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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

terça-feira, agosto 25, 2009
Raising The Bar - Segunda Temporada



Continuou ótima essa série, não mudando sua estrutura e tendo como principal diferença o visual de seu protagonista: Jerry Kellerman finalmente corta o cabelo! Aquele jeito relaxado da primeira temporada foi corajoso, deixar o protagonista ser tão pouco atraente ajudou a estabelecê-lo como íntegro e idealista, onde sua personalidade se sobrepôs à sua aparência. Agora isso já não era preciso e ele mesmo percebe que o seu visual pode ajudá-lo em seus casos diante do tribunal.

O número reduzido de episódios (12, a primeira temporada teve 10) apresenta vantagens e desvantagens. Fica-se querendo mais, mas ao mesmo tempo há a chance apresentarem apenas os casos que valem à pena, sem aqueles episódios com casos mais ou menos. Como o seriado se sustenta em casos, episódio a episódio, isso faz com que uma maior quantidade de episódios não seja prejudicial como seria em outros seriados com arcos dramáticos fechados que necessitam de episódios tapa buracos.

Se na primeira temporada a sub-trama que mais chamou atenção foi a emocionante saída de armário de um personagem na segunda todas tiveram o mesmo peso, destacando o desfecho de um casamento, o início de um relacionamento e a descoberta de um objetivo maior.

A emoção sempre esteve presente e na grande maioria das vezes ela girava em torno dos casos e não da vida pessoal dos personagens, isto é, conseguiam apresentar um caso e criar empatia com o público a ponto dele se emocionar no final do episódio, sem se sustentar em informações de episódios passados. E os casos, como sempre, mostram o corriqueiro de forma com que vejamos a importância de cada caso na vida dos acusados. Não são casos espetaculares, mas aparentemente quase banais, dando um clima de vida real aos casos, como a pessoa não ter alguns dólares para pagar ao tribunal e por causa disso poder ficar sem casa e de como isso é de importância crucial na vida dessas pessoas e em como os defensores fazem de tudo para resolver esse problemas. Cria-se aquele sentimento de, dependendo de quem veja, inspirar novas pessoas para o direito, principalmente para o cargo de defensores públicos.

A cada episódio fica-se com algo para pensar sobre o sistema judiciário, os ideais pessoais e como a ética e a lei se embaralham.

Um novo personagem recorrente nessa seghunda temporada foi o juíz Albert Farnsworth, uma figura, que sempre carrega sua enorme pistola. O ator fazia um personagem recorrente e marcante em Ally McBeal como um peculiar psiquiatra.

Todo elenco continua muito bom com a bela Natalia Cigliuti se destacando e Currie Graham atuando mais na bancada em alguns casos e sempre com sua arrogância e sacadas que conquistam pelo cinismo. Como ele (chefe da promotoria) falando para sua jovem promotora diante de um caso difícil que ela tem em mãos:

“You're beautiful. You know how can you use that? By been a sweetheart. The way you look people automatic wanna be on your side. But if you're beautiful and nice, people'll bend over backwards for you. I promise!”

Infelilmente a série tem pouca repercussão por aqui já que nem legendas em inglês podem ser encontradas, reduzindo as chances de ser vista. Como a série saiu em dvd lá fora há a chance de sair por aqui, ao menos.

Espero que a série continue pois há potencial para várias temporadas ainda e é difícil ficar muito tempo sem uma boa série de advogados pra ver toda semana.


posted by RENATO DOHO 5:12 PM
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