sexta-feira, agosto 31, 2007
Death Proof
Não é de hoje que não sou entusiasmado com a obra de Quentin Tarantino. Se lá no início dos anos 90 tinha achado legal ter surgido um cineasta ou uma pessoa como ele (com Cães De Aluguel) a coisa parou no Jackie Brown que considero seu melhor filme (talvez por ser adaptação). Revisto Pulp Fiction perdeu a graça justamente porque vi nele cada vez mais uma nulidade ou um elogio ao nulo que não me interessa. Depois disso sempre gostei mais da pessoa do Tarantino do que seus filmes, ele como comentarista, dando entrevistas, falando de outros filmes ainda me cativa. E pra não dizer que não gostei de muita coisa do Kill Bill (que considero um filme só) acho a luta da Uma Thurman com os 88 muito boa. A auto promoção dele talvez seja algo que prejudique minha apreciação. Ele fala tanto que o que acabo imaginando sempre se frustra com o que acabo vendo. Isso com Kill Bill, com essa metade de Grindhouse e o nem realizado Inglorious Bastards. É tanto falatório que já tenho cenas desse filme de guerra na minha cabeça, assim como tinha para as cenas de carro em Death Proof. Ainda mais quando ele anunciava que teria a melhor perseguição de carros da história, que o nível era alto, que eram os melhores diálogos que ele já escreveu, etcs. Bom, cadê as tais cenas? O filme, mais longo do que quando foi lançado junto com Planet Terror, basicamente é a junção de duas metades, e a divisão fica clara, quase uma hora uma história e a outra hora final para a outra. Há um espelhamento das histórias, são mulheres um pouco semelhantes que vão ser aterrorizadas pelo Dublê Mike (Kurt Russell) e seu carro. Não exatamente, já que na primeira parte o ataque é de surpresa e no segundo não deixa de ser também. No meio disso o que temos? Um falatório banal interminável que aponta pra algo, mas vemos que não leva a nada (com direito há uma cena sentimental da Jungle Julia (bem interessante a filha do Sidney Poitier) e seu amor via celular que não dá em nada também). As primeiras, coitadas, nem têm tempo para muita coisa. O nada em si é importante nos planos em closes da jukebox e do maldito celular mandando mensagem (é realmente necessário vermos o processo de cada mensagem que uma delas fica mandando? ficamos vendo o "sending" processar... assim como o disco caindo e a agulha encostando para tocar...). Ah, e os pés... é um filme para os pés femininos, mais do que qualquer outra coisa. As referências pros próprios filmes do Tarantino enchem o saco pois parecem só aparecer porque é legal ver um carro com as cores da roupa de Uma em Kill Bill ou o toque do celular remeter ao filme novamente... As referências à vários outros filmes, bem, é algo que se espera dele, mesmo que bem explícitas como as fotos e trilha vindas diretamente de um filme do Dario Argento. E citar Vanishing Point só piora as coisas já que em nenhum momento consegue chegar aos pés do filme citado. Um resuminho do filme seria: mulheres falando (merda), música, desastre, outras mulheres falando (merda), mini-perseguição de carro, fim, música. É sério, não há muito além disso não. Ah, tem sim, desculpe, tem pés... Russell até um ponto está bem no papel do motorista assassino, mas de repente vira um chorão no final que é constrangedor (não pude deixar de pensar que é o alter ego do Quentin, pose de fodão que no primeiro aperto vira chorão). A batida da primeira metade é um destaque, mesmo que fique ambígua se achamos aquilo legal ou horrível - e como ela é reprisada algumas vezes parece ter sido feita apenas para impressionar. A perseguição final só fica boa nos minutos finais, destacando o trabalho da dublê que atua também e faz a Zoë. Essa cena nem dá pra analisar muito pois é meio ridícula, era possível diminuir a marcha e fazer com que a Zoë descesse do capô, o que não acontece só pra irritar e manter o suspense, e além disso a arma deveria ter surgido naquela hora pois se pensarmos não há lógica alguma no que a motorista estava querendo fazer (o que, aliás?), arriscando a vida da amiga sem motivo algum. Mesmo assim dava pra imaginar ali mesmo várias coisas mais interessantes: passando por alguns pastos achei que uma vaca seria atropelada e arremessada pra cima do carro de trás para depois a vaca se espatifar no chão (e com esse cuidado todo com animais seria algo deliciosamente politicamente incorreto); e o carro das garotas finalizar dando um pulo e caindo exatamente em cima do carro do maníaco e não apenas batendo de lado; ou uma super manobra (elas são dublês também no filme) capaz de parar o outro carro. Enfim, não mostrou nada demais (recentemente baixei The Road Warrior para ter o filme na janela certa e aquilo sim era foda). E a segunda metade deixa de querer parecer um filme de grindhouse (com as falhas de som, imagem, cenas cortadas, fotografia com cores setentistas, etcs) e vira um filme normal, com visual bem definido e tudo mais (com 2 ou 3 leves interferências). Caso haja graça ou considere isso legal alguns nomes aparecem nos agradecimentos: Sam Peckinpah, Brian De Palma, George Miller, Dario Argento, Richard Rush, e até Sammy Hagar (!).
P.S. - o filme, pelo que escrevi, mereceria mesmo 2 estrelas, mas deixei o 2 1/2 porque realmente o que não é bom não chega a ser exatamente ruim.
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quarta-feira, agosto 29, 2007
Elvis - Viva Las Vegas (Special Edition)
Essa edição especial limitada com 2 cds (a edição americana, canadense e latino-americana é simples) além de conter a coletânea original ao vivo (com adição de 3 canções: Proud Mary, I've Lost You e It's Over) tem a verdadeira pérola que é o primeiro show gravado pela RCA em Las Vegas em 1969, com ótima banda (a TCB), falas sobre as canções, risadas, beijos, piadas e olás durante as canções, enfim, bem mais ao vivo mesmo, mostrando o verdadeiro showman que o Elvis era.
As faixas do segundo cd:
01 - Blue Suede Shoes 02 - I Got A Woman 03 - All Shook Up 04 - Love Me Tender 05 - Jailhouse Rock & Don't Be Cruel 06 - Heartbreak Hotel 07 - Hound Dog 08 - Memories 09 - Mystery Train & Tiger Man 10 - Monologue & Lifestory 11 - Baby What You Want Me To Do 12 - Runaway 13 - Are You Lonesome Tonight 14 - Yesterday & Hey Jude 15 - Introductions 16 - In The Ghetto 17 - Suspicious Minds 18 - What'd I Say 19 - Can't Help Falling In Love
Cd 1 / Cd 2
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segunda-feira, agosto 27, 2007
Big Love - Segunda Temporada
A maravilhosa série conseguiu manter a qualidade e melhorar ainda mais nessa segunda temporada. Todos ótimos, um dos melhores elencos atuais (e ainda com duas participações pequenas mas especiais no penúltimo episódio), com Ginnifer Goodwin se destacando ainda mais e Amanda Seyfried apaixonante. E falando nisso, junte as três esposas, mais a filha mais velha, mais a possível quarta esposa, mais a ex-namorada do filho mais velho, e a garotinha demônio que a adesão à poligamia é imediata! O tratamento dos temas é exemplar, deixando tudo mais complexo, sem lados definidos, onde nem mesmo no núcleo familiar central, que deveria ser a fortaleza diante das adversidades da sociedade e da comunidade religiosa, há uma certeza clara, fazendo com que a qualquer momento tudo possa se desfazer.
Um Casamento Perfeito (Le Beau Mariage)
Confesso que até dei umas cochiladas no meio desse filme do Eric Rohmer. Em nenhum momento ele me cativou com a história da indecisa jovem que decide arranjar um marido e acaba se relacionando com o primo da melhor amiga. Esse primo também não fede nem cheira então é o encontro de dois bunda moles que não sabem se estão se relacionando ou não. E só no final, quando ela começa a trocar olhares com um moço no trem que parece que algo acontecerá, só que aí é o fim.
A Mulher Do Aviador (La Femme De L'Aviateur)
Um filme bem melhor do Eric Rohmer envolvendo um moço que trabalha nos correios à noite, sua namorada que trabalha de dia, o aviador que é ex-namorado dela e uma estudante de 15 anos. A melhor parte do filme é quando a jovem Lucie (Anne-Laure Meury) entra em cena, já no ônibus, num ótimo jogo de olhares dela. A relação que se estabelece entre ela e François é preciosa, principalmente quando ela vai aos poucos redirecionando o olhar dele, o fazendo imaginar os mais diversos cenários, até de sua vida pessoal, sem que ele se dê conta de como ela o seduz. Pena que logo que ela sai volta a namorada, que pelo personagem e pela atriz não consegue ir muito além de ser uma chata. O final até tenta retomar o que realmente interessa, mas deixa tudo para o pós final (Linklater retoma isso no Antes Do Pôr Do Sol, e tira muito de Antes Do Amanhecer da cena do parque desse filme). Pois, sim, eles ainda ficarão juntos.
On The Lot - Final
O penúltimo episódio nem cheguei a ver pois foi um tipo de melhores momentos do programa e na final os 3 finalistas já tinham escolhido 2 de seus melhores trabalhos para deixar nas mãos dos espectadores a decisão. Ganhou Will, o pai de família que toda hora citava isso (a bela esposa estava na platéia). Não foi apresentado mais nenhum curta novo e nos últimos 3 minutos é que Steven Spielberg aparece, recebendo o vencedor nas portas da Dreamworks. Fica a dúvida se aquilo foi gravado antes com os 3 finalistas já que, supostamente, a final foi ao vivo. Will teve uma boa trajetória, não gostei de alguns curtas (do western spaghetti, do olho), mas no geral foi bem. Fiquei com a impressão que pode vir a ser um Ron Howard, apenas um bom realizador. Não notei nele nada de pessoal como acontecia com o Jason, que era mais irregular nos curtas, mas sempre tinha sua marca, uma necessidade de se expressar pessoalmente. Provavelmente não haverá uma segunda temporada do programa. Fica o interesse em saber como Will vai realizar seu projeto de um milhão com a Dreamworks e se os outros seguirão carreira (Zach é o mais provável).
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domingo, agosto 26, 2007
Busca Explosiva (The Marine)
O diretor de chama John Bonito e o protagonista John Cena. Alguém espera que o filme seja minimamente sério? O melhor, ou pior, esse veículo para mais um action star (Cena é campeão de wrestling) se mostra até melhor do que essas super produções atuais de ação. Primeiro não se leva à sério. E depois é bem realizado ao ponto de que não ligamos para os absurdos que acontecem, os diversos erros, as não atuações e os clichês abundantes. As cenas de ação são bem feitas e a câmera é movimentada, mas não treme! Só é estranho que as lutas sejam picotadas demais, justamente onde o ator supostamente é expert. Cheio de explosões (totalmente exageradas), carros indestrutíveis e câmeras lentas nas cenas mais heróicas parece que estamos vendo aqueles filmes de ação de décadas passadas, com orçamento razoável, só que com visual melhor. Nem há efeitos especiais (nem teriam dinheiro pra isso, acho, gastaram nas explosões). Tem cenas que nem dá pra acreditar de tão hilárias: o negão capanga recordando um trauma sexual num acampamento de verão e som de banjos ao fundo, o vilão dando em cima da refém do nada, um lança foguetes surgindo de um mero assalto à uma joalheria, um carro de polícia que resiste à tudo e tem uma "morte" gloriosa, dois caipiras dos pântanos envolvidos com tráfico que simplesmente aparecem, corridas impressionantes, meros tiros que fazem restaurantes e postos explodirem completamente, um super caminhão que agüenta qualquer explosão, um milagre de salvamento, etcs. Só faltou um clichê que seria legal: o parceiro cômico só é usado no comecinho, depois some, dava a impressão que ele teria alguma utilidade depois. Se não for visto com o espírito certo pode ser uma experiência nada prazeirosa, mas se estiver na onda é pura diversão.
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sábado, agosto 25, 2007
Brian De Palma's Redacted
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quinta-feira, agosto 23, 2007
Paula Toller Amora
Cada dia mais bela, cada dia mais madura, eterna musa.
Parabéns!
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quarta-feira, agosto 22, 2007
George Carlin: 40 Years Of Comedy
Especial da HBO de 1997 em comemoração aos 40 anos da carreira de um dos melhores comediantes dos EUA (e do mundo, por que não?). Melhores momentos de várias épocas, apresentação inédita e entrevista. Apresentado por Jon Stewart. Em seis partes:
1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6
Sugiro baixar os vídeos pelo KeepVid, assim dá pra ver tudo depois, salvo no computador.
A HBO poderia fazer um tributo de 50 anos agora...
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segunda-feira, agosto 20, 2007
Ela É A Poderosa (Georgia Rule)
Inesperado drama (vendido como comédia) com um trio de atrizes em perfeita sintonia (Jane Fonda, Felicity Huffman e Lindsay Lohan). Há algumas coisas diferentes na abordagem da personagem de Lindsay, nas suas ações e histórias, ela chega até a ficar complexa, ao contrário do que aconteceria num filme do gênero.
Miss Potter (Idem)
Não conhecia a autora em que o filme se baseia. Renée Zellweger mais uma vez muito bem fazendo uma inglesa e retomando a parceria com Ewan McGregor. Unindo o drama com o romance e toques de fantasia perfeitamente encaixados e nada exagerados o filme é de enorme simpatia mostrando essa mulher à frente de sua época. Muito se deve também à direção sensível de Chris Noonan, de Babe.
Sonhando Acordado (The Good Night)
Estréia em longa do irmão da Gwyneth Paltrow, Jake Paltrow, escrevendo e dirigindo. Um filme diferente onde o personagem se encontra em grande tédio (na vida de casado, na vida profissional, na vida em geral) e vive melhor nos sonhos onde se relaciona com uma sensual mulher (Penélope Cruz). Gwyneth Paltrow faz a esposa, Simon Pegg o melhor amigo, Danny De Vito um guru expert em sonhos e Martin Freeman o protagonista. Acho legal a Gwyneth fazendo personagens desanimados (os 3 recentes trabalhos dela foram nesse caminho), apesar de ser o oposto do que ela é há essa aura de ser mais reflexiva, gente comum e creio que o irmão saiba disso e por isso a chamou para o papel. Por isso ela fazendo uma matemática perturbada ou uma poetisa depressiva soe tão natural.
Pauline Na Praia (Pauline A La Plage)
Um bom filme de Eric Rohmer, mesmo que comum, onde os personagens agem de uma forma, mas se projetam de outra através da palavra. A justificativa pela retórica é engraçada e, para mim, coisa típica de franceses, ainda mais quando as ações são o oposto do que falam. A bela Arielle Dombasle é até conhecida por aqui pela comédia A Mulher Do Chefe. Fez 5 filmes com Rohmer, já que ele não é nada bobo.
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quinta-feira, agosto 16, 2007
Tropa De Elite
Pode parecer exagero ou mesmo que seja ato sem reflexão mais detalhada, mas só queria deixar claro aqui o quanto achei excelente o filme. Sim, há defeitos e são perfeitamente identificáveis, mas nem fazem sombra ao quanto da empolgação senti ao ver o filme. Primeiro é melhor dizer que deve ser um fato raro aqui no Brasil um filme que nem foi lançado nos cinemas já ter dvdrips espalhados pela internet (e fisicamente em camelôs, do Rio que eu saiba, mas talvez já em várias outras capitais). É claramente uma cópia para festivais devido aos títulos explicativos em inglês, os créditos simples e a ausência de créditos finais. O quanto o que se viu vai chegar aos cinemas, se vão cortar cenas, melhorar trilha, som e mixagem, etcs só vai poder ser conferido nas telas mesmo (a estréia é daqui a pouco, dia 05/10 se não houver atrasos). Ótimo como está podem lançar assim mesmo, só melhorando os creditos. Há tempos sonhava com um filme assim, e não só por aqui mas em geral: sobre alguma equipe de elite em combate urbano. Sendo aqui, melhor ainda. Por isso li o livro Elite Da Tropa no qual o filme se baseia (livremente, não são as histórias do livro que estão no roteiro). Um dos autores do livro escreveu o roteiro e fez parte do BOPE (Batalhão De Operações Policiais Especias). Ele já tinha trabalhado com o diretor José Padilha no documentário Ônibus 174. Wagner Moura está bem pra caramba, fazendo o contraste entre o trabalho e o lar e como isso vai se misturando aos poucos; ao mesmo tempo que mostra a fragilidade do lhe ocorre por conta do stress do cargo é convincente como o líder da tropa, em ação ou no treinamento. Caio Junqueira e André Ramiro são os outros principais, novatos que acompanhamos até chegarem no BOPE. Um pouco depois do meio do filme eu estava um pouco aflito já achando que era algo que merecia continuação, que faltava mais coisas para serem abordadas e mostradas. Principalmente sentia falta do treinamento do BOPE. Deu um certo alívio ao ver que ele constava do filme, na outra metade. Mesmo assim fica-se querendo mais ações do BOPE (no livro a primeira parte são várias pequenas ações que dão uma geral do treinamento e rotina do batalhão). Quero ver como a crítica vai receber o filme, pois tenho a impressão que vai ter muito massacre já que o filme se posiciona muito mais pro-BOPE do que qualquer outra coisa. Eu mesmo não acho isso principalmente pelas ações que são mostradas, só que há muita coisa ali "criticável" do ponto de vista ideológico. Por ser diferente assim é que gostei ainda mais. Muitas horas lembrava de The Shield, só que sem o alívio de barra que o seriado dá ao Vic Mackey, o personagem de Wagner Moura é rígido do começo ao fim, para o bem ou para o mal. Seria fácil e banal realizar um filme anti-polícia, todo mundo tem na ponta da língua as críticas. O legal do filme é ver o outro lado, mas um lado especial, pois ela também aponta as mesmas rachaduras do sistema, só que se concentra no grupo de elite. Como o personagem de Wagner Moura narra todo o filme é a visão e opinião dele que temos das coisas e nem sempre é a certa (é esperado que o público saiba distinguir isso). Sentia naquela visão de guerra e códigos rigidos um pouco do Justiceiro dos quadrinhos, um personagem difícil de se compreender mais detalhadamente, pois gostasse ou odeiasse muito superficialmente. Há um pouco de puxar para si tudo o que se demanda de certas ações. Por isso os problemas emocionais, físicos e matrimoniais fazem parte do pacote. As cenas de ação são ótimas e contaram com um especialista estrangeiro, Phil Neilson, que trabalhou em Falcão Negro Em Perigo, Heist, The Kingdom, Cruzada e está fazendo Homem De Ferro. Violento, o filme não deve ter uma censura branda. Várias coisas a mais eu poderia falar, mas o que quero mesmo é rever o filme no cinema e voltar a ficar maravilhado. Espero que o vazamento do filme na rede só ajude na divulgação e que faça sucesso nas bilheterias. E que venha Tropa De Elite 2!
P.S. - segundo o diretor José Padilha a cópia que circula é o segundo corte, o filme mesmo já está no seu décimo sexto corte.
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quarta-feira, agosto 15, 2007
Once
Escrito e dirigido por John Carney. Com Glen Hansard e Marketa Irglova.
"A modern-day musical about a busker and an immigrant and their eventful week, as they write, rehearse and record songs that tell their love story".
Trailer
Entre os fãs do filme estão Steven Spielberg e Bob Dylan.
"A little movie called Once gave me enough inspiration to last the rest of the year" - Steven Spielberg
Bob Dylan chamou o The Frames (banda do Glen) para a abertura dos seus shows australianos. Além disso Glen e Marketa vão regravar You Ain't Goin' Nowhere para a trilha de I'm Not There, a quase cine-bio do Dylan.
A trilha de Once conta basicamente com canções do casal central do filme.
Link
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terça-feira, agosto 14, 2007
Atrizes & Livros
Julia Roberts, Jennifer Connelly, Gwyneth Paltrow, Julianne Moore, Cate Blanchett, Claire Danes e muitas outras atrizes selecionaram seus livros favoritos para uma das seções da revista da Oprah e comentam sobre cada escolha. Coloquei uma seleção delas no outro blog. Ótimo tanto como dicas literárias quanto para conhecer o gosto de cada uma.
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domingo, agosto 12, 2007
On The Lot - Episódios 13 e 14
Atrasado e rápido (!?). Andrew saiu, o que foi até surpresa. Os restantes tinham que realizar curtas com automóvel na narrativa. O jurado convidado foi Gary Ross (Seabiscuit). E por motivos outros ao invés do Garry Marshall, sua irmã Penny o substituiu.
The Move (Jason) - como Jason teve o maior número de votos da semana passada ele teve a oportunidade de trabalhar com Jerry O'Connell e fez um curta bem dirigido, mas falho em seu final por não esclarecer bem quem era exatamente a vítima (a Penny Marshall chuta uma conclusão e Jason afirma que ela acertou, mas não dá muito pra concluir isso, faltou uma cena a mais talvez).
Backseat Driving Test (Sam) - por incrível que pareça não é ruim, a idéia é engraçada e tem bons momentos, deve ser o primeiro curta do Sam bem sucedido.
Bonus Feature Two (Zach) - é de se perguntar o por quê do Zach querer retomar o seu curta mais fraco e que quase o fez sair da última vez; quem não gostou do anterior dificilmente embarca nessa novamente e quem gostou vai ser apenas uma leve melhora.
Road Rage 101 (Will) - um carro tem seu dia de vingança com o seu dono irritadinho, só que o carro não adquire personalidade como era de se esperar.
Driving Under The Influence (Adam) - mais um curta musical do Adam, é até engraçado, mas no final faltou alguma grande coreografia ou um fêcho melhor (o que tem a ver aquele beijo?).
Não foi uma boa seleção e por isso quase todos estavam à perigo.
E não é que Zach conseguiu o difícil feito de sair do programa? O mais promissor, o que era quase certo que estaria na final só saiu por culpa própria exclusiva. Foi um erro atrás do outro que causou uma baixa votação para seus curtas. Sua saída foi a mais emocional, ele até chorou! Acho que ainda veremos falar dele, é o único que realmente tem jeito de cineasta.
No episódio 14 o jurado convidado foi o F. Gary Gray (Uma Saída De Mestre) e Garry de volta. O candidatos restantes teriam que criar curtas com base na idéia inicial escolhida dentre os telespectadores: "um dia um homem acorda com um vestido e sem idéia do que aconteceu com ele...".
The Yes Men (Will) - Will realizou um curta bem engraçado, cheio de boas tiradas com um chefão de vestido e todos os funcionários puxa sacos o imitando. Ele se inspirou nos Coens para o curta. Até a piada final é boa.
Dress For Success (Sam) - uma mistura mal feita de Jogos Mortais com Como Eliminar O Seu Chefe, além de não combinar bem o terror com o humor tudo é plagiado demais.
Army Guy (Adam) - o começo parece algo amador e meio caricato, mas o seu final faz tudo ter um sentido e ameniza o início, além de fazer o curta ficar bem criativo e imaginativo. No fundo, no fundo o curta não quer dizer muita coisa. Todos os jurados adoraram e escolheram o curta como o favorito da noite, unânime (acho que pela primeira vez).
Oh, Boy. (Jason) - Jason de volta aos seus temas pessoais de vingança colegial com reconciliação com o passado, o resultado da explosão final é que mostra seu carinho pelos personagens.
É quase óbvio que o Sam sairá (a não ser que algo surpreendente aconteça). Os 3 restantes estarão na semi final para em 21/08 o final do programa. Agora, com a saída do Zach eu não tenho idéia de quem possa ganhar. Jason, Adam e Will têm qualidades e defeitos e são instáveis, então quem estiver em boa fase na final leva o prêmio.
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quarta-feira, agosto 08, 2007
Rápido & Rasteiro
Desaguando uns filmes há tempos (ou recentemente) vistos:
Ratatouille (Idem)
Fazer na Disney um ratinho assumir sua homossexualidade. Só Brad Bird mesmo! Juntando muito bem humor, emoção e reflexão sobre a criação artística e o assumir-se Bird nos dá um prato de primeira. Curioso apenas a quase ausência da presença feminina e quando aparecem não são bem vistas (a velhinha maluca e a cozinheira que não sabe cozinhar).
A Rainha (The Queen)
Uma surpresa ter me pêgo assim. Ao contrário do que a maioria parece ter visto sobre a criação da imagem midiática e suas ramificações o que mais fez com que gostasse do filme foi a figura da rainha, em todas suas emoções contidas e mal interpretadas. E a virada de Tony Blair que a entendeu finalmente (ao contrário daqueles anti-monarquistas arrogantes). Aquele povo aplaudindo Diana ao final me deu um sentimento real de medo. O medo do senso comum, da unanimidade, da necessidade da cada vez mais exigida expressividade emocional. E um filme que me fez, pela primeira vez, repensar a monarquia, não é um filme à toa.
Entre O Céu E O Inferno (Between Heaven And Hell)
Filme de guerra conduzido com extrema habilidade por Richard Fleischer (em ótimo cinemascope). A trajetória do protagonista é muito bem encaminhada e no meio disso temos até a invasão dos aliados na praia, como um avô do soldado Ryan.
Os Fugitivos (Lonely Hearts)
Baseado em fatos reais do casal assassino que ficou conhecido como Lonely Hearts Killers. Salma Hayek, linda e fatal. James Gandolfini e John Travolta a dupla de detetives que investigam o caso. Participação pequena, mas encantadora de Dagmara Dominczyk como a última vítima dos serial killers. O roteirista e diretor Todd Robinson prepara o novo filme de Bruce Willis, The Last Full Measure, com Morgan Freeman, Laurence Fishburne, Robert Duvall e Andy Garcia. O avô de Robinson foi um dos investigadores (que Travolta interpreta).
Duro De Matar 4.0 (Live Free Or Die Hard)
Filme genérico de ação que quase nem parece da série Duro De Matar (só aqui e ali o personagem lembra um pouco o John McClane original). Esquecível tão logo se sai da sala do cinema. E ainda meio censura livre (pela primeira vez). Uma opinião parecida com o que achei do filme é essa.
Assassinatos Em Série (Rampage – The Hillside Strangler Murders)
Outro baseado em fatos reais de mortes causadas por serial killers famosos. O diretor, Chris Fisher, tinha realizado outro filme de serial killer antes (O Maníaco, sobre Richard Ramirez) que não vi, mas o seu filme anterior, Dirty, eu até achei bom. Só que aqui ele se perde em malabarismos de câmera péssimos. Como se tudo estivesse rodando e rodando (parecendo Irreversível). Ao menos ele trabalha de novo com Clifton Collins Jr. que entrega outra ótima interpretação. Só que isso não salva o filme. Duas coisas que achei legais que a psiquiatra utiliza: a história da jovem no enterro e a cadeira na hipnose.
Minha Mãe Quer Que Eu Case (Because I Said So)
Diane Keaton fazendo as cenas mais ridículas de sua carreira. O diretor Michael Lehmann não acertou a mão como em Hudson Hawk que também tinha esse humor diferente. Às vezes pastelão outras comédia romântica nem Mandy Moore e Lauren Graham conseguem dar uma graça a mais pois as partes boas são anuladas pelas ruins.
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