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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quarta-feira, novembro 07, 2007
My Sassy Girl (Yeopgijeogin Geunyeo)



Maravilhoso filme coreano escrito e dirigido por Jae-Young Kwak e estrelado pela fantástica
Gianna Jun que faz um personagem inesquecível. Tudo começa quando um jovem ajuda uma garota muito bêbada no metrô e se envolve com ela. O filme mistura muito bem a comédia com o romance que vai surgindo aos poucos. Além disso sutilmente há até espaço para a ficção científica se alguém notar alguns pequenos detalhes, fazendo com que repensemos alguns momentos do filme. Com um estilo todo próprio o que mais chama atenção é a personalidade arisca da moça, seu físico e visual todo gracioso enganam, pois é briguenta, mandona, exigente e cheia de excentricidades. Poderia até se pensar se tratar de um personagem fictício, mas o filme é baseado num livro auto-biográfico onde o autor relata seu relacionamento real com essa garota, primeiramente em na forma de textos na internet. O próprio filme mostra essa trajetória, sendo metalinguistico quando ele recebe a proposta da realização de um filme baseado nos seus textos. Há momentos antológicos tanto cômicos quando emocionais. Toda a parte final é de ver com lágrimas e um sorriso no rosto. Atualmente um remake americano (como não poderia deixar de ser) está para ser lançado com a Elisha Cuthbert no papel principal. Não sei se conseguirão adaptar bem um relacionamento extremamente oriental (na minha visão) para uma forma mais ocidental.

Soube depois que Gianna Jun fez o filme Il Mare que já foi refilmado nos EUA como A Casa Do Lago. Também trabalhou novamente com Jae-Young Kwak no filme Windstruck onde faz uma policial, mas o filme é um romance (e verei em breve). Estreiará no mercado ocidental fazendo a protagonista da adaptação do anime Blood - The Last Vampire.

Damages - Primeira Temporada
Californication - Primeira Temporada

Duas das melhores novas séries que vi essa temporada. Duas de tvs pagas (FX e Showtime) só que uma é um drama legal de primeira e a outra uma comédia com duração menor, como a prima Weeds do mesmo canal. Apenas Californication está passando por aqui (na Warner). Damages conta com um elenco espetacular que tem Glenn Close, Ted Danson, Rose Byrne e Zeljko Ivanek (ótima revelação) em episódios que conseguem ganchos que prendem a atenção de momento a momento. A história se baseia no escândalo da Enron e há uma batalha de grandes entre o dono da corporação que foi a falência e a advogada que atua em nome dos empregados enganados. Que eu me lembre Ted Danson nunca esteve tão bem fazendo um fdp. Um dos criadores veio de The Sopranos. Mario Van Peebles dirige dois episódios (um deles um dos melhores quando passado e presente se juntam numa ótima tomada) e faz uma ponta como ator. A trama foi feita para durar 13 episódios e fecha muito bem, mas deixa gancho (sensacional) para uma próxima (ainda não confirmada). Mesmo não tendo uma segunda temporada o seriado se sustenta como uma ótima minissérie. Californication marca a volta de David Duchovny à telinha e volta muito bem, em alguns episódios você esquece que ele um dia foi Fox Mulder, ele vira Hank Moody. A presença de Natascha McElhone como a ex-namorada que tem uma filha com ele é muito importante para a credibilidade da narrativa. Com ela acreditamos em como ele sente sua falta, em como ela é muito mais do que as outras (e Hank tem diversas), e em como ela tem algo de especial. Se escolhessem errado metade do seriado perderia sua força. Também as escolhas de Evan Handler como seu agente e Madeline Zima como a Lolita do inferno são acertadas. A trama? Hank é um ácido escritor novaioquino que tem um sucesso literário transformado num insosso sucesso hollywoodiano (e feito pelo casal Tom Cruise e Katie Holmes, obviamente não explicitamente mencionados), por isso está agora morando na Califórnia e enfrenta um grave bloqueio criativo, tendo que recorrer a única alternativa de escrever um blog contra a vontade enquanto tenta recolocar a vida nos eixos, não sem antes ter muito sexo e drogas. A temporada teve 12 episódios, uma segunda foi confirmada e termina de uma forma inesperada como se fechasse a trama (por isso as dúvidas do que pode ser abordado na segunda temporada). O criador, por mais estranho que pareça, vem de Dawson's Creek, Stephen Hopkins dirigiu o piloto, o marido da Julianne Moore outro e até John Dahl dirigiu um episódio. Um diretor mais constante foi Scott Winant de My So Called Life e Huff.

posted by RENATO DOHO 7:46 PM
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