RD - B Side
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

"Sometimes meaningless gestures are all we have"

terça-feira, agosto 23, 2005
Era Tudo O Que Eu Queria (Try Seventeen)

Duas abordagens que entram em conflito. A abordagem séria de um garoto saindo de casa pra estudar e querendo ser escritor é boa. A mais fantasiosa onde temos um vizinho de pensão gay e que se veste de caubói ou certos delírios de pensamento é ruim, estraga a boa. No meio disso um Elijah Wood adequado, uma Mandy Moore deliciosa e uma Franka Potente regular.

Em Carne Viva (In The Cut)

Apesar de qualidades das falas, das interpretações e da direção eis um filme que não conseguia ver mais que 30 minutos direto, então vi em alguns dias, aos poucos. A trama meio chata, o clima meio nada a ver, os clichês em abudância (e no final extrapolam), tudo ajudou a eu não gostar nada do filme.

Muito Bem Acompanhada (The Wedding Date)

Falta uma definição maior (comédia romântica ou drama) para reforçar um ou outro lado ficando tudo quase bom de ambos os lados. Debra Messing poderia ser mais explorada fisicamente, uma de suas grandes qualidades cômicas. Mas é um filme bem simpático. O começo é muito interessante pois em questão de minutos (ainda nos créditos) todo o mote do filme é posto, sem grandes explicações ou cenas pra preencher tempo, até parece rápido demais.

Anos De Rebeldia (Out Of The Blue)

Não me cativou muito apesar da interpretação elogiosa da atriz mirim. Senti falta de algo mais forte acontecendo com ela ou que ela provoque. Mas o final é foda (e a canção de Neil Young também).

Kinsey – Vamos Falar De Sexo (Kinsey)

Convencional, sem trazer nada de novo em nenhum assunto abordado. Fica uma cinebio que vejo no futuro numa sessão da tarde (quem sabe até lá a cena de beijo homossexual seja liberada para a tv aberta para passar à tarde?) para que se saiba bem por cima quem foi Kinsey. Quase todos os tópicos do filme são constantemente debatidos na tv, nos jornais, nas revistas, no dia a dia que a única curiosidade é achar graça dos conceitos errados que certas pessoas do filme tinham (ex: sexo oral prejudica gravidez). Quando tenta se tocar em algo mais forte e tabu (pedofilia) o filme recua (nas cenas cortadas há até uma indignação de Kinsey com relação ao assunto, com ele querendo denunciar o pedófilo) quando o Kinsey real tinha interesse nesse assunto (e não acho que ele repreendia), assim como em vida sexual de presidiárias, estupradores e prostitutas (por isso foi muito criticado por tirar conclusões a partir dessa amostragem como se fosse hábitos sexuais de toda população). Kinsey parece até clichê de homossexual: pai castrador ou ausente, fez parte de grupo predominantemente masculino (escoteiro, podia ser exército ou colégio interno), sexualmente reprimido, casamento com mulher forte, professor com ajudante boa pinta, procura de afirmação de condição através do intelecto, bem dotado, etcs. É curioso que o filme até siga em linhas gerais A Lista De Schindler com o mesmo ator - a listagem, o fiel escudeiro, o encontro de sentido no final com o depoimento de uma "salva" por ele, etcs.


posted by RENATO DOHO 12:09 AM
. . .
Comments:


. . .