quarta-feira, agosto 08, 2007
Rápido & Rasteiro
Desaguando uns filmes há tempos (ou recentemente) vistos:
Ratatouille (Idem)
Fazer na Disney um ratinho assumir sua homossexualidade. Só Brad Bird mesmo! Juntando muito bem humor, emoção e reflexão sobre a criação artística e o assumir-se Bird nos dá um prato de primeira. Curioso apenas a quase ausência da presença feminina e quando aparecem não são bem vistas (a velhinha maluca e a cozinheira que não sabe cozinhar).
A Rainha (The Queen)
Uma surpresa ter me pêgo assim. Ao contrário do que a maioria parece ter visto sobre a criação da imagem midiática e suas ramificações o que mais fez com que gostasse do filme foi a figura da rainha, em todas suas emoções contidas e mal interpretadas. E a virada de Tony Blair que a entendeu finalmente (ao contrário daqueles anti-monarquistas arrogantes). Aquele povo aplaudindo Diana ao final me deu um sentimento real de medo. O medo do senso comum, da unanimidade, da necessidade da cada vez mais exigida expressividade emocional. E um filme que me fez, pela primeira vez, repensar a monarquia, não é um filme à toa.
Entre O Céu E O Inferno (Between Heaven And Hell)
Filme de guerra conduzido com extrema habilidade por Richard Fleischer (em ótimo cinemascope). A trajetória do protagonista é muito bem encaminhada e no meio disso temos até a invasão dos aliados na praia, como um avô do soldado Ryan.
Os Fugitivos (Lonely Hearts)
Baseado em fatos reais do casal assassino que ficou conhecido como Lonely Hearts Killers. Salma Hayek, linda e fatal. James Gandolfini e John Travolta a dupla de detetives que investigam o caso. Participação pequena, mas encantadora de Dagmara Dominczyk como a última vítima dos serial killers. O roteirista e diretor Todd Robinson prepara o novo filme de Bruce Willis, The Last Full Measure, com Morgan Freeman, Laurence Fishburne, Robert Duvall e Andy Garcia. O avô de Robinson foi um dos investigadores (que Travolta interpreta).
Duro De Matar 4.0 (Live Free Or Die Hard)
Filme genérico de ação que quase nem parece da série Duro De Matar (só aqui e ali o personagem lembra um pouco o John McClane original). Esquecível tão logo se sai da sala do cinema. E ainda meio censura livre (pela primeira vez). Uma opinião parecida com o que achei do filme é essa.
Assassinatos Em Série (Rampage – The Hillside Strangler Murders)
Outro baseado em fatos reais de mortes causadas por serial killers famosos. O diretor, Chris Fisher, tinha realizado outro filme de serial killer antes (O Maníaco, sobre Richard Ramirez) que não vi, mas o seu filme anterior, Dirty, eu até achei bom. Só que aqui ele se perde em malabarismos de câmera péssimos. Como se tudo estivesse rodando e rodando (parecendo Irreversível). Ao menos ele trabalha de novo com Clifton Collins Jr. que entrega outra ótima interpretação. Só que isso não salva o filme. Duas coisas que achei legais que a psiquiatra utiliza: a história da jovem no enterro e a cadeira na hipnose.
Minha Mãe Quer Que Eu Case (Because I Said So)
Diane Keaton fazendo as cenas mais ridículas de sua carreira. O diretor Michael Lehmann não acertou a mão como em Hudson Hawk que também tinha esse humor diferente. Às vezes pastelão outras comédia romântica nem Mandy Moore e Lauren Graham conseguem dar uma graça a mais pois as partes boas são anuladas pelas ruins.
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