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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, dezembro 17, 2007
Big Nothing

David Schwimmer e Simon Pegg numa comédia de humor negro dirigida por Jean-Baptiste Andrea (Rota Da Morte) que envolve um desastrado plano criminoso amador. O papel de Natascha McElhone poderia ter sido melhor trabalhado. Tem bons momentos e o final, ainda bem, segue o espírito do filme. Acho até que é um filme que se sustenta numa revisão.

Garçonete (Waitress)

Um filme agridoce pois marca o primeiro e último trabalho de Adrienne Shelly como diretora. Ela foi assassinada quase que ao final da montagem do filme. Keri Russell está adorável e acho que ela está num bom momento de retomada e renovação de carreira (após anos sob o estigma de eterna Felicity). Vários momentos de humor lembram Hal Hartley, que Shelly atuou em vários filmes, principalmente na hilária seqüência quando Keri fica verdadeiramente feliz (a buzina também tem algo do antigo senso de humor de Hartley). Aos curiosos a menina que aparece no final é a filha de Shelly, o que dá ainda mais um aperto no coração, não intencional.

Antes Só Do Que Mal Casado (The Heartbreak Kid)

A surpresa é que ri em vários momentos do filme e quase chegou no status de O Amor É Cego que é o filme dos Farrellys que mais gosto (que eu nem acho engraçado, gosto mais do romance deste filme, ao contrário desse novo onde só se salvam algumas partes de humor). Há semelhanças entre os protagonistas masculinos desses filmes. Só não tem um personagem como a da Gwyneth Paltrow que era muito bem trabalhado e visto carinhosamente. O estranho é que achei muito pior o homem que as mulheres, o cara é insuportável, mas o filme tenta mostrar que é a esposa que é chata ou louca. Pra mim, pior é o caráter do homem, esse se mostra incorrigível. Achei que a esposa foi moldada em Cameron Diaz, como se fosse escrito pra ela, com vários de seus trejeitos e tiques. Há várias partes chatas e pouco criativas e com muitas piadas velhas (duas antigonas logo no início: ele na mesa só de crianças no casamento e a mulher no restaurante vista pela vitrine com a música enfatizando a piada - achei que ao menos teria algo de novo ao invés de apenas aparecer o homem que está com ela; uma outra mulher ao menos mostraria uma situação atual).

Bee Movie – A História De Uma Abelha (Bee Movie)

A volta de Jerry Seinfeld se mostrou mais didática do que engraçada. Talvez por estar falando com o público infantil Seinfeld ficou mais preocupado em mostrar a vida das abelhas e contar uma história do que ter boas piadas. No máximo você sorri de certas situações. Pra completar o dilema principal é adulto demais para crianças: a crise do indivíduo diante da carreira que terá pela vida (a não ser que o público alvo seja vestibulandos). As referências à A Primeira Noite De Um Homem só adultos reconhecerão. Lembra bastante Formiguinhaz, ainda mais se lembrarmos que o protagonista é dublado pelo Woody Allen. Algo que faltou, talvez por receio de alguma coisa, foi concretizar o relacionamento entre a dupla central - um romance "interracial" entre abelha e humano. Ficou na amizade e o protagonista virou assexuado. Seria muito legal ao menos um beijo entre os dois.

Águias De Fogo (Thunder Birds)

Filme de William A. Wellman sobre uma prestigiada escola de pilotos no início da segunda guerra mundial onde ocorrerá um triângulo amoroso entre um jovem piloto, seu treinador e uma jovem moça. Gene Tierney está absolutamente maravilhosa, algo de ficar fascinado com tanta beleza, ainda mais em technicolor. As cenas aéreas (mais no início) são excelentes, uma pena que hoje em dia são cada vez mais raras. De resto o filme é bem tradicional e o narrador surgindo no início e no fim dão o tom de propaganda patriótica de guerra, envelhecendo-o.

A Lenda De Beowulf (Beowulf)

Não muito a dizer a não ser que é o filme é bem chato e sem graça. A técnica ainda é precária, ainda mais com relação aos olhos, que estragam quase todas as cenas dramáticas (melhor usar essa técnica somente para ação e com os personagens de costas hehe), aumentando ainda mais a sensação de estarmos diante de marionetes (e, pior, sem os recursos cênicos de expressão corporal que as marionetes têm para realçar a dramaticidade). E não vemos nenhuma das transas do filme...


posted by RENATO DOHO 3:06 PM
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