domingo, novembro 01, 2009
Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds)
Tudo transcorria na média (mesmo comigo mais bocejando e vendo as horas do que o normal) do que os últimos Tarantinos me causam (um grande tédio) até que quando Aldo é capturado e Shosanna morre achei que tudo poderia chegar num nível no mínimo bom. Ledo engano, o final mostra como Tarantino foi (é) extremamente covarde (novidade alguma vindo dele) sabotando seu filme e se refugiando mais uma vez na tal "terra-encantada-do-mundo-do-cinema", sempre fugindo a qualquer responsabilidade, encontrando as mais diversas justificativas a posteriori para isso. O que poderia ser algo sobre o ciclo de vingança que não traz resultado algum se transforma em usar o cinema como a arma final da vingança. O plano de Shosanna dá certo, e sua morte é quase algo de mártir com aquele filminho que ela fez; o coronel Landa faz o tratado mais retardado da história (e isso que ele é sempre visto como inteligente); Aldo se safa intacto (e com escalpos) e Hitler é metralhado sem só (para delírio coletivo). Começa com aqueles créditos que mudam de fonte e aquela musiquinha manjada de sempre pra terminar naquela autocongratulação ao final, o cara realmente se acha... Pior é a aclamação de tudo isso. Algumas coisas positivas: aquele prólogo bem construido, Brad Pitt (e não Aldo, pois só funciona por ser Brad Pitt quem está na tela) falando italiano, a revelação Christoph Waltz e beleza de Mélanie Laurent. Negativas eu nem cito pois são muitas (o que são aqueles mini-flashbacks explicativos redundantes?!).
E entrando no espírito do próprio Tarantino somente algo surge na cabeça, sinceramente, como um pedido ou desejo: morra Tarantino!
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