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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, janeiro 06, 2005
A Lenda Do Tesouro Perdido (National Treasure)

Jerry Bruckheimer fez uma jogada de mestre, pegou o sucesso de O Código Da Vinci e realizou um filme com trama similar antes da adaptação oficial! Crédito pro filme vai para o produtor e roteiristas, já que Jon Turteltaub nunca foi diretor de talento e no filme não mostra algo de especial. Como em Da Vinci a trama se passa num tempo concentrado, sem perder tempo com muitas apresentações, com várias locações, uma mocinha, um vilão e códigos para serem decifrados. É o pop do pop, pois o filme pega a estrutura de thriller do livro, mas não toda a parte dissertativa sobre os temas que chamaram atenção, no lugar colocam história americana com pitadas soltas demais de maçons e templários, só para o público achar algo familiar. Mas mesmo assim o filme é bem sucedido, sendo uma envolvente aventura censura livre. Tem algo de CSI (produção de Bruckheimer) na parte inicial com relação à montagem, além de um pouco de Alias. Isso dá o que pensar também: semanalmente na tv tem-se produções tão boas ou melhores que grandes produções pro cinema.



Apesar de conhecer sua beleza nunca tinha visto um filme com Diane Kruger e ela se revelou graciosa, apresentando potencial para comédias românticas, aventuras, policiais (já a vejo como agente ou espiã) e suspenses (e se quiser um prêmio vai se enfeiar num drama hehe). Mas a grata surpresa é o parceiro e alívio cômico que Justin Bartha interpreta. Todas suas entradas são boas e o público (e eu) riu de todas sua tiradas. Não o conhecia, é um nome pra se prestar atenção. Cage, coitado, não faz nada o filme inteiro que justifique algum esforço de interpretação, é quase outro trabalho em sua carreira que o ajuda como astro de aventuras, mas nada acrescenta como ator. As falhas do roteiro são enormes, mas nem ligamos. Gostaria que o tesouro fosse outro, algo menos material, mais de conhecimento tanto para frustrar o vilão quanto o público ao perceber que a riqueza maior é a cultura, a arte.

Algo interessante é pensar o que os produtores de O Código Da Vinci vão modificar no filme para não ficar muito parecido com esse. Se ignorarem a produção podem cometer erros que o público possa achar que Da Vinci que é cópia deste e não o contrário. Seria mais sensato concentrar no que o livro tem de mais rico, as teorias de Maria Madalena e Leonardo Da Vinci, não transformando em apenas um filme de mistério e ação, mas com algo mais substancioso. O final se feito com sensibilidade a partir do que acontece no livro pode ser muito bonito.


posted by RENATO DOHO 10:29 PM
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