sábado, dezembro 21, 2002
I Wish Every Day Could Be Like Christmas
Bon Jovi
What time is it baby, is it that time again
When snow will be falling, friends will be calling
You know it's time when there'll be carolers singing Silent Night
I love when they sing, the feeling it brings
It's warm as a fire is bright
Soon there'll be toys for good girls and boys
And reindeer are heading our way
Yes, and Santa will come down the chimney above
There's one thing I wanted to say
I wish every day could be like Christmas
And if I could have one wish come true
I wish every day could be, full of peace and harmony
I wish every day could be like Christmas, I do
I saw a child sit with old Mr. Clause,
Looked him in the eye and he asked old Santa what peace on earth was
Now the old man grew cautious on how he would say
That it's the greatest gift what you could give, every day
I wish every day could be like Christmas
And if I could have one wish come true
I wish every day could be, full of peace and harmony
I wish every day could be like Christmas, I do
Now the mistle-toes and the house of Lords
All the world seems at ease tonight
And all that I ask when these precious moments pass
Is why can't every day be so bright
I wish every day could be like Christmas
And if I could have one wish come true
I wish every day could be, full of peace and harmony
I wish every day could be like Christmas, I do
Honest I do, yes I do now
Very merry Christmas
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sexta-feira, dezembro 20, 2002
A Chave Do Sucesso (The Big Kahuna)
Excelente texto teatral levado às telas com produção de Kevin Spacey. Ele e Danny De Vito dão um show de interpretação na história de três vendedores que vão para uma convenção determinados a vender lubrificantes para um grande empresário. Spacey é o mais ousado e arisco, De Vito o sábio e experiente e os dois têm que lidar com um jovem iniciante no meio que é isento de vícios e religioso. Basicamente são apenas os três atores em cena. Perto do final começa a tocar uma música e a letra é um famoso discurso que andou correndo pela internet escrito pela jornalista Mary Schmich. É um ótimo desfecho para o filme (e ainda bem, legendaram isso na fita). No filme o discurso começa a partir de certo ponto, mas na íntegra é assim:
Advice, Like Youth, Probably Just Wasted On The Young
Mary Schmich
Wear sunscreen.
If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long-term benefits of sunscreen have been proved by scientists, whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience. I will dispense this advice now.
Enjoy the power and beauty of your youth. Oh, never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they've faded. But trust me, in 20 years, you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked. You are not as fat as you imagine.
Don't worry about the future. Or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubble gum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind, the kind that blindside you at 4 pm on some idle Tuesday.
Do one thing every day that scares you.
Sing.
Don't be reckless with other people's hearts. Don't put up with people who are reckless with yours.
Floss.
Don't waste your time on jealousy. Sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long and, in the end, it's only with yourself.
Remember compliments you receive. Forget the insults. If you succeed in doing this, tell me how.
Keep your old love letters. Throw away your old bank statements.
Stretch.
Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives. Some of the most interesting 40-year-olds I know still don't.
Get plenty of calcium. Be kind to your knees. You'll miss them when they're gone.
Maybe you'll marry, maybe you won't. Maybe you'll have children, maybe you won't. Maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much, or berate yourself either. Your choices are half chance. So are everybody else's.
Enjoy your body. Use it every way you can. Don't be afraid of it or of what other people think of it. It's the greatest instrument you'll ever own.
Dance, even if you have nowhere to do it but your living room.
Read the directions, even if you don't follow them.
Do not read beauty magazines. They will only make you feel ugly.
Get to know your parents. You never know when they'll be gone for good. Be nice to your siblings. They're your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.
Understand that friends come and go, but with a precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle, because the older you get, the more you need the people who knew you when you were young.
Live in New York City once, but leave before it makes you hard.
Live in Northern California once, but leave before it makes you soft.
Travel.
Accept certain inalienable truths: Prices will rise. Politicians will philander. You, too, will get old. And when you do, you'll fantasize that when you were young, prices were reasonable, politicians were noble, and children respected their elders.
Respect your elders.
Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund. Maybe you'll have a wealthy spouse. But you never know when either one might run out.
Don't mess too much with your hair or by the time you're 40 it will look 85.
Be careful whose advice you buy, but be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia. Dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.
But trust me on the sunscreen.
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Uma versão do texto em português (algumas partes foram omitidas):
Aproveite o poder e a beleza de sua juventude. Ou melhor, esqueça-os, pois só os entenderá quando acabarem.... Mas acredite: quando olhar suas fotos daqui a 20 anos, perceberá - de um modo que não pode compreender agora - o quanto tinha potencial e boa aparência. Você não é tão gorda quanto pensa.
Não se preocupe tanto com o futuro. Os verdadeiros problemas de sua vida serão coisas que nunca passaram pela sua mente preocupada como o que o incomodou às 16:00 h numa terça-feira de ócio.
Todo dia faça algo que o amedronte. Cante.
Não seja irresponsável com o coração dos outros e não tolere que sejam irresponsáveis com o seu.
Use fio-dental.
Não perca tempo com a inveja. Às vezes você está na frente, às vezes atrás... a corrida é longa e no final, é só contra você mesmo.
Lembre-se dos elogios e esqueça os insultos.
Guarde suas cartas de amor e jogue fora os extratos bancários.
Se espreguice.
Não se culpe se não souber o que fazer da vida, pois várias pessoas que conheci de 22 anos não sabiam e alguns dos mais interessantes quarentões ainda não sabem.
Tome muito cálcio.
Seja gentil com seus joelhos....sentirá saudades deles quando se forem.
Talvez se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos 40, talvez faça a dança da galinha em suas bodas de brilhante. O que quer que faça, não se parabenize demais, nem tampouco se diminua... você tem sempre 50% de chances, assim como todo mundo.
Aproveite seu corpo, use-o como puder. Não tenha medo dele, nem do que os outros pensam dele, pois é o melhor instrumento que possuirá.
Dance, nem que seja na sua própria sala.
Leia instruções, mesmo que não as siga. Jamais leia revistas de beleza, pois elas só farão com que você se sinta feia.
Conheça melhor seus pais, pois nunca sabemos quando que eles irão partir. Seja legal com os seus parentes. Eles são sua ligação com o passado e os que mais provavelmente ficarão ao seu lado no futuro.
Entenda que amigos vão e vem, exceto os poucos que se deve manter. Se esforce para transpor barreiras geográficas e sociais. Quanto mais envelhecer, mais precisará dos velhos conhecidos. Viaje.
Não mexa muito com o seu cabelo, ou quando tiver 40 anos, parecerá ter 85.
Cuidado com quem o aconselha, mas também tenha paciência. Conselho é uma forma de nostalgia..., de tirar o passado do lixo, limpar a poeira, maquiar suas partes feias e reciclá-la para valer mais.
Mas confie em mim: use filtro solar.
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quinta-feira, dezembro 19, 2002
Livros recém adquiridos:
* O Livro Das Ilusões: Paul Auster.
* Nos Mínimos Detalhes: Alain De Botton.
* Charles Bukowski – Vida E Loucuras De Um Velho Safado: Howard Sounes.
* Memórias Perdidas: Chet Baker.
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Protegido Pela Lei (The Badge)
Um pequeno bom filme. Uma mulher causa acidente na estrada (fazendo tombar um caminhão) e depois é encontrada morta com um tiro. Depois descobrem ser um transexual. A cidadezinha onde o caso é levado não quer publicidade, é época de eleições. O xerife local vai investigar mesmo sendo homófobo. O legal aqui é que o protagonista principal (Billy Bob Thornton) é o anti-herói em pessoa: preconceituoso, nada ético, galinha e que exagera no álcool, expulsou o irmão gay da cidade e tem um pai maluco e bêbado. Mas é que ele vai se ver tão no meio da podridão da cidadezinha com seus jogos de poder que vai ser o herói da coisa ajudando a investigar a morte do transexual, marido (ou esposa) de Patricia Arquette. Jena Malone (motivo de eu ter visto o filme) aparece pouco e no início como filha do xerife. A resolução pode não ser a esperada, mas é boa.
O Vampiro Da Noite (Horror Of Dracula)
O primeiro filme de Lee como Drácula. Dos três que vi recentemente esse fica em segundo lugar. Lee fala, o que pra mim não é muito bom, mas Peter Cushing como Van Helsing compensa. Aqui não há misturas, o filme é sério e com clima. Chega a ser didático com relação aos vampiros por ser a apresentação do personagem. O final é bom e aparece no início de Drácula - O Príncipe Das Trevas.
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quarta-feira, dezembro 18, 2002
Um Casamento À Indiana (Monsoon Wedding)
Que belo filme! Alto astral, com personagens carismáticos e momentos tocantes. Parece uma festa para os sentidos, na trilha muito boa, passando pelo uso das cores, boa montagem e elenco afiado. Retrata os preparativos do casamento arranjado da filha única de um casal. Neste aspecto lembra Casamento Grego, só que aqui há mais coisas em discussão e a sensibilidade é maior. A noiva (linda atriz, que eu soube ser cantora) está divida, está para se casar, mas ainda tem um caso com um homem casado. Sua prima por outro lado, adotada por seus pais após a morte do tio, ainda está solteirona. A história mais tocante é a do preparador da festa que se apaixona pela empregada da casa; ele atrapalhado e falante fica tímido diante dela que também se fecha, é do casal os momentos mais tocantes do filme. Há até o tema sério do abuso sexual no meio de toda a trama. Retrata a atual família classe média da Índia, com sua mistura de modernidade e tradição. Enfim, um filme de emoção pura, para alegrar, refletir, emocionar e sorrir.
Morra Smoochy, Morra (Death To Smoochy)
Um ótimo filme de Danny De Vito. Acerta em várias frentes: o elenco não poderia ser melhor, Edward Norton, Robin Williams e Catherine Keener nos papéis principais arrasam e os coadjuvantes não ficam atrás; o roteiro faz uma crítica aos programas infantis televisivos e presta homenagem ao filme Rede De Intrigas; montagem e trilha criam um ritmo intenso. Norton faz o papel de um idealista todo natureba (adora cachorro quente de soja, se embriaga com suco de laranja com alfafa líquida, etcs) que faz serviço comunitário tocando e animando em centros de reabilitação para drogados, hospitais e outros lugares. Ele é a pessoa ideal para uma rede de tv que acaba de ter um escândalo nacional, seu famoso apresentador infantil (Williams) foi pego sendo subornado para escolha de crianças para o programa. A produtora (Keener) contrata o idealista para substituí-lo. O programa dá certo e aí começam os problemas com Smoochy não querendo se vender ao sistema e querendo passar mensagens positivas como a das crianças não ingerirem açucar refinado, comer produtos orgânicos, etcs em oposição à massiva produção de produtos comerciais com sua imagem. Além disso o apresentador substituido quer vingança e executivos corruptos querem acabar com o novo programa se Smoochy não se vender. O filme mistura bem tanto a crítica social quanto a comédia e acrescenta um aspecto musical. No dvd há bons extras: um making of, cenas eliminadas e erros de gravação, todos bem feitos. Há o aúdio de De Vito comentando o filme. Um filme para se descobrir.
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A Loja Da Esquina (The Shop Around The Corner)
Mais uma pérola de Lubitsch! Ótimo em todos os sentidos! Mensagem Para Você com Tom Hanks e Meg Ryan é uma atualização deste filme, mas não é uma refilmagem pois mudaram muitas coisas; este original é muito melhor, o casal trabalha no mesmo local, há mais tramas com o dono da loja e os empregados. Diálogos preciosos. Obra prima.
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Drácula - O Príncipe Das Trevas (Dracula - Prince Of Darkness)
O clima sério ajuda e muito essa produção da Hammer. Creio ser esse o primeiro filme que vejo com Christopher Lee interpretando Drácula. A opção de o personagem não ter falas é ótimo. Clássico. No dvd um extra curioso: imagens das filmagens com os atores e diretor comentando em off nos dias de hoje (acho que em 1997).
O Conde Drácula (Scars Of Dracula)
Esse já é irregular por tentar misturar gêneros, ora é terror, ora surge um clima romântico, ora o clima parece ser de comédia. A violência deixa de ser sutil. O roteiro também não ajuda, sendo esquemático (a rotina "alguém vai ao castelo e se perde" se repete umas três vezes). Desta vez Lee tem falas, estragando um pouco a força do personagem.
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sexta-feira, dezembro 13, 2002
Mary McCormack
Chamou atenção no ótimo seriado Murder One e depois disso se destacou aqui e ali (Impacto Profundo, Full Frontal) mas ainda não decolou. Confundem seu nome com a da novata Catherine McCormack (mas não são parentes) e ela lembra fisicamente a Elizabeth Shue.
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K-PAX - O Caminho Da Luz (K-PAX)
Um bom filme que se sustenta na interpretação dos atores e na direção. Iain Softley vem se mostrando um bom diretor constante desde sua estréia em Backbeat passando por Hackers e Asas Do Amor. Jeff Bridges e Kevin Spacey estão competentes como sempre, e no elenco de apoio temos três bons atores que se fazem notar: Saul Williams, Mary McCormack e David Patrick Kelly. Kelly até me fez conferir nos créditos finais se era realmente ele devido a sua transformação. As composições de quadro e o uso da luz são bem realizados e de acordo com a temática do filme. Talvez falte ao filme algo que o faria grandioso, no final fica a impressão de um pequeno bom filme. Edward Hopper é citado nos créditos com vários quadros, fato que não sei explicar, pois não lembro de ter visto eles no filme e não há planos de reprodução exata para dar créditos... No dvd há um final alternativo, algumas cenas deletadas, making of, fotos dos bastidores que Jeff Bridges tirou (ele tira de todos os filmes que participa e são muito boas) e comentário em aúdio do diretor (que talvez por ser a primeira vez não sei como fazer, falando pouco e mais explicando a cena que comentando, como se víssemos junto com ele).
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quinta-feira, dezembro 12, 2002
Sócios No Amor (Design For Living)
Mais um ótimo filme de Lubitsch, aqui girando em torno de um triângulo amoroso. Os diálogos são bem ariscos para a época, com muitos duplos sentidos e se formos ver as personagens femininas eram muito mais fortes e liberadas que as de hoje (principalmente nos filmes de Lubitsch, Wilder, etcs), o que demonstra como os roteiristas decaíram na qualidade. O final não poderia ser mais polêmico.
Viagem Urbana (Tube Tales)
Projeto onde vários diretores realizam mini-curtas tendo o metrô de Londres como cenário. Bem irregulares o melhor é o que Stephen Hopkins realizou (Horny) onde uma gostosa provoca um senhor distinto para o seu constrangimento. Ewan MacGregor e Jude Law estreiam como diretores, apenas Law consegue fazer ao menos algo razoável, já Ewan... Destaque para a participação de Rachel Weisz em um dos curtas. Houve um projeto semelhante nos EUA chamado Subway Stories no metrô de NY, também bem irregular que tinha um dos episódios dirigido por Abel Ferrara (o de um jovem casado que tem um caso com uma mulher no metrô, apenas se esfregando nela todos os dias).
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Cálculo Mortal (Murder By Numbers)
Peguei e achei legal, valeu a dica do Ribas, não sei se pegaria não fosse por isso, me soava fraco pelo pouco que tinha ouvido falar. O filme lembra o seriado que adoro, CSI, só que num outro tempo, mas calmo e sem agitação. Aliás o filme em boa parte do seu início nem parece que quer ser um thriller, as coisas vão se montando as poucos, o que é ótimo. Bem legal o personagem da Sandra Bullock e como ela se relaciona com os homens e os dois "vilões" que inspiraram o Festim Diabólico tocam em certas partes das idéias que criam, mas é em Festim que isso é mais desenvolvido.
8 Mulheres 1/2 (8 1/2 Women)
Também vi o interessante novo filme do Greenaway, esse bem mais acessível, ainda fascinado pela cultura nipônica. Claro que não pego todas as referências de pintores e autores que com certeza aquelas mulheres representam, mas isso não fica hermértico impedindo outros de apreciarem. Só fico pensando o que esse enredo daria nas mãos de Tinto Brass, pq Greenaway é púdico com relação às mulheres (pelo menos aqui), só é mais solto com homens (sempre nus em seus filmes).
A Última Ceia (Monster's Ball)
Também é destaque. Halle Berry tem desempenho ótimo junto com Billy Bob Thornton. Aliás grande parte do elenco surpreende. Sean Combs (Puffy Daddy ou P.Diddy ou etcs que ele inventa) é uma revelação. Heath Ledger outra surpresa. Peter Boyle também. Mos Def também. Marc Foster mostra ser um diretor pra se prestar atenção (o anterior dele é ainda melhor, Gritos Na Noite). No dvd um documentário da construção de uma cena e comentários em aúdio (legendados) do diretor, Billy e Halle e outro do diretor e fotógrafo. Só ouvi do diretor com o elenco, interessante, deu pra ver que a Halle não pára de fazer "uhu" de concordância toda hora! É "uhu" "uhu" "uhu" hehehehe Interessante ver no making of o diretor de fotografia apontar algo ótimo que não tinha percebido: ele só centralizou no quadro o Sean Combs pois é o único personagem que sabe seu destino, o resto não, por isso ele sempre procurou os enquadrar fora de centro (e é mesmo, conferi depois).
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Shaolin Soccer
Ainda inédito aqui, deveria ser comprado e exibido, sucesso garantido. Uma das melhores comédias de ação do ano! A história é clássica com um treinador na pior que tem a idéia de juntar kung fu com o futebol e disputar um torneio para vencer o time favorito do seu ex-patrão, responsável pelo seu afastamento forçado como jogador. Ótimos efeitos, ótima qualidade na direção e montagem, e um humor pra lá de criativo. Não é à toa que o filme é o maior fenômeno de bilheteria na China.
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segunda-feira, dezembro 09, 2002
Bagunça Literária
Com a aquisição de Pura Bobagem do Steve Martin, Nos Mínimos Detalhes do Alain De Botton e o guia do Seinfeld do Wolgrand Paes a quantidade de leituras simultâneas aumenta. Do Botton deixei de lado, quero ler depois (tentarei ler O Movimento Romântico dele no fim de ano emprestado do meu primo). Os outros "em leitura" são os contos do Minority Report, de Philip K. Dick; Bubos No Paraíso, de David Brooks; O Lucro Ou As Pessoas?, de Noam Chomsky; Zen E A Arte Da Manutenção De Motocicletas, de Robert M. Pirsig e o de entrevista de Peter Bogdanovich, Afinal, Quem Faz Os Filmes. Tive que deixar para depois o A Cavalaria Vermelha do Isaac Babel e O Livro Das Ilusões do Paul Auster. Bom que fim de ano sempre dá pra acelerar a leitura quando viajo para minha terra natal. Seria a falta de internet a responsável por isso?
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terça-feira, dezembro 03, 2002
Ótimo show
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Um livro que poderia ser lançado aqui:
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Preconceito (Ricochet River)
Filme normal, sobre jovem índio que chega numa cidade do interior e se relaciona com um casal de namorados, ela garçonete e ele o zagueiro do time da cidade. O índio se envolverá em alguns problemas ao dar em cima de uma mulher casada e tentar algo com a namorada do zagueiro. Não cai nos tradicionais clichês (como ser a vítima boa e pura), mas cai em outros (ser um rebelde sem causa) e demora para concluir. Atenção para a mulher casada do filme, Linda Hawkins, ainda uma desconhecida com poucos filmes. No fim o que vale mesmo é a presença de Kate Hudson, motivo pelo qual vi o filme.
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segunda-feira, dezembro 02, 2002
A Um Passo Da Liberdade (Le Trou)
Um dos melhores filmes de prisão que já vi. Excepcional de muitas maneiras. É muito descritivo no processo de fuga de companheiros de uma cela; o árduo trabalho para cavar túneis e outros obstáculos é mostrado em detalhes e o não uso da música faz com que o som tenha uma importância tremenda - o cimento sendo quebrado, a lima cortando as barras... A tensão se constroi sem artifícios, o suspense é palpável sem ser manipulativo. Há por trás disso toda uma experiência de camaradagem e espiritualidade (por mais estranho que pareça) pois o afinco deles no trabalho de fugir da prisão é tão poderoso que é como se libertassem mesmo ainda estando presos. Uma cena em especial junta as duas coisas: as mãos que se seguram após um incidente dentro do túnel cavado. A montagem é exemplar ao alongar algumas sequências e encurtar outras, nunca da forma esperada. O final é espetacular (mais não posso dizer para não estragar). Li depois que o fato foi real e o líder do bando é interpretado por um dos presos reais, surpreendente! Último filme da carreira de Jacques Becker, primeiro dele por mim assistido. Obra prima.
Há mais uma reprise do filme esse ano no Telecine Classic, sexta, 13/12 às 01:40.
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sexta-feira, novembro 29, 2002
Punido Pelo Próprio Sangue (Backlash)
Ótimo western de John Sturges. Richard Widmark está muito bem como um Bogart do velho oeste à procura de informações sobre o assassino do pai esbarrando na bela Donna Reed no meio do caminho.
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Showtime (Idem)
Tentativa irregular de juntar Robert De Niro e Eddie Murphy no mesmo filme. Não se decide entre a comédia e a ação. Os improvisos de Eddie nos outtakes valem bem mais que o filme.
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quinta-feira, novembro 28, 2002
Atualização de alguns links aí do lado
Eu devia ter um tipo de perfil ao lado também, mas até saber como colocar... vou ver, um dia, quem sabe.
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Ainda em vinis, mas ao menos com a possibilidade de escutá-los:
1. Thunder Road
2. Tenth Avenue Freeze-Out
3. Night
4. Backstreets
5. Born To Run
6. She's The One
7. Meeting Across The River
8. Jungleland
Disc: 1
1. The Ties That Bind
2. Sherry Darling
3. Jackson Cage
4. Two Hearts
5. Independence Day
6. Hungry Heart
7. Out In The Street
8. Crush On You
9. You Can Look (But You Better Not Touch)
10. I Wanna Marry You
11. The River
Disc: 2
1. Point Blank
2. Cadillac Ranch
3. I'm A Rocker
4. Fade Away
5. Stolen Car
6. Ramrod
7. The Price You Pay
8. Drive All Night
9. Wreck On The Highway
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A Máquina Do Tempo (The Time Machine)
Filme bem legal de George Pal feito em 1960. Parece uma boa mistura de Jornada Nas Estrelas (a clássica) com Além Da Imaginação. Com criatividade consegue dar a idéia da viagem no tempo e tem um final que dá espaço para a imaginação, onde o principal não é mostrado, mas imaginado pelo amigo que fica. No dvd há um documentário de 40 minutos feito em 1993 apresentado pelo ator principal Rod Taylor falando das filmagens e do destino da verdadeira máquina do tempo que fez uma trajetória digna de filme. É citado De Volta Para O Futuro e Michael J. Fox faz uma participação. No final há um ótimo encontro com Alan Young e os dois atuam novamente depois de 30 anos sem se verem, tocante. Essa versão atual deve ser bem inferior, mas ainda pretendo conferir para ver como ficou.
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segunda-feira, novembro 25, 2002
Insurreição (Uprising)
Por se passar no mesmo lugar e época este filme lembra O Pianista de Polanski no início, mas os dois focam em outras coisas logo após, Polanski segue a linha do aspecto da sobrevivência de um homem, já Insurreição conta a história da resistência judaica no gueto de Varsóvia. Ambos baseados em personagens reais, ambos com várias cenas parecidas (incluindo legendas explicativas do momento histórico). A narrativa segue vários personagens então nenhum se destaca em especial, ora é Donald Sutherland, ora John Voight, ora é Leelee Sobieski num bom papel. Vários aspectos interessantes são abordados, como a presença do cineasta Fritz Hippler, a polícia judaica dentro do gueto e o desenrolar das atividades de resistência. Acho até que uma mesma música ao piano é tocada nos dois filmes, mas isso não posso afirmar. No dvd duplo há bastidores e um documentário, além do aúdio de comentário do diretor e outro do elenco. Radha Mitchell (Gritos Na Noite) é quase imperceptível no filme! Tive que rever cenas para identificá-la, mostrando ser bem versátil.
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Os Maiorais (The Rat Pack)
Bom retrato da turma que reunia Frank Sinatra, Dean Martin Sammy Davis, Jr. e outros. Pega a fase em que John F. Kennedy se enturma e pretende concorrer a presidência dos EUA. Quem sabe da história vai ver que o filme não extrapola muito os fatos. O envolvimento de Frank com a máfia e como ajudou JFK nas eleições e nas farras e por esses mesmo motivos que o afastará do presidente recém eleito. Também a questão de Sammy e seu relacionamento com uma mulher branca. Deborah Kara Unger faz uma pequena participação como o grande amor da vida de Frank e sua maior dor, Ava Gardner. Na mesma época foi a filmagem de Ocean's Eleven, curioso é que Don Cheadle participou deste filme e da refilmagem.
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A Natureza Quase Humana (Human Nature)
Filme engraçado e irregular do mesmo roteirista de Quero Ser John Malkovich. A história é aquela maluquice vista antes: uma mulher tem problemas hormonais o que a faz ter pêlos por todo corpo, ela começa a se relacionar com um cientista que é virgem aos 37 anos porque tem um pênis minúsculo e juntos descobrem um homem que foi criado pelo pai na selva e depois por macacos. Eles o levam para a civilização para o educá-lo a controlar seus instintos animais e apartir daí as confusões começam. É narrado a partir do fim. Algumas coisas funcionam, outras não, mas não deixa de ser interessante. O destaque feminino é Miranda Otto como a assistente do cientista. Parece que ela entra na segunda e terceira parte de O Senhor Dos Anéis.
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O Maníaco (Maniac)
Filme bem legal do William Lustig. Parece ser um tio do Henry - Retrato De Um Assassino, pai não pq Maniac dá mais ênfase nas cenas de morte, nisso parece pai de Jason (com mais profundidade). Cenas tensas como a do metrô e um final já meio delirante. O serial killer também se apresenta de forma normal na relação dele com uma fotógrafa, aliás a obsessão dele por manequins e o trabalho dele dá pano para elocubrações. As conversas com ele mesmo também. A morte do homem no carro (que acho que é o próprio Tom Savini que interpreta, não?) é bem feita e inesperada pelo resultado bem gore.
Há comentários bem entusiasmados do pessoal lá no imdb falando de Fulci, Bava, Argento e Poe.
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sábado, novembro 23, 2002
Gritos Na Noite (Everything Put Together)
Ótimo filme do mesmo diretor de A Última Ceia, Marc Forster. Como vi sem saber nada do filme é melhor nem comentar a história para não estragar, mas falo que é sobre perdas em muitos sentidos. Radha Mitchell tem um desempenho maravilhoso, ela mostrou depois mais ótimas atuações em Eclipse Total e Quando Estranhos Aparecem (filmes também muito bons com esse aspecto independente). Ela até exerceu aqui a função de produtora associada. Eis uma atriz para se prestar atenção. Bons atores coadjuvantes, dentre eles a co-roteirista e dois atores em papéis diferentes do usual, Alan Ruck (Curtindo A Vida Adoidado) e Megan Mullally (Will & Grace). Filmado em digital. Vale ser visto e revisto.
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Espião Por Acidente (The Accidental Spy)
Regular filme do Jackie Chan, talvez culpa da direção que nas cenas de ação não mostra as coreografias direito, mas mesmo as coreografias não estavam inspiradas. A trama também tem um tom um pouco sério demais, Jackie mais sério que o normal para depois andar nu pelas ruas de uma cidade (e desta vez há uso de dublê pelo que pude ver), tendo coflinto no tom geral da película.
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sexta-feira, novembro 22, 2002
Fúria No Alasca (North To Alaska)
Filme bem engraçado de Henry Hathaway com um John Wayne hilário. Pode a primeira vista soar estranho ver um western no Alasca e com um humor fora de lugar (até com onomatopéias sonoras), mas se visto nesse contexto o filme é pura diversão. O aspecto mais curioso é a presença da atriz francesa Capucine, ela é extremamente linda e estranha para um filme deste estilo e dessa época, ela parece ser uma atriz dos dias de hoje! A sua Michelle é cativante. O inusitado é ler um pouco sobre sua vida e descobrir que ela era maníaca depressiva, seu único casamento durou meses e se suicidou apesar de ser uma das mais belas da Europa em seu tempo.
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O Homem Que Não Estava Lá (The Man Who Wasn't There)
Ótimo filme em p&b dos Coen. Fotografia esplêndida, sem tirar nossa atenção do principal que é a fascinante estória narrada pelo barbeiro de Billy Bob Thornton (numa interpretação elogiosa). Toda a competência técnica e narrativa dos Coen está no filme. Há cenas deliciosas como o carro se acidentando e a calota saindo por aí. O filme mistura um ar noir com toques de filmes B, como disco voadores! Pode-se ficar horas procurando os paralelos no filme com relação a cortes de cabelo e a vida, depilação e o ciclo das coisas, o advogado de Tony Shalhoub e o cinema... A cena que vem após o teste da jovem vivida pela bela Scarlett Johansson, onde o barbeiro e o professor de piano conversam é primorosa na construção de uma decepção, não só de um teste, mas de uma vida fadada a nada, onde agarra-se ao máximo ao mínimo que se tem para ter esperança de novos dias. A visão do interior americano dos Coen é ao mesmo tempo familiar e crítica, ao mesmo tempo que eles conhecem esse universo e simpatizam com certos aspectos consequem ser ácidos nos absurdos. O dvd está muito bom pois tem um making of de 16 minutos entrevistando a maioria que fez o filme, uma entrevista longa (ótima) de 48 minutos com o diretor de fotografia Roger Deakins falando de influências e das filmagens e também pequenas cenas deletadas, na verdade, mínimas.
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quarta-feira, novembro 20, 2002
Melhores do ano?
Ainda nem terminou o ano, mas vendo a lista do que assisti nos cinemas já pesquei os nove melhores. Será que ainda verei alguns melhores que vão modificar a lista no final do ano? Ou pelo menos conseguirei acrescentar mais um para dar um top 10? Na ordem (complicada de se arranjar tirando o primeiro lugar):
Cidade Dos Sonhos (Mulholland Drive)
A Viagem De Chihiro (Sen To Chihiro No Kamikakushi)
Pickpocket – O Batedor De Carteiras (Pickpocket)
Gerry (Idem)
Tiros Em Columbine (Bowling For Columbine)
O Pianista (Le Pianiste)
Fale Com Ela (Hable Con Ella)
Que Horas São Aí? (Ni Neibian Jidian)
Minority Report – A Nova Lei (Minority Report)
Os piores são até facéis pois há vários: Poeira Do Tempo, Sinais, Cidade De Deus, O Senhor Dos Anéis, Homem Aranha, Falcão Negro Em Perigo, MIB II, Star Wars II, Tudo Para Ficar Com Ele, Miranda, etcs. Uns por serem fracos mesmo e outros por serem decepcionantes (não necessariamente fracos).
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Recentes mp3s
Bob Dylan - Main Title Theme
Bobby Darin - Don't Rain On My Parade
Bon Jovi - Breakout (Live)
Johnny Cash - The Man Comes Around
Johnny Cash & Fiona Apple - Bridge Over Troubled Water
Nick Drake - Black Eyed Dog
Nick Drake - Cello Song
Nick Drake - Fly
Nick Drake - Road
Nico - These Days
Nirvana - You Know Your Right
Pearl Jam - Letterman - I Am Mine
Pearl Jam - Letterman - Save You
The Clash - Police And Thieves
Velvet Underground - Stephanie Says
White Stripes - I Fell In Love With A Girl
A maioria é da trilha de Os Excêntricos Tenenbaums. White Stripes peguei alguns e não gostei muito por causa principalmente da voz às vezes infantil do vocalista. A do Bobby Darin é a ótima que toca no trailer de Catch Me If You Can.
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terça-feira, novembro 19, 2002
Recém adquiridos
A Cavalaria Vermelha de Isaac Babel
Sacramento de Clive Barker
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domingo, novembro 17, 2002
CSI
1. Who Are You - The Who
2. Everybody Out Of The Water (New Frontier) - The Wallflowers
3. Crystal - New Order
4. Come Into Our Room - Clinic
5. Give It Away - Zero 7
6. Day By Day - Badmarsh & Shri
7. Inhaler - Hooverphonic
8. We Luv You - Grand Theft Audio
9. Hell Above Water - Curve
10. To Get Down [Fatboy Slim Mix] - Timo Maas
11. Time Has Come Today - The Chambers Brothers
12. Little Gem - Euphoria
13. Song For Olabi - Bliss
14. Unbound - Robbie Robertson
15. Investigation Suite - John M. Keane
16. Grissom's Overture - John M. Keane
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sexta-feira, novembro 15, 2002
Os Excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums)
Bom filme de Wes Anderson, só não chega a ser tão cativante como Rushmore. A trilha é muito bem escolhida. O tom geral do filme parece vir dos personagens de Gwyneth Paltrow e Luke Wilson, um ar blasé, distante e tedioso. O único personagem mais ativo é o de Gene Hackman que parece ser objeto da inveja tanto dos personagens ao seu redor quanto do próprio Anderson, um estado de espírito que eles mesmos (o elenco e Anderson) admiram (muitos secretamente), mas sabem que não têm condições de alcançar. O elenco também é muito bem escolhido. Só fica a dúvida pessoal do que significa o constante táxi cigano, perdi essa referência ou piada interna ou até compreensão de todo o filme!
Impostor (Idem)
Mais um filme baseado em Philip K. Dick que retoma temas já vistos antes, como a questão da identidade e um clima de paranóia. Se dizem que você é um clone como provar o contrário sem ter que morrer e pior, e se você for mesmo um clone e não saiba disso? Isso lembra bastante O Vingador Do Futuro até chegarmos no final com uma mini-surpresa que claro, dá espaço pra muitas especulações e pensamentos, mas que no filme apenas fica sendo um gancho final. Isso sem denegrir o competente trabalho de Gary Sinise e também de Madeleine Stowe, mas fica faltando algo mais do que parecer ser um episódio de Twilight Zone esticado. Curioso notar que os outros filmes baseados em Dick são bem calcados na narrativa e o que difere mais é Blade Runner que mostra qualidades por desviar o foco da narrativa pura e apostar nos caminhos visuais.
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terça-feira, novembro 12, 2002
Uma canção que particularmente me toca atualmente:
THE DISTANCE
There's a train out in the distance, destination still unknown
Far away where no one's waiting, so far from home, so far from home
There's a rose outside your window, the first snow is falling down
Like that lonesome whistle blowing
I keep on going, keep on going...
Close your eyes and see my blue skies breaking through these dark clouds
You are the light
In my mind I see your red dress and your arms are reaching through the night
I'll never give up the fight
I'll go the distance
There's a thread that runs between us pulling 'cross this great divide
It's only there for the believers
Don't stop believing, don't stop believing
Close your eyes and see my blue skies breaking through these dark clouds
You are the light
In my mind I see your red dress and your arms are reaching through the night
I'll never give up the fight
I'll go the distance, I'll go the distance
There's a neverending story that begins with you and I
Like the rose outside your window
Don't let it die, don't let it die
Close your eyes and see my blue skies breaking through these dark clouds
You are the light
In my mind I see your red dress and your arms are reaching through the night
Close your eyes and see my blue skies breaking through these dark clouds
You are the light
In my mind I see your red dress and my arms are reaching through the night
I'll never give up the fight
I'll go the distance
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Vale Tudo (Slap Shot): esse de surpresa vi nas locadoras, relançaram o filme porque fizeram a continuação que nem quero saber, mas o original conta com Paul Newman e é um bom filme sobre hóquei no gelo, quando um time fracassado começa a chamar atenção e vencer quando passa a dar mais importância ao espetáculo e violência do que ao jogo. Bem anos 70 onde tudo parecia decadente mesmo. Para fãs de Paul Newman.
Dos 61 filmes de Paul Newman faltam apenas 13 para serem vistos (tirando os que eu tenho gravado e não vi ainda).
Acho que só com os três The Mighty Ducks na década de 90 que esse esporte voltou com força nos cinemas. Aliás a trilogia Ducks pode-se dizer que é um guilty pleasure, eu que nem ligo pro esporte gostei dos 3 filmes e mesmo nas reprises em sessões da tarde mantinha a empolgação. Fora o fato que vejo tudo do Emilio Estevez, outro guilty pleasure.
Red Rose (Idem): minissérie de Stephen King reduzida para 4 horas (acho que eram 6 na tv). Como outros que vi dele tem um começo interessante e acaba da mesma forma de sempre. O duro é aguentar as quatro horas, não que seja parado, mas é que poderia ser bem menos. No making of parece que a coisa surgiu quando Spielberg falou com King que queria fazer o maior filme sobre casa assombrada, ou o definitivo, mas aí Spielberg foi fazer outras coisas e King sofreu o acidente. Logo após King retomou a idéia e fez Red Rose. Uma coisa boa é Julia Campbell no elenco, já a tinha notado em Romy & Michelle e anotado o nome, pena que continua em papéis coadjuvantes... é linda, ainda mais como na minissérie: em figurinos de época.
Falando em coadjuvantes (desta vez quase figurante) há uma que aparece nos vídeos que o Fairy Tooth vê em Dragão Vermelho que seria a próxima família que ele atacaria. Suspeito que a mulher que aparece no vídeo é uma atriz bem bonita que trabalhou com Brett Ratner em Um Homem De Família, sendo ela a amiga da Téa Leoni que dá em cima do Nicolas Cage. Suspeito não, é verdade, acabei de confirmar, é a Lisa Thornhill. Que bela mulher também relegada a figuração...
Depois Do Atentado (The Day Reagan Was Shot): pra quem gosta de thrillers políticos esse é bem bom com Richard Dreyfuss ótimo (como sempre). Produção executiva do Oliver Stone para tv a cabo falando do atentado ao Reagan em 81 e a mini-crise interna que ocorreu. É engraçado ver a fragilidade do governo, os pequenos erros que podem causar grandes danos e o absurdo das formalidades (e pensarmos no quanto de verdadeiro ocorreu ou não). O diretor / roteirista Cyrus Nowrasteh parece que já abordara temas políticos em trabalhos anteriores.
Aviso pra quem for ver o filme: veja em vhs, em dvd só há a opção de se ver no original sem legendas ou dublado (erro da distribuidora?).
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quarta-feira, novembro 06, 2002
Dragão Vermelho (Red Dragon)
Refilmagem desnecessária do filme de Michael Mann realizado na década de 80. Talvez o único motivo é Dino De Laurentis poder fazer caixas duplas ou triplas no futuro juntando este filme, Silêncio Dos Inocentes (se os direitos forem dele) e Hannibal... O elenco, apesar de bom, nunca supera os originais. Edward Norton é um erro de escalação pela idade e pelo jeito dele, nem parecido com um profiler obsessivo (ao contrário de William Petersen que reafirma esse jeito atualmente em CSI). Harvey Keitel e Dennis Farina se equiparam. Ralph Fiennes perde para Tom Noonan que está ótimo. Emily Watson quase chega perto da interpretação de Joan Allen. Anthony Hopkins está ficando mais careteiro de um personagem só, atuando no automático, enquanto Brian Cox é um ótimo ator, que está sendo reconsiderado atualmente pelos ótimos papéis que vem desempenhando (começando por Nuremberg) e a química entre Cox e Petersen é bem mais intensa que Hopkins e Norton.
A direção de Brett Ratner nem precisa falar muito, é óbvia, de campos e contracampos, correta e nada mais, já a de Michael Mann é criativa e autoral. Um lance diferencial também é como o filme de Mann se encaixa nos temas que sempre trabalha, o que some nessa refilmagem. Há um duelo entre Graham e Hannibal pois são faces da mesma moeda, como Al Pacino e Robert De Niro em Fogo Contra Fogo, como Al Pacino e Russel Crowe em O Informante e outros dele. É um mundo masculino em essência. E também Mann capta e sabe tirar mais do ator principal com quem trabalha para mostrar sua angústia (exemplo Daniel Day Lewis em O Último Dos Moicanos e é só ver toda sua filmografia confirmando isso). Norton na versão nova parece um coadjuvante que investiga o caso desleixadamente e não um investigador com traumas que se entrega de corpo e alma na caça ao assassino, tentando eliminar na verdade o que ele acha que tem de perverso em sua própria personalidade (com Hannibal o cutucando psicologicamente, o que acontecia na versão original e também com Clarice Starling em O Silêncio Dos Inocentes).
Na refilmagem poucas mudanças, como a cena do museu (que creio deve estar no livro, já que Mann não foi fiel à fonte) e o final (bem mais fraco). Nas cenas parecidas a refilmagem sempre perde na comparação (principalmente na cena totalmente perdida na versão atual que é a da visita num zoológico para o toque no tigre).
Talvez o problema maior é que Hannibal Lecter virou um personagem carismático, um herói até para o público, se tranformando numa imagem como Freddy Krueger, Jason e Pinhead. O filme de Mann não tinha essa preocupação e por isso se sai melhor. Ratner agora tem que lidar com um personagem que é mais querido pelo público do que Will Graham. Os serial killers são heróis e seus crimes não passam mais a ojeriza que passariam, agora são mais cools...
É esperar que o filme de Mann chegue aqui em dvd:
"If one does what God does enough times, one will become as God is"
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sexta-feira, novembro 01, 2002
Códigos De Guerra (Windtalkers)
Segundo melhor filme de John Woo nos EUA, atrás apenas de A Outra Face. Neste filme ele está mais centrado na narrativa que em mirabolantes cenas de ação, seria isso um respeito pela história ou uma mudança na trajetória como diretor (o que seria um mau sinal)? A insistência com dois canastrões não atrapalha, Nicolas Cage e Christian Slater (trabalhando de novo com Woo), aliás é um pouco a marca dele, lembrando de Chow Yun Fat (que melhorou, mas sempre teve uma atuação over), John Travolta, Van Damme (!) e Dolph Lundgren. As cenas de guerra não chegam a ser muito diferentes das que já vimos antes em outros filmes (algumas até parecidas com um recente, Fomos Heróis), é nas cenas íntimas que vemos o verdadeiro John Woo, como no dueto de gaita/flauta ou na dúvida de Ox em matar Whitehorse e a seguir Enders enfrentar esse dilema. Frances O'Connor tem uma participação boa, mas pequena. Mark Ruffalo se mostra um coadjuvante ótimo, pronto para papéis principais. Ao menos Woo aqui mostrou que ainda não se dilui por inteiro em Hollywood.
Apenas uma cena eu gostaria de ver algo a mais: quando o racista redneck provoca o navajo Yazhee dizendo que a única coisa que o diferencia dos japoneses é o uniforme faltou a resposta que seria que o redneck só se diferencia dos alemães pelo uniforme também. Vendo assim mais claramente como os EUA é formado por várias raças e o quanto é absurdo uma ir contra a outra.
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A Identidade Bourne (The Bourne Identity)
Eu que não esperava muita coisa desse filme (o trailer era bem fraco) até que achei um bom thriller, movimentado e com uma história coerente (depois fui saber que é de um livro). Algumas boas cenas e planos, Matt Damon não estragando muito, Franka simpática e uma boa edição fazem do filme não ser uma decepção para o segundo de Doug Liman.
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quarta-feira, outubro 16, 2002
Estrada Para Perdição (Road To Perdition)
Um amadurecimento de Sam Mendes na direção, o que falta aqui é um roteiro mais impactante que transformasse uma simples história (assassino da máfia foge com o filho depois de um problema profissional) em algo mais épico ou grandioso. No final é só um filho lembrando do pai. A segunda metade é melhor começando no tiroteio no quarto do hotel; Paul Newman está ótimo; e há duas seqüências ótimas: a do tiroteio na chuva sem som e o quase final na praia só ao som das ondas quebrando (mesmo que toda a ação seja previsível ao extremo). Estranho que o filme é narrado pelo filho supostamente de um futuro, mas a voz continua de uma criança... Pena que Jennifer Jason Leigh só tenha servido de figurante. Tom Hanks está bem e contido.
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Spider (Idem)
Filme convencional de Cronenberg. Ralph Fiennes parece mais um coadjuvante do filme, apenas presenciando fatos de seu passado (real ou não) e balbuciando coisas ou escrevendo em seu diário enquanto a narrativa prossegue. A infância também não é marcada por fatos marcantes, mas o jovem "spider" tem um relacionamento diferente com a mãe, explorado nas várias personagens que Miranda Richardson interpreta. O final pode nos remeter ao filme Uma Mente Brilhante, revelando uma "surpresa" para que entendamos a condição do personagem principal e o que ocorreu durante o filme, mas isso em si não é nada surpreendente, ao contrário, é totalmente previsível.
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Miranda (Idem)
Um atendente de uma biblioteca se apaixona por uma garota misteriosa (Christina Ricci) e isso o envolverá em um jogo de espionagem industrial. Nada demais, apenas com o charme de Ricci ajudando a nos segurar na cadeira até o fim.
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Sexta À Noite (Vendredi Soir)
Claire Denis retrata um romance com poucos diálogos e muitos silêncios. A trama em si é banal, um relacionamento rápido que acontece mais pelo acaso. Apesar dos poucos diálogos e do casal na cama não é um Hiroshima Mon Amour, lembra mais um filme do festival do ano passado, Intimidade, que ao menos parecia chegar a algum lugar, aqui parece apenas um retrato de um momento, fugaz.
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11 De Setembro (11" 09' 01)
Como todo filme de episódios esse não deixa de ser irregular. Os melhores são de Sean Penn, Shohei Imamura e Ken Loach. O pior é do Iñarritu. No meio alguns curtas agradáveis, outros reflexivos, outros apenas médios...
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domingo, outubro 06, 2002
Paraíso (Heaven)
Não parece um filme de Tom Tykwer (Corra Lola Corra) e nem um roteiro de Kieslowski, apesar de aqui e ali identificarmos características dos dois. Há planos muito bons, sejam na escolha de ângulos (há um ótimo plongée de uma igreja, já que a igreja é isolada e o plano é de um local alto, mas é fixa e não é de um helicóptero ou uma grua) ou travellings (como a do casal indo em direção a uma árvore e um helicóptero levantando vôo). Cate Blanchett como sempre está ótima e em certos takes ela está lindíssima (como quando ela está num caminhão de leite). Após um atentado mal sucedido uma professora é presa, mas é ajudada por um tradutor da polícia e juntos fogem. O inusitado é que tudo se passa na Itália, só Cate e Giovanni falam em inglês (então é um diretor alemão, com roteiro de um polonês, com um elenco italiano, australiano (Cate) e americano (Giovanni), que mistura!). O final é muito bom.
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Irreversível (Irreversible)
O filme polêmica de Cannes 2002 não é tão forte e violento como diziam. A violência se concentra no começo, mas o que chama mais a atenção é a cãmera trepidante alucinada, tanto que até evitei olhar muito para não dar um deslocamento de retina e uma baita dor de cabeça. A câmera fica estável depois de um tempo, conforme a história vai voltando no tempo (o filme é mostrado de trás para frente, com os créditos aparecendo no começo). A cena do estupro de Monica Bellucci é bem forte, mas não explícita, feita com câmera parada e num plano longo só. Se isso era o chamariz do filme na hora o que traz para o espectador é uma sensação horrível, um testemunho de um ato desumano ao extremo. Bellucci mostra mais uma vez coragem de fazer tais cenas (como a do espancamento em Malena) e nessa é particularmente traumatizante não fosse apenas um filme. O ensaio dessa cena também foi muito bem planejada, pois os chutes que o estuprador dá na cara e no corpo de Monica é bem realista e sem cortes. Logo após isso tudo o que a personagem dela diz tem um tom trágico já que sabemos o que ocorrerá, isso vai acumulando até dar no final tranquilo e belo, mas com o tom de beira de abismo, confirmando a tese do filme "o tempo tudo destrói". Pessoalmente fiquei imaginando o que aconteceria com o personagem dela no final (começo) do filme, tudo que vai mudar em sua vida, os traumas que ficarão pro resto da vida. Há uma cena no começo particularmente violenta também muito bem feita, já que mostra um cara esmagando a cara de outro com um extintor de incêndio, sem cortes aparente mostrando a cara do homem simplesmente virar um purê de carne (espero que mostrem como foi feita essa cena em algum lugar, assim como a do estupro). Poucos saíram da sala e houve aplausos ao final. Vale ser conferido.
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O Tempo De Cada Um (Personal Velocity)
3 histórias separadas que tematizam mulheres com problemas de relacionamento por traumas antigas. A dretora, Rebecca Miller, adaptou seu próprio livro nesse seu segundo filme. A primeira história é um pouco rápida demais, por isso a mais fraca, mas tem um bom momento. A segunda é a melhor e a mais longa, com Parker Posey fazendo uma editora de livros e seu problema de fidelidade, Posey está ótima. A terceira e ultima retrata uma jovem que tem a vida transformada após um acidente e um encontro com garoto espancado. Os 3 episódios têm bons momentos, mas talvez tenha faltado mais coisas que interligassem as histórias (apenas uma notícia no rádio aparece nos três). Ganhador do Sundance 2002.
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Ararat (Idem)
Filme pessoal de Atom Egoyan falando do genocídio dos armênios pelos turcos. A narrativa mistura um filme sendo feito sobre o fato, a consultora do filme e sua relação com o filho e sua meia-irmã e esse filho com um funcionário da alfândega quando voltava de uma viagem da Turquia, funcionário este que tem um problema em aceitar seu filho homossexual. Os tempos e as histórias se misturam, mas não fica confuso. Momentos de emoção.
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sábado, outubro 05, 2002
Full Frontal
Não era prioridade, mas como estava passando num horário livre e aqui pertinho, fui ver. Também ajuda o fato que tem a Catherine Keener e a Julia Roberts, carreiras que acompanho (fora o Soderbergh, mesmo não tendo gostado muito de nenhum em especial). A estrutura lembra Short Cuts com as várias histórias que vão se cruzar, a filmagem em digital dá um aspecto cru, um pouco mais realista e ao mesmo tempo os efeitos de câmera quebram essa realidade (o final comprova essa procura em aparentar algo e revelar outro). As falas em off parecem ser de sessões de terapia de cada personagem, enquanto pelas imagens há uma mistura do mostrar o que se fala com outros pontos de semelhança ou contrariedade com as falas. O bom elenco ajuda a dar um formato coeso ao filme que parece não ter um objetivo definido, mas sim uma espécie de brincadeira entre amigos. Engraçado que tirando as duas atrizes já citadas o elenco é formado por atores de seriados de tv como Nicky Katt (Boston Public), David Duchovny (Arquivo X), Mary McCormack (Murder One), David Hyde Pierce (Frasier) e Blair Underwood (L.A. Law). Os momentos criados pelos atores é que realmente fazem o filme não se perder numa brincadeira vazia. Exemplos destes momentos: Katt nos ensaios da peça, Underwood falando dos atores negros em Hollywood e Keener (maravilhosa) se acabando aos poucos. Bom citar que há bom humor em varias partes seja em piadas internas ou cenas engraçadas. Pequenas participações especias de Brad Pitt, David Fincher, Harvey Weinstein (um dos chefões da Miramax) e Terence Stamp (hilário, quase um figurante passando aqui e ali). Vai ter gente que vai achar um grande nada, outros curtirão, mas não creio que haja os que amem ou odeiem o filme.
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sexta-feira, outubro 04, 2002
A Última Profecia (The Mothman Prophecies)
Mais um ótimo filme de Mark Pellington que só tem feito filmes interessantes (Indo Até O Fim, Destination Anywhere e O Suspeito Da Rua Arlington). O filme se equilibra bem entre os relatos verídicos sobre o assunto e a história que conduz tudo. Laura Linney sempre ótima, Richard Gere convence e as pequenas participações, mas marcantes, de Will Patton e Debra Messing. O clima de tensão é bem orquestrada pelo uso de luzes, filtros e planos rasantes de câmera. Para falar do final...
SPOILERS
o filme conclui bem não explicando o que exatamente as mensagens e aparições queriam dizer, pois o caso ainda é estudado e tem várias hipóteses e teorias, ainda bem que o filme não escolhe uma destas, mas deixa o mistério no ar.
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Tiros Em Columbine (Bowling For Columbine)
Excelente documentário, o melhor de Michael Moore até agora. Contundente, abrangente, inteligente, tudo com bom humor típico de Moore. Momentos memoráveis que fizeram o público aplaudir entusiasmado em 2 partes. Para quem já conhece o trabalho dele vai compreender melhor as referências com relação aos outros documentários dele, principalmente quando há histórias de Flint em Michigan, onde Moore nasceu e é sempre abordado em seus filmes. A abordagem sobre armas e violência na América é exemplar. Desta vez Moore abre mais as questões para outros países, dando uma compreensão global. Essencial ser visto e pensado, pena que dificilmente o filme terá um público abrangente, a não ser que um canal como o GNT compre e exiba (o que acho o mais provável), mesmo assim não é um público grande (Tv Cultura poderia exibir na tv aberta). Como seria bom ter mais documentaristas e pensadores da realidade social como Moore.
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quinta-feira, outubro 03, 2002
O Príncipe
Mais uma boa obra de Giorgetti, desta vez com alguns poréns como alguns atores fracos que ainda por cima tinham diálogos que não ajudavam para dar maior naturalidade nas cenas, com isso a força do filme diminui. Em certa parte parece que o "príncipe" do filme é o personagem de Waking Life, pois ao voltar da França depois de 20 anos fora ele vai encontrando velhos amigos e o que segue são mais os amigos falando do estado das coisas atual e o personagem principal ouvindo, absorvendo. Não parece ser o mais pessimista dos filmes do Giorgetti, em todos eles há um ar de tristeza com o estado das coisas das classes sociais (Festa), da paisagem urbana (Sábado), da velhice e lembranças além do futebol (Boleiros) e agora do país como um todo. Triste, mas necessário.
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A Viagem De Chihiro (Spirited Away)
Extraordinário desenho animado. Quando vemos como é a história lembramos na hora de Alice No País Das Maravilhas e também de O Mágico De Oz, mas as lendas populares japonesas são acrescentadas. A jovem Chihiro vai embarcar numa viagem fantástica, maravilhosa em imaginação, nos personagens e nas cores. A trilha grandiosa, até dramática, só reforça o vôo de fantasia do desenho. É um filme para ser mais visto que lido. Chihiro age e desta forma, cresce, não a vemos refletindo ou questionamento sua estranha viagem, mas a vemos decidida a fazer o que é para ser feito, com uma ética de honra e um espírito de solidariedade e justiça inabaláveis num mundo de regras bem claras e de um certo isolamento funcional (uma grande casa de banho que atende centenas de clientes). O filme alegra, empolga, sensibiliza, sutilmente nos faz refletir sobre vários temas e nos faz ficar com lágrimas, Chihiro é a nossa guia para um outro mundo fantástico.
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terça-feira, outubro 01, 2002
Festival Do Rio
Os ingressos estão a cada dia mais raros, ao menos consegui de algumas sessões: Spider, Tiros Em Columbine, Ararat (Atom Egoyam), A Viagem De Chihiro (Spirited Away), Irreversível, Miranda (Christina Ricci) e Sexta À Noite. Depois comento.
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segunda-feira, setembro 30, 2002
Alto Risco (When The Sky Falls)
Bom filme que tem cara de telefilme, por isso fica faltando algo mais, ir mais fundo, mais forte para mostrar as coisas. A história é inspirada um personagem real e só fui saber quem é no final, daí lembrei que Cate Blanchett está fazendo um filme baseado nessa pessoa, o que vai ser interessante de se ver, já que Alto Risco apenas toma algumas coisas da vida real da pessoa, por isso não tem o mesmo nome no filme. Joan Allen faz muito bem uma jornalista que declara guerra contra os chefões do tráfico de drogas na Irlanda. Vi em vídeo, mas sei que no dvd há entrevistas e um documentário sobre a jornalista real, Veronica Guerin (esse o título do filme da Cate que está sendo dirigido pelo Joel Schumacher), dá até vontade de pegar o dvd par ver esses extras. Aguardo o filme da Cate, mesmo com Schumacher no comando, pelo talento da atriz e para conhecer mais a vida desta brava jornalista.
Uma Paixão Em Florença (Up At The Villa)
Filme passado na época da Segunda Guerra com Kristin Scott Thomas indecisa em aceitar a oferta de casamento de um homem mais velho e importante, que não ama, mas trará segurança e estabilidade para ela que já tem receio de ficar solteirona. Até que conhece o americano Sean Penn. A trama poderia ir num caminho bem conhecido a partir desse ponto, mas uma atitude dela com o personagem de Jeremy Davies muda as coisas e leva o filme para um caminho de suspense. O resto é previsível, mas tudo conduzido com competência.
Monstros S.A. (Monsters Inc.)
Mais uma produção divertida da Pixar, mas inferior a Toy Story. As dublagens estão muito legais com Billy Crystal e John Goodman. A história é curiosa, uma fábrica de monstros num outro "mundo" onde a energia gerada pelos gritos de sustos das crianças do nosso mundo faz com que as coisas continuem funcionando bem para os habitantes "monstros". Até que uma garotinha passa para o mundo dos monstros causando confusão. O mais interessante é que o dvd é duplo e vem coberto de extras. Um passeio muito revelador na Pixar (que local ótimo para se trabalhar), o processo de feitura de toda a animação, a história do argumento contada através de uma narração e esboços (a história original é muito diferente do que acabou nas telas, vale ver), dois curtas da Pixar e vários outros bônus. Vale pelos extras.
Apocalypse Now Redux (Idem)
O filme ficou melhor com as cenas inéditas! Dá um todo mais coeso, só acho que a parte da fazenda dos franceses se alonga demais, mesmo que cena importante. A imagem está espetacular. E as mais de 3 horas passam num instante. Desta segunda vez que vi o filme achei o final bem similar à Conan O Bárbaro do mesmo Milius. A trilha não tinha notado antes e desta vez achei um pouco datada, lembrando as trilhas de Giorgio Moroder na década de 80.
Porque Choram Os Homens (The Man Who Cried)
Bonita produção. A diretora Sally Porter tem o costume de contar a história mais por imagens que por diálogos, o que é sempre bom; pena que a história não alcance o poder que poderia ter tido. O elenco está muito bem, Christina Ricci, Cate Blanchett, John Turturro e o calado Johnny Depp. O finalzinho parece rápido demais para concluir algumas coisas.
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quinta-feira, setembro 26, 2002
Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding)
Filme divertido e agradável, sucesso inesperado por ser independente, pena que isso queira dizer que o filme não seja inovador, mas familiar, como um seriado de tv. As minorias em particular vão se identificar (gregos, turcos, japoneses, judeus, etcs) com os tipos e barreiras com relacionamentos inter-raciais. As particulariedades aqui é o que tem de mais divertido, no caso as particulariedades gregas.
Malditas Aranhas (Eight Legged Freaks)
Besteirada que tem momentos engraçados, mesmo assim uma grande besteirada. Bom, creio que é isso hehehe
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quarta-feira, setembro 25, 2002
Sinais
O filme começa bem, com ótimo tema musical e vai sendo conduzido com competência durante a projeção. Faz lembrar na hora os filmes A Noite Dos Mortos Vivos e Os Pássaros. O jeito do filme parece ser de filme independente, tanto nas atuações tão comuns nesse já formado gênero, com suas fórmulas e características próprias. As falas pausadas, os atores falando para a câmera, os poucos cenários, a câmera parada... Estranho saber que o filme custou muito para parecer barato. O tema dos círculos perdeu sua força há anos, mas retomá-lo não chega a ser uma falha. O filme vai se construindo com alguns momentos de tensão (não exagerados e nem tão tensos assim), cenas cômicas e boas cenas com os atores, como a da conversa dos irmãos sobre os tipos de pessoas no mundo. Aí chegamos ao final e aí que chega a decepção. A partir do momento que eles saem do porão começa a acontecer várias coisas que estraguam quase todo o filme. O et parece ter saído de uma produção D, sem ao menos ter qualquer noção do que se pode se chamar "realismo" vindo de milhares de relatos através dos anos, na verdade parece mais um vilão, um monstro de outro mundo, e o que é pior, mal feito. A própria idéia de uma invasão chega a ser cômica nos dias de hoje, mas tolerável. Depois o pequeno flashback que dará as revelações para o final, à lá filmes de Agatha Christie, como em O Sexto Sentido, só que naquele filme as cenas em reprise ajudam a dar um sentido, neste só fazem dar a "grande" idéia de Joaquim usar um taco de beisebol no et... Logo depois a água é a grande arma contra um ser alienígena superior (afinal conseguiu chegar a outra civilização). E tudo termina para nos dizer que o padre já sem crenças voltou a encontrar sua fé! Eis o motivo de toda a invasão, foi preciso aliens invadiram nosso planeta para um padre voltar a ter fé! Fé em quê pra começar? Que os seres humanos podem vencer os "invasores", os "estrangeiros", os não-americanos? Caramba! Parece o filme do Harrison Ford "Segunda Chance" onde um advogado frio e distante tem que tomar um tiro na cabeça para melhorar como pessoa... Ridículo pegar esse tema da ufologia pra dar neste final. Seria pegar o Holocausto pra contar uma história de amor que nos diz que o amor perdoa ou coisa assim. Só de pensar em como os finais de A Noite Dos Mortos Vivos (com conteúdo político e social) e Os Pássaros (filosófico e sobre a humanidade) são poderosos pra ver o final capenga de Sinais. O filme mais fraco de Shyamalan, mesmo que tenha alguma qualidade em 2/3 do filme. No meu próprio olhar e dos espectadores na sessão estava entalado na garganta ao final: fala sério!
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terça-feira, setembro 24, 2002
Fearless
Óbvio que olhando muito pra Elisabeth Shue nessa posição aí embaixo tive que relembrar de Sem Medo De Viver! Pra não ficar em vão o post, dois textos legais sobre o filme, um falando da transcedência e o outro do diretor de fotografia Allen Daviau falando das filmagens.
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sexta-feira, setembro 20, 2002
O Invasor
Excelente!
Beto Brant se supera a cada filme! Por onde começar? O filme é atual, forte sobre o tema da ética, vai por todos os ambientes com grande realismo (eu sempre senti esse senso de real no Brant não sei explicar por quê, mas acho que descobri algo nos extras do dvd, comento a seguir), trilha sonora ótima (vou baixar algumas músicas se achar), fotografia habilidosa com muita câmera na mão passando por várias luzes em planos seqüência, edição criativa, ótima história e atores em ponto de bala. Paulo Miklos está muito bom, tirando do personagem o clichê do elemento ruim que chega, mas dando a ele toques legais, tirando dele a coisa de "vilão". Alexandre Borges sempre competente (só acho que ele tem aquele jeito mesmo ou só interpreta assim) e Marco Ricca é o meu favorito, desde um curta antigo (Batiman e Robim acho) admiro esse ator, muito legal ele ter essa oportunidade e fazer ótimamente o personagem dele (ele e Paulo José e daqui a pouco o Matheus Nachtergaele são daqueles que chegam perto de eu ser fã declarado a ponto de buscar uma filmografia e ver cada filme, ainda não fiz isso com nenhum ator nacional). O resto do elenco também está bem (pena que a Chris Couto some do filme).
O dvd está muito bom, com 2 documentários onde vemos mais o jeito singular do Beto. Ele é bem diferente da imagem tradicional de cineasta, seus filmes não remetem a outros, seu estilo não lembra outros, parece que ele não é contaminado por outros filmes, a coisa de explicar o filme e do pensamento "crítico" também não é a onda dele, nem para a imprensa e nem para técnicos e atores. Parece mais um cara simples que faz filmes e isso é bem legal. Nos documentários vemos que o processo de filmagem do filme foi bem de "invadir" os lugares e filmar, isso dando mais realismo às cenas e desconcertando um pouco os atores. Esse realismo parece palpável, sem truques ou uma estética publicitária (ou a atualmente chamada cosmética da fome ao retratar a periferia) nas luzes, ou nos cenários ou em truques de câmera. Marco Ricca mostra, de novo, nas entrevistas ser um ator consciente e inteligente. Beto não deu entrevistas para o dvd, o que acho bem a cara dele mesmo, podemos apenas vê-lo dirigindo ou fazendo caretas para a câmera hehe
Ainda há 2 clipes e os extras comuns de sempre.
Voltando ao filme... cacete, que final foda! Grande filme!
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quarta-feira, setembro 18, 2002
Charlotte Gray - Paixão Sem Fronteiras
Admito que não esperava muita coisa do filme, do que tinha visto e lido parecia aqueles dramas de guerra que nada acontece, mas tinha que ver pelos atores centrais já que sou fã. O filme foi bem criticado e agora depois de visto me pergunto por que. Sim, o filme tem falhas ao não explicar bem qual a função de Charlotte nas linhas inimigas e colocar todos falando em inglês, entre outras coisas, mas o que faz o filme sair da vala comum é o visual belíssimo conseguido por cenários, locações e figurinos, junto com interpretações firmes de Cate Blanchett (fotografada lindamente) e Billy Crudup. O filme tem bons momentos (Crudup gritando para uma fileira de caminhões alemães, um informante sendo morto à queima roupa, Charlotte correndo atrás do trem), não transforma o período numa bobagem qualquer (como falaram por aí sobre os nazistas), faz pensar na questão absurda de raça e de um projeto militar. Os ângulos escolhidos por Gillian Armstrong em várias cenas são ótimos, e planos como os arrasantes sobre a paisagem e sobre trens são belos. Os comentários dela no dvd são bem técnicos, mais falando de como foi feita cada cena do que discutindo o filme em si, muito ilustrativo e esclarecedor. Enfim, não era o filme maçante e burocrático que esperava, e a partir de certo momento nos faz querer acompanhar a história até o fim. Não notei um tema em específico, mas a trilha de Stephen Warbeck (Billy Elliot, Shakespeare Apaixonado) é boa.
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terça-feira, setembro 17, 2002
O Closet (Le Placard)
Divertida comédia anti-preconceito. Daniel Auteuil pra não ser despedido finge ser homossexual, mudando o tratamento das pessoas no trabalho e na vida pessoal (com a esposa separada e o filho distante). Gérard Depardieu está bem engraçado como um homofóbico que vai se revelando. Michèle Laroque continua uma quarentona charmosa e bonita, não sei se é muito bem aproveitada no cinema francês, não são todos os filmes dela que chegam aqui, ela daria uma Rene Russo se tivesse carreira internacional. Irônico pensar que Auteuil é visto no filme como chato, feio e sem graça e na vida real é casado com a Emmanuelle Béart.
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O Confronto (The One)
Filme rápido demais ou curto demais, parece um piloto de seriado. Pra começar é duro acreditar que Carla Gugino se apaixonaria e casaria com Jet Li, mas filme é filme não? A ação e as lutas parecem mais inspiradas em desenhos animados, com absurdos que até ficam legais, mesmo que os efeitos não sejam dos melhores. A história parece atualização de Highlander. É melhor que Romeu Tem Que Morrer e empata com Beijo Do Dragão, os filmes americanos do Jet. Falando nesses filmes acho bom dizerem pro Jet que não convence ele ficar com as parceiras de tela (Bridget Fonda, Aalyah e Carla Gugino), pelo menos não essas escolhidas, quebra a mínima "veracidade" que o filme quer passar. Melhor ser como o Jackie Chan que não fica com alguém nos seus filmes americanos. Curioso que o coordenador de dublês do filme dirigiu um recente com o Jason Statham que também participa do filme.
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Crimes Em Primeiro Grau (High Crimes)
Por qual lado ver? Como drama de tribunal? É bom, mantém a atenção até perto do final, quando a surpresa estraga todo o filme e o que se tentava criticar vai por água abaixo... Como filme de Carl Franklin? Uma decepção. Começou promissor Um Passo Em Falso e O Diabo Veste Azul. Depois até soube carregar Um Amor Verdadeiro. E agora? Quase não dá pra perceber seu toque. Espero que melhore no próximo que é com o Denzel Washington. Como veículo para Ashley Judd? Bom, ela tem bons momentos para interpretação e se reúne novamente com Morgan Freeman e ainda vemos Amanda Peet como sua irmã (que irmãs!) num papel sem função alguma. A parte de anti-militarismo e do corporativismo militar é interessante, creio que válido para qualquer organização humana. Enfim, escolha seu lado e veja, ou não.
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sábado, setembro 14, 2002
O Último Concerto De Rock (The Last Waltz)
A versão que saiu agora em dvd (edição especial) está ótima em imagem e som. Fora que há faixa de comentário atual com Robbie Robertson e Martin Scorsese (valioso de se ouvir) e um documentário também deste ano com os dois falando de como foram as filmagens. Talvez seja esse o filme referência básico para qualquer filme/show/documentário sobre rock feito depois. Pouco conhecia da The Band para reconhecer todas as canções, eram ótimos. Os convidados nem precisa se falar, só citar: Neil Young, Eric Clapton, Bob Dylan, Van Morrison, Neil Diamond, Ron Wood, Ringo Starr, Muddy Waters, Emmylou Harris, Joni Mitchell, etcs. O cenário, a iluminação, tudo foi bem pensado por Robbie e Marty (e vemos nas faixas de aúdio e documentário que trabalhão é planejar filmar um concerto). Pessoalmente a que mais me deixou maravilhado foi a versão de The Weight com os Staples, combinou perfeitamente. Aliás, as canções filmadas depois, sem platéia são os pontos altos do filme. A participação maravilhosa de Emmylou e o final arrebatador instrumental. Fora isso o filme que mais me fez lembrar foi o posterior Rattle And Hum, Phil Joanou com certeza tem em The Last Waltz uma referência e só reforçou a ver com ótimos olhos o seu trabalho primoroso, já que ao contrário do show da The Band, num lugar só, Phil teve que percorrer a América na turnê com o U2 e conseguiu planejar ótimos momentos de câmeras e iluminação, rendendo bons improvisos também. Todos que planejam filmar um show deviam ter esse filme (Waltz) na cabeça.
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quinta-feira, setembro 12, 2002
Como sempre o Hélio Schwartsman fez um belo texto falando de 9/11 um ano depois.
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quarta-feira, setembro 11, 2002
Por Um Sentido Na Vida (The Good Girl)
Jennifer Aniston trabalha num supermercado e acha sua vida um grande vazio. Odeia o trabalho, sempre que chega em casa o marido está com o melhor amigo vendo tv e puxando um beque, está com 30 anos e já não tem mais sonhos. Até que chega um novo atendente no trabalho, um jovem aspirante a escritor todo pessimista. Previsível o que vai acontecer. Engraçado do filme que o novo cara também não é lá essas coisas, tem pais ausentes que só ficam vendo tv, o que escreve não é exatamente muito bom, só é bem pessimista e ainda é imaturo. O filme vai no ritmo do tédio da vida dela, sem grandes lances, mas com humor. O final talvez para alguns não é o esperado. Atenção para a forma com que é tratado a morte em duas ocasiões do filme, a vida é tão vazia de sentidos para eles que nem a morte chega a ser um grande acontecimento. Poderia se dizer que é um telefilme independente, no bom sentido. Aniston pelo menos nos faz esquecer um pouco da Rachel de Friends (o que não acontecia nos filmes anteriores dela). Destaque para a presença de Zooey Deschanel (essa garota ainda terá a chance que merece).
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terça-feira, setembro 10, 2002
Longa vida Johnny Cash!
Só nesse fim de semana fui ver na trilha de Fomos Heróis que há um dueto inusitado, Johnny Cash com Dave Matthews com For You. Peguei, legal. Cash sempre é legal. Queria saber mais dessa união. Cash ainda vivo, precisa receber todas as homenagens possíveis!
Em 5 de Novembro Cash vem aí com American IV - The Man Comes Around. Que vai ter cover de "I'm So Lonesome I Could Cry" de Hank Williams com Nick Cave de convidado especial. Haverá duetos também com Fiona Apple em "Bridge Over Troubled Water" e Don Henley com "Desperado". Outras covers do álbum: "Hurt" de Trent Reznor "Personal Jesus" de Martin Gore, "I Hung My Head" de Sting e "In My Life" dos Beatles.
Músicos convidados: John Frusciante do Red Hot Chili Pepper; guitarrista do Beck, Smokey Hormel; Billy Preston; bateirista do R.E.M. Joey Waronker; Benmont Tench; Mike Campbell do Tom Petty And The Heartbreakers; Randy Scruggs e Marty Stuart.
Faixas:
The Man Comes Around
Hurt
Give My Love To Rose
Bridge Over Troubled Water
I Hung My Head
The First Time Ever I Saw Your Face
Personal Jesus
In My Life
Sam Hall
Danny Boy
Desperado
I'm So Lonesome I Could Cry
The Streets Of Laredo
Tear Stained Letter
We'll Meet Again
Capa do primeiro American Recordings.
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Nas pistas
Sim, cante e dance com as Las Ketchup. Afinal até o Homem Aranha dança hehehe Leia mais no blog da Rosana Hermann.
Aserejé
Mira lo que se avecina
a la vuelta de la esquina
viene Diego rumbeando.
Con la luna en las pupilas
y su traje agua marina
parece de contrabando.
Y donde mas no cabe un alma
alli se mete a darse caña
poseido por el ritmo ragatanga.
Y el dj que lo conoce
toca el himno de las doce
para Diego la cancion mas deseada
Y la baila,y la goza y la canta...
Aserejé, ja deje tejebe tude jebere
sebiunouba majabi an de bugui an de buididipí (x3)
No es cosa de brujeria
que lo encuentre tos los dias
por donde voy caminando.
Diego tiene chuleria
y ese punto de alegria
rastafari afrogitano
Y donde mas no cabe un alma
alli se mete a darse caña
poseido por el ritmo ragatanga.
Y el dj que lo conoce
toca el himno de las doce
para Diego la cancion mas deseada
Y la baila,y la goza y la canta...
Aserejé, ja deje tejebe tude jebere
sebiunouba majabi an de bugui an de buididipí (x3)
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segunda-feira, setembro 09, 2002
Promoções queridas
O que seria de mim sem as promoções? hehehe O Carrefour está aniversariando e uma das coisas em oferta é a seção de livros, várias estantes por 5,90. Achei dois livros que estão na minha lista de compras (ou leitura, o que vier antes), Os Vermes do José Roberto Torero e América do T. Coraghessan Boyle. Aproveitei e levei também o enorme A Cura Do Dr. Neruda Para O Mal do Rafael Yglesias que já li, mas sempre quis ter pra reler (li da biblioteca de Curitiba) e talvez até presentear alguém depois. Na parte de cds muitas gôndolas com cds por 4,90. Dos que já tenho vi lá dando sopa o Sem Fronteiras para o refugiados de Kosovo, o do Apollo 440 e o do Fatboy Slim (You've Come A Long Way Baby). Vi da Fiona Apple (aquele com título imenso) e o do Oasis anterior a esse novo e peguei ambos.
Terminando achei uma edição especial japonesa de Destination Anywhere do Jon Bon Jovi numa loja pelo preço de um cd comum! Não perdi a oportunidade. É numa capa grande, como um livrão (até amarrado com uma corda), dentro tem fotos inéditas dele e das filmagens do curta de mesmo nome, dois encartes (um com as letras em inglês e outro em japonês) e o cd especial, que tem duas faixas bônus (Cold Hard Heart e Talk To Jesus). Coisa pra colecionador mesmo, bem legal.
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sexta-feira, setembro 06, 2002
Triplo X (Triple X)
Eis o que chamo de filme altamente direcionado. Tudo no filme parece pensado para atrair a audiência jovem de hoje. Vejamos, o que interessa a moçada? Carrões, tecnologia e armas, esportes radicais, música tecno / metal / hip hop, raves, djs, mulheres e atualmente as "alternativas" não as puramente modelos gostosas, mas as selvagens à lá Angelina Jolie, videogames, tatuagens, malhação e assim vai. É uma atualização de James Bond, Vin Diesel posto como novo herói de ação, sarado, cabeça raspada, tatuado, o fodão do pedaço com bom humor para não se indispor com o público (senão viraria um Tom Cruise década de 80: amado pelas mulheres, odiado pelos homens). Esqueça os esquis de ontem, agora o lance é snowboarding (junto com sky diving) e misturado com uma "onda" gigantesca de neve (para alegria do pessoal do surfe). Além disso tudo vai no caldeirão uma breve visita ao tráfico de drogas e logo após a guerra química tão em moda. Enfim, já vejo meus primos de 12 a 18 anos adorando o filme, esperando a continuação. Da minha parte, o filme é uma boa diversão, com muita ação, mesmo que não seja muito empolgante (culpa do Rob Cohen que não é lá muito bom nisso) com uma impressionante variedade de ângulos nas cenas mais arriscadas (uma explosão envolvendo uma moto é vista por quase todos os ângulos possíveis). Ótimo para a nova era de dvds e seus extras. Cohen se especializando em filmes envolvendo a cultura jovem, vide Velozes E Furiosos retratando a comunidade que faz rachas de rua. Asia Argento está bem, Vin Diesel se mostra promissor, um Schwarzenegger que se expressa melhor. E a música de Randy Edelman se destaca, o que pelos filmes novos já é um feito notável. Pra continuação só exigo que Asia participe, formando uma dupla, senão não vai ter graça alguma.
Só vai ser bem engraçado ver como o novo 007 vai se comportar, vai parecer um caretão ultrapassado ou vai incrementar algumas coisas?
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Complicados & Apaixonados (Two Ninas)
Gosto destes filmes desconhecidos que falam de relacionamentos amorosos, principalmente quando vejo que foi feito por um diretor/roteirista, então acho que é algo mais pessoal. Esse é bem legal, nada de muito diferente, mas conduz bem as coisas e não força a barra para terminar, vai levando. Inclusive uma técnica do filme que me irritou de início (achei vazia) foi explicada ao final, menos mal. O elenco é simpático, o destaque vai para as atrizes, Amanda Peet (um dos motivos de ter visto o filme) e Cara Buono que adorei pela personalidade que apresenta no filme, vou ficar de olho nela. Basicamente é um cara que se apaixona por duas garotas ao mesmo tempo. Bom que o filme não vai deturpando a ponto de mostrar uma boa e outra má, não, ficamos como o personagem principal, na dúvida, qual realmente ele quer ficar, qual ele deve dispensar e se essa escolha for errada? Ah um detalhe legal que não sabia é que a Jill Hennessy participa do filme, acho ela linda e se o papel dela ficasse maior seria mais uma pra ficar em dúvida, tanta mulher linda e legal, esse é o problema hehe Outra coisa é que achei simpática a música final e procurei ver nos créditos de quem era. A cantora se chama Talia Paul e tem três canções no filme, fica a dica, segue a linha voz e violão suave. A que termina o filme é All The Water.
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quarta-feira, setembro 04, 2002
12 Homens E Uma Sentença (12 Angry Men)
Estréia de Sidney Lumet na direção (de cinema). Logo no começo um plano seqüência longo excelente. Cortes extremamente bem feitos e um elenco fantástico, sustentado pelo sólido roteiro. Prende atenção do começo ao fim. De novo Henry Fonda, é só coincidência, mas parece que estou fazendo meu próprio mini-ciclo do ator! Debate diversos temas e fala como cada um traz em cada decisão que toma motivos que aparentemente passam desapercebidos, mas de extrema importância. A refilmagem atual com Jack Lemmon no lugar de Fonda é bem competente e vale ser visto também, para comparações e para desfrustar de desempenhos (em ambos os filmes) de alta carga dramática afiadíssimos (os dois atores nas duas versões que são os principais opositores têm importância tal que se destacam, tendo sido interpretados por dois mestres, Lee J. Cobb e George C. Scott).
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Túmulo Sinistro (The Tomb Of Ligeia)
Filme de Roger Corman baseado em Edgar Allan Poe (vagamente). Cheio de climas e atmosferas (principalmente no final) com belas tomadas, Vincent Price misterioso e uma trama sobrenatural não muito clara. As situações em certas partes quase jogam contra o filme, mas não estragam o resultado final.
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Perversas Intenções (New Best Friend)
Filme comum sobre jovens estudantes, uma do grupo tem uma overdose e começa uma investigação para saber o que houve. Um pouco na linha da "pura" que se desvia do caminho por influência (má) das novas "amigas", mas nem tudo é como aparenta. Destaque para as garotas (Meredith Monroe, Dominique Swain e Mia Kirshner). Monroe a cada dia parece ser uma nova Gwyneth Paltrow pelo modo como se comporta e o físico parecido, se ela apostar em bons papéis como Paltrow pode chamar mais atenção futuramente.
Ela não tem um quê de Paltrow?
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terça-feira, setembro 03, 2002
Twin Peaks - Os Últimos Dias De Laura Palmer
Para os fãs da série e do filme (pra mim uma obra prima) vale a compra do dvd de banca que está à venda. Boa imagem e formato widescreen. Além da revista que vem junto, bem interessante.
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Vive-Se Só Uma Vez (You Only Live Once)
Henry Fonda é um preso recém liberto, esperando se comportar desta vez, já que se for mais uma vez condenado enfrentará a pena de morte. Com a ajuda de seu amor que nunca o abandonou (Sylvia Sidney) ele tem reconstruir sua vida, o que não vai ser fácil como o mundo bem vai lhe mostrar. O preconceito com ex-presidiários, a falta de dinheiro para realizar os sonhos e a ilusória facilidade da vida do crime vão se juntar até que ele é preso por um crime que aparentemente ele se diz inocente. Condenado à morte só lhe resta uma única alternativa. O filme tem um tom trágico, mas o seu final abre uma mínima ponta de redenção.
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Ao Rufar Dos Tambores (Drums Along The Mohawk)
O primeiro filme colorido de John Ford, aqui mostrando a trajetória de um casal de camponeses, Gil e Lana, que tem que enfrentar o ataque dos índios e o começo da revolução norte-americana. Ótimas interpretações. Henry Fonda está ótimo, mas quem brilha é Claudette Colbert, daquelas estrelas que em personagens nada glamourizantes e vestidas até o pescoço passavam um charme que mesmo hoje as atrizes por mais que tentem não conseguem transmitir. O personagem vai da fragilidade a coragem, procurando a ordem em mrio ao caos histórico. É antológica a cena em que ela após uma festa de casamento da comunidade vê o marido ao berço, acariciando o filho, e ela então senta na escada e em meio ao escuro ora para que esses dias perfeitos nunca acabem. O filme também trata de recomeços e tem o sentimento patriótico exaltado ao final, contando um pedaço da história americana com os camponeses desbravadores. William Faulkner tem participação no roteiro.
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segunda-feira, setembro 02, 2002
Perigosa Atração (B. Monkey)
A trama é comum e batida, homem comum com vida pacata se apaixona por quem não devia e muda sua vida fazendo com que tanto ele quanto a garota aprendam um com o outro. Aqui a garota faz toda a diferença, Asia Argento, que faz uma ladra que faz parte de um triângulo amoroso complicado, ela está ótima. Os atores ajudam, Jared Harris, Rupert Everett e Jonathan Rhys-Meyers. Na trilha jazz, Portishead (embalando uma cena de sexo) e outros. Estranho se tratar do filme de Radford após O Carteiro E O Poeta, já que esse é violento e com mais ação.
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O Anjo Nasceu
Bressane é sempre Bressane, para o bem ou para o mal de quem vê. Aqui há o relato de dois bandidos (um branco e um negro) e suas desventuras. Claro, não espere uma narrativa convencional, o uso do som também não é tradicional (e da música também, de sinfônias à cacofonias, de sambas enredos à música nordestina) e a metalinguagem é constante. A quebra de percepção de quadro aparentemente imóvel ou vazio por um movimento dentro deste quadro é marca registrada do diretor. Algumas partes no carro lembram Terra Em Transe (e o filme é semelhante à Câncer). Hugo Carvana com as duas mulheres na cama (uma delas a Normal Bengell) é uma ótima cena. Curto, um pouco mais de uma hora.
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sábado, agosto 31, 2002
Míudos Metafísicos
Pra quem acompanha as colunas semanais do Arthur Dapieve (O Globo, No Mínimo) ou leu seus livros (BRock, Renato Russo) eis um livro pra se ter, que reúne 60 crônicas do jornal de 1994 a 1999, divididas em Fígado (cultura pop), Moela (filosofia de botequim) e Coração (futebol e esportes).
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Sepultura Para A Eternidade (Quatermass And The Pit)
Filme bem legal da Hammer. É uma ficção, mas tem elementos de horror também, mesmo não mostrando nada apavorante. Nos tempos atuais poderia ser comparado ao Arquivo X (brevemente há até uma dupla investigando, sendo a mulher uma ruiva), contando a história da descoberta de um artefato possivelmente alienígena no subsolo londrino e as investigações de cientistas batendo de frente com os militares. A produção é barata, mas nada que afete, a não ser uma pequena cena de uma "visão" que não falo mais para não estragar, bem tosca. O clima feito pela direção, pela atuação e o roteiro não deixa o filme cair no ridículo e dá o tom certo para a história. O plano final é a melhor coisa, ótimo, sem enrolação.
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sexta-feira, agosto 30, 2002
Lançamento 24 de Setembro
Heartbreak Hotel - Don't Be Cruel - Hound Dog - Love Me Tender - Too Much - All Shook Up - Teddy Bear - Jailhouse Rock - Don't - Hard Headed Woman - One Night - A Fool Such As I - A Big Hunk O' Love - Stuck On You - It's Now Or Never - Are You Lonesome Tonight? - Wooden Heart (Muss I Denn) - Surrender - His Latest Flame - Can't Help Falling In Love - Good Luck Charm - She's Not You - Return To Sender - Devil In Disguise - Crying In The Chapel - In The Ghetto - Suspicious Minds - The Wonder Of You - Burning Love - Way Down - A Little Less Conversation (Radio Edit 2002 Remix)
Eis uma coletânea que vou gostar de ter. Do Elvis só tenho um cd, Elvis' Golden Records que já tem bastante coisa conhecida e que gosto (em negrito as que têm na coletânea). Como Elvis tem tanta coisa boa e também tantos álbuns fica difícil ficar adquirindo todos que saem e cada um tem uma bem conhecida. Fora as que não conheço, ou as menos conhecidas. Até a A Little Less Conversation não era famosa até o Junkie XL remixar e botar Elvis de volta às paradas. Imagine, para os leigos no Rei, quantas outras preciosidades há no seu catálogo.
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quinta-feira, agosto 29, 2002
Oasis - Heathen Chemistry
1. The Hindu Times
2. Force Of Nature
3. Hung In A Bad Place
4. Stop Crying Your Heart Out
5. Songbird
6. Little By Little
7. A Quick Peep
8. (Probably) All In The Mind
9. She Is Love
10. Born On A Different Cloud
11. Better Man
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O Assalto (Heist)
O novo de David Mamet é um ótimo thriller, com todas as artimanhas e reviravoltas esperadas. Seja na construção de personagens ou na criação de situações Mamet está dentro de seu território e bem à vontade. Para os já escolados no autor fica um pouco fácil saber onde tudo vai dar, mas ele consegue nos conduzir ansiosos para saber "como" tudo vai dar no fim que esperamos. O tiroteio nas docas no final é um dos melhores vistos este ano, sensacional, seco como nos policiais antigos. Só acho que a escolha de Rebecca Pidgeon estraga um pouco, tá certo que ela é esposa do Mamet e tem talento, mas desde sempre acho a cara dela de falsa, traidora, não confiável, por isso botar ela num filme assim estraga uma parte da diversão, esperamos que ela vire de lado a qualquer momento. Não sei se o próprio Mamet sabe disso e joga com essa informação, mas creio que aqui não foi bem utilizada.
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quarta-feira, agosto 28, 2002
Tudo Para Ficar Com Ele (The Sweetest Thing)
Impressionante, no mau sentido da coisa. Por que Cameron Diaz quis fazer esse filme? Por que esse roteiro parece ter sido disputado ou ter recebido uma baita grana para ser filmado? Por que as atrizes se submeteram à cenas ridículas? Perguntas sem respostas... O filme tenta misturar uma comédia romântica com a nova moda de nojeira e mau gosto que os irmãos Farrellys iniciaram. Se nem os próprios sabem que caminho tomar, vide o indeciso O Amor É Cego, imagine seus imitadores... Cenas falsas e ainda por cima sem graças, com números musicais horríveis (como a sobre o pênis numa lanchonete) e situações constrangedoras, no pior estilo Porky's reformado (ninguém merece ver Christina Applegate querendo mijar num banheiro masculino ou Selma Blair presa oralmente no final). Há uma risada aqui e ali, mas no geral a história é banal, as situações ridículas, os personagens retardados, as músicas escolhidas piores ainda (I Don't Want To Miss A Thing já virou clássico brega?) e até os erros de gravação no final não são engraçados. É ótimo que Cameron se ridicularize assim, mas que escolha roteiros mais talentosos para isso, senão é só mico mesmo.
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domingo, agosto 25, 2002
Uma Lição De Amor (I Am Sam)
Um filme claramente feito com carinho e amor por toda equipe, isso fica bem mais claro nos bastidores do filme. Sean Penn impressiona, esquecemos que ele é "normal" na vida real; Michelle Pfeiffer além de ótima continua linda; a garota Dakota Fanning já tinha visto em Ally McBeal e O Desafio e é excelente e também uma gracinha; os outros coadjuvantes são bons, a maioria vinda de seriados e Laura Dern e Dianne Wiest completando (Mary Steenburgen aparece brevemente). Cenas pra chorar há quase toda hora. Acho que o filme dribla bem a resolução, que eu nem esperava que terminaria ali, sem uma conclusão explicadinha, ainda mais que não é uma história real, por isso qualquer outra conclusão mais definitiva não teria poder com o público, já que jogaria com as irrealidades de um simples filme pois não há um fato real que sustente a conclusão (em filmes com essa temática o fato real pesa muito no poder de um filme). Assim aquele final é muito bem posto para uma ficção. No dvd na parte dos bastidores podemos ver melhor o trabalho bonito feito para se chegar ao resultado final. As pesquisas com verdadeiros deficientes, a inclusão de dois atores deficientes no elenco, as escolhas dos protagonistas e coajuvantes, o trabalho de câmera, da edição e a trilha sonora; todos da equipe juntos não para um trabalho apenas, mas uma obra conjunta de um tema que emocionou e ensinou muito todos que participaram.
A questão da trilha sonora é muito peculiar e interessante. Os Beatles é a banda favorita da maioria dos deficientes encontrados nas pesquisas feitas, sabendo todas as canções e histórias por detrás, então se achou conveniente que o personagem de Sean Penn tivesse esse gosto. A questão de liberação de direitos autorais pesou na hora de querer colocar isso no filme e dentro do contexto da história. Foi depois que Yoko e Paul viram o filme (George não pôde ver, estava doente e logo após faleceria; Ringo não lembro) e se emocionaram é que liberaram. Para não trazer custos a mais pensaram em usar covers e para isso houve um processo de escolha de músicos da mesma maneira que foi escolhido o elenco. O que cada seqüência transmitia para achar primeiro a canção certa e depois o músico mais adequado. Assim os contactados viram o filme também e absorveram o que cada uma de suas seqüências significaria para o filme e gravaram de acordo com esse sentimento. Num certo sentido foram atores. Eddie Vedder chegou a cantar sua parte vendo na tela o momento que sua música apareceria. Ben Harper, Aimee Mann também. Assim cada canção / músico escolhido tem um significado todo especial com relação ao filme e ao momento que isso ocorre. Achei um fato bem raro e bonito de se fazer. Imaginem se não houvesse a liberação do uso das canções dos Beatles? O filme perderia todo um contexto específico e cenas importantes de exemplos que o personagem de Sean Penn dá tirados de histórias da banda.
Creio que isso é só mais uma prova do imenso carinho que esse filme foi feito, que levou mais de 4 anos para sua realização.
As cenas cortadas são boas, mas os cortes são perfeitamente coerentes e foram para um resultado melhor do filme.
Se o filme tem falhas? Claro, várias, mas o trabalho de amor supera essas falhas que se fossem num filme fabricado automaticamente seriam os alvos certeiros para destruir o filme.
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sexta-feira, agosto 23, 2002
Sob A Areia (Sous Le Sable)
Filme de François Ozon. Num dia normal um casal na praia de férias, a mulher adormece e quando acorda não encontra mais o marido. E agora? Charlotte Rampling tem uma boa interpretação, quase que levando o filme inteiro nas costas mostrando o que acontece depois desse incidente. Não falo mais pra não estragar. O final é em aberto.
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Os Garotos De Minha Vida (Riding In Cars With Boys)
Filme baseado numa história real, vindo do livro que conta a história de uma moça que engravida aos 15 anos e casa-se, tendo toda uma jornada pela frente para se auto afirmar e cuidar do filho sozinha. Foi o projeto de sonho da Drew Barrymore que realmente marcou sua vida ao fazer o papel principal pois muitas coisas do livro / filme a fizeram ver seu passado complicado com a família, principalmente com a mãe. O filme é tanto drama como comédia. Drew realmente está ótima tanto dramatica quanto comicamente (ela tentando cair da escada é hilário), tenho cada vez mais admirado sua personalidade, dando a volta por cima de sua adolescência problemática e virando uma atriz inteligente, produzindo seus filmes, sabendo escolher os papéis e conseguindo passar de uma imagem de garota problema para uma suavidade e doçura cativantes. O elenco de apoio é bom também, Lorraine Bracco e James Woods fazendo os pais, Brittany Murphy (outro talento novo) como sua melhor amiga e Steven Zahn como o marido. Especialmente indicado (creio que o livro também) para as mulheres que tiveram que se equilibrar entre ser mãe solteira, sustentar uma casa, terminar os estudos e batalhar pelos seus sonhos (no caso, escrever livros). O final silêncioso com um outro personagem é bonito. No dvd extras de bastidores e uma faixa de comentário bem interessante da própria Drew (demonstrando carisma, inteligência e bondade além do que já vemos nas telas).
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