA, mas também gravaram na Inglaterra, China e outros países. Ex-funcionários é que mais dão depoimentos das condições de trabalho na Wal Mart. Faltou um pouco mais da história da rede, ficamos sabendo mais, por exemplo, do pequeno negócio de família de uma cidade que recebeu o Wal Mart do que toda a construção do império. Poderia ter mais gente gabaritada dando entrevistas também, para não soar como se fosse apenas um bando de desconhecidos reclamando da toda poderosa. A maior curiosidade é conhecer as táticas que a empresa utiliza com seus funcionários, seus clientes e fornecedores para conseguir ser uma das grandes do mercado (se não me engano a maior em sua área de atuação). Obviamente que a desculpa principal que a empresa pode alegar (mas o documentário não enfatiza muito) é de proporcionar preços muito baratos para seus clientes (o que justifica o subtítulo do filme). Um aspecto que não ligava e achei importante foi a parte que denuncia o total descaso com a segurança dos clientes nos estacionamentos da rede, várias reportagens e casos são apresentados e somente depois de um tempo que algumas medidas foram tomadas. Há também a exibição de lutas populares contra a Wal Mart, com significativas vitórias em vários locais. Aqui no Brasil seria curioso se pegassem Casas Bahia, Extra e Rede Globo para documentários na mesma linha.
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terça-feira, novembro 07, 2006
Fall Season
Começam as estréias de novos seriados e novas temporadas nos canais por assinatura essa semana. Alguns destaques:
The New Adventures Of Old Christine (Terça / 20:00 / Warner)
A nova temporada da comédia estrelada por Julia Louis Dreyfus estréia logo após o fim da primeira temporada, não é preciso esperar.
What About Brian? (Terça / 22:00 / Sony)
Comédia dramática criada por J. J. Abrams.
The Nine (Quarta / 20:00 / Warner)
Um assalto à banco e como isso modifica a vida de 9 pessoas. Somente aos poucos veremos todo o assalto, o que conta mais são as repercussões. No elenco: Scott Wolf (Party Of Five), Chi McBride (Boston Public), Kim Raver (24 Horas) e Tom Verica (Central Park West).
30 Rock (Quarta / 20:30 / Sony)
Comédia criada, escrita, produzida e estrelada por Tina Fey. Alec Baldwin participa. Só estréia dia 15.
Justice (Quarta / 21:00 / Warner)
Série de tribunal que interessa aos fãs de Victor Garber (Alias) e Kerr Smith (Dawson's Creek).
Smith (Quarta / 22:00 / Warner)
Série sobre assaltantes profissionais que já foi cancelada (apesar dos elogios), teve 8 episódios. O interesse é o elenco: Ray Liotta, Virginia Madsen, Simon Baker, Amy Smart, Jonny Lee Miller e Shohreh Aghdashloo.
CSI (Quinta / 22:00 / Sony)
Estréia da nova temporada. E para minha felicidade finalmente a atriz Louise Lombard que faz a Sophia Curtis aparece na nova abertura!
Weeds (Quinta / 23:45 / GNT)
Segunda temporada dessa excelente série estreiando.
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E a Fox voltou a reprisar a série Committed que durou uns 13 episódios. Toda segunda às 19:00 passam 2 episódios. É a chance de fãs da graciosa Jennifer Finnigan (agora num seriado dramático, Close To Home) apreciarem o lado cômico da atriz (ficando irresistível).
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E na tv aberta há vários seriados passando, mas em horários que às vezes nem as emissoras fornecem corretamente. Na Globo passa Arrested Development, Boston Legal e outros em horários e dias desconhecidos. No SBT passa com nomes esdrúxulos séries como The Closer (Divisão Criminal), Joey (Vida De Artista), One Tree Hill (Lances Da Vida), Medical Investigation (Esquadrão Socorro), Invasion (Invasão), Carnivale e Veronica Mars. E na Record temos Monk e CSI.
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O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)
Achei que não ia gostar, mas até que gostei. Não vi a tal interpretação da Meryl Streep que todos falavam, achei correta e só. A Anne Hathaway se mostrou até boa. Por um momento o filme quase cai na sedução da moda e só se recupera no final, só que se visto bem não há uma real crítica ao mundo da moda, a crítica vale para muitos outros empregos de competição podendo ser numa empresa, numa redação de jornal, na bolsa de valores, etcs. Caso realmente quisesse cutucar o mundo fashion outros argumentos e situações deveriam ter sido mostrados. Não é à toa que personalidades desse mundinho aparecem no filme que finge ser crítico, mas só reforça o status quo. Destaque para a coadjuvante que faz a primeira assistente, ela chama atenção pelo bom trabalho.
Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine)
Todo o cenário armado pelo filme parece vir diretamente de um filme do Todd Solondz: menina estranha querendo ser miss, pai palestrante de auto ajuda, cunhado gay suicida, avô viciado, etcs. A família americana de subúrbio pronta para ser ridicularizada. E isso quase acontece, mas falta ao filme (ainda bem) um cinismo e amargor que Solondz tem de sobra. Os momentos de humor compensam (a melhor cena sendo da buzina com defeito, algo que independe de quem está sendo retratado ou ridicularizado). O final é meio Um Grande Garoto (tem até Toni Colette no elenco pra forçar a semelhança) com os adultos ajudando a criança no palco. E o diálogo de tio e sobrinho sobre Proust ajuda a dar uma visão mais humana das relações sem que para isso se sustente em posições como "sou freak mas sou feliz" ou "diante de outros freaks sou normal".
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segunda-feira, novembro 06, 2006
Wood & Stock – Sexo, Orégano E Rock‘N’Roll
Divertida animação de Otto Guerra com os personagens criados pelo Angeli e dublagem de personalidades como Rita Lee (muito boa!) e Tom Zé. Como lida com assuntos adultos (drogas e sexo, principalmente) não tem no público infantil um alvo. O público jovem e adulto que curtirá, só que não sei se ele irá conferir justamente por ser um desenho. Fora a história principal de Wood e Stock outros personagens de Angeli aparecem em tramas paralelas que aqui e ali se juntam ao principal. A idéia da banda Chiqueiro Elétrico é ótima (não é que várias bandas deviam botar um porco como vocalista? soariam melhores). A trilha é bem legal, com várias canções da banda Júpiter Maçã. É um trabalho que merece ser apreciado (antes que saia de cartaz).
O Grande Truque (The Prestige)
Nada pior que um filme sobre mágicos saber qual o truque no meio da coisa. O filme tem seu interesse, mas tenta se sustentar em algo muito previsível (dá pra saber de cara qual o truque do personagem de Bale e o de Jackman, então as revelações e flashbacks soam ridículos). Scarlet meio perdida e jogada de escanteio. Boa presença de David Bowie e Michael Caine. A construção dos personagens é meio problemática: o personagem de Bale vira injustiçado e o de Jackman vilão? Desde quando? Até o final ainda simpatizava com o personagem de Jackman, mas toda a trama faz com que Bale vire o mocinho (sem nunca convencer), afinal a arrogância dele em dar o nó fatal na esposa de Jackman e outras trairagens (como a que faz Jackman ter problema em uma das pernas) parecem ser ignoradas ou relevadas... Até o fato dele enganar esposa e amante (fica claro que os irmãos se alternavam nos papéis não sendo fixo o que amava a esposa ficar com a esposa toda hora e com a amante idem) parece querer soar como normal ou justificável para ser um grande mágico (o tal do grande "sacrifício"). Podia ser bem melhor.
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domingo, novembro 05, 2006
9
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