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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

sábado, abril 29, 2006
Ticker (Idem)
O Forasteiro (The Foreigner)




Mais dois do Steven Seagal. Pra me atualizar faltam 7 filmes ainda. Em Ticker ele nem é o principal, Tom Sizemore (agora ator pornô) que é o protagonista, o que até melhora as coisas pois não há necessidade de Seagal ficar fazendo cenas dramáticas. Dennis Hopper é o vilão. Foi o primeiro filme de Seagal fora da Warner que desde o início produzia seus filmes. Depois ele passaria às produtoras independentes, lançando direto pra locação. O engraçado é que em Ticker todas as falas dele tem tom budista, servindo de conselheiro zen para o protagonista, mas ele parte pra ação também. Bem movimentada (mesmo que banal) a direção é de Albert Pyun famoso pelos "clássicos" Cyborg - O Dragão Do Futuro e Capitão América, já o roteirita, Paul B. Margolis, fez o roteiro do novo do John Carpenter, The 13th Apostle. O Forasteiro tem trama complicada demais para filme tão simples, não há motivo pra isso, e há pouca ação. Porque teve continuação é um mistério.

Outros:

Heróis Esquecidos (The Roaring Twenties)

Ótimo filme de Raoul Walsh com tom documental e uma grande interpretação de James Cagney. A parte romântica trágica no final dá mais brilho ainda ao filme (só fico me perguntando se não seria melhor o protagonista morrer sozinho ou então com a garota de seus sonhos perto ao invés da que o amava realmente).

Dormindo Fora De Casa (Sleepover)

Estréia de Joe Nussbaum na direção, ele ficou conhecido na internet pelo curta George Lucas In Love. Aqui tendo Alexa Vega (Pequenos Espiões) como principal, Joe conseguiu fazer uma boa comédia juvenil que lembra bastante os climas dos filmes de John Hughes, focando uma fase da vida pouco abordada: a passagem do primeiro pro segundo grau. Muito mais comuns são histórias da quase saída do segundo grau. E ainda por cima a história é com garotas. A participação de Steve Carell é que evidencia a ligação com Hughes, pois há um tratamento diferenciado dos adultos do filme em relação à outros do gênero. É como se estivéssemos vendo Gatinhas E Gatões versão mais jovem. Tem até um Anthony Michael Hall wannabe.

American Meltdown – Pesadelo Americano (Meltdown)

Bem influenciado por 24 Horas, tendo inclusive 2 atores do seriado nele, Leslie Hope e Arnold Vosloo (fazendo um terrorista antes de fazer o mesmo no seriado! então seria o caso do telefilme ter influenciado o seriado?), o filme só peca por abusar das câmeras tremidas, em toda cena. Cansa, irrita e dá dor de cabeça o abuso desse recurso. Por outro lado é bem interessante, tentando dar um cenário geral (apesar da falta de grana) bem mais plausível que no seriado, relatando as conseqüências de uma tentativa de atentado, as atitudes tomadas pelo comando geral, etcs, coisa que o seriado passa batido. Bruce Greenwood é o agente que vai tentar lidar com a situação. Uma virada mais perto do final coloca uma boa perspectiva política na coisa. A direção é de Jeremiah S. Chechik do horroroso Os Vingadores (por isso desde 1998 que não dirigia, só voltando para este telefilme de 2004), mas também do simpático Benny & Joon.

A Marcha Dos Pinguins (La Marche De L’Empereur)

Documentário com seu interesse que dá o que pensar: o que leva tanto sacrifício apenas para viver? o que há nos pinguins e também em vários outros seres vivos (incluindo nós) esse instinto de sobrevivência mesmo nas mais adversas situações e até nas mais absurdas formas de existência? Talvez seja isso que mantenha uma vida por aqui, mas não deixa de ser hilária a idéia de tamanho esforço por quase nada.

Soldado Anônimo (Jarhead)

Melhor do que esperava, ainda mais que foi criticado pela maioria. Fora a cópia de Nascido Para Matar no início o filme consegue dar um bom retrato da guerra que não existe. Nada melhor que um filme de guerra onde nada acontece e o quanto tanto a ação quanto a não ação no final acabam com os soldados. Os que não realizam as ações que foram treinados a realizar e desejar e os que partem pra ação e sofrem todos os seus traumas (o que o filme não aborda já que todos os outros filmes de guerra falam sobre isso). O filme transforma uma bem sucedida guerra na realidade (rápida intervenção americana e poucas perdas dos EUA) numa completa besteirada militar, onde soldados voltando às suas vidas normais nem têm noção do que fizeram, mas já carregam dentro de si todas as merdas que uma guerra traz consigo.

Doze É Demais 2 (Cheaper By The Dozen 2)

O filme não consegue ter momentos engraçados mesmo tendo reunido todos de volta e acrescentado Eugene Levy. Uma mistura de roteiro fraco com bad timing. A parte dramática convence mais. E o diretor não é ruim, Adam Shankman, que fez Um Amor Para Recordar e O Casamento Dos Meus Sonhos, além de ser o coreógrafo de Missão Marte. Coreografia aliás é sua especialidade que poderia ser melhor utilizada no filme. Um ponto positivo foi Carmen Electra num papel que vai contra sua imagem e do próprio esteriótipo que seria o personagem (jovem gostosa casada com velho rico).


posted by RENATO DOHO 3:50 PM
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