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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, abril 13, 2007
Anjos Da Vida – Mais Bravos Que O Mar (The Guardian)

Aventura nas mãos do competente Andrew Davis com Kevin Costner não tem erro. Consegue empolgar, emocionar (um pouco vai, ou só porque eu sou fã do Kevin?) e dar um retrato mais realístico dos salva vidas da guarda costeira. O interessante é que no meio da produção ocorreu o Katrina e é incorporado no roteiro, dando até um aspecto de homenagem em boa hora (caso tivesse sido realizado depois poderia soar congratulatório demais). A estrutura do roteiro não é novidade: veterano muito condecoração sofre um trauma e começa a treinar futuros oficiais e encontra no mais rebelde um pouco dele mesmo. Os resgates não são nada espetaculares, o que é ótimo, não fazendo da rotina de trabalho deles algo glamouroso (inclusive eles não são muito bem vistos por oficiais da marinha). Davis, mesmo num tanque de estúdio, consegue ótimos resultados. E, o melhor, Ashton Kutcher não atrapalha! Gostei do final (que nos extras do dvd vemos que o estúdio quis, por precaução, finais alternativos) que dá um toque até mitológico para a história, como um antigo conto do mar.

Volver (Idem)

Um bom filme de Pedro Almodóvar que quase é sabotado por tudo que se envolveu em termos de promoção e marketing. Mesmo quem não sabia nada do filme ao menos tinha noção que o personagem de Penélope Cruz encontrava a mãe já morta (seja em trailers, entrevistas e até fotos como a já clássica de mãe e filha abraçadas num banco). Bom, não é que isso só vai ocorrer mesmo lá no fim do filme? Meio frustrante isso, dava até pra pensar em muitas outras expurgações que a relação mãe e filha geraria e não ocorrem. Pior que o encontro talvez não ocorra mais cedo apenas deixar espaço para a surpresinha final o que realmente não é o aspecto mais importante do filme. Mesmo assim o filme corre tranqüilo.

Armadilhas Do Coração (The Importance Of Being Earnest)

Tem todo aquele clima de adaptações de textos clássicos ingleses, seja Jane Austen ou, como aqui, Oscar Wilde. Até os atores se repetem nessas produções (ah... Judi Dench, que surpresa... Colin Firth, novidade...). Mas Oliver Parker conduz bem e faz tudo soar simpático. Reese Witherspoon no elenco é o elemento diferencial (se pensarmos bem nem tanto já que atrizes americanas fazendo dramas ingleses de época são comuns, ao menos as de talento). Troca de identidades, amores enfrentando barreiras sociais e os quiprocós de sempre.

Beerfest (Idem)

Divertida comédia de uma turma que não tinha visto algo ainda, os Broken Lizards (que dizem ser um Monty Python com menos talento). O humor é levemente diferente do costumeiro, mesmo que o tema seja bem similar (campeonato de cerveja). Falando nisso haja cerveja sendo consumida no filme (e nas filmagens como se pode ver nos extras). Não tem como não ficar com sede, mesmo quem não beba. E não é nem algo de apreciação como vemos naqueles filmes de culinária, aqui é beber muito e rápido. O elenco é quase todo desconhecido (a não ser para quem é fã do grupo) o que é até algo bom hoje em dia. Há poucas piadas grosseiras e não tem um estilo meio amador que às vezes aparece nessas comédias. O curioso é adivinhar quem do grupo é o diretor, eu até fiquei surpreso ao ver quem era ao final.

O Contrato (The Contract)

Um thriller convencional que conta com nomes conhecidos como John Cusack, Morgan Freeman e direção de Bruce Beresford. O encontro dos dois atores e a trama que os faz ficar juntos é meio banal demais, só que conforme vamos assistindo não irrita, dá um bom Supercine com ação e tiroteios na floresta.

Filhos Da Esperança (Children Of Men)

Decepcionante filme de Alfonso Cuarón (começo a achar que o único filme dele que gostei mesmo foi A Princesinha). Tirando os famosos planos seqüência (bem realizados) o filme sofre para ir a algum lugar (e pior que já dá pra se saber onde tudo isso vai dar). Não há realmente algo de forte tanto no protagonista quanto na mulher grávida que nos faça querer que eles cheguem a qualquer destino. É um tanto faz, tanto fez que vai contra o filme que tenta dar importância ao que eles estão fazendo. Julianne Moore é desperdiçada e logo some da estória. Michael Caine, se isso significa o quanto seu personagem é significativo, é mais lembrado pela piada sem graça sobre... peido! Enfim, tanto dinheiro pra quase nada.


posted by RENATO DOHO 7:20 PM
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