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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, janeiro 14, 2008
Bem Vindo Ao Jogo (Lucky You)

Curtis Hanson vem se mostrando um dos diretores mais regulares e clássicos da indústria. Este seu mais recente filme é um bom exemplo de sua competência e discrição. É um filme que não desperta a atenção num primeiro momento (assim como o anterior, Em Seu Lugar) e só nos conquista mesmo quando começamos a ver. Uma boa apresentação de personagem, uma fala marcante que o caracteriza como um jogador inveterado, que sabe ler as pessoas e os créditos iniciais ao som de Bruce Springsteen. Estamos em Las Vegas e vamos acompanhar a vida dele, feito por Eric Bana, impulsivo e emocional no jogo, e o oposto em sua vida pessoal, até que surge Drew Barrymore no seu caminho e vamos saber da ligação dele com o personagem que Robert Duvall interpreta. Como nos filmes de esporte aqui quem não souber um pouco de pôquer pode ficar ou perdido ou desinteressado, mas o que vale é o estudo comportamental. E num jogo onde o blefe é virtude o encontro com a ética acaba em colisão (como as duas irmãs quase opostas de Em Seu Lugar) e isso vai guiar as futuras decisões do protagonista, inclusive o final pouco compreendido. Nos extras ficamos sabendo que quase todos os participantes das mesas são profissionais reais do pôquer e a busca por realismo foi primordial para Hanson. Há alguns poréns como o personagem de Robert Downey, Jr. que aparece e some e a exploração de Las Vegas que, para quem acompanha CSI há anos, já não apresenta novidade alguma, Hanson não consegue apresentar um novo ângulo ou aspecto inédito da cidade, mesmo que ele filme como se estivesse revelando a cidade para o espectador. O filme foi mal recebido pelo público e uma das críticas mais comuns era a total falta de identificação com o protagonista que quase não apresenta boas qualidades. Eu, ao contrário, não senti isso. Dito isso, é mais um bom trabalho do diretor.

Valente (The Brave One)

Jodie Foster nunca esteve tão masculinizada como aqui, o que é curioso pois logo após finalmente se assumiu lésbica na mídia. Neil Jordan além de perder toda oportunidade de acrescentar algo a mais neste filme de justiça com as próprias mãos (como o mau uso do trabalho dela com som) acrescenta uns cacoetes irritantes como entortar a câmera toda hora pra mostrar o estado de espírito da protagonista (com a trilha ajudando) ou botar objetos, vidros e distorções para ficar ainda mais óbvio o que quer dizer. E isso tudo para um roteiro banal e grosseiro (como colocar a personagem, que viveu toda a vida em NY e aparentemente sem grandes problemas, em poucos dias a mais situações de crime e violência do que o tolerável e isso antes dela mesmo começar a procurar por isso) com um final ainda mais constrangedor. Só não é pior porque pode se passar ok como um filme de vingança.

The Ten

Paul Rudd, Famke Janssen, Winona Ryder, Adam Brody, Gretchen Mol, Liev Schreiber, Jessica Alba, Oliver Platt, Justin Theroux... nada salva o filme de ser péssimo. É 'incrível' o nível das histórias e a que esses atores se sujeitaram. Pior que Paul Rudd, que eu tenho simpatia, além de ser uma espécie de host do filme também é o produtor. Shame on you, Rudd!


posted by RENATO DOHO 2:11 PM
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