O Preço De Uma Vida (Give Us This Day) Brilhante trabalho de Edward Dmytryk realizado quando já estava fora dos EUA, por causa do macarthismo (o filme, tão americano, foi filmado na Inglaterra). Em tons neo-realistas Dmytryk adapta o famoso livro semi-autobiográfico Christ In Concrete de Pietro Di Donato que fala da vida de imigrantes italianos, operários da construção, na Nova York do período pré e pós depressão. Desempenhos poderosos de grande parte do elenco em especial de Sam Wanamaker e Lea Padovani (atriz italiana que mal falava inglês). Um dos melhores filmes sobre imigrantes italianos nos EUA e um dos favoritos do próprio Dmytryk. O filme foi muito pouco visto nos EUA quando lançado e somente com o tempo foi sendo reconhecido, mas ainda não é tanto quanto deveria. Que bom que a Lume Filmes lançou o filme em dvd por aqui (com extras).Nosso Amor De Ontem (The Way We Were) Curioso, esse é um daqueles filmes que você sempre ouviu falar, mas pouco sabe de sua história ou força e aí, num dia qualquer, resolve tirar esse atraso e descobre uma verdadeira pérola. Um dos melhores filmes de Sydney Pollack. Agora sim dá pra entender o encanto que gerações de pessoas (talvez mais mulheres) têm pelo filme. Ele é cheio de momentos memoráveis e visto nos dias de hoje é até engraçado notar o quanto outros filmes e seriados homenageavam/plagiavam, sem que com isso o filme original pareça ultrapassado. Quem mais "tirou o chapéu" pro filme recentemente foi o seriado Sex And The City e não tem como não achar que a relação Carrie e Mr. Big não venha diretamente do casal feito por Barbra Streisand e Robert Redford. O filme traz um sentimento nostálgico muito forte, pelo visual e pela música, pois senti quase que estava revisitando um filme que nunca vi. E é tão bom que até a canção tema da Barbra é boa (e, ainda bem, foi legendada no dvd nacional que contém quase uma hora de extras). Sem dúvida, um filme para o rol dos grandes filmes de relacionamentos já feitos.O Clube De Leitura De Jane Austen (The Jane Austen Book Club) Olha só, o filme tem um elenco cheio de atrizes interessantes (Maria Bello, Emily Blunt, Kathy Baker, Amy Brenneman e Maggie Grace), mas (ou talvez por isso mesmo) quem cativa é o personagem que o ator Hugh Dancy interpreta. O cara é muito legal e o ator mostra um grande carisma fazendo o papel ser muito simpático sem que vire gay. Pois talvez seja através dele que os espectadores masculinos entram na história e ele não se torna algo inconveniente (afastando esse público). A trama, baseada num livro, é muito calcada nos livros de Jane Austen e quem os conhece curtirá ainda mais todas as referências, só que não prejudica quem não conhece (como eu). Um grupo de mulheres que variam de situações, status, idades e personalidades se reune para discutir os livros da Jane Austen para fortalecer a amizade e ajudar uma das amigas que passa por um divórcio inesperado. E meio sem querer um jovem entra para o grupo, todo entusiasmado com a idéia. A direção é de uma iniciante, Robin Swicord (também roteirista), que mostra que conhece bastante o universo retratado (mulheres e Jane Austen, inclusive modificando muito bem certas partes do livro na adaptação). A influência de Jane Austen é tanta que quase todas as tramas vêm de seus livros, por isso qualquer decisão narrativa já foi tomada muito tempo atrás, nos livros. posted by RENATO DOHO 4:25 PM . . . Comments:
- quase a cotação posterior, exemplo:
