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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sexta-feira, fevereiro 27, 2009


Carta De Uma Desconhecida (Letter From An Unknown Woman)

Grande filme de Max Ophüls com uma Joan Fontaine em estado de glória e uma das grandes histórias de amor já mostradas. Ainda vi pouco desse maravilhoso cineasta.



… E A Vida Continua (The Talk Of The Town)

Ótimo filme de George Stevens com Cary Grant e Jean Arthur em suas melhores formas. E numa trama que gira em torno de uma falsa acusação e perseguição há um triângulo amoroso bem ousado aos olhos mais maliciosos de hoje (ou não, já era algo malicioso na época).

O Lutador (The Wrestler)

A resurreição de Mickey Rourke e Darren Aronofsky. Mesmo não tendo visto o anterior de Aronofsky acho que esse filme segue as mesmas idéias que ele vem tentando problematizar em seus filmes, seja no auto-sacrifício, na perdição do excesso, na procura de conhecimento, no consequente fracasso dessa jornada e na aceitação final da condição última de cada ser. Nisso ele consegue fazer o melhor final dentre seus filmes.



A Raposa Do Mar (The Enemy Below)

Filme de guerra muito bom em que Robert Mitchum, comandando um navio em plena segunda guerra mundial, duela com um submarino alemão. Empolgante, o filme utiliza muito bem o cenário real do oceano e do navio. O duelo de xadrez entre os comandantes seria reprisado em diversos outros filmes.

Inferno Nos Céus (633 Squadron)

Outro filme de guerra mas desta vez no estilo 'homens numa missão', no caso uma operação secreta de um esquadrão de aviões para aniquilar uma fábrica de bombas nazista. Curioso relacionamento entre os dois homens e a irmã de um desses (subtexto gay?). A parte final, memorável, apesar dos efeitos terem envelhecido, vai fazer a platéia de hoje se lembrar da sequência da Estrela Da Morte em Star Wars, pois George Lucas foi influenciado por esse filme na criação daquele final.

Frost / Nixon (Idem)

Quando Ron Howard consegue um bom roteiro ele se destaca na condução dos atores (geralmente o melhor aspecto de seu trabalho) fazendo com que um filme de base teatral, assunto político e quase que somente com dois protagonistas não fique em momento algum arrastado e monótono. O desempenho dos dois atores principais é irrepreensível.

Marley & Eu (Marley & Me)

Daqueles filmes que quando terminam você descobre porque a fonte original (o livro) fez sucesso e cativou muitas pessoas, fica óbvio. Boa parte do filme é comédia com as atrapalhadas do cachorro que um casal começa a criar e que os segue durante a formação da família. Nessa parte a parte dramática é mais da relação do casal, das brigas, das tentativas de gravidez, dos empregos, etcs. Apenas na parte final que o filme fica realmente emotivo e não tem como não derramar lágrimas, principalmente pelo filme ter ressaltado (e creio que o livro faça isso também) o lado trapalhão, irritante, incontrolável do cachorro e não o seu lado carinhoso ou heróico. Exaltar todo o lado que aparentemente mais deu dor de cabeça e mesmo assim nos comover é a grande qualidade da história.



O Curioso Caso De Benjamin Button (The Curious Case Of Benjamin Button)

Não tem como não achar diversas semelhanças entre esse filme e Forrest Gump, e por isso mesmo tudo parece reprisado, e pior, com total falta de ligação romântica entre os protagonistas, o casal nunca convence, há uma grande falta de química e nisso todo o filme não tem base para se sustentar (nisso a frieza do David Fincher mais atrapalhou que ajudou). E ao final senti a falta de um próposito ou sentido maior, fazendo com que o filme se perdesse nas memórias conforme os dias passaram.

Operação Valquíria (Valkyrie)

Thriller de guerra fora de hora, sem importância. Mesmo com algumas sequências bem orquestradas a impressão maior é de desperdício de elenco, de projeto e de relevância. Principalmente diante de um fato que já foi tratado em outros filmes, sem muitas diferenças.

Stalingrado (Stalingrad)

O filme é visto pelo olhar alemão da famosa batalha da segunda guerra mundial. Talvez por esse fato o filme não tenha me cativado e tenha achado tudo desinteressante (diversas vezes queria saber mais do outro lado). Mesmo as cenas mais brutais não me despertaram nada.



O Leitor (The Reader)

Filme fúnebre (os dois produtores do filme morreram, Anthony Minghella e Sidney Pollack) e sem grandes novidades. Ruim ter um protagonista que você começa a achar um babaca de primeira e uma protagonista sem charme. Em certo momento o filme funciona mais como "a aventura do aprendizado" do que os temas que quer abordar (a culpa alemã, nazismo, responsabilidade). Ou as cenas em que ela vai ouvindo os livros é para ser emocional? Fica parecendo uma brincadeira de mau gosto do protagonista, um ato covarde ao extremo que é mostrada de forma a comover. E aquele péssimo final então é ainda pior.


posted by RENATO DOHO 7:14 PM
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