Raising The Bar - Segunda Temporada Continuou ótima essa série, não mudando sua estrutura e tendo como principal diferença o visual de seu protagonista: Jerry Kellerman finalmente corta o cabelo! Aquele jeito relaxado da primeira temporada foi corajoso, deixar o protagonista ser tão pouco atraente ajudou a estabelecê-lo como íntegro e idealista, onde sua personalidade se sobrepôs à sua aparência. Agora isso já não era preciso e ele mesmo percebe que o seu visual pode ajudá-lo em seus casos diante do tribunal.O número reduzido de episódios (12, a primeira temporada teve 10) apresenta vantagens e desvantagens. Fica-se querendo mais, mas ao mesmo tempo há a chance apresentarem apenas os casos que valem à pena, sem aqueles episódios com casos mais ou menos. Como o seriado se sustenta em casos, episódio a episódio, isso faz com que uma maior quantidade de episódios não seja prejudicial como seria em outros seriados com arcos dramáticos fechados que necessitam de episódios tapa buracos.Se na primeira temporada a sub-trama que mais chamou atenção foi a emocionante saída de armário de um personagem na segunda todas tiveram o mesmo peso, destacando o desfecho de um casamento, o início de um relacionamento e a descoberta de um objetivo maior.A emoção sempre esteve presente e na grande maioria das vezes ela girava em torno dos casos e não da vida pessoal dos personagens, isto é, conseguiam apresentar um caso e criar empatia com o público a ponto dele se emocionar no final do episódio, sem se sustentar em informações de episódios passados. E os casos, como sempre, mostram o corriqueiro de forma com que vejamos a importância de cada caso na vida dos acusados. Não são casos espetaculares, mas aparentemente quase banais, dando um clima de vida real aos casos, como a pessoa não ter alguns dólares para pagar ao tribunal e por causa disso poder ficar sem casa e de como isso é de importância crucial na vida dessas pessoas e em como os defensores fazem de tudo para resolver esse problemas. Cria-se aquele sentimento de, dependendo de quem veja, inspirar novas pessoas para o direito, principalmente para o cargo de defensores públicos.A cada episódio fica-se com algo para pensar sobre o sistema judiciário, os ideais pessoais e como a ética e a lei se embaralham.Um novo personagem recorrente nessa seghunda temporada foi o juíz Albert Farnsworth, uma figura, que sempre carrega sua enorme pistola. O ator fazia um personagem recorrente e marcante em Ally McBeal como um peculiar psiquiatra.Todo elenco continua muito bom com a bela Natalia Cigliuti se destacando e Currie Graham atuando mais na bancada em alguns casos e sempre com sua arrogância e sacadas que conquistam pelo cinismo. Como ele (chefe da promotoria) falando para sua jovem promotora diante de um caso difícil que ela tem em mãos:“You're beautiful. You know how can you use that? By been a sweetheart. The way you look people automatic wanna be on your side. But if you're beautiful and nice, people'll bend over backwards for you. I promise!”Infelilmente a série tem pouca repercussão por aqui já que nem legendas em inglês podem ser encontradas, reduzindo as chances de ser vista. Como a série saiu em dvd lá fora há a chance de sair por aqui, ao menos.Espero que a série continue pois há potencial para várias temporadas ainda e é difícil ficar muito tempo sem uma boa série de advogados pra ver toda semana. posted by RENATO DOHO 5:12 PM . . . Comments: