Meu Encontro Com Drew Barrymore (My Date With Drew) Uh, documentário? Projeto pessoal de um cara apaixonado desde criança pela Drew Barrymore que estabelece 30 dias para marcar um encontro com ela (que é o tempo do aluguel da câmera). Lembra aquele filme dos vários encontros amorosos só que aqui a pessoa é menos anônima, isto é, ela conhece gente da indústria ou ao menos consegue falar com eles, então Eric Roberts, o roteirista de As Panteras, o diretor Bill D'Elia e Corey Feldman aparecem dando dicas ou tentando com que o apaixonado, Brian Herzlinger, consiga o encontro. Brian estava naquele estágio onde já estava cansado dos trabalhos temporários em Hollywood ao ponto de desistir quando estabeleceu esse objetivo como o turning point (ou não) de sua vida. Há momentos engraçados, outros banais (como um vídeo caseiro) e Brian fica na tênue linha entre o simpático e o patético. Só que o seu final meio que justifica tudo, estragando um pouco o filme digo que ele consegue o encontro e nisso todo o projeto se sustenta, não parecendo mais uma egotrip picareta (se ele não tivesse conseguido). E o encontro é bem legal, principalmente pela Drew ser bem simpática e como, de certa forma, eles realmente deveriam se encontrar (além do fato dos 2 serem fanzões de Grease 2) - ele não fica parecendo um stalker bem sucedido. E o presente que ele ganha dela até é uma surpresa, primeiro pelo fato dela levar um presente pra ele e depois pelo presente em si, como se fosse um incentivo (o que ela explicita ao falar). Enfim, não fosse pela Drew o filme não se justificaria. Atualmente o Brian estava fazendo algumas matérias pro programa do Jay Leno. Acaba que o filme vira o lema que o Brian diz ao final dele, aquela coisa de correr atrás dos sonhos, pois se até ele conseguiu...Revolver O que não faz uma mulher e suas crenças na vida de um diretor hein? Madonna, toda interessada na cabala, acabou contaminando o Guy Ritchie que bota muita coisa da doutrina neste filme. Então pegue os temas característicos do que Ritchie vinha fazendo e adicione umas filosofadas baratas misturadas com A Arte Da Guerra e estratégias de xadrez que teremos Revolver. Não que o filme seja ruim, é até o melhor dele, porém eu não gosto dos outros, e até é uma boa recuperação do desastre do filme anterior, só que fica nisso, bom e olhe lá. Irrita a repetição constante dos pensamentos e das frases, como se para fixar os "pensamentos" e nisso me lembra negativamente o Kim Ki-Duk com suas diluições budistas e as explícitas mensagens. As viradas de roteiro também são de uma linha de cinema que pouco me interessa como Os Suspeitos, Amnésia e Clube Da Luta, inclusive com uma frase diretamente tirada de Os Suspeitos. Jason Statham está bem e diferente, já Ray Liotta está muito exagerado; o único de real interesse é o personagem de Mark Strong, um super hitman. Hilário é que há por aí teorias que tentam explicar o filme (é, pode confundir algumas pessoas), como se Ritchie fosse capaz de algo que a pessoa tenha que refletir ou desvendar...A Última Cartada (Smokin’ Aces) E esse que parece dirigido pelo Guy Ritchie? O que não deixa de ser engraçado, um cineasta que parece sub do sub-Tarantino... Ao menos Joe Carnahan aqui não tenta botar frases e diálogos cools e marcantes (e se tenta é tão mal sucedido que não notei), o lance é mais de criação de história, personagens, situações e visual. Há coisas temerosas como aquela criança retardada que aparece, quase um símbolo intencional do que o filme é (um nerdzinho se passando por foda). A trama é quase infantil e bem básicona, tanto que não há desvios, só enrolação, todos sabem o que se reserva para a meia hora final com o encontro de todas as pessoas que foram contratadas para matar uma pessoa, o Aces do título (Apagando Aces), interpretado pelo Jeremy Piven (que precisa mudar o tom, parece o Ari do Entourage cheirado). Jason Bateman é outra inutilidade do filme. Fica engraçada as presenças de Ben Affleck, apagado rapidamente e Matthew Fox numa participação esquisita (peruca e bigode propositadamente falsos). Mas também, tendo Ryan Reynolds como mocinho e protagonista não é pra se esperar grande coisa mesmo. Ray Liotta, olha ele aí de novo, ao menos está mais comedido. E a gangue nazista? Que coisa grotesca e inútil (ah sim, serve só pra cena do cara caindo na própria serra elétrica, por que? porque é cool...). Pra não falar que não gostei de nenhum personagem a Alicia Keys ficou bem legal e sua parceira também, as duas tiveram os melhores momentos (mesmo que o romancezinho instantâneo no final seja ridículo) e ao menos um desenvolvimento de personagens. A arma da parceira então é muito boa (Michael Mann usou em Miami Vice), merecia um filme só pra ela (a arma) hehe Pena que a Alicia, como ninguém ali (excetuando o hitman dos disfarces), se mostrou eficaz, tanta banca sendo construída ao longo do filme e ao final são todos bem ruinzinhos na profissão. Espero que Carnahan faça algo mais sério e sólido no futuro, senão... posted by RENATO DOHO 6:08 PM . . . Comments: