sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Notas Rápidas
A Feiticeira (Bewitched) **
Outra bola fora da Nicole Kidman em termos de comédia, mas melhor que as tentativas anteriores (Da Magia À Sedução e Mulheres Perfeitas) o que não quer dizer muito. A idéia da não refilmagem até que é boa, mas a realização... E ainda temos que aguentar Will Ferrel (pra mim toda essa geração SNL depois da clássica só serve para esquetes, sitcoms ou participações especiais em filmes, não tem "sustância" pra protagonistas).
As Sete Regras Do Amor (Lucky 7) **1/2
Kimberly Williams. Quem é fã tem que ver, ela até co-produziu o filme. Filme "gracinha" com ela seguindo um guia da mãe falecida e querendo encaixar um amor como o sétimo namorado já que seria o ideal no tal guia da mãe. Tem corridinha e todos os outros clichês de comédia romântica, mas é uma boa sessão da tarde.
Pig – Uma Aventura Animal (My Brother The Pig) **1/2
Scarlett Johansson. Outro filme para fãs. Aqui ela está jovem, antes de fazer Mundo Cão, adolescente, mas já com os peitões, a voz rouca e o jeito blasé. Comédia infantil onde sem querer o irmão pentelho dela vira um porco e acabam indo no México para reverter o feitiço. Curiosidade é que a babá dela é feita pela Eva Mendes, também começando a carreira.
Quatro Amigas E Um Jeans Viajante (The Sisterhood Of The Traveling Pants) ***
Alexis Bledel. Fora isso a amiga Cris indicou. Chamam de chick flick, filme pra garotas/mulheres. Fala de amizade e amadurecimento de 4 grandes amigas. As melhores histórias são as mais dramáticas, da latina e da rebelde. A da Alexis é a mais bobinha apesar de eu ser fã da garota. Baseado num best seller que teve continuações (será que terá em filme também?). Vários extras inclusive delas comentando cenas do filme. Destaque para a garotinha Jenna Boyd, que parece uma filha da Julia Roberts, a interpretação dela é muito boa (será que é promessa de boa atriz futura?). A Blake Lively se mostrou uma gostosinha e a Amber Tamblyn só depois que fui notar, é a de Joan Of Arcadia. A Alexis nos extras se mostra tão retraída na vida real quanto no filme ou na série Gilmore Girls, o que é até um charme hehe
Invasão Súbita (Detention) **
Outro que faz tempo que não via nada, Dolph Lundgren. Aqui dirigido pelo Sidney J. Furie. Duro De Matar na escola resume bem o filme. Cheio de absurdos engraçados, os vilões com pior pontaria que já vi na vida, uma perseguição dentro da escola entre uma moto (e o cara com metralhadora) e um jovem de cadeira de rodas motorizada! E acreditem que o vilão não alcança e nem atinge o jovem! Não tem muita coisa precária ou mal feita que nem dê pra ver, é arroz com feijão básico do Furie.
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quinta-feira, fevereiro 23, 2006
Quatro Irmãos (Four Brothers)
John Singleton é uma figura, alterna filmes pessoais com produções altamente comerciais onde às vezes nem se nota sua assinatura e desta vez as coisas se misturaram muito bem. Fez um filme com roteiro de outros e mesmo assim retoma uma linhagem vinda de Boyz N' The Hood, Duro Aprendizado e Baby Boy (justamente seus melhores filmes). O que parece vir a ser um drama de vingança se torna uma empolgante aventura chegando em sua forma (inspiração) original, o western. É um ótimo faroeste urbano onde 4 irmãos adotivos se juntam para o enterro da mãe e para descobrir quem a matou. A ligação com o western é óbvia em vários momentos, mas se confirma ainda mais nos extras quando o diretor fala disso e os roteiristas confessam serem grandes fãs de westerns spaghettis. A coisa dos bandos (de ambos os lados) e uma certa ausência da lei oficial (apenas aparecendo bem depois dos acontecimentos) dá um clima de cidade de velho oeste, onde se acertam as coisas sem a presença do estado. O fato dos irmãos serem adotados e de diferentes etnias é um toque muito legal na questão da irmandade. O elenco está bom, o André 3000 está bem e o vilão eu nem conhecia (Chiwetel Ejiofor). Singleton é bom na dinâmica entre homens, como agem entre si. Há uma boa perseguição na neve e um tiroteio excelente, como há tempos não via em filmes. O final naquele deserto nevado lembrou o primeiro Máquina Mortífera e com uma cena totalmente referencial ao faroeste, incluindo uma briga. Singleton evitou muitos cortes, closes e algo de hip hop no clima, deixando a coisa mais clássica e com planos abertos e de conjunto (ideal para ser visto no cinema) em belas composições aproveitando bem o formato 2.35:1 que felizmente o dvd preserva. Infelizmente o filme passou desapercebido por aqui, mas há uma boa critica aqui. Espero que em dvd o público descubra o filme.
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terça-feira, fevereiro 21, 2006
Lindsay Lohan - The Real Deal
Ensaio para a Premiere onde Lohan encarna personagens/atrizes famosas do cinema que ganharam o Oscar: Liza Minnelli em Cabaret, Elizabeth Taylor em Disque Butterfield 8 e Diane Keaton em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa. Clique nas fotos para tamanhos maiores.
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Mann
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Oh yeah!
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segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Vega
Novo álbum, Circular. Senha: pris
Lembra a Shakira com mais violão. Quem quiser primeiro ouvir como é eis o single de trabalho.
Video de Una Vida Contigo.
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sábado, fevereiro 18, 2006
I Want To Know What Love Is
Caramba, tinha que vir aqui compartilhar. Essa canção todo mundo deve conhecer, do Foreigner (Mick Jones compôs). Então, ouvi a versão feita pela Wynonna Judd (irmã da Ashley) e me emocionei (admito, chorei um pouco), acho que pela voz e pela guitarra do Jeff Beck. Ouvi a versão ao vivo e mantém o poder da canção. A canção parece que fez sucesso na novela Senhora Do Destino, tem até na trilha sonora, não sabia.
Eis a versão oficial.
O álbum duplo dela ao vivo, Her Story: Scenes From A Lifetime, pode ser baixado aqui:
1 / 2 / 3 / 4
quem não quiser baixar tudo a canção está no link 2.
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Goodbye Alice In Wonderland
clique para tamanho maior
Novo álbum chegando em Maio.
"So goodbye Alice in Wonderland You can keep your yellow brick road There is a difference between dreaming and pretending This is are not tears in my eyes There are only a reflection of my lonely mind finding There are only a reflection of my lonely mind finding I found what was missing in my life"
Aproveito para divulgar mais um link posto aí do lado, Novidades Jewel Brasil.
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Hammersmith Odeon, London '75
Saindo agora no final do mês lá fora, já ouvindo, maravilhoso! É a versão em cd duplo do histórico show que foi lançado em dvd ano passado junto com a edição comemorativa de 30 anos de Born To Run. Preciso ter essa edição especial que conta ainda com o disco remasterizado e mais um dvd documentário.
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sexta-feira, fevereiro 17, 2006
4 anos
Agradeço aos leitores do blog nesse quarto aniversário de existência.
Wyeth (clique para tamanho maior)
Pela média o blog teve 1400 visitantes mensais.
Hopper (clique para tamanho maior)
Comemorando eis um belo álbum duplo, Toquinho E Suas Canções Preferidas, que Toquinho regravou apenas com voz e violão na época dos seus 30 anos de carreira, aqui.
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quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Munique (Munich)
É, só agora que vi. Spielberg problematiza ainda mais toda relação pai e mãe que vinha surgindo com maior força desde AI (quase todo filme dele tem essa questão, mas era deixado mais nas entrelinhas como em Jurassic Park) quando tínhamos a relação do garoto com sua mãe adotiva e seu pai-criador passando por Minority Report (Tom Cruise com o “pai” Max Von Sydow, com o filho e a cognitiva), Prenda-Me Se For Capaz (os múltiplos pais de DiCaprio e a distante mãe), O Terminal (já antecipando Munique na relação pai e pátria) e Guerra Dos Mundos (o pai Cruise e o pai Robbins). Agora é explícita a ligação com a pátria mãe (nação / Golda Meier) além das diversas facetas da paternidade, seja do protagonista com a sombra de seu pai e sua recém condição de pai, quanto do encarregado (Geoffrey Rush / pai estado) e do mafioso francês (Michael Lonsdale). Fora a presença da mãe e das diversas referências ao papel de pai (de Papa Was A Rolling Stone à filha de uma das vítimas com outro "papa"). Nestas relações não há algo de estável e reconfortador, mas sim de desequilíbrio, de traições e lealdades. Também há a questão de adoção, do estabelecimento de novas relações fraternais que Spielberg conhece muito bem diante de seus vários filhos adotivos. Toda a trajetória de Avner (Eric Bana) é fascinante na questão do duro amadurecimento diante do seu papel de filho da pátria e pai de verdade. E da perda dessas referências e estabelecimento com outras (sua filiação com o francês, sua mudança para a América, seu medo do estado israelense). É como se Spielberg colocasse o atentado de Munique lado a lado com o assassinato de JFK, a perda da inocência (que inocência?) e o crescimento da paranóia, em toda tentativa vã da visão total (Minority / Guerra Dos Mundos). Claro que há mais nisso ainda mais quando lidamos com grupos (a irmandade) sendo o encontro com outro grupo na safe house o momento alto dessa discussão. E no extraordinário atentado no hotel temos lá a luz que se apaga após todo o temor de Avner diante do que isso significa (de muitas outras maneiras) e a quebra dos muros que o faz se ligar novamente a um casal onde a mulher não vê o que não pode ser explicado. As missões que no início eram incertas, cheias de dúvidas (o que fazer com a primeira vítima quando cara a cara?) começam gradualmente a serem mais calculadas e frias como no assassinato da espiã. É a perda da humanidade caminhando passo a passo e tentando ser recuperada das mais diversas formas pelo grupo causando na maioria das vezes a morte (a busca pelo sexo, a busca pela precisão, a busca pela tranquilidade). De certa forma Avner se encontra ao final como Jim de Império Do Sol, anestesiado, incerto do que passou e do que poderá passar. E lá ao fundo as torres gêmeas marcam o passado e o futuro.
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quarta-feira, fevereiro 15, 2006
O Forasteiro 2 (Black Dawn)
Desde que Steven Seagal começou a fazer e lançar filmes diretamente em vídeo (Ticker) que não vejo algo dele e finalmente vi esse do ano passado. O que diziam é que essa nova fase tá bem ruim, com ele mais gordo, usando dublês e tendo pouca ação. Bom, ao menos esse não é ruim não, parece que é até melhor do que vem fazendo ultimamente. É o mesmo personagem de O Forasteiro que nem vi. Há alguma ação como uma perseguição de carros e tiroteios variados, o que falta são lutas com Seagal, o que aconteceu? Uma cena com dublê é tão óbvia que nem tenta disfarçar que não é o Seagal, não sei porque deixaram, dura segundos e não acrescenta nada. A parceira tem mais cenas de ação do que ele. Nem tente entender a história que é simples, mas absurda, de terroristas chechênios e subdivisões da CIA. O backprojection no helicóptero no final é muito ruim, nem em filme Z fica tão ruim assim e olha que o filme é C, mas não é totalmente precário e mal feito a não ser por essa parte final. Há dois extras no dvd, making of e entrevista, um bem dispensável com o diretor falando da cena do helicóptero (como se fosse bem feita hehe) e a atriz falando das "dificuldades" da atuação da cena (hilário!); a entrevista é mais sem sentido ainda com Seagal com todo papo budista e falando de uma obra que inexiste, filmes que tocam as pessoas (que filmes são esses?!) e são relevantes (onde?!) como se ele fizesse dramas altruístas de mensagem! Melhor ele voltar ao que sabe fazer pois é um dos raros que luta de verdade (sem frescura de malabarimos) e sabe manejar uma arma. Se for o caso que vire consultor técnico de filmes ao menos.
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terça-feira, fevereiro 14, 2006
Em Andamento
baixados e sendo ouvidos:
Billy Bragg - Must I Paint You A Picture Bob Dylan - Highway 61 Revisited Bob Dylan - John Wesley Harding Bob Dylan - Pat Garrett & Billy The Kid Bob Dylan - The Freewheelin' Bob Dylan Bob Dylan - The Times They Are A Changin' CocoRosie - La Maison De Mon Rêve Johnny Cash - Inside A Swedish Prison Rosanne Cash - Black Cadillac Robert Johnson - The Complete Recordings Roberto Carlos - 1966 Roberto Carlos - 1972 Roberto Carlos - Canta Para A Juventude Roberto Carlos - Jovem Guarda Roberto Carlos - Singles (1959-1962) Sympathy For Lady Vengeance U2 - Communication (Limited Edition 2006)
sendo lidos:
Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom Conversations With Wilder - Cameron Crowe
acompanhando as séries:
24 Horas (temporada 5) Alias (temporada 5) Boston Legal (temporada 2) Commander In Chief (temporada 1) CSI (temporada 6) Lost (temporada 2) My Name Is Earl (temporada 1) The Shield (temporada 5) Weeds (temporada 1)
ainda bem que algumas já acabaram (Weeds), outras nem começaram por aqui (24 Horas, The Shield) e uma só volta em Março (Alias)
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Super Escola De Heróis (Sky High)
Garoto em nova escola, problema com os mais velhos, altas expectativas de outros por causa da fama do pai, baile se aproximando, interesse pela gostosa causando afastamento da melhor amiga... típica trama de filme adolescente. O que é diferente aqui é que ele é filho de dois super heróis e a escola é especial para os filhos destes. Tem até cara de piloto de série. Legal ver Bruce Campbell como o treinador da escola, Kurt Russell e Kelly Preston fazendo os pais e Lynda Carter como a diretora.
Reflexos Da Amizade (House Of D)
David Duchovny escreveu, dirigiu e atuou neste filme que se mostra irregular e abaixo do esperado. Há potencial na história do crescimento de um garoto em NY na década de 70 ao lado do amigo retardado (Robin Williams) e a mãe viúva (feita pela esposa de Duchovny, Téa Leoni) só que Duchovny não acerta o ritmo e não cria clima para cenas chaves tornando uma mistura não balanceada entre o drama, os momentos poéticos e a comédia. A parte final é mais problemática quando some o jovem Anton Yelchin e Duchovny assume o papel quando adulto, parece que a conclusão é muito largada, sem algo de importante segurando tudo e apontando explicitamente numa direção que o filme evitou explicitar em sua duração (se fosse mais aberto neste sentido seria mais interessante). Mas notasse a formação em letras de Duchovny nos jogos com as palavras que aparecem aqui e ali no roteiro.
Honra E Liberdade (River Queen)
Meio que passa desapercebido o novo filme de Vincent Ward. É um bom filme, com belas imagens, mas que no fundo não traz nada de novo ao tratar da história dos maoris em luta com os ingleses na Nova Zelândia do século 19. No meio da guerra vemos uma irlandesa (Samantha Morton) procurando seu filho (mestiço) raptado criança pelo chefe dos maoris. O foco no filho vai até a metade, o resto volta na luta dos dois lados e a relação da mãe com o novo chefe dos maoris. Samantha está bem, como sempre. Engraçado ver Kiefer Sutherland com sotaque irlandês (não convence muito, mas não está ruim). Cliff Curtis sempre é chamado quando se mostram maoris já que é descendente.
Hooligans (Green Street Hooligans)
No começo parece até desinteressante a jornada de um jovem estudante americano de Harvard indo para a Inglaterra após uma expulsão injusta visitar a irmã, mas depois prende a atenção. Lá vai se envolver com a turma de torcedores do irmão de seu cunhado e perdido como está começa a se encontrar através da idéia de grupo e da violência que vem com ela. A estrutura é muito parecida com qualquer filme sobre grupos onde entra um forasteiro (se aplicando à gangues, máfia, instituições, etcs) que levanta suspeitas e inimizades, além de provas de confiança. O mais curioso é ver os hooligans em suas rotinas, onde importa menos o jogo em si e mais a rivalidade de torcidas rivais, onde a briga é meta principal. Há uma certa ética na coisa ao não se mostrar armas (que seria tão comum quase fossem gangues de guetos americanos). Outra curiosidade é que o filme é dirigido por uma mulher, Lexi Alexander, que conhece bem os hooligans. Há uma certa valorização dessa violência, mesmo que acabe sendo condenada, como se fosse um rito de passagem necessário para um garoto se tornar homem, mas também mostra como é atrativa a idéia de pertencer à um grupo e agir como um coletivo (tanto se sente seguro quanto se sente poderoso ao poder proteger seus amigos) podendo perpetuar esse comportamento adolescente indefinidamente (como vemos no "vilão" do filme e no seu contraponto, o cunhado do protagonista que amadureceu). Boas interpretações do elenco no geral, onde os mais conhecidos são os irmãos (no filme), Elijah Wood e Claire Forlani.
Lexi Alexander
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sábado, fevereiro 11, 2006
Roger O Conquistador (Roger Dodger)
Quis conferir o primeiro filme de Dylan Kidd após ver o segundo, Segunda Chance, e gostei do que vi. É uma boa estréia onde temos Campbell Scott como o rei da sedução, vivendo uma vida superficial de conquistas, mas sedutora ainda mais aos olhos do sobrinho que vem pra cidade grande aprender algumas coisas com o tio. Em uma só noite eles vão ter uma longa aventura primeiramente encontrando duas mulheres num bar (Jennifer Beals e Elizabeth Berkley). A aventura noturna contará com ótimos diálogos, truques de paquera e sedução, além de revelações e emoção. Campbell está ótimo como o guia perfeitamente canalha e falastrão e em oposição o jovem Jesse Eisenberg contém a dose certa de inocência e sinceridade. Todas as tiradas sarcásticas de Scott com relação ao jogo entre homens e mulheres são certeiras. Sem estragar muito há uma bela cena num banco de rua onde o jovem recebe seu primeiro beijo e outra com uma jovem bêbada. Isabella Rossellini participa também. Mesmo o filme sendo centrado nos dois homens (tio e sobrinho) as coadjuvantes femininas não são meras figurações, Beal, por exemplo, consegue um tocante desempenho. Claro que no meio disso as fragilidades do tio vão aparecendo pouco a pouco. Foi engraçada a forma como Kidd se aproximou de Scott para chamá-lo para o filme: num bar ou cafeteria ele simplesmente chegou e disse que gostaria que Scott lesse um roteiro próprio que Kidd achava que só Scott poderia interpretar. Scott pegou como pegaria nas diversas outras vezes que alguém vinha oferecer roteiros, só que no caso de Kidd ele leu e adorou. Scott produziu e muitas das participações do filme aconteceram por causa de Scott e como ele é o protagonista o filme é quase tanto de Kidd quanto dele. Comparando com o segundo filme deu pra perceber que Kidd trata seus personagens com carinho mesmo que a trama possa levar à caricaturas (o galinhão no primeiro, jovem se relacionando com uma mulher mais velha no segundo) o que ele evita. Grandes falas ou diálogos também parecem ser características próprias. Havia um projeto (não sei em que pé está) de Kidd dirigir um roteiro co-escrito com Jon Bon Jovi sobre dois casais numa noite e o que rola com eles, se chamaria One Wild Night. Seria legal ver um trabalho dos dois juntos.
O Diabo Disse Não (Heaven Can Wait)
Percebe-se o toque Lubitsch durante todo o filme, mas não com tanta classe quanto nos filmes mais antigos. Talvez a história do galanteador arrependido que acha, após morrer, que merece ir pro inferno não seja aberta o bastante para que tenhamos essa noção do pecado que ele acha que carrega. Caso mostrasse mais o seu lado adúltero sentiríamos mais até a separação da esposa, só que fica tudo no ar, ou mais dito que mostrado, ficando a impressão que é até uma ação irracional da esposa largá-lo. Don Ameche como o protagonista está bem. A beleza de Gene Tierney conquista. E apesar de tudo é um belo Lubitsch.
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sexta-feira, fevereiro 10, 2006
O Silêncio De Melinda (Speak)
Motivo para eu sequer dar atenção ao filme e alugá-lo: Kristen Stewart. Não fosse por ela nem sei se notaria esse filme. Gosto da garota desde Encontros Do Destino. Chamou mais atenção como a filha de Jodie Foster em Quarto Do Pânico. Ela tinha um jeito meio andrógino, era um garoto ou uma garota? Com o tempo vai se mostrando talentosa e bonita, talvez uma nova Scarlett Johansson devido aos trabalhos que tem feito e o seu jeito nas telas (fora a voz similar). Esse é um belo trabalho sobre adolescência onde a personagem principal, Melinda, esconde um segredo que aos poucos vai sendo mostrado e que ocasionou no afastamento de suas antigas amigas. Sem amigas e sem muita disposição para falar (até com os pais) ela vai encontrar na arte um meio de expressão. Há uma boa amostragem do universo escolar com suas turmas. Os adultos são um pouco menos trabalhados (como os professores, os pais são mais favorecidos). O segredo em si não é inesperadó, é até (vejam só) comum. Não chega a ser profundo mas o filme tenta colocar simbolismos durante toda narrativa e explicitar isso na aula sobre simbolismo. Notar o que ocorre ao final com certa pessoa em oposição ao que aconteceu com a garota antes e também a árvore. A história vai se passando de acordo com os feriados significativos tanto na escola quanto na vida real. Kristen Stewart consegue uma interpretação muito boa. O filme foi bem recebido em Sundance. Essa garota, espero, vai longe.
Caso alguém queria participar da comunidade sobre ela no orkut, join in!
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Gail & Kristin
Quarentona maravilhosa.
Acreditem, 41 anos daqui 13 dias!
Outras (não só nos 40s) lá no Bando.
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quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Breve nas livrarias
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Grammy 2006
Desde 1987 que o U2 não levava tantos Grammys assim!
Album Of The Year: How To Dismantle An Atomic Bomb - U2
Song Of The Year: Sometimes You Can't Make It On Your Own - U2
Best Rock Album: How To Dismantle An Atomic Bomb - U2
Best Rock Song: City Of Blinding Lights - U2
Best Rock Performance By A Duo Or Group With Vocal: Sometimes You Can't Make It On Your Own - U2
outros destaques (meus, claro):
Record Of The Year: Boulevard Of Broken Dreams - Green Day
Best Solo Rock Vocal Performance: Devils & Dust - Bruce Springsteen
Best Hard Rock Performance: B.Y.O.B. - System Of A Down
Best Country Album: Lonely Runs Both Ways - Alison Krauss And Union Station
Best Country Performance By A Duo Or Group With Vocal: Restless - Alison Krauss And Union Station
Best Country Instrumental Performance: Unionhouse Branch - Alison Krauss And Union Station
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quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Rosanne Cash
O novo álbum dela, Black Cadillac. Carregado de todo sentimento trazido desses dois anos em que perdeu o pai (Johnny), a mãe (Vivian) e a madrasta (June). Termina na poderosa 0:71, 71 segundos de silêncio.
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O Terceiro Olho (The I Inside)
Daqueles filmes que têm tudo pra irritar muita gente com tempos alternados, misteriozinho e tal. Eu gostei, mesmo não tendo nada de mais e com algo até de previsível a partir de certo ponto. Um jovem (Ryan Phillippe) acorda no hospital e se dá conta que perdeu os dois anos recentes de sua mémória, com isso não reconhece a esposa, não sabe quem é uma jovem que vem visitá-lo e fica sabendo da morte do irmão. O que de fato aconteceu? E porque ele às vezes acorda dois anos atrás no mesmo hospital? Brinca tanto com a memória quanto com as possibilidades de mudanças de destino (são inevitáveis?). Sarah Polley participa, o que é sempre legal.
Paixão De Aluguel (The Perfect Man)
Poderia ser um veículo para Hilary Duff, mas alterna bem os coadjuvantes a ponto de não ser exclusivo dela então Heather Locklear, Chris Noth e outros têm a chance de se desenvolverem independentemente. O que achei bem trabalhado é a questão da comunicação moderna no uso do blog, do e-mail e do msn (ou software parecido, não aparece a marca do produto). A possibilidade de se conversar online com outra pessoa podendo com isso inventar outra identidade e saber de coisas pessoais através de algo aparentemente tão frio são alternativas da narrativa que dariam um trabalho a mais caso a história fosse escrita anos atrás. O telefone é usado também, mas de forma mais leve. São essas formas de comunicação que aproximam os personagens e causam até belas cenas como a conversa entre mãe e filha (sem que uma das partes saiba disso) ou a mãe e o amigo da filha. O blog (que seria o diário de antes) poderia até ser melhor trabalhado (ela ser reconhecida pelo blog na vida real diferenciaria do recurso antigo de ser apenas um diário). É um simpático filme que não foca as atenções na problemática da filha, mas sim na vida da mãe, sendo dela o romance principal (e Hilary é a principal e estrela, sendo por isso inesperado que o enfoque seja assim).
Finais Felizes (Happy Endings)
Várias narrativas, meio Robert Altman que de uma forma ou de outra falam da coisa de ser pai. A amizade de um casal lésbico com um casal homo, o baterista gay de uma banda se relacionando com uma cantora que logo depois vai se relacionar com o pai dele e uma mulher se aproximando de um jovem documentarista para saber mais informações do filho que teve com seu meio irmão que ela largou após o nascimento. É uma volta de Don Roos ao que fez em O Oposto Do Sexo depois do fiasco de Mais Que Um Acaso. Destaques para Maggie Gyllenhaal, Bobby Cannavale (o massagista mexicano), Tom Arnold (fazendo um papel diferente do que faz) e Steve Coogan como o meio-irmão gay de Lisa Kudrow. Jesse Bradford no filme parece irmão de Colin Farrell tamanha a semelhança. Fãs de 24 Horas curtirão a presença de Sarah Clarke, sendo o par de Laura Dern no filme. David Sutcliffe vi recentemente em Cake e está bem como o par de Coogan, menos afetado.
Caçadores De Mentes (Mindhunters)
Outro que pode despertar irritações por aí. Acabou que o filme prendeu minha atenção do começo ao fim mesmo tendo uma história pra lá de absurda. Agentes candidatos à profilers (que fazem perfis de serial killers e assassinos) do FBI vão para uma ilha terem o teste final e acabam num jogo de gato e rato. Lembra O Caso Dos Dez Negrinhos da Agatha Christie. Mais do que a pergunta "quem é o assassino" fica a expectativa de "como tal pessoa vai morrer" já que há destaque para os horários que as mortes ocorrerão. Fica a corrida contra o tempo em tentar saber como se dará essa morte e se há possibilidades de evitar isso, fora saber quem é que é o alvo. Apenas a morte de uma das agentes é fraca por ser previsível demais, mas a primeira morte é ótima pois reverte as expectativas, fica a impressão que perdemos o personagem principal logo de cara. Aliás a não escolha de principais possibilitou a chance do roteiro poder matar qualquer um a qualquer momento (apenas um personagem eu achei óbvio que não aconteceria nada, mas isso é de um fator extra filme). Não há o recurso de sadismo nas mortes, o que é bem vindo. Legal a participação de Kathryn Morris que ainda não era famosa pelo personagem do seriado Cold Case e acaba que as duas personagens são parecidas. LL Cool J repete a parceria com Renny Harlin e em certas ocasiões repete até o rumo de seu personagem nos dois filmes. Um bom thriller de quebra cabeças e um filme decente de Harlin em anos.
Sujou... Chegaram Os Bears (Bad New Bears)
Primeira refilmagem do Richard Linklater tem a mesma simpatia de Escola Do Rock sendo com isso não tão pessoal quanto seus outros filmes mas não demasiadamente distante, novamente trabalhando com um grupo de crianças e um adulto "rebelde". Billy Bob Thornton precisa mudar de personagem, mais uma vez é um bêbado galinha (os roteiristas, vejam só, são os mesmos de Papai Noel Às Avessas). A duração é um pouco longa demais pra esse tipo de filme (só o jogo final pega meia hora do filme) e algumas seqüências poderiam ter sido cortadas. O beisebol fica até interessante e as crianças escolhidas são boas e diferentes. Não lembro bem do antigo filme com Walter Matthau pra saber se a refilmagem é melhor ou não, mas acho que antes se tocava em assuntos mais controversos e delicados do que hoje.
Um Salão Do Barulho (Beauty Shop)
Spin off da "série" cinematográfica Barber Shop, a personagem de Queen Latifah apareceu em Barber Shop 2. Aqui ela sai de um salão de elite para montar o seu próprio no gueto. E o sucesso irrita o antigo patrão dela (Kevin Bacon, hilário e afetadíssimo). Algumas clientes brancas chiques aparecem por lá (Andie MacDowell e Mena Suvari). É legal que toda uma cultura negra é passada no filme através de citações de Maya Angelou, retrato de C. J. Walker, o carrinho de comida típica, músicas de Parliament, John Coltrane e Stevie Wonder. Além de brincadeiras com a magrelice das brancas ao contrário do corpão das negras. Alicia Silverstone como a única cabelereira branca do salão está fantástica, sua ingenuidade misturada com a vontade de se enturmar rende ótimos momentos (e uma dança que é inédito para Alicia). Nos extras vemos que o diretor Bille Woodruff é bem alegre, digamos assim, passando essa descontração para o filme. Só queria saber quem é a dona daquela bunda que no filme recebe até close e comentários de todo elenco hehehe Não vi nos créditos "butt lady" ou algo assim hehe
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terça-feira, fevereiro 07, 2006
América América (America America)
Excelente filme de Elia Kazan, talvez um de seus filmes mais pessoais que até virou um livro. A narração é feita por ele mesmo, mas só aparece no começo e no final. A história é do tio dele, grego, que se encontra em meio a uma guerra civil de armênios com turcos e sonha com a América. O pai faz com que ele vá para Constantinopla com todas as riquezas da família para se estabelecer e aos poucos levar toda sua família para lá. Só que muita coisa acontece na viagem e ele passa por grandes dificuldades chegando até num casamento arranjado com uma garota de pai rico. O poder do filme está nessa árdua batalha de um homem e seu sonho, em como sua humanidade e ingenuidade é explorada por todos e o que ele tem que passar, sofrer e machucar para conseguir algo. No fundo é uma grande ode aos EUA, representando a possibilidade de ascenção social e liberdade, o novo começo (o que foi realidade para muito imigrantes). Mas até que se chegue nos EUA (e não vemos muito de sua vida lá) o estudo das pessoas que entram na vida do protagonista em Constantinopla é rica e complexa, sendo a complexidade dele mesmo que renega a possibilidade de uma vida cômoda burguesa com o casamento arranjado, com uma mulher que o servirá por toda vida e se lança diante de uma certeza (totalmente incerta) de um futuro mais promissor em terras americanas. Há grandes momentos que são repassados rapidamente perto do final e com Kazan lendo os créditos fica algo de emocionante. É daqueles filmes que marcam toda uma carreira de um diretor e tocam todos os outros com um passado imigrante na família (como Scorsese que se identificou muito com esse filme). Sua duração de 174 minutos nem é notada devido ao enorme interesse que o épico pessoal desperta. O filme também é conhecido como A Terra Do Sonho Distante. Infelizmente o filme ainda não saiu em dvd.
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quinta-feira, fevereiro 02, 2006
A Bela Do Palco (Stage Beauty)
Hoje em dia o filme é mais conhecido (se tanto) como aquele que fez Billy Crudup largar a Mary Louise Parker (grávida) para ficar com Claire Danes. Só que é um belo filme que toca em dois temas: o ato de representar e as identidades sexuais. A bela do título não é Claire como se imaginaria, mas Billy que faz um famoso ator do teatro inglês que é especialista em interpretar mulheres (no século 17, quando mulheres eram proibidas de atuar). Quando o rei reverte esta lei, dando chance às mulheres, principalmente pela atuação clandestina de uma empregada (Claire) é que as coisas se complicam para o famoso ator. O relacionamento dos dois se transforma numa bela troca: ele a faz se descobrir como atriz e ela a revelar o homem dentro dele. O personagem de Crudup, tendo sido treinado como atriz desde criança não só incorporou toda uma feminilidade no seus gestos como também uma indefinição de sua própria persona sexual, tendo caso com um nobre e brincadeiras com mulheres, sem que com isso se entregue realmente ao amor, sendo encarado como objeto ou curiosidade sexual. Sua angústia ao se ver sem função social é tocante. Toda a parte final emociona com uma apaixonada declaração de amor ao ato de representar e também no caso o poder da arte, confundindo uma vez mais a realidade com a ficção, expurgando fantasmas através dela. É assim que o personagem de Crudup se mostra o mais livre de amarras e categorias, se descobre como ator e homem pleno, com liberdade para as mais diversas escolhas. Tanto Crudup quanto Danes estão muito bem e destaca-se entre os coadjuvantes Rupert Everett como o rei. Um texto legal sobre o filme.
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quarta-feira, fevereiro 01, 2006
Oscar Roundtable
Os cinco diretores indicados ao Oscar deste ano batem um papo na Newsweek.
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Citizen Spielberg
Saindo lá fora.
“The first comprehensive study of the most popular director in American film history. A compelling case for Spielberg to be considered as a major film artist. To date, no book has attempted to analyze the components of his worldview, the issues which animate his most significant works, the roots of his immense acceptance, and the influence his vast spectrum of imaginative products exerts on the public consciousness.”
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