Amélie Nothomb

Talvez chegue essa semana o livro encomendado As Catilinárias da Amélie Nothomb. Ela é ótima. Tenho e li seus dois livros lançados por aqui, sua bibliografia:

1992: Higiene Do Assassino (Hygiène De L’Assassin).
1993: Les Sabotage Amoreux.
1994: Les Combustibles.
1995: As Catilinárias (Les Catilinaires).
1996: Péplum.
1997: Attentat.
1998: Mercure.
1999: Medo E Submissão (Stupeur Et Tremblements).
2000: Métaphysique Des Tubes.

Espero que traduzam mais livros dela.

Uma resenha do livro:

As Catilinárias narra a difícil convivência de vizinhos

Maria Gonzáles

No enredo enxuto, mas de tirar o fôlego, de As Catilinárias, quarto livro da escritora belga Amélie Nothomb, um casal de franceses, Juliette e Émile Hazel, intelectuais medíocres e remediados, se aposenta sonhando com a felicidade idílica de uma vida no campo, longe de tudo e de todos. Ao encontrarem a casa dos seus mais ousados sonhos, descobrem que, junto com ela, vem uma vizinhança insuportavelmente desagradável, personificada na figura de Palamedes Bernardin, um médico abelhudo e inoportuno que faz de suas vidas um inferno, desafiando todas as regras de conduta pelas quais se acostumaram a programar suas existências. Com ele, vem a esposa, uma grotesca montanha de carne à qual se dá a identidade de Bernardette. A situação que se cria no confronto das inviabilidades do mastodôntico casal Bernardin com a família Hazel chega a um paroxismo de non sense, montando um fascinante quebra-cabeça que progressivamente vai se tingindo aqui e ali de nuances surrealistas, até chegar, contraditoriamente, à única solução lógica. Amélie Nothomb vem despertando a atenção da crítica européia não só pela qualidade de sua obra, mas em especial pela alegre crueldade com que manipula seus personagens, que já a transformou em "cult" dos modernos europeus. A receita corrosiva faz da sua obra um irresistível sopro de novidade em um mundo cada vez mais enquadrado e sem graça.

posted by RENATO DOHO 6:31 AM

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