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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

segunda-feira, março 14, 2011
Trabalho Interno (Inside Job)

Do mesmo diretor de
No End In Sight mais um ótimo documentário, desta vez falando da crise mundial de 2008. Como no anterior, apesar de ter um tema bem mais difícil de abordar como um thriller, o filme consegue ir num crescendo de informações e esclarecimentos (por entrevistas, arquivos televisivos, gráficos, etcs) até chegar num ponto em que acompanhamos tudo como num verdadeiro thriller podendo nos causar nervosismo ao saber de algo, indignação ao perceber os nomes aparecendo de novo e de novo, chegando ao ponto em que o título do filme anterior caberia perfeitamente nesse... no end in sight!

Aruitemo Aruitemo

Típica família japonesa se reune num fim de semana e conforme as horas passam certos ressentimentos chegam à tona. A não-presença do filho mais velho, já falecido, é constante nas mentes e atitudes de todos ali reunidos. Temas bem nipônicos são tratados o que pode desinteressar públicos alheios. Já para o público nipônico a identificação será total.

Samâ Wôzu

Uma mistura de comédia romântica juvenil com uma aventura virtual. Várias vezes queria que voltasse ao mundo real para acompanhar a desventuras de um geek se passando por namorada de uma estudante para toda a família dela que está reunida para o aniversário da matriarca. Só que um jogo virtual sai de controle e o mundo pode enfrentar uma ameaça real de destruição, principalmente o Japão. Não que a parte virtual seja ruim, mas é que o drama cativava mais. No fim é um animê com uma mistura interessante.

Waiting For Superman

A crise educacional nos EUA, mas que serve para muitos países (mesmo que o sistema seja bem peculiar nos EUA). Tem um aspecto bem mais pessoal para o diretor já que ele interfere diretamente no que se vê pois entrevista e narra o documentário (em outros ele era bem mais discreto ou invisível), além do ponto de partida ser por causa de seus filhos (que não se fala no filme, mas que são com a Elisabeth Shue). Causou muitas críticas e debates, mas que é útil, pois o filme nunca chega numa conclusão real, serve para isso mesmo, começar ou aumentar o debate em torno do assunto.

Jackass 3D (Idem)

Quem conhece os caras já sabe o que vai encontrar, então não há grandes novidades. Alguns segmentos que eles insistem em botar são chatos como o vovô dançante, mas de resto são "provas" e loucuras que sempre divertem, mesmo as mais nojentas. Às vezes você não sabe se está rindo do que eles estão fazendo, da ideia disso ocorrer ou de você estar rindo disso.

Cisne Negro (Black Swan)

Se em O Lutador Darren Aronofsky tinha conseguido apresentar suas ideias e visão de mundo de uma forma menos distante, mais humana, aqui ele volta a cometer os erros de outrora, perdendo a alma que conduzia o trabalho anterior. Estão lá o auto-sacríficio, o prejuízo do excesso, a busca do aperfeiçoamento, o fracasso dessa busca, mas perdeu-se no caminho, ou na própria personagem a motivação maior que ligaria seus dramas com o resto. Como o filme mesmo se apresenta é tudo auto-centrado demais (tanto que há dúvidas de tudo que se relacione à protagonista, nunca sabemos o que é real ou falso dela), aí já não importa o que há para ela buscar ou seguir, é apenas o seu processo destrutivo de uma obsessão vazia. A escolha de Natalie Portman peca pela falta de habilidade na dança, o que faz com que todas suas cenas de dança (e são várias) sejam filmadas perto demais para não mostrar suas pernas o que não dá força para um dos motes do filme que é sua busca pela perfeição (que nós nunca vemos de verdade, ela sempre parece ser apenas esforçada, sem real talento), nem na cena final, o que seria a beleza de seu esforço, transparece.

Uma Manhã Gloriosa (Morning Glory)

A primeira coisa a se destacar no filme é a presença "gloriosa" da Rachel McAdams. Ela te pega desde o início e não largamos dela até o fim. Todas suas buscas, dificuldades, glórias e fracassos são partilhadas com quem está vendo e assim todo o resto fica fácil. Torcemos por ela não importa o que faça. E há o luxo de ter Harrison Ford e Diane Keaton como coadjuvantes (e um divertido Jeff Goldblum). Roger Michell consegue encantar como conseguiu com Um Lugar Chamado Notting Hill. E ainda trazer momentos de gargalhar. Bem de leve há uma discussão sobre o telejornalismo.

Freakonomics

Por ser dirigido em segmentos por diversos diretores é irregular, alguns são meras visualizações do livro em que se baseia, mas outros vão além e abordam assuntos além-livro, o que melhora muito tanto para quem leu quanto para quem não leu o livro.

Passe Livre (Hall Pass)

Tirando poucas cenas que não cairiam bem no horário é uma típica futura Sessão da Tarde. Filme inofensivo, sem real humor.

Trovão Tropical (Tropic Thunder)

Como humor não funciona e como filme de ação quase funciona, o que prejudica o humor. Esquizofrênico anêmico. Seria filme de uma piada só (Robert Downey fazendo um negro), mas há duas piadas sós (Tom Cruise careca, gordo e que dança).

Esposa De Mentirinha (Just Go With It)

Sem timing a comédia se sustenta nas presenças de Jennifer Aniston e Brooklyn Decker (uma bela presença). Nicole Kidman assusta.

posted by RENATO DOHO 12:25 AM
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