Brasília 18% Um bom filme de Nelson Pereira Dos Santos, talvez um dos seus mais bem acabados filmes. A trama que mistura política e algo de fantástico é boa, mesmo que derrape aqui e ali seja na narrativa ou na atuação geral. As melhores coisas são as revelações Karine Carvalho e Mônica Keiko, Karine ainda aparece nua em todo seu esplendor (assim como a Bruna Lombardi nos surpreende mostrando como ainda continua bela). Carlos Alberto Riccelli conduz bem o filme passando uma imagem de integridade com confusão e passividade. Mesmo em papel pequeno o Ilya São Paulo tem presença forte, poderia até ter mais destaque. O final com Michel Melamed (com improvisação própria) é ótimo, o personagem dele, quem sabe, daria um outro filme bem interessante também. Talvez tenha faltado um pouco mais de bastidor político e um fêcho mais contundente (não sei se gostei da Malu Mader aparecendo ao final). Ah, destaque para a trilha, pois é muito bem colocada durante o filme e se destaca, o que não é exatamente regra no cinema nacional (a falta de recursos sempre nos deixa com pianinhos ou sintetizadores mesmo).Vale Proibido (Down In The Valley) Vi não sabendo porque Edward Norton tinha produzido o filme e atuado conforme ia vendo o desenrolar da história. Até começa bem com os irmãos que vivem no Valley em L.A. e a jovem começa a se relacionar com o caipira que Norton faz. Ela o seduzindo e o conquistando era algo diferente. Só que aí começa o de sempre, e ruim, ele vai se mostrando um pouco perturbado demais, não exatamente um psicopata, mas quase. Mesmo que tenha boas qualidades no jeito com que trata o irmão menor dela ou no que pensa sobre a situação familiar dela ou da vida em geral tudo fica reduzido quando mais e mais cenas mostram sua instabilidade. Chega um ponto que o pai acaba tendo a razão quando não quis o relacionamento dos dois e até salva os filhos do sociopata. Se o roteiro tivesse evitado esse lado do personagem e ele fosse apenas mais complexo que a maioria o filme ganharia muito mais. Do jeito que ficou o final até parece querer dizer que nada como um sociopata na vida da gente para nos ajudar a crescer... A Evan Rachel Wood, apesar de tudo, está ótima e o irmãozinho quem faz é um dos irmãos Culkins, Rory, acho. No dvd há um bate papo com Norton e o diretor numa exibição do filme coordenado por um crítico. Lá até tenta-se entender o que levou Norton ao projeto e o que se tentou colocar de diferente no filme, mas acho que é mais papo do que fato, pois ouvindo os dois até parece que o filme é realmente daquele jeito, esquecendo todo o lado clichê e batido do perturbado da vez que vai mexer com a vida de alguma jovem.O Vento Também Tem Segredos (Whistle Down The Wind) Um belo filme, uma pérola meio escondida esse filme inglês em preto e branco que Richard Attenborough produziu e Bryan Forbes dirigiu. Crianças de uma fazenda do interior da Inglaterra acham que um prisioneiro fugitivo que está no celeiro da família é, na verdade, Jesus Cristo. A partir daí que a história se desenrola, contar mais estraga. O tabalho das crianças é ótimo, principalmente da Hayley Mills que faz a mais velha (aliás a mãe dela que escreveu o livro de onde o filme se baseia). O fugitivo quem faz é Alan Bates que no filme está bem parecido com Henry Czerny. Toda a parte final é muito boa, mesmo que se espere até algo mais "divino". Pode emocionar os mais sensíveis. Consegue falar do poderoso universo infantil e do poder da fé de forma cativante e simples. O melhor é que o dvd está com ótima imagem, em formato correto e disponível nas bancas de 9,90 de vários supermercados e lojas por aí. Daqueles que dá pra se recomendar à todos e que muitos desconhecem.O Protetor (Tom Yum Goong) Se fosse ela estória o filme seria bem ruim, nem queria entender ou prestar atenção na traminha armada. Mas a ação... Tony Jaa tá foda! Até agora o seu melhor filme! Incrível! As cenas de luta estão espetaculares (e Jaa sem dublês ou fios) e logo numa das primeiras lutas nota-se um plano sequência que dá todo um novo sabor ao que acontece, sem ficar precisando de cortes desnecessários. E isso era só um aperitivo, depois acontece um maravilhoso plano sem cortes e cheio de ação que vale todo o filme! Jaa vai subindo um restaurante que mais parece um shopping/museu e batendo em todo mundo que vem pela frente e a câmera não só acompanha, mas interage com a ação como há tempos não via! E é tanta coisa pra se dar errado que você fica imaginando o trabalhão e ao mesmo tempo fica torcendo para que não corte nunca. E o corte vem no momento exato. Depois li que fizeram 6 takes até dar certo e por isso Jaa está tão cansando ao final da cena, pois era a sexta vez que estava fazendo aquilo hehehe No imdb dizem que é a maior seqüência de luta sem cortes da história do cinema, bom, deve ser mesmo. E melhor ainda que pra superar isso as lutas finais são fudidas! Escolheram muito bem uns grandalhões que realmente mostram estar com fúria e que sentem cada pancada que dão ou recebem, assim as lutas ficam ainda mais ferozes, não um mero balé. Até a vilã, banal até aquele momento, fica boa com o maldito chicote. Pra completar não fica nada falso o sentimento do protagonista pelos seus elefantes que foram os motores da narrativa. O finalzinho é até sentimental! Mas que maravilha! Seria até ótimo não fosse toda essa parte de estorinha que o filme tem. Jaa vem aí com Ong Bak 2. posted by RENATO DOHO 12:40 AM . . . Comments: