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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, maio 13, 2007
The Lost Room




Boa minissérie que o canal Sci Fi produziu no final do ano passado. Sem ser baseado em livro a história meio que compila vários elementos de séries consagradas anteriormente. Há algo de Arquivo X, Millennium, Lost, Alias e Heroes nos personagens, nas situações e mistérios. Peter Krause, pós Six Feet Under, faz um policial que encontra uma chave que abre a porta de um quarto de motel muito estranho. O bom de seu personagem é que seu objetivo é simples e forte, com isso não há muitos desvios desnecessários de caráter e a narrativa sempre tem um norte, não se perde. Em 3 episódios de 80 minutos cada vamos ver os desdobramentos que esse quarto gera. Se tinha baixado a mini há tempos só fui ver agora e fui fisgado por uma competente realização onde ficamos envolvidos com a história, não parecendo que é uma mera derivação. Apesar de explicar muita coisa muitos outros aspectos ficam sem respostas, o que é bom para não acabar desmontando o castelo de cartas se houvesse muitos detalhes explicativos (o que acontece com outras histórias de mistério que se revelam frágeis). O bom humor é uma característica positiva, fazendo com que os efeitos que certos objetos causem não sejam levados muito à sério e ao mesmo tempo façam com que sua utilização seja bem clara, como um jogo (o bilhete é um exemplo). Não que a mini seja uma paródia, mas ela sabe dosar quando algo é para ser cômico e quando é algo sério e tipo, o protagonista aceita bem essa nova realidade, sem ficar muito encucado ou confuso, ele aceita o jogo e joga (outros personagens também). Há um toque de cinismo em relação aos seriados que a mini se inspira, principalmente porque esses seriados se levam à sério demais e isso é retratado na trama com grupos que começam a ver coisas a mais onde não há, gerando o fanatismo. Os roteiristas (Laura Harkcom e Christopher Leone) não se auto iludem quanto ao que criaram - um bom mistério e uma boa diversão - não começam a achar que criaram símbolos e metáforas de algo além do que se propõe (como as séries citadas ou o fenômeno pós Código Da Vinci), com isso brincam mais com as possibilidades que a trama gera (o pente, o relógio e a tesoura como exemplos). O elenco de apoio conta com Julianna Margulies, Kevin Pollak e destacando Ellen Fanning (irmã da Dakota). Que família pra ter filhas talentosas e graciosas! Ellen consegue passar tanta força que mesmo ausente de todo o meio da trama é presença invisível constante na busca do pai por ela. A direção ficou por conta de Craig R. Baxley e Michael Watkins. Creio que teria boa audiência caso passasse por aqui na tv ou saísse em dvd. Há espaço para o surgimento de uma série, o que vários fãs da mini querem que aconteça. Não sei se isso vai ocorrer. Como está acho que ficou bom demais, melhor não estragar.


posted by RENATO DOHO 3:07 AM
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