quarta-feira, fevereiro 26, 2003
Desafio Radical (Extreme Ops)
Sabe que é um filme bem divertido? E estranho, vejamos: não tem uma história mesmo, a trama que poderia ser a do filme vai aparecer só depois de metade do filme; há saltos na narrativa toda hora e não se vê preocupação da parte dos realizadores com relação a isso; não há heróis e não vamos ter os que vão morrer e os que vão sobreviver na turma dos bonzinhos (como na grande maioria desses filmes). Ação vai ter de 10 em 10 minutos, difícil é achar uma seqüência que fique muito parada. Quem é fã de snowboarding vai adorar o filme. O elenco não é grande coisa mas identificamos de imediato a personalidade de cada um do grupo e não confundimos um com outro. A trama? Equipe de filmagem de um comercial vai para a Áustria gravar uma avalanche com esquiadores descendo a ladeira e vão encontrar um ditador foragido dado como morto. Enfim, é uma boa diversão, com trilha tecno nas boas cenas de ação. E tem Bridgette Wilson. Por outro lado muita gente vai achar que é uma compilação de cenas de esportes radicais numa traminha básica em formato de filme.
Percebi que filmes com cenas na neve em montanhas sempre me atraem, pois esse filme me fez lembrar de Limite Vertical e Risco Total, dois que acho bem bacanas. Fora a cena da avalanche de Triplo X.
Deus É Brasileiro
Se compararmos com os trabalhos anteriores de Diegues (tirando o episódio de Veja Esta Canção com o Pedro Cadoso que é bom) o filme é acima da média, mas agora como filme por si próprio começam os defeitos... Que narrativa mais desconjuntada é essa? Que personagens mais mal desenvolvidos são esses? Que final mais sem sentido aquele? Que coadjuvantes mais ruins são aqueles que parecem recitar suas falas? E que ritmo frouxo é esse? Wagner Moura realmente tem bons momentos, o que ajuda o filme, mas o personagem de Paloma Duarte é uma nulidade sem sentido, totalmente perdida que vai assim seguindo "Deus", se apaixona, logo após vira puta e acaba é ficando com outro (isso em quanto tempo real?!) e "Deus" então? Que quer porque quer encontrar o tal santo (que é ateu e ele devia saber disso), reclamando todo o tempo e depois de toda busca ele só vai voltar de onde surgiu na maior paz, já que aparentemente o único propósito de sua vinda foi fazer com que Taoca e Madá ficassem juntos. E olha que eles nem precisavam de Deus pra isso. Agora, de ficar surpreso é a bilheteria do filme, batendo 1 milhão de espectadores (só Cidade De Deus e Xuxa E Os Duendes 2 conseguiram a façanha)! Mas depois que Casamento Grego fez todo esse sucesso não fica difícil explicar.
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terça-feira, fevereiro 25, 2003
Babilônia 2000
Mais um bom documentário de Eduardo Coutinho que levou várias equipes de filmagem para dois morros do Rio para acompanhar o último dia do ano de 1999. Boas histórias e pessoas retratadas. O que se tem a pensar é intrigante: qual seria o interesse de se ver um documentário assim para uma pessoa que tem contato íntimo com sua realidade, que já presenciou fatos similares ou conhece muitas vidas parecidas como as que estão na tela? Pouco? Não sei, mas infelizmente vejo que muitas vezes o documentário serve para uma certa classe social distante dessa realidade que só quer tomar contato com esse mundo através da visão de outros, seja um livro, um filme, um quadro ou um cd e no seu dia a dia esquiva-se e evita as mesmas pessoas que ao assistir num documentário aprecia e até se emociona junto. Que contradição. Espero que os filmes do Coutinho não sirvam no geral pra isso, para que seja cool ver e tomar contato com uma realidade apenas pela tela do cinema, quando ela está aqui e ali, pertinho da gente.
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segunda-feira, fevereiro 24, 2003
Cd 2,99
* Shooting Rubberbands At The Stars: Edie Brickell & New Bohemians.
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domingo, fevereiro 23, 2003
Eyes
O primeiro trabalho profissional de Steven Spielberg no piloto de Night Gallery de Rod Serling é espetacular! Spielberg com 21 anos consegue conduzir o elenco adulto muito bem (mais do que bem, só ver a interpretação magnífica da Joan Crawford) e em meia hora desfila uma noção aguda de composições de quadro, montagem, transições e ritmo. A seqüência no escuro chega a ser antológica. Curioso notar o sol aqui despontando na sua carreira, um símbolo tão presente. Aula de cinema! Pra rever sempre.
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Recomendado
Primeira vez que este blog recebe recomendação de alguém, leiam no blog da Fernanda. Aproveitando fica a recomendação do blog dela também, o Mujer Al Borde De Un Ataque de Nervios.
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Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver
Seria melhor que o primeiro? Não sei, talvez sim, a seqüência no inferno é ótima. Mas os dois filmes mantêm a qualidade e criatividade de Mojica, só que nessa continuação o lado terror predomina enquanto no primeiro apenas no final se manifestava. Ótimas cenas, primitivas e honestas. Nem precisa se falar dos diversos extras do dvd, que abundam nessa coleção especial.
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sábado, fevereiro 22, 2003
Prenda-Me Se For Capaz (Catch Me If You Can)
Surpreendentemente o filme mais leve da carreira de Steven Spielberg! Um feito para quem no mesmo ano fez Minority Report. Leve, mas pessoal, muitas coisas são similares nas biografias de Frank e Steven. O mais interessante de tudo é que é um filme de época que mais consegue falar de um tema atual, o filme nada mais é que o melhor filme de hacker até o momento! Spielberg consegue conduzir tudo de maneira suave, não há grandes momentos de ação e nem de emoção, mas apenas uma boa história sendo contada, sem clímaxes. A abertura é muito boa e a trilha bonita. DiCaprio e Hanks estão bem e os coadjuvantes também (Walken, Sheen e Baye). Pena que Jennifer Garner só apareça em uma cena. A figura do pai é central no filme, quando geralmente é distante ou ausente nos filmes do Spielberg. Algumas coisas que volta e meia você acaba se lembrando do filme (para ver sua sutil profundidade): os pais de Frank dançando no tapete manchado, o túnel no aeroporto que Frank e Carl se encontram ao final, a nova família da mãe de Frank sendo vista pelo vidro frontal por dentro carro enquanto o limpador de vidros passa, as embalagens de Coca Cola na carteira falsa de Frank, e "do you concur?".
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Batalha De Honra (Twin Warriors / Tai Chi)
Lutas espetaculares nesse filmão de Yuen Woo Ping com Jet Li e Michelle Yeoh. Produção do próprio Jet. Bom, o que dizer? Vejam! As cenas de lutas (abundantes) são maravilhosas e o enredo não atrapalha, acrescentando humor, tornando tudo muito agradável. Li interpreta o criador do Tai Chi.
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Atração Irresistível (Music From Another Room)
Motivo para se ver esse filme: Gretchen Mol. Tinha que ser ela para entendermos a paixão que Jude Law sentirá por ela. Chega a ser acima da média dos dramas românticos com destaque para coadjuvantes especiais que dão um toque diferente ao filme: Brenda Blethyn, Jennifer Tilly (a história dela com o latino Jesus é até bonita), Martha Plimpton e Jane Adams. Pena que o filme não possa dar profundidade a cada personagem em separado por ter que se concentrar no casal central. Engraçado que há a utilização de uma canção num momento chave que tenho certeza um amigo iria adorar, pois essa canção me faz lembrar de uma situação deste amigo com um garota, quer dizer, é a canção romântica deles e não minha, mas trouxe esse sentimento para mim também ao ver a cena, legal. Pra quem é fã da Gretchen Mol o filme tem que ser visto (Jude Law está bem), pelos vários momentos do filme ou ao menos por uma pequena cena (linda) quando a família está declamando um poema anônimo mandado para ela enquanto ela se senta ao lado de Jude Law (alheio ao fato e o real mandante do poema) e o olha de forma diferente pela primeira vez. Só esse olhar vale tudo.
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O Mistério Da Libélula (Dragonfly)
O Sexto Sentido de Kevin Costner? Parece, mas não é. Tema de espíritos, algumas crianças e com final surpresa, só isso de semelhante, mas a diferença é que aqui o final é o motivo principal do filme, enquanto em Sexto Sentido o que mais se destaca é a relação do adulto com o garotinho. O final não chega a ter grande emoção, mas o filme como um todo é competente.
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O Pornógrafo (Le Pornographe)
Interessante filme mesmo que não inteiramente cativante. Jean-Pierre Léaud é um velho diretor pornô que foi para o gênero por protesto e acabou fazendo carreira. Sua relação com o filho é distante por causa disso. Em meio à filmagem de um novo filme ele vai enfrentar as crises de auto-estima, se separando da atual esposa e tentando restabelecer contato com o filho. Há uma cena explícita de sexo, nada de mais, logo no começo.
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quinta-feira, fevereiro 20, 2003
A Arte Marcial No Cinema (The Art Of Action - Martial Arts In The Movies)
Documentário bem realizado e didático sobre a arte marcial no cinema, desde o templo Shaolin passando pela Opéra De Pequim, os filmes mudos, os primeiros clássicos, o surgimento e morte de Bruce Lee, Jackie Chan, os novos diretores inovadores (Tsui Hark, John Woo, Yuen Woo Ping), Jet Li, O Tigre E O Dragão e a influência no cinema americano. Vários entrevistados: David Carradine, John Woo, Jackie Chan, Ang Lee, Coren Yuen, Kirk Wong, McG, Sammo Hung, Lau Kar Leung, Steven Seagal (!), Ronny Yiu, Cheng Pei Pei e outros. Para iniciados pode parecer mais do mesmo, mas para leigos vale conhecer o filme, soube de coisas que não conhecia como a predominância das mulheres no começo dos filmes de artes marciais, a lenda de Wong Fei Hung, a grande referência ao diretor Cheh Chang, que Tsui Hark estudou cinema no Texas e fora as cenas de filmes raros mudos e de outros que não vi. Apresentado por Samuel L. Jackson.
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Desejos de consumo
Features for The Killers (1946 Version):
New digital transfer
Andrei Tarkovsky's 1956 student film version of The Killers
Video interview with writer Stuart M. Kaminsky
Screen Director's Playhouse 1949 radio adaptation, starring Burt Lancaster and Shelley Winters
Actor Stacy Keach reads Hemingway's short story
Production and publicity stills
Essay by Jonathan Lethem
Paul Schrader's seminal 1972 essay "notes on film noir"
Music and effects track
Features for The Killers (1964 Version):
Reflections by star Clu Gulager
Excerpts from Don Siegel's autobiography
Production correspondence including memos, broadcast standard reports, and casting suggestions
Production and publicity stills
Essay by Geoffrey O'Brien
Music and effects track
New high-definition digital transfer, supervised by cinematographer Raoul Coutard
Visual glossary, including film clips and stills, detailing cultural references and wordplay emplyed by Godard throughout Band of Outsiders
Exclusive video interviews with Raoul Coutard and actress Anna Karina
Interview excerpts with Godard from 1964 and rare behind-the-scenes footage of the director and his crew shooting Band of Outsiders
Two theatrical traiers, including Godard's original
New and improved English subtitle translation
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terça-feira, fevereiro 18, 2003
Crime E Castigo (Pride & Joy)
Minissérie em 4 edições escrita por Garth Ennis e desenhada por John Higgins. Mais um bom trabalho do Ennis, desta vez girando em torno do passado de um pai, sua relação com o filho e uma fuga. Também entra na história a relação do personagem principal com seu pai e discute o tolo universo masculino que esconde fraquezas em pose de coragem e os antigos pecados que não podem ser perdoados. Seria até mais o caso da minissérie se chamar Pais & Filhos hehehe
Hard Boiled - À Queima Roupa (Hard Boiled)
Frank Miller escreveu e Geoff Darrow desenhou. Os desenhos de Darrow são impressionantes pelo detalhismo e a loucura visual que empresta a cada quadro. É um grande exemplo de quadrinho feito específicamente para o meio, não serveria para o cinema por exemplo. A edição nacional está ótima, para colecionador.
Recebi as hqs de Bad Boy (Frank Miller / Simon Bisley) e A Origem De Hitman (Garth Ennis / John McCrea).
Estou com bastante coisa pra ler aqui: Ás Inimigo (Garth Ennis / Chris Weston & Christian Alamy & Russ Heath), Miracleman (Alan Moore / Alan Davis), Santo Dos Assassinos (Garth Ennis / Steve Pugh), Tio Sam (Steve Darnall / Alex Ross), As Aventuras Da Liga Extraordinária (Alan Moore / Kevin O'Neill), Estranhos No Paraíso (Terry Moore), Elektra Vive (Frank Miller) e vários outros.
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segunda-feira, fevereiro 17, 2003
Austin Powers Em O Homem Do Membro De Ouro (Austin Powers In Goldmember)
O começo é ótimo com participações especiais de gente bem famosa (que não falo aqui pois a graça é a surpresa de cada personalidade para o papel escolhido), mas depois o filme vira uma coisa bem sem graça, com alguns momentos engraçados aqui e ali, mostrando que o filme seria melhor se fosse um sketch de Saturday Night Live do que um filme. Aliás, não é raro atores do programa televisivo que não conseguiram fazer boas comédias no cinema, a grande maioria (do pessoal mais novo do seriado, não os antigões como Steve Martin, Eddie Murphy e outros) não sustenta uma história e criam filmes-situações ou apenas estruturados num personagem. O máximo que conseguem fazer bem são participações especiais em filmes aheios ou dos próprios amigos do programa. Nomes? Will Ferrell, Cris Kattan, Norm Macdonald, Tim Meadows, Molly Shannon, Mike Myers, Adam Sandler, David Spade, Chris Farley, Julia Sweeney, Rob Schneider, Dana Carvey, Chris Rock e outros. Há exceções como Janeane Garofalo, Jay Mohr e Ben Stiller que se firmaram mais como atores. Voltando ao filme, fica mais óbvio ainda nesta terceira parte que o ego de Mike Myers atrapalha tudo, querendo fazer vários personagens e tentando criar toda hora bordões ou trejeitos que virem moda. As vinhetas do MTV Movie Awards todo ano conseguem ser mais bem feitas, mais criativas e bem mais engraçadas do que deste filme.
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Mais aquisições:
Da coleção Obras Primas: Almas Mortas de Gogól.
Por 2,99:
Cd (1) Honest Lullaby, Joan Baez.
Cd (2) The Sopranos (trilha sonora do seriado).
Cd (3) Mysteries Of Funk, Grooverider.
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Electra Enlutada (Mourning Becomes Electra)
Mais uma boa peça de Eugene O’Neill envolvendo família e uma estrutura similar as tragédias gregas. O patriarca longe, na Guerra Civil, em casa mãe e filha que não se dão bem (e são incrivelmente parecidas de rosto), um amante, uma intriga, chantagem, revelação, a volta do patriarca, o irmão filhinho da mamãe... tudo isso para explodir em grandes tragédias. Fiquei interessado em ver alguma adaptação desta peça, parece que há duas, uma para o cinema e a outra uma minissérie televisiva. A trama, claro, tem todo o potencial para um novelão.
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Um Ano
Good Lord! Um ano de existência do blog! 3 mil visitantes até que é uma marca boa para um blog não muito divulgado (e sem as minhas próprias visitas que aumentariam consideravelmente a contagem, mas fiz com que não fossem contadas). O que poderia melhorar? Seria ótimo se pudesse botar sem frescuras qualquer foto que tenha no meu HD direto para ser exibido no blog ou na hora colocar mp3s à vontade para serem baixados. O resto só depende mesmo do que venha a escrever, esse o pior lado hehehe Enfim, caros leitores continuem visitando e comentando (meu único feedback do que posto aqui). Eu até premiaria um leitor daqui, mas até achar um critério legal para escolher o vencedor... melhor não. Até o prêmio teria, melhor nem falar o que então.
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quarta-feira, fevereiro 12, 2003
Adquiridos em promos de 4,50 à 6,50:
- Trilha sonora do filme De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut)
- Livro (1) Vida De Bebê, Paul Reiser
- Livro (2) Guia Do Solteiro, P.J. O’Rourke
- Livro (3) Rubaiyat, Omar Khayyam (tradução Manuel Bandeira)
- Dvd Super Hits, Carpenters
Fora dessa promo a hq Hard Boiled - À Queima Roupa do Frank Miller.
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domingo, fevereiro 09, 2003
Vampire Princess Miyu (Idem)
Anime em série que está sendo lançado aqui em dvds de banca. Adquiri os dois primeiros e aluguei o terceiro. Depois de ver os 10 primeiros episódios posso dizer que deu vontade de continuar acompanhando a série. Começou num mangá e depois vieram os OVAs e só após isso a série de tv. A trama básica pode lembrar Buffy, com uma caçadora de demônios (os shinmas) que é uma vampira e precisa absorver sangue de seres humanos para continuar viva, mas só pelo fato da caçadora ter que também matar já estabelece um bom diferencial, fora os poderes especiais que ela tem. Ela conta com a ajuda de 2 parceiros, um deles um shinma que não sabemos o por quê agora é um guardião dela (várias coisas não são explicadas e vão sendo apresentadas com o tempo). Ela está na idade escolar e geralmente as histórias se passam no colégio (extrapolando, claro, mas sempre tendo essa referência). Os episódios conseguem ser bem interessantes mesmo que por oras esquemáticos (sabemos quem vai ser o shinma do episódio e como vai ser derrotado), mas o clima e as tramas é que dão o toque especial, alguns até com momentos tocantes ou algo mais sombrio ao final mesmo num tempo curto (25 minutos por episódio). Cada episódio é uma história fechada, possibilitando que a pessoa pode começar a ver por onde quiser, com pouca perda de entendimento. Com a adição posterior de outro personagem (uma caçadora também) prevemos que haverá um duelo entre elas em algum ponto da série, o que gera expectativas. A produção do dvd nacional é de boa qualidade com aúdio original japonês disponível. A música tema é do mesmo compositor de Ghost In The Shell. Espero que os episódios continuem sendo lançados por aqui. Por ser uma série para tv não há um excesso de sangue ou cenas mais fortes, o que desperta mais atenção para os OVAs feitos com o personagem, esses mais livres da censura.
Não sei se poderia destacar um episódio em especial, todos têm algo que os diferencia do restante, mesmo nos que aparentemente são os mais previsíveis. Há um que Miyu quase não aparece e quando aparece mesmo assim não consegue salvar alguém. Há toques poéticos nos episódios do guardião da floresta, do filme inacabado, dos irmãos inseparáveis que lêem pensamentos... Há um episódio que foi censurado na tv japonesa por ter um tema muito próximo da realidade da época, assassinatos de garotas no metrô, esse só foi liberado para vídeo e se encontra no primeiro dvd lançado aqui (o final deste é triste, bonito e angustiante ao mesmo tempo).
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sábado, fevereiro 08, 2003
Entre Amigos (With Friends Like These...)
Comédia sobre grupo de amigos atores que sempre estão procurando a grande chance de suas vidas, mas continuam como meros coadjuvantes ou até figurantes no mundo do show business. Tudo muda quando surge a oportunidade de um deles fazer um teste para Al Capone num filme de Martin Scorsese, a notícia vaza e todos eles vão fazer o teste. O filme tem um elenco conhecido, mas que realmente ainda não são indentificáveis logo de cara. O mais conhecido é David Strathairn dos filmes de John Sayles. Apesar de ser uma produção barata o filme conseguiu atrizes reconhecidas como Amy Madigan, Laura San Giacomo, Elle Macpherson e Beverly D'Angelo. Bill Murray faz participação especial e para surpresa geral Martin Scorsese em pessoa aparece na parte final!
Kes (Idem)
Belo filme de Ken Loach com performance muito boa do garoto, que vem de família pobre, com o pai sumido, o irmão beberrão e a mãe que sai com todos. Ele passa a adestrar um gavião que encontra numa fazenda e isso dá a ele uma outra vida que não a de sua condição miserável em casa, na escola (onde é sacaneado pelos alunos e reprimido pelo diretor) e no futebol da educação física (aliás, essa seqüência é ótima mostrando o ridículo do treinador que alivia suas frustrações nos garotos). Há, claro, um paralelo entre o gavião e o garoto, ainda mais quando ele define o que é ser um gavião para um professor atencioso que o vai visitar. O sotaque de certos atores é incompreensível, parecia outra língua que não o inglês. O final pode parecer estranho, inesperado, sem exatamente fechar algo, um momento de raiva e frustração mas que não vai para o catártico e nem para a acomodação, pessimista talvez? Era um dos filmes preferidos do Kieslowski.
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sexta-feira, fevereiro 07, 2003
Um Grande Garoto (About A Boy)
Divertida comédia baseada no livro de Nick Hornby. A adaptação consegue ser razoavelmente fiel até 2/3 do filme, a parte final é toda inventada e não faz parte do livro. Hugh Grant consegue ter um de seus grandes papéis, perfeito na pele de Will, talvez pelo fato de se parecer tanto com ele (não ser muito bom com crianças, conhecer bem a vida de solteiro). O garoto no filme é bem menos alternativo que o do livro (que só conhece e adora Joni Mitchell). A participação da garota por quem o garoto começa a ter amizade é bem maior no livro e inclusive tem a trama paralela dela estar arrasada com o suicídio de Kurt Cobain (que ele nem conhece). Deu vontade de reler o livro para identificar mais diferenças. Toni Collette tem se especializado em mães com problemas ou hippies malucas (o que não chega a fugir muito do que ela é na vida real). Rachel Weisz infelizmente aparece pouco, mas encanta igualmente. O filme alterna momentos de bom humor com as crises que passam Will, o garoto e a mãe deste. A trilha composta por Badly Drawn Boy é muito boa e no dvd há uma entrevista com ele de 20 minutos para a MTV onde admite que se não fosse por Bruce Springsteen não seria músico. Um fato curioso e particularmente agradável para mim foi o uso de uma frase do Jon Bon Jovi no começo e no fim do filme (tirada da canção Santa Fe) que não consta do livro, e não é uma citação à toa, mas que influi no tom do filme.
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quarta-feira, fevereiro 05, 2003
A Embriaguez Do Sucesso (Sweet Smell Of Success)
Excepcional filme sobre as intricadas relações do mundo do jornalismo e do poder, bem como um olhar para a vida noturna que move uma grande cidade (muito mais importante do que ocorre à luz do dia). Um assessor de imprensa serve de capataz para um poderoso colunista (inspirado em Walter Winchell) poder fazer o jogo sujo da difamação pública. O elenco é muito bom com destaque para a dupla central, Burt Lancaster e Tony Curtis. Os diálogos são exemplares, daqueles para servir de referência e serem citados toda hora. A fotografia de James Wong Howe como sempre é explêndida. Filme para ser visto, revisto e admirado. Uma resenha sobre o filme de Roger Ebert para quem quiser saber mais detalhes da inspiração em Winchell (que aliás teve um filme elogiado feito pela HBO retratando sua vida, despertou meu interesse, com Stanley Tucci).
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A canção que tenho ouvido no repeat ultimamente e me faz chorar
Song: Standing Still
Artist: Jewel
Cuttin' through the darkest night
In my two headlights
I'm trying to keep it clear
But I'm losing it here
To the twilight
There's a dead end to my left
There's a burning bush to my right
You aren't in sight
You aren't in sight
Do you want me
Like I want you?
CHORUS
Or am I standing still?
Beneath the darkened sky
Or am I standing still?
With the scenery flying by
Or am I standing still?
Out of the corner of my eye
Was that you that passed me by?
Mothers on a stoop
Boys in souped-up coupes
On this hot summer night
Between fight and flight
Is the blind man's sight
And the choice that's right
I roll the window down
Feels like I'm gonna drown
In this strange town
I feel broken down
I feel broken down
Do you need me
Like I need you?
CHORUS
Sweet sorrow he said call tomorrow
Sweet sorrow he said call tomorrow
Do you love me
Like I love you?
CHORUS
Oh, you're passing me by
Passing me by
Do you need me like I need you to?
Do you want me like I want you?
Or are you passing me by?
Or am I standing still?
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terça-feira, fevereiro 04, 2003
Águas Profundas (Black River)
Peguei esse filme começado no Telecine e como era o Jay Mohr fiquei curioso, depois a trama me manteve curioso pra saber como seria o final, acabei vendo o filme inteiro hehehe O filme é regular, bem telefilme mesmo (foi minissérie, editada para duração de filme) com trama baseada no livro de Dean Koontz que lembra a parnóia de Reviravolta (U Turn) onde um cara não consegue sair de uma cidadezinha. Só que aqui a coisa é mais fantástica, há um big brother que vê tudo por câmeras, controla uma blazer preta por controle remoto e domina a cidade, fazendo com que os foranteiros acabem morando na cidade para sua "felicidade". Só que Mohr, um escritor, não quer ter sua liberdade controlada em troca de paz e felicidade, ainda por cima começa a sair com uma garota que o big brother avisa para se afastar. Há absurdos, claro (como a do laser por satélite), mas é daquelas histórias que você quer saber como acaba, mesmo que for pra reclamar depois. No final o filme soa bem resumido mesmo, num formato minissérie seria bom? Há um furo neste final não abordado, mas o lance para terminar é bom, dando aquele clima "Twilight Zone".
Guy (Idem)
Filme curioso. É inteiro filmado do ponto de vista de uma cineasta que vai filmar a vida de um cara comum (Vincent D'onofrio). Só vamos saber quem é a cineasta no final, mas ela interage com o ator sempre, se tornando um personagem palpável, ajuda o fato que a atriz escolhida seja Hope Davis (motivo de eu ter visto o filme), ela dá força nos diálogos (será que muitas vezes ela que carregava a câmera?). Estabele-se uma relação esquisita no começo que vai se tranformando em algo íntimo, voyeurístico e catártico para ambos. Vincent é focalizado o filme todo e consegue criar uma realidade para seu personagem. O filme só não deixa claro os momentos que a cineasta tem que se dedicar a ela mesma, afinal ela também tem que tomar banho, dormir e ir ao banheiro, mas isso não é nem insinuado, só se mostra o ator fazendo essas coisas. O final não poderia se outro, levemente enigmático e circular. Curioso, experiência interessante para quem tem paciência para isso. Depois vimos mais disso com O Show De Truman e os reality shows como Na Real, Vinte E Poucos Anos e Big Brother.
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Livros
Chegou finalmente O Western Ou O Cinema Americano Por Excelência de Jean Louis Rieupeyrout adquirido no saldão do Submarino (5,90). E achei num sebo Cartas Na Rua do Bukowski.
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Macross Plus
Começando a coisa não é simples, essa é a versão cinema de 4 OVAs de um anime com 115 minutos, com coisas inéditas que não estão nos OVAs, mas também que não tem várias coisas dos OVAs. Deu pra entender? hehehe O filme é uma animação sci-fi que mistura uma narrativa Top Gun do futuro com um plano de controle mental total. Nisso estão dois pilotos que se conhecem desde criança e agora são rivais pelo amor de uma mulher que tiveram relações em épocas distintas da vida. Essa mulher, por outro lado, é empresária de uma cantora virtual, na verdade mais que empresária, já que ela se conecta nos bastidores dos shows para dar a energia para a cantora, Enfim, confuso, não? Só vendo pra entender melhor e curtir a animação, a ação, o humor (no final com os dois pilotos é hilária) e a trama.
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segunda-feira, fevereiro 03, 2003
Ringu
O original japonês no qual O Chamado se baseou é ao mesmo tempo igual e diferente da versão americana. A linha narrativa é quase igual, o que muda são os detalhes, às vezes significativos, às vezes não. Primeiro que o filme japonês não tem imagens bonitas e efeitos especiais, os atores e o cenário parecem reais e comuns. Segundo o vídeo é bem menor no original, quase nada. E aí proliferam as diferenças de detalhes: a presença do ex-marido é maior e mais ativa, ele até é sensitivo, enquanto a Naomi Watts na versão USA é bem mais independente; o pai da garota tem outra história; há um lado mais paranormal; há menos explicações; não há enfoque no garoto; a cena no poço é diferente; tanto os cavalos quanto o hospital psiquiátrico (e a fita das sessões) são coisas da refilmagem, aliás a própria explicação da garota é obscura. Em resumo, a versão americana explica muito e inventa mais histórias para explicar. Mas há semelhanças: nenhum dos dois é de dar medo, a versão japonesa menos ainda; há um final falso nos dois; a morte do ex-marido é bem parecida e na versão japonesa melhor feita, sem efeitos, por isso com mais tensão; os ganchos para uma continuação são quase os mesmos, quase, porque na japonesa há um dado que na americana não fica bem explicado, o efeito bola de neve é mais nítido no original. Enfim, todos terão a curiosidade de ver a fonte original da coisa. Agora escolher qual a melhor versão vai depender do que se espera do filme. Eu gostei da versão japonesa, mas mesmo assim é apenas um bom filme. Por outro lado vi algumas coisas positivas que a versão americana colocou (o vídeo mais extenso, a seqüência inteira do cavalo no ferry boat).
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Kimberly Williams
Bom, não teria que ter um motivo pra botar uma foto dela aqui, não? Fora o fato de que é uma ótima foto de uma atriz adorável (ela está atualmente na série According To Jim), mas vá lá, eis a filmografia dela para quem quer conhecer seu trabalho. Recomendação? Os dois O Pai Da Noiva são ótimos (eu tenho um guilty pleasure no segundo que sempre que passa e eu calho de estar vendo a tv não deixo de ver de novo), As Mulheres De Jake com texto de Neil Simon também é ótimo, ela está ótima no filme do Emílio Estevez, Lembranças Vivas e uma gracinha em dois independentes, Sexo Sem Conseqüências (passa na MGM) e Sexo Entre Amigos.
1991: O Pai Da Noiva (Father Of The Bride).
1993: Samuel Beckett Is Coming Soon.
1993: O Melhor Verão De Nossas Vidas (Indian Summer).
1994: Contos Da Crypta – (Tales From The Crypt – The Bribe).
1994: À Sangue–Frio (Coldblooded).
1995: As Mulheres De Jake (Jake’s Women).
1995: O Pai Da Noiva – Parte II (Father Of The Bride – Part II).
1996: Lembranças Vivas (The War At Home).
1996: Relativity.
1997: Inimigo Oculto (Safe House).
1998: Sexo Sem Conseqüências (Just A Little Harmless Sex).
1999: Simpático (Simpatico).
1999: Sexo Entre Amigos (Elephant Juice).
2000: The 10th Kingdom.
2001: Follow The Stars Home.
2001: According To Jim (Idem).
2001: Ten Tiny Love Stories.
2002: The Christmas Shoes.
2002: How To Go Out On A Date In Queens.
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sábado, fevereiro 01, 2003
O Casamento De Louise
Entre virtudes e defeitos o filme consegue ser bem simpático e até divertido. Primeiro pelo roteiro do José Roberto Torero, motivo pelo qual aluguei o filme e segundo pelo elenco interessante, uma Silvia Buarque que nunca chamou minha atenção que supreende (e vai ficando mais e mais parecida com a mãe), Dira Paes ótima num papel cômico e os coadjuvantes competentes. As diferenças sociais e o fato geográfico de ser em Brasília são bem aproveitadas. Um grave defeito são as duas canções do filme, totalmente sem graça, depois vi que foram compostas pelo Carlinhos Brown (eis a razão!). Alguns momentos soam artificiais, mas o filme também nunca busca o realismo, então não fica um grande defeito. A câmera é ágil, dando vivacidade na narrativa. No fim mesmo é Torero com os diálogos (externos e internos) que salva tudo. Só achei estranho o título, cria outra espectativa.
Máscara Negra 2 (Black Mask 2 - City Of Masks)
Continuação inferior e esquisita, esquisita pois o filme parece ser um video-game na forma de apresentar personagens, criar situações e efeitos nas lutas. O enredo envolvendo DNA também não ajuda em nada. O filme é ágil, mas não empolga (excetuando a luta final), parece faltar algo que no primeiro tinha de sobra. A atriz do filme chama a atenção por no início parecer oriental, mas depois mudar muito, e pelo nome (Teresa Herrera) parece ser latina! Aliás, bela atriz. Quanto ao filme, pisada feia do Tsui Hark.
A Última Fortaleza (The Last Castle)
Ótimo filme de prisão, na verdade um combate entre dois titãs que lembra o também ótimo Condenação Brutal no embate entre Sylvester Stallone e Donald Sutherland. Aqui há mais a coisa de liderança, por se tratar de um presídio militar. O elenco todo é muito bom, desde os principais Robert Redford e James Gandolfini até os coadjuvantes como Mark Ruffalo (ator de talento em ascenção, que fez Conte Comigo) e os outros internos. A boa direção é de Rod Lurie de quem já tinha gostado de Minutos Extremos e A Conspiração. No dvd making of, cenas cortadas e comentários do diretor. Aquele filme que pega o espectador e o deixa empolgado para o final.
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