Três Vezes Amor (Definitely, Maybe) Não achava que essa comédia romântica seria tão legal. Duas coisas legais: uma brincadeira entre pai e filha sobre a verdadeira história do encontro dele com a mãe dela só que com os nomes trocados para a filha tentar adivinhar quem é sua mãe (e o espectador também não saber) e o paralelo de sua história com toda a geração anos 90 no que ela aspirava, representava e acabou virando. A campanha de Bill Clinton à presidência, os ideais de mudança, a chegada dos celulares, Kurt Cobain, a geração perdida, os escândalos na Casa Branca, a morte de Cobain, a vinda de Bush... Tudo vai se misturando na biografia de todos os envolvidos, do protagonista e das mulheres que vão cruzar seu caminho (Elizabeth Banks, Rachel Weisz e Isla Fisher). Lembrando que o título original remete ao famoso disco do Oasis da época. A filha (Abigail Breslin) serve de crítica da narrativa, antecipando situações pelas estruturas apresentadas (consciência do próprio filme, já ressaltada pelo começo quando há a escolha da trilha de abertura). O diretor e roteirista, Adam Brooks, é o mesmo do também bom Uma História A Três (que também lidava com como se conta uma história e com três pessoas envolvidas amorosamente).Stupeur Et Tremblements Adaptação do livro Medo E Submissão da autora Amélie Nothomb que é autobiográfico contando a experiência de um ano dela trabalhando numa corporação japonesa. Nothomb é belga, mas nasceu no Japão e sempre teve a vontade de trabalhar numa firma japonesa, por isso conseguiu o emprego e passou por momentos marcantes e traumatizantes lá. A escolha da atriz principal, Sylvie Testud, foi acertada, misturando impressões e sentimentos que o livro transmite (mesmo que ela não pareça em nada com a verdadeira Nothomb). Sua atuação foi premiada e é dela a força maior do filme. Há tanto falas em francês quanto em japonês. O cotidiano e o método de trabalho japonês numa grande corporação são os elementos de maior curiosidade e naqueles tempos são bem acurados (hoje a situação pode ter se modificado). Boa parte dos acontecimentos do livro estão no filme. Pra quem leu o livro apreciará o filme, quem não conhece a história pode curtir do mesmo modo.Regras Do Brooklyn (Brooklyn Rules) Um retrato muito legal de três amigos de longa data e o crescimento de cada um deles tendo o bairro do Brooklyn como cenário entre as décadas de 80 e 90, envolvendo a máfia no meio. Feito pelo roteirista de Sopranos e o diretor de American Buffalo. Alec Baldwin faz o mafioso. Há de se perdoar que Freddie Prinze Jr. seja um dos protagonistas, mas nem ele consegue estragar a bela história de amizade que fica parecendo um episódio de um spin off de Sopranos, pois muitas das características da série são percebidas na narrativa do filme. Um dos amigos é feito pelo ator que faz o Turtle em Entourage. O elenco feminino conta com Mena Suvari e Monica Keena (que não reconheci e só percebi depois ao rever suas cenas). Há um background real sobre o que acontecia com a máfia americana, interferindo na história contada.Delírios (Delirious) Nova parceria entre Tom DiCillo e Steve Buscemi abordando o mundo das celebridades e os paparazzi. Michael Pitt é um sem teto que é ajudado por um paparazzo que recusa a se achar um (prefere ser considerado um fotógrafo) e que vai se envolver com uma estrela pop em ascenção (Alison Lohman). Bons momentos que deixam na média da produção do DiCillo e que consegue criar um final digno.O Homem Que Veio De Longe (Boom) Um filme fascinante e esquisito, não indicado para a maioria. Joseph Losey adapta Tennessee Williams com o casal da época, Elizabeth Taylor e Richard Burton, numa ilha do mediterrâneo. Dizem que a maioria estava bêbada durante as filmagens, o que não é nada surpreendente. Alguns planos de Losey são belos, algumas partes parecem vir de Fellini, só que junto com Godard e o texto de Williams para misturar tudo.Minha Super Ex-Namorada (My Super Ex Girlfriend) Besteira que às vezes diverte, mas que vale é pela presença da Anna Faris, mesmo que Luke Wilson e Uma Thurman sejam os principais.Como Roubar Um Banco (How To Rob A Bank) A inadequação de abordagem que estraga o filme. É uma comédia? É um thriller de assalto à banco? São os dois, mas nenhum é bem realizado. Compensa a presença de Erika Christensen, por outro lado há a presença constrangedora do Gavin Rossdale (ex-Bush e marido da Gwen Stefani). E quem notar bem uma voz vai sacar quem aparece no final do filme. posted by RENATO DOHO 12:53 PM . . . Comments:
- quase a cotação posterior, exemplo:
