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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, abril 01, 2007
Família Soprano - Quinta Temporada (The Sopranos - Fifth Season)



Excelente temporada! Já começa com toda uma nova perspectiva da vida familiar de Tony (James Gandolfini) ao se deparar com a separação de Carmela (Edie Falco). E ainda há o retorno do primo preso, Tony B. (Steve Buscemi). Só esses dois fatos quebram toda a rotina que existia antes. Há tantas subtramas de importância e ricas que é quase preciso uma listagem apenas para reconhecimento. Recordando de tudo o que ocorreu na temporada parece que foram muito mais episódios, como se a cada 2 episódios tivéssemos visto um filme completo; e quantas sextologias (?) temos por aí? É abrigar todos os Star Wars em uma temporada! Como os relacionamentos de Christopher (Michael Imperioli) e Adriana (Drea de Matteo), Janice (Aida Turturro) e Bobby (Steve Schirripa), Carmela e o diretor de escola (David Strathairn), e Meadow (Jamie-Lynn Sigler) e Finn (Will Janowitz). Os problemas de saúde de Corrado (Dominic Chianese). Toda a trajetória de Tony B. de volta à sociedade. Complicações de Phil que caem nos colos de Johnny Sack (Vincent Curatola) e Tony, quase causando algo de grandes proporções. Enfim, essas entre várias outras narrativas que vão se cruzando, desaparecendo, repercutindo, e retornando. A construção temporal é primorosa, não se segue algo certinho como em muitas tramas de séries. Às vezes algo crucial é apenas dita de forma passageira durante uma conversa e nós, espectadores, é que temos que nos atualizar pois os personagens já sabem do fato. Não somos cúmplices deles, não sabemos a mais em todos os momentos. As outras narrativas continuam existindo mesmo que não as vemos e de repente é que nos damos conta. Outras vezes nunca mais ficamos sabendo de algo (o símbolo maior é o russo da terceira temporada que ninguém sabe que fim levou). Também temos alguns momentos chaves das sessões de Tony com a dra. Melfi (Lorraine Bracco) que cada vez mais aprofundam na psiquê complexa e rica do personagem. Não é preciso elogiar o trabalho brilhante de quase todo o elenco, os roteiros primorosos (alguns de Michael Imperioli) e as direções marcantes de gente como Mike Figgis, Rodrigo Garcia, Peter Bogdanovich, Steve Buscemi, entre outros. O animal dessa temporada é um urso, extremamente significante do momento que a família Soprano passa com a separação e é inclusive sutilmente referenciado na cena final dessa temporada de forma genial. Patos, esquilos, cachorros e um cavalo tiveram sua importância em temporadas passadas. As cenas de sonho continuam significativas, tanto que um dos episódios tem quase metade de sua duração transcorrendo num sonho, e é muito bem planejada (dizem que o próprio criador, David Chase, cria e comanda essas cenas), com toda lógica estranha de um verdadeiro sonho. Mais informações sobre temas, símbolos, metáforas, fatos e características apresentadas na série podem ser lidas
aqui. Há muitas coisas abertas para serem exploradas na sexta e última temporada. Mal posso esperar para vê-la, pois como até mesmo a Vanity Fair diz:





A matéria da revista pode ser lida completa aqui. Há fotos que contém spoilers até da sexta temporada. E um Q&A com David Chase exclusivo com Peter Biskind pode ser lido aqui.

posted by RENATO DOHO 12:26 AM
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