Raising The Bar - Primeira Temporada Série da TNT criada por Steven Bochco (NYPD Blue, LA Law, Commander In Chief) e David Feige (ex-defensor público) sobre o cotidiano das pessoas envolvidas nos tribunais: advogados de defesa, promotores e juizes. A história foca mais na defensoria pública, na promotoria pública e numa juíza. A primeira temporada teve 10 episódios e ela já começou sendo uma eficiente série de tribunais e com o tempo evoluiu para um ótimo drama sobre aqueles personagens, sem perder de vista o direito e como isso norteia e baliza as vidas dessas pessoas. Nisso a subtrama do assistente da juíza que era gay enrustido mas se envolvia sexualmente com a juíza galgando a escada profissional, que poderia facilmente ser a história para mostrar traições, riscos de descoberta, manipulações e busca pelo poder, acabou virando um poderoso drama de auto-afirmação resultando num episódio que se vai às lágrimas (e não lembro de nenhum outro episódio de outras séries que vejo dessa temporada que provocou isso). Claramente foi o personagem que mais evoluiu na temporada, adquirindo uma personalidade real, com dramas reais. O protagonista (mesmo todos tendo sua cota equilibrada de participação) é um jovem idealista com forte senso de justiça e ética, sempre mal vestido e desarrumado que luta pelos casos mais difíceis e sofre as maiores conseqüências de não estar num sistema justo. Como boa parte ali, tanto da defesa quanto da promotoria, são colegas de universidade há uma amizade para além das esferas profissionais, por isso o encontro no bar após o fim do expediente é comum e os antes opositores na tribuna viram amigos de copo. Depois do término da série O Desafio foi muito bom encontrar outra série que abordasse esse lado da justiça, a defensoria, no caso pública, e as constantes interpretações erradas do trabalho dela, que pode facilmente ser criticada à primeira vista. Os casos, sem grandes extravagâncias, apresentam um olhar crítico de como o sistema funciona em que pequenos delitos ou erros podem se enrolar nas leis e acabar com a vida das pessoas, como o simples é bem mais complexo e como não há o certo ou o errado em muitas questões. O sólido elenco conta com Mark-Paul Gosselaar, Gloria Reuben, Jane Kaczmarek, Melissa Sagemiller, J. August Richards, Jonathan Scarfe, Teddy Sears, Currie Graham e Natalia Cigliuti, uma boa adição a partir do segundo episódio. Não há ganchos para a próxima temporada, mas há algumas conclusões importantes e aberturas para o que pode vir a ser explorado futuramente. A série foi renovada. A única coisa a se lamentar é que poucas pessoas viram a série por aqui, já que nem legendas em inglês ficaram disponíveis, mas é provável que a TNT daqui passe a série em breve. posted by RENATO DOHO 2:18 PM . . . Comments: