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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

quinta-feira, março 16, 2006
A Lenda Do Zorro (The Legend Of Zorro)

Se do primeiro pouco lembrava essa continuação já começa a sumir da minha mente. Talvez um pouco melhor, mas só. Um único pequeno destaque: o jeito irresistível que Catherine Zeta Jones criou para seus beijos no filme, ela geme em todos eles dando um toque bem sexy.

E Frankenstein Criou A Mulher (Frankenstein Created Woman)

Competência de sempre da Hammer onde o que se destaca é a criação de uma mulher e não um homem.

Wallace & Gromit – A Batalha Dos Vegetais (Wallace & Gromit – The Curse Of The Were Rabbit)

O trabalho técnico é elogiável e a história tem seus bons momentos, mas não marca tanto como A Fuga Das Galinhas. As piadas de apelo sexual ficam engraçadas num filme para crianças.

Curva Do Destino (Detour)

Típico filme de Edgar G. Ulmer: barato, curto e rodado rapidamente (6 dias!). Isso se nota de imediato, mas a criatividade compensa toda a precariedade. O único porém que não se consegue contornar é a atuação da dupla central, por vezes careteira demais. No caso de Ann Savage ajuda no fato de torná-la odiável. Impressionante é que com todas essas condições e o pouco tempo de duração do filme Ulmer consegue mil vezes mais que centenas de cineastas (principalmente atuais) transformando o filme numa obra prima noir cult.

Ellie Parker (Idem)

Curta com a Naomi Watts que ela, após despontar para a fama, resolveu bancar mais cenas para transformar em longa. É o que se chama de tour de force da Naomi. O uso do digital ainda confunde a relação com o espectador que fica sentindo estar vendo algo real e quando se depara com uma encenação confunde as coisas. Mas depois de se acostumar dá pra encarar numa boa esse retrato divertido e bem autobiográfico da vida de ator com os mais variados testes, as aulas de interpretação, as relações banais que se estabelecem (nada mais real e clichê ao mesmo tempo ela namorar um pseudo músico, pseudo hippie, pseudo chapado) e as terapias quase obrigatórias. Talvez o filme fosse melhor caso assumisse uma condição mais documental (mesmo que falsa) pois quando tenta ser ficcional soa falso (o cara que Watts fica - aliás o diretor/escritor do filme, a melhor amiga), só que em algumas partes "documentais" têm sua força. Inusitado é ver Chevy Chase como o agente dela. Entre os agradecimentos ao final vemos Lynch e Iñarritu. Quem tem curiosidade da rotina de atores iniciantes vale conferir.

Tara Road – Aprendendo A Viver (Tara Road)

Andie MacDowell e Olivia Williams trocam de casa (EUA / Irlanda) após acontecimentos traumáticos em suas vidas. Duas histórias paralelas no mesmo filme que só se encontram no final. A filha de Olivia é feita pela Sarah Bolger que só depois de um tempo encucado por conhecer a garota é que lembrei que é a mais velha de Terra Dos Sonhos. Gosto bastante dela e parece crescer bem, bonita. O filme é comum, com vários coadjuvantes do cinema irlandês conhecidos (Stephen Rea, Brenda Fricker) que ajudam no resultado final.

Orgulho E Preconceito (Pride & Prejudice)

Quão anacrônico nos dias de hoje ver tantas mulheres doidinhas para arranjar um homem como função primeira de suas vidas. Sabe-se lá o motivo de fazer mais um filme sobre isso. Mas Keira Knightley e Jena Malone compensam. E quando achava que estava livre de um filme inglês com a Judi Dench não é que a desgraçada surge no meio da coisa? Deus me livre, por que ela não vai fazer uma sulista americana tarada por rapazinhos ou algo assim?! Sempre a mesma coisa! A direção escapa de ser rígida, mas não acrescenta muita coisa, tentando fugir do normal apenas na cena da dança dos dois sozinhos. O destaque, que irônico, fica com o ator Matthew Macfadyen, rosto desconhecido que ficou muito bem no papel, quem sabe um novo Clive Owen?


posted by RENATO DOHO 4:37 PM
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