RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

terça-feira, maio 31, 2005
Toda Cura Para Todo Mal



1. Anormal
2. Uh Uh Uh, La La La, Lê Lê
3. Sorte E Azar
4. Amendoim
5. Simplicidade
6. Agridoce
7. No Aeroporto
8. Estudar Pra Quê?
9. Vida Diet
10. O Que É Isso?
11. !
12. Tudo
13. Boa Noite


posted by RENATO DOHO 3:32 AM
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Bridget Jones – No Limite Da Razão (Bridget Jones – The Edge Of Reason)

Há uma repetição de várias situações do primeiro só que há uma história mais nonsense com a prisão dela no exterior. Bons momentos, momentos sem graça, perda do frescor das neuras femininas do primeiro. No todo é uma continuação regular. Mas Zellweger fica bem melhor cheinha do que magra, disso não tenho dúvida.

As Branquelas (White Chicks)

Os irmãos Wayans têm um humor peculiar que aqui parece até um pouco contido. Mesmo assim há momentos hilários e uma maquiagem impressionante. Essa turma conta com vários amigos que volta e meia fazem participações. Aqui a participação mais engraçada é do musculoso que se apaixona por uma das "branquelas", o ator mistura bem o seu porte físico com um jeito meio gay de agir (sua cantoria no carro é de gargalhar). Em vários momentos dá pra sentir a falta de uma exagerada no tom que é típica do humor dos irmãos e isso é a única falha do filme (por exemplo não há exploração sexual ou sensual do parceiro solteiro com relação às amigas das patricinhas, ao invés disso cria-se um interesse romântico para ele). De resto, pra quem curte esse humor vai adorar, quem não gosta vai achar odioso tamanha bobagem.

The Corporation (Idem)

Um pouco longo demais e por horas convencional (muitas "cabeças falantes"), mas interessante documentário sobre efeitos e poderes das corporações atuais. Há uma montagem paralela numa parte que beira o ridículo por ser muito óbvia (eu mesmo quando pré-adolescente montei em paralelo uma festa de família com fotos de gente morrendo de fome na África!). Bom ver Noam Chomsky participando e um Michael Moore bem comportado (várias cenas de The Big One são mostradas).

Primavera, Verão, Outono, Inverno E... Primavera (Bom Yeoreum Gaeul Gyeoul Geurigo Bom)

Filme meio simplista demais que em momentos fica pior que os ensinamentos do senhor Miyagi para Daniel san em Karatê Kid. Como apontaram em diversas críticas, um budismo light ou fast food. Uma paisagem peculiar é uma das atrações apesar disso.

O Círculo (Dayereh)

Ótimo filme de Jafar Panahi sobre a situação da mulher no Irã. O fato que mais me atraiu é que não sabia nada sobre o filme e com isso fui descobrindo-o aos poucos. Panahi vai apenas mostrando e só depois de um tempo, quando vamos nos separando de certos personagens e acompanhando outros que vamos tendo uma noção do que é o filme. E mesmo após descobrirmos isso não fica artificial ou falso a mudança de protagonista. Se há algo artificial é a tomada final, exemplificante, mas não é algo que deponha contra o filme. A câmera sempre em movimento é até inusitada numa produção iraniana. Suas procuras e recusas são bem coordenadas (às vezes a câmera busca algo, às vezes ela se recusa a ir adiante).


posted by RENATO DOHO 12:12 AM
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segunda-feira, maio 30, 2005
A Vida Marinha Com Steve Zissou (The Life Aquatic With Steve Zissou)



Wes Anderson quando caiu nas graças da crítica (após entusiasmantes elogios de Martin Scorsese) já estava em seu segundo filme. A partir dali qualquer novo filme era bem recebido por suas curiosas combinações e estórias. Este novo não foge à regra. É anacrônico (ou nem isso, tem um tempo só dele), mesmo tendo um carinho pelos personagens é distante (ou frio de quiserem acusá-lo), tem composições de cena e de grupo que beiram o artificial (mais explicitamente no passeio lateral pelo navio) ou o anti-naturalismo. A estória desse "Jacques Costeau" já é inusitada (quem nesses tempos ia se virar para personagens assim?) e o fiapo de narrativa (que existe, mas nunca é levada à sério) é pretexto para mais uma história de pai e filho (ou filhos). É um filme que não se assume por inteiro, tem lances de comédia, algo de drama, uma aventura, um filme de turma, mas apenas em pequenas doses, sutil diriam alguns, indeciso / medroso diriam outros. Se não chego a ser admirador do trabalho de Anderson (mesmo não desgostando de nenhum de seus filmes) este é o que mais apreciei. Todos parecem estar se divertindo numa aparente super produção (que não sei se é verdade pois não há muitas coisas que justifiquem altos custos) entre amigos (vários rostos conhecidos de filmes anteriores). O personagem de Willem Dafoe é o mais interessante, pois ele também é alguém que não se assume, claramente com ciúmes do "filho" de Zissou, e efeminado em determinados momentos. Quando se espera que o drama se concentre em Zissou e na relação com o filho ou com a esposa o filme toma várias variantes (incluindo uma operação de resgate) e nunca explora demais esses personagens (e outros como a repórter que Cate Blanchett faz, ficando meio perdida do meio pro fim). Curioso que a inclusão de Seu Jorge no filme (na maioria das vezes cantando músicas do Bowie em português - lembrando o esteriótipo do brasileiro que só fica tocando e cantando, vide Zé Carioca) mostra mais (para as platéias daqui) o caráter indie do filme já que o cantor é o queridinho dessa turma (já para outras platéias talvez fique apenas a coisa do exótico). A questão da vingança e um sub-Moby Dick são resolvidas numa bela cena que pra mim é quase felliniano (o encontro com o temível tubarão). O fato de filmarem suas aventuras dá um tom metaliguistico para a turma do navio. O retrato dos piratas atuais me pareceu um pouco preconceituosa. A cena final da corrida da turma não poderia ser mais significativa: as diferenças se apagam (até o "mau" do Goldblum se junta), não vemos mais os personagens mas os atores se divertindo e cada um tem sua posição certa para que todos possam ser enquadrados pela câmera sem um entrar na frente do outro. Uma mistura de descontração com encenação, um quê de falso. Não me espantaria em ver reações contrárias ao filme e também reações entusiasmadas.


posted by RENATO DOHO 7:23 PM
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quarta-feira, maio 25, 2005
Beldades



Jennifer Connelly (em breve com Dark Water)



Scarlett Johansson (em Cannes promovendo Match Point com Woody Allen)



Eva Longoria (de Desperate Housewives e a mais desejada do mundo segundo pesquisa da FHM)



Zhang Ziyi (essa eu nem preciso escrever algo para justificar uma foto dela por aqui)


posted by RENATO DOHO 1:26 PM
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Star Wars - Episódio III: A Vingança Dos Sith (Star Wars - Episode III: Revenge Of The Sith)



Como nunca fui fã da cine-série (no máximo gostava das partes IV e V) fui ao cinema sem espectativas (causadas pelas recepções dos dois episódios anteriores). Qual não foi minha surpresa ao ficar impressionado com o filme que crescia a cada momento e a partir da metade para o fim se tornar um dos melhores do ano. Se eu for ver bem a questão da história sei que vou me perder, não sei as relações entre os personagens, alguns que todos reconhecem eu pouco lembrava a ligação, os nomes dos planetas se embaralham na minha cabeça, não sei exatamente porque certas espécies apareciam (como a do Chewbacca) e assim vai. Mas o que me cativou foi a simples história que já estava sendo desenvolvida nos dois anteriores: a transformação de Anakin em Darth Vader e a democracia em império. E nesses pontos George Lucas foi muito mais que eficiente, se mostrou digno de seus melhores trabalhos (mesmo que eu os considere poucos).

Neste episódio tudo o que antes me irritava eu nem liguei ou notei: a artificialidade de cenários que em Ataque Dos Clones particularmente me deixou bravo aqui eu nem percebi. Combinou um melhoramento técnico com uma narrativa mais empolgante para não ficarmos nos atendo à detalhes que pouco ajudam ao filme. As partes humorísticas geralmente achava sem graça, aqui dei boas risadas. Os diálogos toscos me faziam torcer o nariz, aqui poucas vezes isso aconteceu, pois foram superados por outros muito bons como as referências políticas ("se você não está comigo, está contra mim" vem diretamente de um discurso de Bush sobre terrorismo / "é assim que morre a liberdade: sob aplausos"). As atuações pouco inspiradas aqui se mostraram bem mais fortes (a do imperador é ótima).

A filosofia zen-budista é posta de forma muito precisa. Toda a questão da raiva, da vingança e do apego se mostraram cruciais no diferenciamento entre Jedis e os demais. Anakin sente raiva, é vingativo e se apega às coisas (o amor por exemplo) o que o faz um ser ideal para que o imperador o queira para substituto, um integrante exemplar para as forças do mal, mesmo que saibamos que sua essência pode ser boa.

Todo simbolismo do corpo dilacerado e queimado sob uma armadura negra e uma respiração artificial resume páginas e páginas de diálogos ou explicações. Toda a trajetória de Anakin é carregada na tragédia, nos fazendo lembrar de Cristo e Hamlet.

Há bons momentos puramente visuais, seja em paisagens, situações ou personagens pensando e isso melhora ainda mais no final, sem diálogos que estragariam as coisas (tudo é mostrado e não dito). Enfim, é um filme que dá vontade de rever (e isso não digo de muitos da série) e voltar aos originais para mais uma vez ver toda a jornada (oops!) com outros olhos. Quem diria, George Lucas conseguiu aos 45 do segundo tempo!



posted by RENATO DOHO 1:01 PM
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terça-feira, maio 24, 2005
Amor, Palavra Prostituta

É um dos mais belos trabalhos de Carlos Reichenbach que vi até hoje (mas não vi vários importantes como Liliam M., Extremos Do Prazer e Império Do Desejo). Uma mistura perfeita de vários gêneros alternando drama e comédia e concluindo em seqüências da mais pura poética visual no relacionamento entre duas pessoas (o que falar do take final a não ser que é um dos mais belos do cinema brasileiro?). Finalmente podemos conferir a cópia integral do filme pois creio que a versão censurada perderia muito de sua força já que é a partir da questão das complicações de um aborto que o filme assume de vez um tom mais sério. Os corpos nus e as cenas de sexo, mesmo que aparecendo em várias cenas, têm um foco diferente do esperado, não é sexy (apesar de, por exemplo, vermos os belos seios de Patrícia Scalvi) e tanto mulheres quanto homens se desnudam ao olhar da câmera (não sendo exploratório ou apelativo). Os dois homens vêm direto do curta Sangue Corsário, pois a gênese dos personagens está ali (e são os mesmos atores) e também o tema seria mais explorado em Alma Corsária. Já a operária têxtil pode ser uma das Garotas Do ABC. O roteiro de Reichenbach e Inácio Araújo tem passagens de grande humor principalmente vindas do personagem interpretado por Roberto Miranda. Todos os personagens se inicialmente podem ser vistos como caricatos (o pensador ocioso, o trabalhador sacana, o patrão impotente) vão se revelando complexos e agariando a simpatia do espectador, nenhum sendo exatamente bom ou ruim. Só fiquei curioso (assim como o personagem Lilita) em saber qual a história do enforcado visto logo no início do filme. Seja como símbolo ou mesmo personagem ele tem uma importância que de primeira vista não percebemos. Um grande filme.


posted by RENATO DOHO 2:30 PM
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sexta-feira, maio 13, 2005
Elisha Cuthbert



Em breve por aqui em A Casa De Cera.

Melissa George



Falando em Alias eis uma das personagens mais odiadas dessa terceira temporada. Ela em breve aparece por aqui com o novo The Amityville Horror.


posted by RENATO DOHO 11:10 PM
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Finalmente em cartaz



posted by RENATO DOHO 11:05 PM
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Alias 3rd Season



Já em pré-venda por aqui. Vai ficar disponível pela primeira vez antes da exibição na tv à cabo. E eu ainda não tenho nenhuma temporada em dvd...


posted by RENATO DOHO 11:02 PM
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quinta-feira, maio 12, 2005
Boa Notícia



Marcia Tiburi confirmada na volta do programa Saia Justa no GNT. A filósofa gaúcha finalmente poderá ser mais conhecida e apreciada. Aguardo com ansiedade a estréia na semana que vem, dia 18 às 22:30.

XXX 2 – Estado De Emergência (XXX – State Of The Union)

Continuação capenga, mas com mais ação. Estranho que é a segunda vez que fazem uma continuação de um filme de Rob Cohen onde o ator principal do primeiro não volta, há uma ênfase na cultura negra de gueto e perde-se toda a atualidade dos filmes originais. Triplo X e Velozes E Furiosos não são lá grandes filmes, mas fizeram acontecer (principalmente Velozes) se tornando referências no universo jovem. Ambos os filmes conseguiam apresentar o universo jovem atual no visual, nas roupas, na música, nos carros, nos rachas, nos esportes radicais, nos anti-heróis, etcs. As continuações perdem essas características e se tornam mais um filme dentre vários. A continuação de Velozes até tenta, mas é basicamente um filme policial de carros. A de Triplo X vira um mercenário hip hop (no original era um update de espião) com muito mais situações "James Bond" extremamente fantasiosas. Ice Cube não consegue representar algo de novo, mas sim de velho, de anos 90. Uma hora é um gangsta rap, em outra um clone de Schwarzenegger em True Lies, em outra é um comediante... E em nenhuma função é bem sucedido ou convence. Já não há a tal atualidade (mesmo que mostre alguns carros e toque alguns raps) e toda a parte final é escandalosamente artificial e mal feita (o final é um videogame de segunda categoria!). E Willem Dafoe, hein? Reprisando os "melhores" momentos de Velocidade Máxima 2 e Homem Aranha... O filme entretem na sua duração, mas fica nisso. Uma comparação do diferencial dos filmes é ver qual a banda que cada produção chamou para ter uma participação especial (Rammstein no primeiro e Bond no segundo!).

A Intérprete (The Interpreter)

Um bom filme de Sidney Pollack depois de trabalhos que não me despertavam a atenção (desde A Firma que se mostrou depois bem interessante). Nicole Kidman, como sempre, linda. Pena que Catherine Keener não foi mais aproveitada já que estava interpretando uma figura que cai muito bem nela, a de agente do serviço secreto (ela poderia ter uma cena de ação / suspense com Sean Penn e adquirir mais força na narrativa). A trama foi feita de modo que só nos instantes finais vamos ver a motivação real (já que o plano de assassinato não apresenta riscos, seria até bom que o alvo fosse eliminado). A parte final remete aos EUA pós-11/09 e suspeito que a panorâmica final acaba no local onde as torres gêmeas ficavam, fazendo paralelo dos processos de cura do povo americano com o personagem de Sean Penn.

A Agenda Secreta Do Meu Namorado (Little Black Book)

Bem acima da média do que se pode esperar (inclusive pelo trailer). Brittany Murphy tem sua real chance como protagonista e as presenças de Holly Hunter, Rashida Jones e Julianne Nicholson ajudam bastante o filme. O humor durante o filme é bem trabalhado. A parte final, em especial, é muito boa no que retrata e como conduz as coisas, onde um dos personagens que poderia facilmente ser vilanizado adquire maiores contornos. E o desfecho é muito bem arquitetado na recusa de uma visão tradicional e na escolha tomada (fora uma bela surpresa que poderia até ser previsível, mas nem passa pela cabeça do espectador no momento, causando o impacto desejado). Vale a conferida.

Feriado Em Família (National Lampoon’s Thanksgiving Family Reunion)

Uma bobagem sem graça que eu só vi porque tem a Penelope Ann Miller (num papel esquisito de caipira).


posted by RENATO DOHO 6:09 AM
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quinta-feira, maio 05, 2005
Trekkies 2 (Idem)



Continuação de documentário que fala dos fãs de Jornada Nas Estrelas. Fica uma impressão que melhoraram, mudando o foco. No primeiro houve mais a preocupação de mostrar o fenômeno das convenções e do fanatismo dos fãs com vários depoimentos do elenco da série. Desta vez Denise Crosby (apresentadora e que participou da Nova Geração) vai pelo mundo encontrando fãs na Inglaterra, França, Austrália, Itália e até no Brasil! Alguns entrevistados do primeiro filme voltam para dar uma atualizada em como estão. É ótimo ver Gabriel Köerner e Barbara Adams de novo. Ele um nerd engraçado que está casado e tem uma carreira no cinema mexendo com efeitos visuais (vários efeitos do documentário são dele, incluindo a abertura). Ela ficou famosa ao ir como jurada no caso Whitewater vestida com o uniforme de Star Trek. A passagem pela Sérvia é bem interessante no que a série representa para os fãs de lá (e acontece modestamente a primeira convenção). Para quem já se acostumou com os fãs da série não há mais um olhar de estranhamento, de que são pessoas esquisitas. Hoje quando vai ficando cada vez mais comum vermos convenções de anime e os cosplays, os de Star Trek parecem até um grupo a mais que não difere de um fã de uma banda ou alguém de uma torcida organizada de futebol ou um beato. O legal é a convivência pacífica e inclinação para a tolerância que vem do espírito da série (ou das séries já que temos a Nova Geração, Deep Space Nine, Enterprise). No dvd há cenas excluídas de quase uma hora que tem muitas coisas que poderiam estar na metragem oficial (podiam até substituir a parte das bandas que se alonga um pouco demais), dois curtas de fãs (fazem muitos filminhos por aí baseados na série) e comentários em aúdio do diretor e da apresentadora que são curiosos e divertidos (como o que falam de São Paulo, por exemplo). A terceira parte está nos planos (estão contactando os fãs asiáticos que não apareceram desta vez). Mesmo eu não sendo fanático por Star Trek sempre tive mais gosto e interesse nessa série (e cine-série) do que Star Wars. Tanto a clássica quanto a nova geração tinham episódios fantásticos. Pouco vi dos novos desdobramentos, mas ainda vejo os filmes para o cinema. E não tem como não ficar com vontade de ver ou rever os filmes e episódios após ver toda essa devoção e inspiração que o fenômeno causa em milhares de pessoas pelo mundo.

A Roda Da Fortuna (The Band Wagon)

Em poucas palavras: extraordinário! E isso que não sou lá muito fã de musicais. Deve ser o primeiro filme de Fred Astaire que vejo na íntegra e só confirmou que é inigualável no charme e técnica. Vincenti Minnelli domina a arte de filmar musicais, com longos takes e movimentação criativa (e musical). Muitas seqüências memoráveis. Ao lado de Cantando Na Chuva virou meu musical favorito.

Confissões De Uma Garota Americana (Confessions Of An American Girl)

Filme estranho no que se propõe. Humor negro? No meio da metragem percebemos que quase todo filme se passa numa visita à um presídio durante um piquenique anual, quando achávamos que isso seria uma parte da narrativa. As situações caricaturais (e interpretações idem, menos de Jena Malone que não importa como, sempre é maravilhosa) podem causar desconforto. A história é baseada num fato real, o que aumenta a estranheza. Pode desagradar muita gente pelo tom não identificável.

Helter Skelter (Idem)

Sendo para a tv não temos muita violência explícita (mesmo sendo essa a versão sem cortes do diretor). A história de Charles Manson é mais uma vez contada, só que ainda não inteiramente do seu ponto de vista, mas de uma das integrantes da "família". Por isso já pegamos Manson na fazenda até as circunstâncias que causarão sua prisão e condenação. Jeremy Davies teve todo um envolvimento com o personagem (um vídeo de uma improvisação dele rodou anos Hollywood motivando até contratos para outros filmes), lendo tudo sobre Manson, ouvindo sua voz num headphone enquanto dormia, etcs. Sua interpretação é muito boa, mas não sei se chega a ser parecida com o verdadeiro. Manson tinha algo de mais psicótico e agressivo (na fala) do que Davies. Pros interessados (como eu) vale conferir.

Um Crime De Paixão (The Reckoning)

Trabalho interessante de Paul McGuigan na direção em como situa os personagens e como vai costruindo a trama que envolve novamente as percepções da realidade, a máscara (quase literal pelo uso do grupo teatral) e a comunicação truncada (a condenada que é muda, o padre pecaminoso, o lorde ausente, o corpo presente). As tomadas de cima são inusitadas pela distância tomada e pelo efeito espacial causado (dando uma boa noção de onde os personagens se encontram).


posted by RENATO DOHO 5:38 AM
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