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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, dezembro 21, 2003
Simplesmente Amor (Love Actually)

Boa comédia romântica com vários personagens (em histórias que não necessariamente estão interligadas). Algumas melhores que as outras, uma mais exploradas, outras quase esquecidas. Retrata os vários tipos de amor (todos heteros) nas diversas idades e diversas situações.

O elenco está bem, sem muitos destaques. As gracinhas da vez são Keira Knightley e Martine McCutcheon, adoráveis (sem contar a participação especial da linda Elisha Cuthbert). Laura Linney, mais madura, brilha quase que sozinha em seu segmento (Rodrigo Santoro não atrapalha, mas nota-se que diz as falas, mas não as interpreta). A atriz Heike Makatsch (a secretária de Alan Rickman) tem uma tremenda semelhança física com a atriz Jeri Ryan (Boston Public).

O filme é recheado de canções que tocam quase sem parar. Tem quem ache isso bom e tem quem ache isso irritante.

Dentre as histórias a que eu me identifiquei foi do cara que se apaixona pela mulher do melhor amigo, em como ele evita isso (ela acha que ele não gosta dela) e como ele demonstra isso (sem palavras, apenas por imagens de um vídeo e placas com texto).

Mas a seqüência do garotinho e seu primeiro amor é emocionante, seja pela situação que em si que é memorável (o primeiro amor) e por quem ele se apaixona (uma belíssima garota negra, para mim razão mais do que evidente do porque esse grande amor). E isso é seguido pela declaração de Colin Firth para a portuguesa. Duas cenas para ficar de garganta entalada. Claro, a cena do roqueiro e seu empresário é legal também.

Achei um pouco problemática a montagem que privilegia uma história e esquece de outra, quando deveria satisfazer um pouco cada lado para que não se fique esperando e esperando para ver o que vai acontecer em outra história.

A do garçom que parte para os EUA é a mais fantasiosa e totalmente absurda, por isso muito divertida. Afinal é uma comédia! Bem como Claudia Schiffer aparecer de repente para o Liam Neeson.

É interessante o preconceito que a personagem de Martine McCutcheon recebe de todos (menos de Hugh Grant que brinca com isso no final) por ser gordinha (onde?!) tendo largado do namorado por causa disso, comentada pelos colegas de trabalho e até tem apelidos dos pais. O filme só não trabalha mais isso com relação a ela, preferindo manter o foco em Hugh Grant.

E o mais legal do filme é que ao final (com as cenas reais no aeroporto) o que se passa é mais uma vontade de se apaixonar ou amar alguém do que necessariamente lamentar não termos alguém no momento (e mesmo se tivermos cria-se uma vontade de amar outros).


posted by RENATO DOHO 10:55 PM
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