terça-feira, julho 29, 2003
Livro e Hq
Recebi hoje o livro Abusado de Caco Barcellos, caramba, é um tijolo de livro! E comprei War - Histórias Da Guerra - Volume 2 de Garth Ennis.
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Vivendo Eternamente (Tuck Everlasting)
Típica sessão da tarde. Livro "espirituoso" adaptado para as telas falando da imortalidade (mais uma vez retornando a figura da fonte da juventude). O elenco reune bons atores como William Hurt, Sissy Spacek, Ben Kingsley e Amy Irving, mas são meros coadjuvantes. O casal central é novo e Alexis Bledel é a mais conhecida (do seriado Gilmore Girls), ela é uma graça, mas não salva o filme de ser bem mediano.
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Código Desconhecido (Code Inconnu)
Mais um filme de Haneke visto e o mais inócuo dele. What's the point poderíamos perguntar, mas o que fica mesmo é um esquematismo de fatos mostrados em planos seqüências (alguns interessantes) que tentam retratar a violência das relações pessoais dos personagens e sua falta de comunicação ou inabilidade para isso. Juliette Binoche conduz a trama mais bem retratada, sua relação com um fotógrafo de guerra e algumas situações da vida atual (como a briga no começo ou a cena no metrô). O pior defeito do filme é que não nos importamos com ninguém ali "moldurado", então suas ações não ressoam ou nos fazem refletir espontaneamente (pois há a reflexão induzida, trabalhada, que é possível com tudo a nossa volta). O cinema de Haneke não me agrada (A Professora De Piano talvez seja o que consigo ao menos apreciar um pouco, muito por causa de Huppert) e não é nesse que minha opinião mudou.
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Jackass - O Filme (Jackass - The Movie)
Quando o programa surgiu vi alguns episódios e achei relativamente divertido, algumas coisas eram hilárias e outras bem sem graças. Quando o programa foi para as telas de cinema a coisa continuou a mesma coisa. Como não fui assíduo do programa não sei as diferenças das duas versões, o que a versão cinematográfica tem a mais (a abertura, com certeza e talvez a parte realizada no Japão)? De resto é como um episódio da tv esticado para o cinema. Não há coisas mais grosseiras do que as vistas na tv. Aqui não vou ficar analisando o que será que o programa espelha da nossa sociedade atual, tenho certeza que outros mais competentes farão isso. Na parte diversão o filme tem bons momentos (nojentos ou não como o sorvete amarelo, o estimulador de músculos, o wasabi aspirado e os carros de golfe), mas outras coisas poderiam ser melhor trabalhadas e pensadas para serem mais engraçadas ou provocantes (toda a parte com a família de um integrante é banal e sem graça). E dá pra notar que não se precisa de grande orçamento para ser engraçado, as coisas mais "custosas" como a do tubarão ou o carro alugado se mostram nulas.
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sexta-feira, julho 25, 2003
Comedian
Quando veremos esse documentário por aqui? Acabei de solicitar no Telecine e no GNT (peçam também). Mostra os bastidores dos stand ups comedians se apresentando de clubes em clubes, centrado no Jerry Seinfeld. O trailer deste filme é maravilhoso.
Podia sair em dvd também por aqui, a edição lá fora tem bons extras:
- Commentary by director Christian Charles and producer Gary Streiner
- Commentary by comedians Jerry Seinfeld and Colin Quinn
- Jerry Seinfeld's and Orny Adams' complete "Late Night" appearances
- Deleted scenes with commentary
- Jiminy Glick's interviews with Jerry Seinfeld and Orny Adams
- "Where is Orny Now?" short film
- Complete advertising campaign
- Notes from Jerry Seinfeld, Colin Quinn and Orny Adams on developing material
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Compartilhando Livros
Fiz um mês atrás mais ou menos uma espécie de enquete para saber o que o pessoal andava lendo e tinha acabado de ler. Eram os últimos 5 livros lidos e os 5 livros que estavam lendo ou iriam ler. Recebi algumas respostas para ver a variedade de leitura. Publico aqui (espero que os participantes não se importem). Quem quiser compartilhar só mandar e-mail (rntstshdh@yahoo.com) ou colocar a lista nos comentários.
01) André Moreira (Jewel BR)
Minha lista sempre foi altamente comercial! ahauahauahua E estranha ou eclética, sei lá!
5 lidos nos últimos tempos
The Lord Of The Rings – JRR Tolkien (São 3 livros, blz)
A Brief History Of Time – Stephen Hawking
O Diário De Um Mago – Paulo Coelho
ou lendo ou pra ler
The Hobbit – JRR Tolkien (Pela segunda vez)
Duna – Frank Herbert
Star Trek: Voyager, The Homecoming – Christie Golden
02) André Pinto (Infancinéfilos)
Rapaz, li pouca coisa, mas li:
Últimas semanas:
O Mundo Assombrado Pelos Demônios – Carl Sagan
Histórias Sobrenaturais - Rudyard Kipling
Visões Da Noite – Ambrose Bierce
Como vês estou numa fase de literatura de terror e ciência
03) Fellipe (Jewel BR)
Em época de faculdade, fico com esses:
LENDO
– História da psicologia moderna – Duane P. Schultz & Sydney Ellen Schultz (Um dos melhores manuais de psicologia que eu já vi na vida!)
– O Livro dos espíritos – Allan Kardec (Espiritismo)
– Planejamento Familiar – E Solução Básica – Egon Nort (Veja como é possível acelerar o desenvolvimento, diminuir a violência e melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos de seu país)
– A Psicologia do êxito – Prof Alberto Montalvão
– Como fazer quase tudo – Reader's Digest Livros (Muito massa esse livro. Veio com aquelas revistas Readers Digest. É um manual também de dicas, receitas de bolo, como fazer instalações elétricas, como preparar remédios caseiros, como cuidar do jardim, como harmonizar o ambiente, essas coisas).
PARA LER
– O Ócio Criativo – Domenico De Masi
Por enquanto é só...
04) Ailton Monteiro (Cinefelia)
E eu achando que o Renato ia compartilhar os livros dele, doando uns pra gente..hehehe..
Bom, aí vai a minha lista de livros conforme a categorização do Renato:
> LIDOS
LIVROS DE SANGUE Vol. 4 – Clive Barker
WIT: JORNADA DE UM POEMA – Margaret Edson
CARANDIRU – Drauzio Varella
CANTO DOS MALDITOS – Austregésilo Carrano
O MOVIMENTO ROMÂNTICO – Alain de Botton
> LENDO OU PARA LER
O REBELDE: O VERDADEIRO SAL DA TERRA – Osho
ARQUÉTIPOS DO ZODÍACO – Kathleen Burt
DEUSES AMERICANOS – Neil Gaiman
LIVROS DE SANGUE Vol. 5 – Clive Barker
O WESTERN OU O CINEMA AMERICANO POR EXCELÊNCIA – Jean Louis Rieupeyrout
05) Rodrigo Liba (NSI)
Fala, Renato!
Então, devido ao maldito vestibular, minha lista de leitura fica bastante restrita. Mas ainda dá tempo de ler coisas boas. Meus 5 últimos:
"As ilhas da corrente", do Ernest Hemingway (adoro Hemingway. Falta esse, que estou lendo, "O verão perigoso" e "Ter ou não ter", para eu ter lido todas as obras do velho mestre)
"Memórias de um sargento de milícias", do Manuel Antônio de Almeida
"Manual do sexo manual", do Casseta e Planeta
"O senhor dos anéis", do J.R.R. Tolkien (a edição de colecionador com os três livros. Comprei ano passado, o meu livro é o de número 49, de 9999 livros, no total. De colecionador mesmo!)
"Sobre direção de cinema", do David Mamet (muito bom. Minha namorada que me deu em um pacote junto do "De olhos bem abertos", do Frederick Raphael)
PARA LER:
Bom, queria muito achar "Ter ou não ter" e "O verão perigoso" do Hemingway. Ainda tem alguns do Paul Auster (só li dele "Timbuctu" e "A trilogia de Nova Iorque", estou interessadíssimo para ler outros trabalhos) e o famigerado "Stupid White Men", do Michael Moore. Ano passado saiu uma coletânea com algumas coisa inéditas do Goethe, e eu tava a fim de dar uma olhada tb.
Acho que é só isso...
06) Fabiano Morais
LIDOS:
Paulo Leminski: o bandido que sabia latim – Toninho Vaz
Dupla armação – Carl Hiaasen
Mulheres – Charles Bukowski
Venderam a mãe gentil – Fausto Wolff
Banquete com os deuses – Luis Fernando Verissimo
LENDO OU PARA LER:
Admirável mundo novo – Aldous Huxley (lendo)
Charles Bukowski, vida e loucuras de um velho safado – Howard Sounes (lendo)
Os dez dias que abalaram o mundo – John Reed (a ler)
A marca humana – Philip Roth (a ler)
O último vôo do flamingo – Mia Couto (a ler)
Pra você ver como o Veríssimo é best–seller mesmo, nós dois já lemos (rs).
07) André ZP (NSI)
Sobre os últimos livros que li:
Dylan: A Biografia – o "A" não tem nada de pretensioso – o livro é fodão mesmo.
Kurt Cobain: Heavier than Heaven – passei por um momento "biografia de popstar". Essa do Kurt é ótima, apesar de algumas "licensas poéticas" meio rançosas do escritor (que surpreendentemente é editor da The Rocket – a lendária revista musical de Seattle).
Nirvana Nunca Mais – romance pop fantástico, saudosismo puro pra quem tem de vinte à trinta anos, e que teve seu vinil do Nevermind.
Lolita – li pela primeira vez esses tempos. Fantástico, como todos que leram sabe. Nenhum dos dois filmes (de Kubrick e de Adrian Lyne) chegam aos pés da ousadia do livro – onde Lolita tem 12 anos, e não 15.
About A Boy (em inglês) – bem melhor que o filme. Um dos motivos: todo aquele papo maravilhoso de Nirvana no livro foi substituído por rap no filme – acho que por causa de problemas com direitos autorais. Nick Hornby me fazendo chorar, quem diria.
É isso aí
abs
André, que no momento só tá lendo alguns velhos gibis de Ken Parker.
08) Fabio Faria Lima
O que li ultimamente:
(não sou devorador de livros como você, portanto não exija muito de mim)
As Pernas Da Tia Corália - Antônio Prata
O "não sei o quê" Come - coletânea de crônicas do João Ubaldo
A Morte De Ivan Ilitch - Tolstói ou algum outro russo.
Um livro sobre a indústria do holocausto (sobre a capitalização dos judeus em cima do holocausto se fazendo de eternas vítimas)
Todos Os Nomes - Saramago
Meu Tio Matou Um Cara - J. Furtado
Quase Memória - Cony
Estou lendo 'Se Um Viajante Numa Noite De Inverno' - Italo Calvino
Devo estar esquecendo de alguns...
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Link e Livro
Aí do lado mais um link posto, o do AMG que é muito bom para tirar dúvidas musicais. E recebi ontem o livro Os Filmes Da Minha Vida do François Truffaut.
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Sweet Movie (Idem)
Filme de Dusan Makavejev relativamente difícil de se explicar por se tratar de uma narrativa nada convencional e não ter uma trama perceptível. Algumas opiniões do Imdb podem ajudar (as elogiosas). São duas histórias paralelas que envolvem duas mulheres, uma virgem adquirida num concurso televisivo para ser noiva de um bilionário texano e uma revolucionária que anda com um barco (com a cabeça de Marx na frente) procurando amantes. O filme vai misturar muito sexo e muita comida, às vezes de forma nada elegante, como no banquete escatológico de vômitos, mijo e merda. A relação de corpos também tem importância, com mais destaque ao nu masculino que feminino (infelizmente). As cantorias surgem no meio da narrativa, a do mexicano é a mais marcante. Uma cena que poderia ser polêmica é feita de forma sutil: a dona do barco se engraçando semi nua com garotinhos (nesse caso Khouri em Amor Estranho Amor é mais corajoso). Para uns o filme é basicamente sem sentido e nojento, para outros é indiferente, mas alguns vão achar coisas bem interessantes que Makavejev tem para debater envolvendo sexo, política, desejo e tudo o que envolve nossas funções digestivas (comer, defecar, mijar, vomitar). Leia um texto sobre o filme do Luiz Carlos Merten para o Estadão.
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Por Um Fio (Phone Booth)
Joel Schumacher fazendo um bom filme?! Atualmente isso soa até como piada, mas é verdade. Desde Linha Mortal não via algo bom dele. Ele se balançava entre bombas (Batman Eternamente, Batman & Robin, Tudo Por Amor), filmes de moral duvidosa (8mm, Tempo De Matar) e filmes inócuos (Flawless e O Cliente). Um Dia De Fúria seria um bom filme não fosse a opção de estragar tudo no final ao dar uma psicopatia ao personagem de Michael Douglas, quando o bom do filme era ele ser o retrato do cidadão comum, não um doente. Mas tenho boas recordações de O Primeiro Ano Do Resto De Nossas Vidas e Garotos Perdidos, além de não ter visto ainda Tigerland, bem elogiado. Schumacher assumiu o projeto que era antes de Michael Bay com Will Smith (nem imagino como seria essa versão). O roteiro de Larry Cohen é bom, queria saber até que ponto foi modificado. É um filme que pode se estrepar ao dar um final deslocado, aqui não ocorre isso, se bem que não era exatamente o que eu mesmo queria ver (será que é esse o final do roteiro original de Cohen?). Colin Farrell tem boa atuação, o filme todo se sustenta nele. Fica a curiosidade de saber se Kiefer Sutherland atuou com Colin nas conversas telefônicas ou cada um fez sua parte sozinho. Katie Holmes, Radha Mitchell e Forest Whitaker participam pouco, mas marcam presença. Radha é particularmente ótima mesmo num papel pequeno destes, aliás só presenciei ótimas atuações dela em todos os filmes dela que vi, mesmo os regulares (como o que ela fez com, coincidência ou não, Kiefer Sutherland). O tema do filme pode soar moralizante demais ou inadequado - um homem só se redime quando ameaçado de vida ou todo homem precisa de um atirador psicótico para recobrar o juízo - mas o atirador pode ser visto como deflagrador, não o principal da redenção do personagem , ele foi apenas uma peça do acaso. Seria interessante se o personagem de Kiefer Sutherland ao final fosse apenas um delírio de Colin na maca, mostrando que o embate foi mais na cabeça de Colin do que entre duas pessoas, que o verdadeiro atirador fosse mesmo o entregador de pizza, mas o filme deixa claro que Kiefer é o verdadeiro atirador ao mostrá-lo passando pela cabine, sem ser pela visão de Colin delirando. Aí Kiefer já é uma entidade da moral, um ser que nos observa e nos julga. Um espectador no cinema após terminar o filme soltou uma que representou bem o que o público em geral achou do filme: "que bosta de filme! uma hora e meia de um cara numa cabine de telefone, é brincadeira!". Justamente esse aspecto foi o que mais me agradou, um filme de Hollywood basicamente de diálogos num só cenário com uma estrela em ascenção (Colin).
Parece que ó próximo de Schumacher é a adaptação de On The Road! Ele já terminou Veronica Guerin com a Cate Blanchett que parece estar igual ao filme baseado na mesma história que foi feito com a Joan Allen no papel (Alto Risco), algumas cenas do trailer são idênticas ao filme.
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8 Mile - Rua Das Ilusões (8 Mile)
Até que Eminem não estraga o filme, atua bem, saindo um pouco da cara quase sem expressões que tem ao se apresentar no palco. O filme é quase uma biografia dele, com modificações e liberdades. Lembra a trajetória de filmes como Os Embalos De Sábado À Noite ou até Rocky com branquelos de bairros pobres se sobressaindo em meios dominados por negros (dança, boxe e rap). Curtis Hanson consegue prender nossa atenção, mas não nos apresenta algo novo, deixando o filme morno, com bons momentos, mas pouco marcantes. A melhor coisa, é claro, é a batalha final dos rappers. Kim Basinger envelhecida faz com competência o papel de mãe de Eminem. Brittany Murphy pouco faz. No dvd há um extra curioso que é a apresentação das batalhas feitas por extras das cenas no clube, incluindo um concurso e filmagem extra (que acabou não indo para o corte final). Isso foi feito mais para apaguizar os animos dos extras, já que amontoados naquele lugar, esperando horas e horas o clima já estava ficando ruim para a equipe de filmagem. Infelizmente não legendaram a Lose Yourself ao final do filme, a letra tinha que ser mostrada ao público pois é um fecho para a história do filme.
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Domingo Sangrento (Bloody Sunday)
Ótimo filme. Em estilo documental o filme tenta retratar o famoso massacre irlandês de 1972 mais conhecido por causa da canção Sunday Bloody Sunday do U2. Acompanha-se os preparativos para uma passeata pacífica e as manobras do exército inglês para evitar tal passeata, até chegar ao conflito. A técnica livre, sem steady cams, sem trilha sonora e com cortes inusitados nos deixa no meio da ação e nos esquecemos que estamos vendo uma encenação. O que constatamos é um verdadeiro massacre mesmo, mas isso sem deixar que um maniqueismo domine, há mais confusão do que vilões, os soldados são vistos perplexos e sem um controle central para dominar a situação. Ao final a canção do U2 é tocada numa excelente versão ao vivo (no dvd fizeram bem ao legendar a canção). Vejam até o final da canção, onde Bono faz um discurso. Não poderia ter fecho melhor para esse filme. No dvd há dois extras interessantes, sobre a verdadeira história do domingo sangrento e um encontro nso dias de hoje com o líder da passeata, retratado no filme.
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terça-feira, julho 22, 2003
May
Uma espécie de drama com toques de horror. May é uma garota que tem um olho estrábico que cresce e fica à margem da vida social, trabalhando numa clínica veterinária. Até que conhece um mecânico que tem mãos que pra ela são perfeitas. Começará um relacionamento com ele assim como também com uma atendente da clínica (a gracinha da Anna Faris). O filme é mais centrado nesse processo de procura de ajuste de May na vida social e nos relacionamentos. No meio disso há a presença de uma boneca dada pela mãe, uma presença forte e opressiva. Lembra o filme Ginger Snaps na questão feminina do amadurecimento. O horror vai vindo aos poucos até chegar ao final. O mecânico curiosamente é fã de Dario Argento e tem em seu quarto referências aos filmes dele, além de ter sido um estudante de cinema e realizado um curta de horror, mesmo assim apenas gosta da esquisitice na ficção e se afasta de May quando vê a esquisitice real no seu relacionamento com ela. Uma crítica? É um bom filme, bem construído, num ritmo bem pausado, com cara de independente mesmo (como Secretary que também fala de uma moça nada comum se adaptando no mundo real). Pode-se aprofundar mais nos tópicos relativos ao que o final tem a dizer, mas falar aqui estragaria a trama.
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segunda-feira, julho 21, 2003
Cameron Diaz
Cada vez mostra como é ótima ao não se levar a sério. Sua atuação em Panteras - Detonando é cômica e sexy ao mesmo tempo. Aliás essas características que deixam atrizes como Debra Messing e Téa Leoni irresistíveis, conseguem ser bonitas e engraçadas, se sujeitando a situações aparentemente constrangedoras ou em que apareçam desglamourizadas, e também de tirarem sarro de si próprias (como as piadas sobre a falta de seios de Debra ou da magreza de Téa). E dá pra se notar que está envelhecendo como na foto abaixo (com os constantes sorrisos, lindos, as marcas ficam bem mais acentuadas, além de ser loira que envelhece mais rapidamente) e mesmo assim não ligamos, pois é o humor e simpatia dela que prevalecem.
E aquele boato de que reforçaram os olhos azuis dela no filme é verdadeiro? Pois no filme notei em algumas cenas, como a da praia, que os olhos estavam azuis demais.
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As Panteras - Detonando (Charlie's Angels - Full Throttle)
Essa continuação consegue ser tão boa ou até melhor que o original. Há mais ação e se perde menos tempo com a trama, bem mais simples e fácil de se seguir (eu nem mais lembro qual era a história do primeiro que complicava demais). Começa quase igual, com um falso longo plano sequência, uma cena de ação e a abertura que pode lembrar 007 mas é bem mais a cara de seriados mesmo (a abertura eu acho ótima, com narração off do Charlie). Drew Barrymore confirma que é uma ótima produtora, e seu personagem é até o mais desenvolvido no filme. A participação de John Cleese é ótima. Bom que Luke Wilson, Matt Le Blanc e Crispin Glover não se fizeram de chatos (como Bill Murray) e toparam participar da continuação, mesmo que com pouca participação (mais uma vez o crédito creio ser muito da Drew como produtora). A divisão em blocos pode soar mais óbvia na continuação, mas não acho isso ruim, é até melhor para concentrar atenções e desenvolver bem cada bloco. As referências inundam a tela com muita coisa dos anos 80 / 90 (e até recentes demais como a ótima paródia de CSI). A que acho brilhante é a do MC Hammer! Só de aparecer o clipe achei hilário, agora botar a Cameron Diaz dançando maravilhosamente essa canção foi A idéia do filme, além disso as outras duas se juntam na coreografia! Isso ficou antológico! A energia que elas transmitem (e a alegria que fica claro que elas estão tendo filmando) é ótima, contagia. Demi Moore serve mais como referência anos 80 mesmo, será que ela percebeu que ela faz parte da piada do filme? Achei ela ainda estranha com aquele corpo esquelético e malhado, sempre preferi o jeito mignon dela com mais carne em filmes como A Mulher Do Açougueiro ou até o péssimo Ghost. Não é todo blockbuster atualmente que dá vontade de rever, esse é um.
Ah, para ser visto numa sala com som e projeção de alta qualidade. Vi no recente Bristol e a tela enorme só melhorou a performance da película.
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Quinteto De Metais da Vunesp
Foi ótima a apresentação do quinteto. Deve ser a primeira vez que vejo num evento formal meu primo tocando com o quinteto. E começou bem com ele abrindo a apresentação solo. A mistura das músicas com as falas didáticas e engraçadas de cada membro do grupo ajudaram a conquistar a platéia que até pediu bis.
O setlist:
Amazing Grace
Sonata
Temas Nordestinos
That's A Plenty
Beale Street Blues
Just A Closer Walk
Grande São Paulo
Aquarela Do Brasil
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1987
Que bizarra coincidência: os três mais recentes dvds que adquiri somente ontem quando os testava que fui perceber que são todos do mesmo ano, o daí de cima. Robocop, Os Intocáveis e Slippery When Wet The Videos (Bon Jovi). E não é que todos tem aquele clima anos oitenta? Devia ser algo na fotografia, seja na Detroit do futuro de Robocop, na Chicago de Al Capone ou nos backstages da turnê Slippery, parece um tempo distante e ao mesmo tempo próximo da memória. Os efeitos de Robocop soam mal feitos hoje e na época impressionavam... Aliás este dvd está bom, com 3 extras dos bastidores e cenas cortadas (um com mais de meia hora) além de comentários de Paul Verhoeven, o roteirista e o produtor.
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sábado, julho 19, 2003
Sampa
Post direto do escritório da LicenSite, local de trabalho do meu primo. Fora eu, Hugo e mais um primo há dois empregados do escritório atualizando infos do Corinthians para o site oficial (em dia de jogo há um minuto-a-minuto). Enquanto os primos gravam cd-rs de fotos digitais da nova câmera do Hugo (depois boto aqui ou em outro blog as fotos) eu aproveito pra ver e-mails e informações no outro PC (e atualizando o blog).
Vi o show da Badi Assad, grátis no Centro Cultural do Sesi / Fiesp. Foi MUITO bom! Tanto ela (ótima violonista, cantora e multi-instrumentista, além de bonita) quanto a percussionista e um convidado especial, um violonista grego. Quase não conheço o repertório dela, então a maioria foi de inéditas para mim. Houve uma cover de Chico Buarque e outra de Toquinho & Jorge Ben no bis final, isso das que consegui identificar. Trabalho de luz também foi muito bom, além do som cristalino de voz e instrumentos, boa acústica. Programão!
Achei num sebo o livro novinho do Michael Moore, Stupid White Men. Já li metade e está muito bom, é como um Chomsky com humor. Vários fatos e notas não conhecia e há um ótimo tom de voluntarismo no livro, do faça sua parte, com Moore dando todas as dicas para isso.
Alguns cd-rs de filmes que adquiri: Tears Of The Sun (do mesmo diretor de Dia De Treinamento com Bruce Willis e Monica Bellucci), Terminator 3, May, Darkness Falls e Dark Blue. Espero que todos funcionem no meu PC hehehe
Nas Americanas vi o dvd de Robocop, edição especial, por 19 reais. Levei.
Amanhã (Domingo) devo ver meu primo Hugo tocar com o quinteto da Vunesp no mesmo Centro Cultural Sesi / Fiesp. Quem quiser ir é ao meio-dia tendo que estar lá meia hora antes para retirada gratuita de ingressos. O quinteto é muito bom.
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segunda-feira, julho 14, 2003
Mudanças
Curioso que os dois filmes que vi nesse fim de semana, completamente diferentes um do outro, tenham semelhanças.
Na Solidão Da Noite (In A Lonely Place)
Ótimo filme dirigido por Nicholas Ray com um Bogart extremamente corajoso ao mostrar uma faceta mais negra tanto do seu personagem quanto pelo seu personagem. A história do roteirista envolvido numa morte misteriosa e num relacionamento inusitado nos mostra em vários níveis a solidão do título. O artista que se diferencia dos demais e o homem que se afasta do sentimento. E a mulher que tenta transformar isso. Grande final.
No dvd um extra mostra o diretor Curtis Hanson revisitando o filme, no cenário original que foi reproduzido em estúdio. Ele fala de sua paixão pelo filme, suas interpretações e curiosidades, como a característica dos personagens outsiders de Ray, o final alternativo, o trabalho excelente de fotografia, a visão do filme sobre Hollywood, etc. Um outro extra fala do processo de restauração da película.
Destino Insólito (Swept Away)
Refilmagem de um filme da Lina Wertmüller. Não vi o original, mas creio que era mais forte nos abusos e perversões. O final seria o mesmo? História básica: ricos num cruzeiro, burguesa irritante e mandona tem atrito com um da tripulação e acabam os dois numa ilha deserta, aí a situação inverte. No meio disso tenta-se superficialmente abordar questões de gênero, luta de classes, dependência e mudanças. No final, é uma bomba. Guy Ritchie consegue fazer seu pior filme (não que os anteriores sejam grande coisa). Madonna, musculosa e envelhecida, soa deslocada no filme (além de não atuar, mas isso ninguém esperava mesmo). O filme muda (bem porcamente) de comédia para drama de tons sado-masoquistas (ou uma síndrome de Stockholm?) para um final dramalhão. Ao menos o final tem bela música de Arvo Pärt (Spiegel Im Spiegel). De tão ruim pode-se ver boas coisas (de ruim) como os abusos que Giannini faz com Madonna, além do contexto machista onde o homem ensinará a mulher sobre a vida e como se virar, mas antes sendo sua serva.
No dvd o making of da produção é mais interessante que todo o filme, entre cenas das filmagens Madonna e Guy Ritchie fingem se entrevistar mutuamente. Dá para notar que o filme é quase um retrato do casal, Madonna prima donna e Guy mandão. Enquanto aparece Madonna com seus pedidos e exigências vemos Ritchie no mundo másculo, onde se termina a filmagem do dia para todos (os homens) verem um jogo de futebol ou as brincadeiras "homo eróticas" (como Madonna brinca durante a entrevista) da equipe que se agarra toda hora, mostra as bundas e pratica o jiu jitsu nas horas vagas. Giannini fica de lado, o casal domina tudo. Momentos engraçados nas filmagens mais calientes do casal (no filme), além de um pequeno trecho legal com os filhos do casal (na vida real).
Agora, as semelhanças. Ambos os filmes tocam no ponto de mudança de uma pessoa. Isso é possível? Laurel tenta mudar Dix no filme de Ray, seu temperamento violento. Ela oferece o amor em troca, mas é parte intríseca de Dix como homem e artista ser como é, com suas explosões de raiva, sua suspeita e seu cinismo, também é parte do seu charme inicial. A própria Laurel não muda durante o filme, ela segue o padrão do caso anterior dela, mesmo que em circunstâncias diferentes. Estamos fadados aos nossos demônios internos? O casal do filme de Ritchie também passa por transformações; Peppe muda Amber na ilha, através da dominação e humilhação Amber se descobre apaixonada por ele, e ele também muda ao sentir amor por ela. Só que o final parece afirmar que por mais que se tente as pessoas não mudam, seja por uma questão pessoal ou social.
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sexta-feira, julho 11, 2003
Paralelas
Alguns livros que estão na minha lista "alternativa", isto é, não estão na principal, que são os que quero ler / comprar. São livros que eu acho que podem ser bons e tenho interesse. Se alguém souber de algum daí de baixo, comente.
Teoria Do Drama Moderno (1880 – 1950): Peter Szondi.
Tragédia Moderna: Raymond Williams.
A Cidade E O Campo: Raymond Williams.
Cultura: Raymond Williams.
Minha Querida Sputnik: Haruki Murakami.
Caçando Carneiros: Haruki Murakami.
O Mensageiro: Leslie Poles Hartley.
Os Templários: Piers Paul Read.
A Espera: Ha Jin.
E Se Fosse Verdade...: Marc Levy.
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quinta-feira, julho 10, 2003
Este É Orson Welles
Achei num sebo esse ótimo livro de entrevistas que Peter Bogdanovich realizou com Orson Welles. A edição e prefácio são do crítico Jonathan Rosenbaum. Pena que numa parte há uma censura de Welles quando ele falou mal de certos cineastas, foi um pedido do próprio para Bogdanovich. Seria bem legal ler essa descida de lenha de Welles (alguns não foram censurados como com o Antonioni). Seria ótimo se lançassem aqui a monografia de Bogdanovich sobre Howard Hawks, além dos livros de entrevistas com Fritz Lang e John Ford. E algum canal a cabo passasse o Directed By John Ford.
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Ring 2 - O Chamado (Ringu 2)
Continuação do filme japonês que originou a refilmagem americana. Segue quase logo após os eventos do primeiro, personagens voltam (a mãe, o pai, o filho, o pai da garota, a estudante do começo do primeiro) mas a história se concentra na aluna do ex-marido da protagonista do primeiro filme e um repórter. Eles é que vão querer saber mais dos mistérios da garotinha. Aqui a continuação acrescenta a paranormalidade e uma tentativa de explicação científica (meio estranha). No mais até que segue o mesmo padrão do primeiro. Algumas situações se repetem. O final abre portas para a terceira parte.
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quarta-feira, julho 09, 2003
Anne Archer
Anne Archer está fazendo participação em Boston Public tendo um caso com um professor bem mais jovem que ela. Caramba, ela deve estar com uns 55 ou 56 anos e continua muito atraente. Anne faz parte daquele time de atrizes que fazem as maduras sexys, geralmente que seduzem os jovens. Daquelas que você não quer para sogra para não ter um escândalo hehehe Nesse time lembro da Christine Lahti, Mary Steenburgen, Jacqueline Bisset e Ann-Margret. Aliás, Anne fez recentemente a sra. Robinson no teatro, papel ideal. No carnaval deste ano se não me engano esteve aqui com seu marido para documentar algumas cenas da festa e numa entrevista bem informal deu pra ver que ela está tão bem quanto aparenta em filmes e tv (que disfarçam um pouco as imperfeições caso hajam). O que ela sempre me passou foi um jeito calmo de ser e uma pele extremamente macia (com seios maravilhosos vistos em poucos filmes, um destes mais um romance com um jovem). Que um diretor a chame para o filme mais sexy de sua carreira enquanto ela ainda pode topar!
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Rápidas
Lilo & Stitch (Idem) * * *
Legalzinho, mas a Disney mostra desgaste na fórmula.
O Homem Dos Olhos De Raio-X (The Man With The X-Ray Eyes) * * * 1/2
Parece um bom episódio de Além Da Imaginação mais longo.
A Teia Do Chocolate (Merci Pour Le Chocolate) * * * 1/2
Bom estudo sobre o mal. No dvd ótimos comentários de Chabrol em cima de algumas cenas do filme, mais interessantes que o filme até, boa aula de decupagem e pequenos detalhes que talvez se percam numa primeira conferida.
Um Punhado De Bravos (Objective, Burma!) * * * 1/2
Bom e movimentado filme de guerra realizado em 45 por Raoul Walsh. Há momentos de racismo contra os japoneses e o final com uma mensagem hoje é hilário (Japão visto como uma força do mal, soa familiar?).
Vampiros - Os Mortos (Vampires - Los Muertos) * * 1/2
Fãs de Jon Bon Jovi curtirão mais, essa seqüência do filme de Carpenter é fraca por causa da direção e roteiro (ambos pelo Tommy Lee Wallace).
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domingo, julho 06, 2003
Ludivine Sagnier
Pela primeira vez consegui puxar algum arquivo do e-donkey (que para mim é muito lento). Foi um trecho de um filme do Ozon (acho) onde a maravilhosa Ludivine está nua. Pelo amor dos céus, essa atriz é espetacular! Já a achava interessante como atriz, vi uma entrevista e a achei bem inteligente, depois peguei o trecho bem simpático dela cantando em Oito Mulheres (tanto em vídeo quanto em aúdio) e agora só posso achá-la maravilhosa! E quinta passada fez 24 anos! Viva Ludivine!
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As Últimas
Aproveitando promos por aí adquiri:
CDS
- 24 Hour Party People.
- Wake Up And Smell The Coffee: The Cranberries.
- The Dirtchamber Sessions Volume One: Liam Howlett.
- Greatest Hits Live: Ramones.
- A Sides: Soundgarden.
DVD
Pioneiros Do Rock’N’Roll
Sabe que achei que ia ser ruim, mas foi uma boa aquisição? O preço foi quase uma locação e a imagem está boa, principalmente quando é tirado de um programa de tv. Tem vários antigões como Little Richard, Jerry Lee Lewis, Bo Diddley, Everly Brothers e Chuck Berry. O motivo principal da compra foi o dvd ter duas apresentações do Johnny Cash, num tipo de pré-clipe. Não tenho muita coisa em vídeo de Cash, podia ter mais especiais dele rodando os canais à cabo.
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sexta-feira, julho 04, 2003
Secretária (Secretary)
Que ótimo filme sobre um relacionamento sadomasoquista entre um advogado e sua secretária. O grande trunfo do filme está no casal central, Maggie Gyllenhaal e James Spader, mas é Maggie que arrebata com uma interpretação soberba. Pela mistura da atuação dela com seu personagem é que vamos nos envolver com o filme. Ela consegue transmitir muito apenas com olhares e gestos, ela assume muito bem uma postura inicial que nos diz muito da personalidade da secretária, como ela se encontra no mundo naquele momento. Além disso ela seduz e nos deixa apaixonados mesmo não sendo um padrão de beleza cinematográfica como se espera (ou nos é direcionado a esperar), o que a torna mais fascinante ainda. O final pode gerar algumas críticas por parecer rápido demais (quando o filme todo vai num andamento mais lento e bem cuidado) ou happy end demais, mas talvez aí esteja o humor do filme.
Maggie Gyllenhaal
Irmã de Jake (outro ator promissor) e filha de Stephen (diretor mais atuante na tv). Depois de Secretária quero acompanhar de perto a escalada desta atriz!
1992: Terra D’Água (Waterland).
1993: Uma Mulher Perigosa (A Dangerous Woman).
1996: As Faces De Suzy Mitchell (Shattered Mind).
1998: Mentiras Santas (The Patron Saint Of Liars).
1998: Três Sócios Duvidosos (Homegrown).
1999: Ressurreição (Resurrection).
1999: Rock, Agito E Confusão (Shake, Rattle And Roll – An American Love Story).
2000: The Photographer.
2000: Cecil B. Demente (Cecil B. Demented).
2000: The Pornographer – A Love Story.
2001: Donnie Darko.
2001: Os Garotos Da Minha Vida (Riding In Cars With Boys).
2002: Secretária (Secretary).
2002: 40 Dias E 40 Noites (40 Days And 40 Nights).
2002: Adaptação (Adaptation).
2002: Confissões De Uma Mente Perigosa (Confessions Of A Dangerous Mind).
2003: Casa De Los Babys.
2003: Shattered Glass.
2003: Mona Lisa Smile.
2004: Criminal.
2004: In God's Hands.
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Todo Poderoso (Bruce Almighty)
Jim Carrey em terreno já pisado, o humor que vira filme de mensagem. O humor tem momentos hilários, a mensagem não chega a ser grande incômodo. O engraçado é que a cena mais hilariante do filme é a sabotagem que ele faz com o âncora do jornal, então a graça está justamente no ator que faz o papel do âncora e não em Carrey! Confesso que passei mal nessa cena de tanto que ria, meu rosto doía de tanto abrira boca para gargalhar, aí fica aquela falta de ar e a piada ainda está rolando, pô que tortura engraçada! Achei que Carrey como Deus fez pouco, deveria ter abusado mais, tomou "conciência" cedo demais. Mas é boa diversão.
Segunda Identidade (Second Nature)
Pequeno bom filme. Produção e atuação de Alec Baldwin. Revisita temas de identidade e espionagem, mais estraga a graça do filme. É realizado convencionalmente, mas não atrapalha, é para ser um telefilme mesmo (para a TNT). Locações e atores ingleses (Phillip Jackson me pareceu familiar e aí lembrei que ele é o Hastings na série de filmes de Hercule Poirot feitos pela tv inglesa). E o final é coerente, não chega a ser inusitado, mas tenta fugir um pouco do comum.
Conduta Ilegal (Zig Zag)
Estréia na direção do roteirista de Blade. Só que aqui é um drama de um jovem negro com problemas mentais. Wesley Snipes tem destaque na capa, mas aparece pouco como o pai do garoto. Os principais mesmo são o garoto e John Leguizamo, bem no seu papel. Tudo é bem rotineiro e pode irritar. Algumas facilidades e rapidez na trama também ficam inverossímeis. Um filme regular.
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terça-feira, julho 01, 2003
Kingpin
Estreou hoje no AXN a minissérie em 6 episódios que retrata uma família mexicana envolvida com o tráfico de drogas. Gostei do primeiro capítulo, que mostra os primeiros passos da ascenção de Miguel Cadena ao topo do poder. Mistura influências de Sopranos com O Poderoso Chefão e lembra outra minissérie Death Merchants, que mostrava mais o lado da DEA. Sheryl Lee faz a esposa do chefão. Acompanharei os outros 5 capítulos.
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Hulk
Vi Hulk hoje e não é que achei bem legal?
Como previa a parte dramática é melhor que a ação (e toma boa parte do filme), mas a ação em si não me incomodou, o Hulk artificial também não, como é algo fantasioso (um cara daquele tamanho e verde) o fato de ser meio falso não atrapalha (pena que o público em si achou ridículo, dando muita risada da animação).
Não entendi o Ang comparar o Hulk com os EUA, em nenhum momento Hulk é uma ameaça para alguém (só para as forças das instituições: exército, polícia, etcs), ele até distingue bem não atacando Betty, o pai e outras pessoas. Não é algo que precisa ser detido, a não ser que pensemos como as intituições, para elas Hulk é uma ameaça.
O que mais me agradou tirando as relações pais e filhos foi uma defesa do caminho do meio que Hulk / Bruce toma. O não ao exército (as intituições) e também não à rebeldia descontrolada (o pai, inconformado, rebelde, vingativo, isolado, que absorve tudo e se volta contra as instituições e se perde na fascinação do poder). Não poderia ter final melhor de Bruce como voluntário num selva latina como cientista / médico. Além de ter o plano final mostrando o poder do verde.
Só acho que pela reação do público e as bilheterias o filme não agradou.
Ao mesmo tempo isso é bom para não ter uma continuação, pois eu acho que tenderia a ser um filme de ação apenas (agora que se estabeleceu a história) e acho difícil conseguir manter essa mensagem do caminho do meio numa continuação que privilegiaria a ação. A não ser que explorassem desta vez a luta interna de Bruce, fazendo um filme bem introspectivo.
Ang Lee continuou seus temas numa grande produção, e lembrou a dualidade de caminhos também presente em O Tigre E O Dragão, opondo a "vilã" e sua aprendiz e esta seguindo mais um "pai" (Chow Yun Fat), mesmo que indiretamente seja responsável pela sua morte até chegar no seu vôo final (muito parecido com a queda de Hulk do avião).
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Recentes Livros
Alguns livros adquiridos por esses dias:
- Vertentes Do Cinema Moderno – Inventores E Mestres: José Lino Grünewald
Adorei os texto de Grünewald na coletânea organizada por Ruy Castro em Um Filme É Um Filme, essa nova coletânea não repete os textos, pena que tenha menos textos.
- Uma Criatura Dócil: Dostoievski
Sábado retrasado li na Ilustrada um comentário elogioso de Marcelo Coelho para este livro, que saiu em duas editoras. Achei apenas a da Cosac & Naify e gostei da encadernação (com desenhos de Lasar Segall). Dostoievski ainda é uma lacuna na minha cultura.
- Samuel Beckett – O Silêncio Possível: Fábio De Souza Andrade
Um estudo sobre sua obra. Devo ler este depois de ler a trilogia de Beckett que o livro aborda mais específicamente, Molloy, Malone Morre e O Inominável. Beckett é foda!
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Os Esquecidos (Los Olvidados)
Finalmente vi a famosa obra de Buñuel! A edição em dvd está boa, a imagem está em full, mas não sei como foi filmado, então pode ser a largura certa. Há um curta dele de extra, além de um final alternativo. Pena que o curta seja falado em francês mas não tenha legendas, é um documentário de uma parte miserável da Espanha. O final alternativo ninguém sabe sua origem, mas especulam que tenha sido imposição do produtor. Nossa, perderia todo o impacto do final original, que é cruel, desesperançoso, genial. O filme começa calmo, como um filme neo-relista mostrando o cotidiano de jovens de rua, suas crueldades com um cego e um homem sem pernas entre outros. Aí a cara Buñuel vai aparecendo, no pesadelo do garoto, na sedução da mãe do garoto e no grande final. A fotografia de Gabriel Figueroa é ótima. Dá para perceber como Babenco se inspirou no filme para fazer Pixote. Obrigatório.
O Último Combate (Le Dernier Combat)
Filme de estréia de Luc Besson. Inusitado. Filme futurista em p&b e nenhuma fala. O filme é pontuado pela trilha de Eric Serra. Presença cômica de Jean Reno. É um trabalho de coragem estrear assim, há boas cenas (como a da chuva de peixes), mas também já vemos aqui o estilo que vai ser desenvolvido em outras obras e vai ser motivo das várias críticas que Besson recebe. Curioso.
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