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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

domingo, dezembro 31, 2006
Melhores De 2006 (1)


Não, apesar de tudo não somos os melhores de 2006, isso só foi para ilustrar o post.

Cinema

A lista mais precária em muitos anos. A falta de filmes nos cinemas daqui já não é novidade, mas foi agravada com a impossibilidade de ir ao Festival Do Rio e acompanhar a Mostra São Paulo por poucos dias e sem pacote algum. Por isso, como os melhores filmes eu via nos festivais restou os poucos que vi e apreciei no ano. Há graves ausências, mas que podem entrar nos melhores do ano que vem caso realmente se mostrem bons como O Céu De Suely, Volver, Filhos Da Esperança e O Labirinto De Fauno.

Eu listo filmes tanto vistos comercialmente quanto em festivais, mesmo assim não consegui listar 20 filmes (a não ser que botasse alguns que gostei só para completar ao invés de realmente colocar os que achei de ótimo para excelente), o que explica um pouco eu ter achado esse ano bem mais ou menos, pois mesmos os perdidos não são assim daquele tipo que acho que me entusiasmaria demasiadamente.

Como Inland Empire não veio pra cá este ano, não deu pra colocar na mesma lista a rara ocasião de ter 4 dos meus cineastas vivos favoritos.

Critério único de ir pela emoção que cada filme provocou.

E adianto que não vai ter Os Infiltrados, Pequena Miss Sunshine, O Segredo De Brokeback Mountain, Ponto Final, A Última Noite, Paris Te Amo, Serpentes A Bordo...

Já que quase todos os filmes têm posts aqui no blog não preciso novamente falar porque gostei tanto deles, só preciso listá-los:

01) Miami Vice (Idem)



02) Munique (Munich)

03) Dália Negra (The Black Dahlia)

04) Amantes Constantes (Les Amants Réguliers)

05) Belle Toujours - Sempre Bela (Belle Toujours)

06) Johnny & June (Walk The Line)

07) ABC Do Amor (Little Manhattan)

08) Síndromes E Um Século (Sang Sattawat)

09) Terror Em Silent Hill (Silent Hill)

10) Leonard Cohen - I'm Your Man (Idem)

11) Syriana - A Indústria Do Petróleo (Syriana)

12) Juventude Em Marcha (Idem)

13) O Novo Mundo (The New World)

14) Abismo Do Medo (The Descent)

15) O Plano Perfeito (Inside Man)

16) A Casa Monstro (Monster House)


posted by RENATO DOHO 1:14 AM
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terça-feira, dezembro 26, 2006
It's (after) Christmas!



Em Defesa Da Honra (Deacons For Defense)

Bom filme dirigido por Bill Duke sobre um fato real na história da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA. Forest Whitaker está ótimo como um pacífico trabalhador do sul do país que passa a agir de forma revolucionária em defesa de sua família e comunidade. Os "diáconos" são quase uma lenda urbana dessa época, poucos admitem que fizeram parte, mas muitas ações se deram no nome da organização.

Contos Da Lua Vaga (Ugetsu Monagatari)

Pouca coisa a dizer dessa obra prima de Kenji Mizoguchi, um dos filmes fantásticos mais realistas já feitos. A não ser por poucos momentos a pessoa poderia achar estar diante de um filme extremamente realista da época das guerra civis nipônicas, mas o que realmente o filme trata é do fantástico na vida de habitantes de um pequeno vilarejo. A ambição e cobiça humana, principalmente dos homens, provocando todo o sofrimento de cônjuges e família (a mulher como a principal vítima das circunstâncias). Dentre tantas cenas memoráveis há um plano espetacular que reúne o real e o fantástico em um movimento de câmera (Bergman até usaria isso anos depois em Morangos Silvestres).

O Albergue (Hostel)

Apesar de não ser tão forte quanto achava até não é de todo ruim. Dias atrás tinha revisto Riki Ô e mesmo sendo mais tosco e com algo de humorístico a violência é bem mais forte e provocativa do que aqui. Não vi algo que diferencie o filme de outros exemplares ao tratar do outro como algo para se desconfiar e temer. As cidadezinhas do interior americano foram transpostas para o Leste Europeu, onde não há lei e ordem. Suspeite de tudo e de todos. E os americanos viajantes não se diferenciam de qualquer outro jovem (de qualquer país) em viagem à procura de diversão. O mais interessante é a oposição clara entre os que se movem por instinto e os que recusam essa desculpa para não se responsabilizar por seus atos. Não é à toa que o herói é vegetariano e um dos "vilões" um senhor que come carne com as mãos. Há algo de homossexual no senhor, num tom meio homofóbico. Claro que ainda há sexismo, racismo e xenofobia no longa. Fazer parte daquele clube é algo que justifica esse instinto pelo prazer (mesmo torturando alguém) e o protagonista age contra isso (e ainda é latino e que sabe outros idiomas, mostrando ser mais racional que os outros personagens retratados, além de tentar salvar uma oriental). O alerta que fica é: se garotas bonitas dão mole fácil no estrangeiro o preço por isso vai ser sua vida hehehehe

Zuzu Angel

Nada demais e ainda por cima ao final parece que mais se justifica a importância do filme sobre ela do que a própria já que ela não conquista algo realmente relevante na luta contra a ditatura mas sim o retrato dela em filme é que faz isso. Um aspecto positivo é a estrutura da narração, misturando passado e presente de uma forma mais de associação do que flashback.


posted by RENATO DOHO 8:03 PM
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sexta-feira, dezembro 22, 2006
Jackass Number Two



Melhor comédia do ano até agora. Gargalhei do começo ao fim. Bem melhor que o primeiro, com mais doideiras, nojeiras, idiotices e nudez. Se no início do primeiro filme tínhamos Carmina Burana agora vamos de Ecstasy Of Gold. Eles continuam com fixação anal de várias formas, seja enfiando um tubo com cerveja diretamente "lá" pra ver se bebe algo ou marcando com ferro em brasa o traseiro do Bam com um desenho de pênis. E isso é só um aperitivo. Nem vale contar as dezenas de coisas retardadas que eles criam, muitas delas bem engraçadas. Melhor é ver mesmo. Só um quadro de todo filme é mais parado (o do mau avô). Até o John Waters aparece fazendo um truque de mágica. O pessoal cada vez mais aparecendo pelado em frente às câmeras (Chris Pontius é um que adora mostrar o pau, seja em sunga ou travestido de ratinho). Não tem outro como Steve O para fazer as coisas mais inusitadas como botar uma sanguessuga no olho ou enfiar um grande anzol na boca e pular no meio dos tubarões. Ele também é especialista nos desafios pouco higiênicos como a máscara do pum. Se bem que um deles beber porra de cavalo não é lá algo de classe. Ou pregar o saco num cavalinho de gelo. Ou comer bosta de vaca. É inútil, é retardado, é um retrocesso, mas é engraçado, fazer o quê. Devo ter visto a versão unrated, parece que uma das formas de se saber qual versão está vendo (além de notar que aparece muito saco e pau) é ver a cena da porra do cavalo, na versão censurada não vemos a tomada de Pontius tomando a coisa.



posted by RENATO DOHO 12:01 AM
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quinta-feira, dezembro 21, 2006
Cassino Royale (Casino Royale)

Eu já não esperava nada deste Bond e acabei saindo com a mesma impressão. Deveria ter seguido meu instinto que me fez nem ver o anterior (Um Novo Dia Para Morrer) no cinema. Melhor ver em dvd mesmo, ao menos nos extras pode ter algo mais interessante... Do começo: prólogo em p&b é bem sem graça, se antes ao menos alguma ação isolada e espetacular era esperada agora nem isso, não há nem um bom gancho para que se encare isso como uma abertura de série (como Tarantino usou em Pulp Fiction). A abertura conta com uma canção insossa de Chris Cornell (fui pensar e acho que desde A-Ha que não há uma abertura musical boa mesmo, que empolgue e vire hit, Licence To Kill chegou quase lá). Depois há uma ação que apesar de movimentada não é nada excitante, parecia que Rob Cohen estava na direção, introduzindo modinhas da época na ação, no caso o Le Parkour (até a sempre oportunista Madonna não deixou de colocar isso no seu recente clipe). Comecei a perceber duas coisas, uma irônica, ter Daniel Craig (que supostamente atua bem) para fazer um dos Bonds que mais corre e fica calado dos últimos tempos e que há um atraso de algumas décadas no filme, os brutamontes que resolviam na porrada eram da década de 80! Parece que só agora botaram um Bond que emula os actions heroes dos anos 80 (Schwar, Sly, Norris, Willis), pouca inteligência e mais músculos. Quando chegamos na cena do aeroporto estamos mais para Duro De Matar do que 007 (a profusão de machucados em Bond é algo tão John McClane...). E aquele mini-vilão da seqüência com sua cara de mármore mais parece um T-1000. Metade do filme e só agora entra a trama do cassino, é um outro filme. Eva Green além de atuar mal parece constrangida de estar no filme (e em muitas cenas, feia, ainda mais se comparada com a Caterina Murino), seus diálogos com Bond parecem a única contribuição de Haggis no roteiro. Bond se apaixonar por ela em minutos, já que ele mais passou horas jogando pôquer que com ela, é quase uma brincadeira. Ele parecia mais íntimo com a primeira conquista, aquela bem mais gostosa que logo morre. Sendo essa uma das primeiras aventuras do agente 00 fica estranho a história se passar em 2006, como se todas aquelas aventuras do passado na realidade fossem do futuro. O vilão (vilão?) é meio ridículo: chora sangue, é asmático, treme nas bases com os africanos, perde feio no pôquer, não consegue uma forma mais inteligente de se ganhar míseros 100 milhões de dólares (o Tom Cruise pode emprestar se quiser), tem prazer em esmagar sacos alheios e morre de forma banal. Aliás, de uns tempos pra cá esses filmes que necessitam de vilões resolveram aposentar a idéia de um vilão que vai do começo ao fim sendo construído para o protagonista ter um adversário à altura para o confronto final; nos tempos atuais há vilões e vão se sucedendo, como se para mostrar a "complexidade" das coisas e fazendo com que o último vilão seja um mero rascunho que o espectador nem se importa de ver destruído ao final (quando não fazem o vilão ser o chefe vira-casaca do protagonista). O charme sumiu, a inteligência inexiste, um agente secreto atual nem parece que sabe mais do que atirar e lutar (esqueçam as centenas de treinamentos para as mais diversas habilidades, muitas delas exigindo o cérebro) e as ações são bem mundanas, coisa que um mercenário serveria mais ao intento. Só Sydney Bristow mesmo para salvar tudo, nem Jack Bauer serveria, ele seria mais o capataz da ação ao final da operação. Falando em agentes sou bem mais o Tom Quinn na ótima série Spooks, eis um grande agente britânico! As cenas de ação se não são excitantes não chegam a ser ruins, mas isso é mérito mais do Alexander Witt (segunda unidade em Falcão Negro Em Perigo, A Identidade Bourne, Uma Saída De Mestre) que do Martin Campbell (que só consegue inutilizar Jeffrey Wright no elenco). A música constante de David Arnold é irritante. A cena final, pelo menos, é boa como pretexto para se soltar a célebre frase.


posted by RENATO DOHO 12:02 AM
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quarta-feira, dezembro 20, 2006
Rastro Perdido (Broken Trail)



Belo filme de Walter Hill que na verdade é uma minissérie de 3 horas. Por motivos de herança um tio vem ao encontro do sobrinho para avisá-lo de sua parte e aproveita para levar gado de um estado para o outro. Os dois partem e no meio do caminho cruzam com chinesas virgens compradas para futura prostituição e as coisas começam a complicar. A presença das chinesas é um aspecto pouco explorado e curioso (e a opção de muitos diálogos serem no idioma original é bem acertada). O grande tema no entanto é a ética em oposição ao poder do dinheiro, o quanto ambos são bem antagônicos ainda mais num ambiente como o western onde mais valia o que cada indivíduo pensava e se comportava do que normas e regras sociais e jurídicas. E nisso a presença de Robert Duvall é quase simbólica, em outros tempos James Stewart seria a encarnação perfeita para o papel. Duvall diz que para ele é a conclusão de uma trilogia formada por Lonesome Dove e Pacto De Justiça. Thomas Haden Church como o sobrinho tem presença marcante desfazendo aquela imagem cômica que ele tem. Hill nos apresenta belíssimas paisagens e um roteiro enxuto. A introdução de Greta Scacchi parece demarcar a segunda parte da narrativa. E é ela que vai proporcionar a discussão de um segundo tema, o tempo e a vida para os velhos caubóis solitários e o medo da felicidade e do amor. O final chega a ser tocante. No dvd duplo há um making of (com legendas em japonês!). Concorre ao Globo De Ouro 2007 nas categorias filme/minissérie para tv, ator e ator coadjuvante. Merece os 3 prêmios!


posted by RENATO DOHO 9:35 AM
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Breach



Novo fime de Billy Ray com Ryan Phillippe, Chris Cooper, Laura Linney e Dennis Haysbert. Ray segue o caminho aberto por seu primeiro (ótimo) filme, O Preço De Uma Verdade (Shattered Glass), pegando uma história real para falar de verdades e mentiras, dessa vez num assunto mais abrangente (FBI/segurança nacional) do que somente no jornalismo.

Trailer

posted by RENATO DOHO 9:27 AM
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segunda-feira, dezembro 18, 2006
Steven Spielberg, 60 anos



Longa vida, Steven!

No cinema:

1974: A Louca Escapada (The Sugarland Express).
1975: Tubarão (Jaws).
1977: Contatos Imediatos Do Terceiro Grau (Close Encounters Of The Third Kind).
1979: 1941 – Uma Guerra Muito Louca (1941).
1981: Os Caçadores Da Arca Perdida (Raiders Of The Lost Ark).
1982: E. T. – O Extraterrestre (E. T. – The Extraterrestrial). *
1983: No Limite Da Realidade (Twilight Zone – The Movie). *
1984: Indiana Jones E O Templo Da Perdição (Indiana Jones And The Temple Of Doom).
1985: A Cor Púrpura (The Color Purple). *
1987: Império Do Sol (Empire Of The Sun). *
1989: Indiana Jones E A Última Cruzada (Indiana Jones And The Last Crusade).
1989: Além Da Eternidade (Always). *
1991: Hook – A Volta Do Capitão Gancho (Hook).
1993: Jurassic Park – O Parque Dos Dinossauros (Jurassic Park).
1993: A Lista De Schindler (Schindler’s List). *
1997: O Mundo Perdido – Jurassic Park (The Lost World – Jurassic Park).
1997: Amistad (Idem). *
1998: O Resgate Do Soldado Ryan (Saving Private Ryan). *
2001: AI – Inteligência Artificial (A.I.). *
2002: Minority Report – A Nova Lei (Minority Report).
2002: Prenda-Me Se For Capaz (Catch Me If You Can). *
2004: O Terminal (The Terminal). *
2005: Guerra Dos Mundos (War Of The Worlds). *
2005: Munique (Munich). *

* - também produtor.


posted by RENATO DOHO 9:30 AM
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sábado, dezembro 16, 2006
John McClane's Back!



Yippee-ki-yay, mutherfucker!



Teaser

posted by RENATO DOHO 10:14 PM
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Miami Vice em dvd



Já nas locadoras desde ontem. A versão que veio para cá é a normal, em wide com alguns extras: Miami Vice Undercover, Miami & Beyond: Shooting On Location e o clipe do NonPoint.

Não veio a unrated director's cut que tem cenas a mais na montagem (como a famosa abertura com a corrida de lanchas), os extras que saíram na versão nacional e mais Visualizing Miami Vice, Gun Training, Haitian Hotel Camera Blocking, Mojo Race e áudio de comentário com Michael Mann.

No site oficial é possível baixar outros behind the scenes featurettes bem legais:

Gong Li
In The Air Tonight
Club Mansion
Haitian Hotel
42nd Street
Opa Locka Hanger
Miami River
Cuban Jazz Club
Racetrack

posted by RENATO DOHO 5:55 PM
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The Black Dahlia em dvd



Extras de Laurent Bouzereau:

The Case File - A behind-the-scenes look at the filmmakers, actors and crew that brought this infamous mystery to the screen



The De Palma Touch - A look at how acclaimed director Brian De Palma brought his unique and shocking visual style to the film



Reality And Fiction: The Story Of The Black Dahlia - A conversation with best-selling novelist James Ellroy, who gives an in-depth perspective on the crime and how he turned fact into fiction


posted by RENATO DOHO 5:45 PM
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Noivo Em Fuga (The Groomsmen)



Mais um filme dirigido e escrito por Edward Burns que se revela um de seus melhores trabalhos. Quem o acompanha sabe o que vai encontrar e por isso pode apreciar mais. O título nacional já tenta vender algo que ele não é, um mera comédia. E quem não conhece os filmes anteriores pode achar que tudo é muito normal demais para um filme, não há grandes acontecimentos e reviravoltas. Burns gosta de passar em filme suas experiências do bairro onde cresceu, seus amigos, suas vidas e assim vai. Nada exatamente excitante, mas honesto e carinhoso. E com orçamento baixo. Aqui acompanhamos a vida de 5 amigos semanas antes de um deles se casar. Paulie é quem vai casar com sua namorada com quem já vive por alguns anos e está grávida. Seu irmão mais velho, Jimbo, é casado, mas sem filhos e se encontra no meio de uma crise pessoal, desempregado, não se mantendo num emprego por mais que alguns meses, engordando, bebendo um pouco mais que o normal e sendo cliente vip de clubes de strip. Mike é o primo deles, trintão que ainda mora com o pai, mesmo emprego desde o colegial e que não superou a ex-namorada, bonita garota que não o quis mais por achá-lo imaturo demais que ainda se importa em colecionar figurinhas de beisebol e histórias em quadrinhos. Dez é o amigo que casou cedo, aos 21 anos e já tem dois filhos pré-adolescentes, e sente que seus anos de glória ficaram pra trás, o que ele tenta recuperar ao querer que a turma volte a ensaiar a antiga banda deles e ensinar aos filhos canções dos anos 80 (quando o que eles mais querem é um blues). Finalmente T.C. é o amigo que saiu da cidade e passou longos 8 anos fora e sem contato com os amigos voltando com coisas para resolver e revelar. Sim, os personagens de Burns parecem saídos de uma canção do Bruce Springsteen (talvez em Uma Chance Para Ser Feliz isso fique mais evidente com canções do Bruce na trilha e Jon Bon Jovi atuando). Nenhum deles tem um emprego maravilhoso e seu tempo livre se limita a conversa em bares, bilhar, ver alguns jogos, etcs (coisa que um deles afirma que não é grande coisa por estar perdendo depois que teve dois filhos). Cada um enfrenta seus medos de crescer e envelhecer. Burns dá oportunidade de cada um ter seu momento mais tocante e faz isso de forma natural. O companheirismo dos personagens parece que é real entre os atores, um conjunto (ensemble como falam lá fora) muito bom onde temos de forma inesperada Matthew Lillard e John Leguizamo em modo contido, Jay Mohr muito engraçado (e nem por isso não sentimos suas angústias por detrás do seu jeitão), Donal Logue mais dramático (geralmente usa seu lado mais cômico) e Burns do jeito Burns de ser (é como Woody Allen, sempre é o Woody Allen em seus filmes). Brittany Murphy, Heather Burns (sem parentesco com Edward) e Jessica Capshaw são o elenco feminino que se não têm muito destaque estão bem em seus papéis (particularmente gosto bastante da Heather). Geralmente Burns consegue boas interpretações dos atores com quem trabalha. Numa das pré-estréias Burns revelou que fora as histórias e pessoas de sua própria vida ele se inspirou em Quando Os Jovens Se Tornam Adultos (o clássico Diner do Barry Levinson) e Os Boas Vidas do Fellini. Não poderia deixar de ser essas referências mesmo, aliás o do Fellini é um dos meus preferidos dele. Quem quiser ver o
trailer não tem muito problema já que não estraga muita coisa, pois não há surpresas para serem estragadas, melhor assistir sem ver o trailer, mas só pra saber como é o clima da coisa não faz mal. Pena que dois dos mais recentes filmes de Burns antes desse, Ash Wednesday e Looking For Kitty, estão inéditos por aqui. O que ele acabou de completar se chama Purple Violets e tem no elenco Selma Blair, Patrick Wilson, Debra Messing e Dennis Farina.

posted by RENATO DOHO 12:05 AM
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sexta-feira, dezembro 15, 2006
Earthlings



Os três estágios da verdade:

1) Ridículo
2) Forte oposição
3) Aceitação

Melhor deixar o resumo como está tirado do site oficial para melhor explicação:

"Narrated by Academy Award Nominee Joaquin Phoenix and featuring music by the critically acclaimed platinum artist Moby, EARTHLINGS is a documentary film about humankind's complete economic dependence on animals raised for pets, food, clothing, entertainment and scientific research. Using hidden cameras and never-before-seen footage, EARTHLINGS chronicles the day-to-day practices of the largest industries in the world, all of which rely entirely on animals for profit. Powerful, informative, controversial and thought-provoking, EARTHLINGS is by far the most comprehensive documentary ever produced on the correlation between nature, animals and human economic interests."

Ou em português do Wikipédia:

"Earthlings (Terráqueos, em português) é um documentário sobre como a humanidade trata os animais de quem tanto dependem para alimentação, vestuário, entretenimento e experiências científicas. Compara o especismo da espécie humana com outras relações de dominação, como o racismo e o sexismo.

Escrito, produzido e dirigido por Shaun Monson e co-produzido por Persia White, o filme é narrado pelo ator e ativista dos direitos animais Joaquin Phoenix, que também é vegano e membro da PETA, maior organização de defesa dos direitos animais do mundo. Earthlings também conta com a contribuição do músico vegano e ativista Moby."

Aqui não vai nenhuma manifestação pró-vegan ou algo assim já que eu mesmo não sou. É mais o interesse no trabalho realizado sobre um tema muito importante.

Na lista de agradecimentos ao final outros ativistas aparecem: Irmelin DiCaprio (mãe do Leonardo), Woody Harrelson, Dennis Hopper, Bryce Dallas Howard, Alison Lohman e Bill Maher.

Pra baixar alguns links:

No rapidshare: 1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6

No youtube: 1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10

No google video (download direto, "salvar destino como"): 1

Via torrent (de onde eu baixei): 1

Legendas: 1

posted by RENATO DOHO 10:53 AM
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quarta-feira, dezembro 13, 2006
Os Infiltrados (The Departed)

Que decepção esse novo trabalho de Martin Scorsese. Não é que o filme seja ruim, mas não vai mais do que um competente filme policial, genérico. Aliás, refilmagem, Conflitos Internos é melhor. Por onde começar? Do começo... o que deu na Thelma, esqueceu a montagem? Aquele começo é uma picotagem de cenas que impressiona negativamente, não sei se culpa dela ou de Martin por dar dezenas de ângulos e planos de detalhe e jogar no colo dela, nada se sustenta, tudo parece corrido (e não resumido já que a intenção era dar toda a trajetória da história em minutos) e pouco refletido (até um plano e contraplano soa estranho). As coisas se normalizam no decorrer ou nos acostumamos mesmo? Depois são os personagens rasos onde o maior problema é o de Costello que não tem história alguma, e isso de um mafioso pé de chinelo de 70 anos. O que ele é, de onde veio, o que pensa, quais suas crises? Intencionalmente ou não ele é retratado como um adolescente, com brincadeirinhas com falos, brincando com armas, zoando padres ou mexendo em sua montanha de pó (sua atitude final não passa de um adolescente birrento). Nem suas raízes irlandesas se destacam. Nem o próprio Jack Nicholson (que até lembra o Costello da maneira que vive) deixa de ter um passado, uma história. A (não) relação paternal com Colin ou mesmo Billy inexiste a não ser por algumas falas soltas que não tem base em algo mais profundo. Ele acabar morrendo com aquela camiseta parece até uma caricatura (o que até pode ser se nos lembrarmos do rato ao final, mais caricatural que isso só se Costello aparecesse no céu numa projeção dando tchauzinho pra câmera...). Os infiltrados então nem se fala, não mudam nada do começo ao fim. O bom é bom, o ruim é ruim, não se questionam em nenhum momento, seja Colin no meio policial e construindo uma suposta vida e Billy sob influência de Costello. Nesse ponto o contraste fica mais forte ainda (para não deixar dúvidas): Queenan é a figura paternal perfeita, quase um santo diante de Costello. A sedução da liberdade do mundo criminal ou a corrupção policial passam longe das mentes dos protagonistas. Billy ao menos tenta perto do final querer recuperar sua identidade (um esboço mal feito é falado para o público pelas falas de Dignam em sua entrevista inicial), mas fica nisso, ele ainda crê na instituição policial. Conflitos Internos, como o título nacional mesmo diz, se debatia mais na psiquê dos dois envolvidos, na difícil vida de agente duplo. Aí dá pra lembrar o trabalho muito bem realizado de Miami Vice e O Homem Da Máfia sobre o mesmo tema, o trabalho dos agentes infiltrados e toda merda que isso traz para a vida deles, quando eles começam a perder os traços que os faziam o que são (sua ética, sua moral, sua religião, seus objetivos, suas famílias). Até mesmo a questão do pequeno mafioso e a operação policial para prendê-lo foi mais carismática no seriado Line Of Fire (David Paymer fazia o mafioso e a estrutura era bem parecida ao do filme, só que ele tinha toda uma história e passado, além de uma filosofia sobre o que era e o que fazia). A constante trilha musical chega a irritar por não deixar espaço para o som natural, como se um rádio estivesse sempre ligado em qualquer lugar (a única boa utilização é a música dos Dropkick Murphys que aparece duas vezes e é ressaltada quando aparece). A coitada da Vera Farmiga tem sua chance num filme de grande porte e acaba fazendo uma psiquiatra das mais medíocres, tanto desconhecendo com quem se relaciona e vai morar junto quanto cai na conversa furada de qualquer um que lhe aborda, seja no elevador (Colin) ou no consultório (Billy) e ainda passa receitas na maior tranquilidade, ela não consegue nem criar uma moral para se indignar ao final. As reviravoltas finais (ou devo dizer, os tiros finais pois é um atirando no outro) até perdem o foco ao dar um final "justo" para Colin ("o desgraçado morreu") quando sua ruína seria bem outra, a perda de sua identidade que seria de sua vida, basicamente ele ainda, apesar dos pesares, continuava com sua vida segundos antes de morrer, realmente nunca chegou a lhe passar pela cabeça a farsa de toda sua existência. Consola o fato de que Billy reencontra sua identidade quando morre. Enfim, se eu esquecer que é um filme do Scorsese eu até acho o filme bonzinho, boa diversão (um pouco longo demais pra ser só diversão, há momentos que poderiam ser cortados), mas se eu lembro... Preferia ele errando mais (em outros sentidos) em Gangues De NY (tortíssimo, mas ao menos mais pessoal e mais relevante) do que acertando desse jeito. Como foi nesse que ele conseguiu sua maior bilheteria a resposta monetária fala mais alto, ele pode achar que está no caminho certo (ainda mais se um Oscar vier concretizar essa idéia). Scorsese, você virou Colin e não sabia? Quem vai ser o seu Dignam, hein?


posted by RENATO DOHO 10:10 PM
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terça-feira, dezembro 12, 2006
Women



Hayden Panettiere, uh... já falei dela aqui, mas não custa aparecer de novo hehehe Foi
capa da Entertainment Weekly mês passado e segunda passada esteve junto com o elenco de Heroes numa divertida entrevista no programa da Ellen DeGeneres.



Alicia Keys no novo de Joe Carnahan, Smokin' Aces.



Vanessa Hudgens, revelação do High School Musical. Lançou um cd recentemente que não é grande coisa. O que importa é que é uma gracinha, por isso que seja bem vinda! Falando nesse RDB americano melhor é ouvir a versão nacional de uma das canções, feita pelo Ludov, O Que Eu Procurava

posted by RENATO DOHO 10:47 PM
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domingo, dezembro 10, 2006


Podcast Tony Scott, Joe e Melissa discutem os filmes de Tony. Mesmo que enalteçam os mais previsíveis (Top Gun) e desprezem os que precisem de maior estudo (Domino) vale ouvir o papo.



Hayden Panettiere cada vez se destacando mais no seriado Heroes ao ponto de quase ser o ponto central da história. E Hiro continua imbatível. O gancho para a pausa do natal e ano novo parecia até mais gancho de final de temporada. Fora isso há bons nomes na direção (Allan Arkush, John Badham e Ernest Dickerson) e no roteiro (Tim Kring e Jeph Loeb).

Que venha o Energyman!



Pesadelo Americano (American Gun) •••1/2

Bom elenco e interpretações (Forest Whitaker, Marcia Gay Harden, Chris Marquette, Tony Goldwin). Várias histórias lidam com o tema da violência e armas e nem todas se interligam. Não chega a ser um painel e muitas coisas não se fecham ao final, mas é interessante no que tenta tratar, principalmente no papel de Harden que faz a mãe de um dos garotos que realizou um massacre na escola e se matou logo após (totalmente inspirado em Columbine) e como ela lida com os eventos após o massacre e a relação com seu filho mais jovem. Comparam com Crash, mas não achei parecido. O filme concorre ao Independent Spirit Awards 2007 (Forest e Marcia também).

O Bárbaro E A Gueixa (The Barbarian And The Geisha) •••

Um filme tradicional de John Huston mesmo que em ambiente diferente. John Wayne no Japão é inusitado e várias falas são na língua original. Baseado em fatos reais fala do primeiro cônsul americano em terras nipônicas e seu caso com uma gueixa. Não é todo filme que podemos ver Wayne de quimono ou apanhando de um baixinho e isso já vale a conferida.

Erros Irreversíveis (Reversible Errors) •••1/2

Baseado em um livro de Scott Turow esse telefilme é bem competente, parecendo um episódio triplo de algum seriado policial/tribunal. Se isso antes isso era algo negativo (telefilme / lembra seriado) hoje isso não é tão ruim assim já que muitas coisas para a tv em relação à telefilmes e seriados têm mais qualidade que vários filmes. E uma das qualidades é que apesar da duração (140 minutos) não cansa. O caso que parecia simples se mostra mais complexo, não há exatamente um protagonista, no início o destaque é para Tom Selleck e Monica Potter, depois passamos para William H. Macy e Felicity Huffman (casal na vida real e uma chance legal de contracenarem juntos). Vários atores que fazem coadjuvantes são facilmente reconhecíveis de seriados como Shemar Moore (Criminal Minds) ou Glenn Plummer. Tentando parecer com o estilo de Turow dá pra notar que o filme consegue mudar o foco narrativo, ter várias reversões e não deixar com que haja mocinhos e vilões (Tom Selleck é o personagem mais interessante neste aspecto, ele tem atitudes contraditórias). Se há algum vilão talvez seja do sistema judiciário seja na parte investigativa da polícia quanto no tribunal com a (in)competência de defensores públicos e a vida pessoal dos juízes. Pena que o título nacional seja o oposto ao original (acham que irreversível é algo que atrai) já que é justo no título que esconde o tema principal do filme, a tal segunda chance, a possibilidade de reverter erros do passado e é nisso que o final se concentra (nos dois casais, mesmo que pareça ser só de um casal).

posted by RENATO DOHO 8:57 PM
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quinta-feira, dezembro 07, 2006
Protetores Do Universo (Shu Shan Zheng Zhuan)



Fantasia demais. É o que diria desse filme do Tsui Hark que em nenhum momento me entusiasmou. Mesmo aclamado e tudo o mais achei de um desinteresse enorme. Hark meio que refilmou o seu antigo filme de 1983 com mais efeitos desta vez. Eis algo bem discutível, há efeitos demais e muitos deles toscos (certos momentos achava que estava vendo aqueles seriados japonês, do tipo Power Rangers). E quando começam a pipocar nomes, lugares e situações fantasiosas (Omei, Amnesia, King Sky, caverna de sangue, espada do trovão, Enigma, Moon Orb, Insomnia) meu interesse foi baixando, baixando... Nem as presenças de Zhang Ziyi (bronzeada e suja), Cecilia Cheung e Sammo Hung (às vezes parecia o Chow Yun Fat mais gordo) ajudaram. Ou mesmo Yuen Woo-Ping coreografando as lutas. A trilha também não ajuda reforçando o clima kitsch. Acho que prefiro Hark fazendo policiais (Alvo Duplo 3, O Tempo E A Maré) ou algo menos fantasioso (Era Uma Vez Na China, Dragões Em Dose Dupla, O Mestre, The Blade).


posted by RENATO DOHO 2:02 PM
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Mais um Johnny To nas locadoras



Com isso deve ser o quarto filme dele que chega por aqui. Os outros sendo: Jogo Da Vingança, Breaking News e Profissionais Do Crime. Todos ótimos.


posted by RENATO DOHO 2:01 PM
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segunda-feira, dezembro 04, 2006
INLAND EMPIRE



Trailer

posted by RENATO DOHO 7:04 AM
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domingo, dezembro 03, 2006
Isso que é música erudita!



Anna Netrebko, famosa soprano russa.



Foi ex-faxineira!



O álbum dela é um sucesso e está chegando ao status de diva.


posted by RENATO DOHO 12:49 AM
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sábado, dezembro 02, 2006
Assassino Invisível (The Prodigy)



Apesar de tudo é um bom filme. Como assim? Eis um caso estranho. Filme independente, barato (200 mil dólares), diretor estreante e atores desconhecidos. As atuações em boa parte não são exatamente boas, alguns erros de roteiro aparecem aqui e ali (exemplo: não revistar o protagonista e comparsas no início quando entram para uma transação de drogas) e mesmo assim há algo de instigante na criação do "vilão" que é um assassino que é mais retratado como se fosse um vilão de filme de terror. As referências ao homem invisível aparecem no nome que ele assina e nas vestimentas. Em certa parte do filme o jogo entre ele e o protagonista parece lembrar Jogos Mortais (e o
cartaz japonês força a semelhança, mesmo que o filme tenha sido realizado antes). Ainda há alucinações e um trauma infantil que rodam a cabeça do protagonista que não é um policial como pode-se achar no início, mas o principal capanga de um mafioso. Aliás, o "vilão" poderia virar um protagonista em outro filme. O filme mistura coisas de filme de ação, thriller, suspense e um pouco de terror. Nada muito sofisticado mesmo porque o orçamento não deixa. O destaque fica por conta das cenas de tiroteio e das lutas: são bem feitas e há uma brutalidade corporal diferencial (houve treinamento específico com certos atores para isso). A reviravolta final é meio sem sentido se racionalizada (por que o vilão faria algo assim?), mas fica dentro do limite do que se espera de um thriller. E dentre as várias referências a cena final parece querer remeter à Coração Satânico no destino do protagonista. Curioso que o roteiro é escrito pelo ator principal, o seu parceiro no filme e o diretor, William Kaufman. Acho uma estréia bem interessante, vamos ver o que Kaufman fará daqui pra frente. O filme pode não agradar muita gente, pode-se achar precário, diluidor, banal, etcs, mas há de se concordar que é menos comum do que se vê por aí em produções do gênero. Engraçado que lendo depois as reações no imdb deu pra notar que muita gente do Texas (de onde é a equipe do filme) adorou o filme em sessões de festivais e tal e outra parcela de outros lugares não gostou (principalmente os ingleses).

Quem tem curiosidade (saiu em dvd por aqui) pode dar uma olhada nos trailers. Interessante notar as diferenças de como um mesmo filme pode ser vendido através do trailer:

Trailer oficial - dando uma visão geral do filme
Trailer japonês - enfatizando o lado terror



Uma coisa boa do filme é ter conhecido essa atriz, Mirelly Taylor. Uma graça que faz a namorada do ator principal. Ela tem um quê de Jennifer Beals com Penélope Cruz e um sorriso delicioso. Espero que fique mais conhecida daqui pra frente. Legal que achei foi um tipo de vídeo promocional dela, mostrando várias cenas de suas participações em filmes, um tipo de currículo visual que a agência dela deve ter feito (ou ela mesma).

P.S. - a música que toca neste vídeo promocional é This Years Love do ótimo David Gray.

posted by RENATO DOHO 12:32 AM
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