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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, março 03, 2005
Rosa De Esperança (Mrs. Miniver)



Um excelente filme de William Wyler que foi me conquistando aos poucos pois não sabia do que exatamente se tratava. Greer Garson se revelou para mim, não a conhecia, fazendo um ótimo trabalho, além de ter grande beleza. Teresa Wright se mostra como a beleza mais jovem e inocente. O filme se passa na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial com os alemães bombardeando as cidades e no meio disso uma família, onde se destaca a mãe (Garson), tem dois de seus membros diretamente envolvidos no conflito: o pai em patrulhas marítimas e o filho na aeronáutica. O envolvimento do filho com a jovem Carol (Wright) é uma trama secundária, mas importante. A guerra é vista pelo lado dos que ficam, proporcionando cenas emotivas (a mãe reconhecendo o filho pelo motor do avião) e de impacto (o bombardeio sentido dentro do abrigo familiar - uma cena espetacular quase toda no escuro onde a tensão é criada pelo som e as intepretações). É claramente um filme de propaganda de guerra (anti-bélico), mas mesmo vendo hoje não parece datado pela força emocional das situações (a primeira vez que o jovem casal se encontra - ela acaba com a retórica pomposa do jovem universitário - o concurso de rosas, o casamento, o paraquedista alemão dentro da casa) e os personagens criados (a avó da jovem, o chefe da estação de trem). Lançado em 1942 é impressionante pensarmos que foi feito durante a guerra e antes dos EUA realmente entrarem no conflito, assim o final assume outros ares (se fosse feito após o público saberia quem ganhou e perdeu a guerra, mas não em 42). Hoje a reação é uma, fico imaginando como foi na época. Winston Churchill elogiou bastante o filme. Há muitas curiosidades interessantes sobre o filme que valem ser conhecidas após ele ser visto, entre elas o discurso final, um casamento na vida real logo depois do lançamento do filme, etcs.

Cupido É Moleque Teimoso (The Awful Truth)

Divertido filme de Leo McCarey onde Cary Grant e Irene Dunne fazem um grande jogo de dissimulações a fim de conquistar um ao outro após o divórcio do casal. Outros personagens aparecem para complicar as coisas. Até o cachorro tem destaque. O casal de atores parece tão solto que muitas cenas parecem quase cair no erro, isto é, parece que estão quase errando ou a marcação ou o diálogo ou o sentido da cena, fazendo com que tudo seja mais engraçado ainda (enquanto os outros atores estão fazendo tudo dentro dos padrões). Mesmo sabendo desde o início com as coisas acabarão o que vale é acompanhar como cada um sabotará o relacionamento atual do outro sem deixar parecer que cada um quer o outro de volta.

Nathalie X (Nathalie...)

Filme de Anne Fontaine que segue o padrão do filme francês médio abordando relacionamentos (infidelidade) e tendo muitas falas. Se não chega a ser notável é interessante pela trama básica. Esposa (Fanny Ardant) contrata uma prostituta (Emmanuelle Béart) para seduzir o marido infiel (Gérard Depardieu) para o conhecer melhor. Há uma pequena surpresa no final que pode até ser vislumbrada no decorrer da narrativa. Muito acontece pela fala, nos privando de ver mais da beleza de Béart. A questão de conhecer alguém pelo olhar de outro não é muito explorada, nem a da comunicação (ou falta de) entre as pessoas. Pode-se pensar sobre isso, mas o filme mesmo passa por isso pela superfície.


posted by RENATO DOHO 6:12 AM
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