quarta-feira, dezembro 29, 2004
Feliz 2005!
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A História De Ricky (Lai Wong)
Insano, brilhante!
Por Um Triz (Out Of Time)
Previsível do começo ao fim.
Eurotrip - Passaporte Para A Confusão (Eurotrip)
Muito engraçado! E com comentários em aúdio dos autores bebendo sem parar!
Curtindo A Liberdade (Chasing Liberty)
Tour romântico pela Europa (se visto junto com Eurotrip atiça mais ainda a vontade de viajar). Mandy Moore é uma protagonista com carisma e é sempre ótimo ver Annabella Sciorra.
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quinta-feira, dezembro 23, 2004
Dança Comigo? (Shall We Dance?)
Remake americano do sucesso japonês que consegue não estragar o original, servindo ao propósito de alcançar um público bem maior com a história. A diferença fundamental é que a dança no ocidente é vista de outra forma do que no Japão, no filme japonês até colocaram letreiros no início para explicar a relação complicada dos japoneses e a dança. Então no filme americano perde-se todo o lado do personagem estar fazendo algo extremamente inapropriado. Ressalta-se nesse remake a questão do casamento. O roteiro de Audrey Wells (diretora de Sob O Sol Da Toscana) segue as linhas básicas da narrativa japonesa, mudando pequenas coisas. Há um explicitamento de tudo que no filme japonês ficava sem ser dito, onde até o personagem principal tem narração em off (comparando a vida com seu trabalho). Os coadjuvantes foram bem escolhidos (Bobby Cannavale aparece aqui de novo, em boa participação) e Stanley Tucci se não chega a ser tão hilário quanto o ator japonês consegue em alguns momentos se equiparar. Como Susan Sarandon é a atriz que é o personagem da esposa é mais trabalhado, com cenas só dela no trabalho onde se elabora uma estória de traição para comparação. Uma mudança significativa é uma cena feita especialmente para Richard Gere e Jennifer Lopez envolvendo uma dança. É a concretização da traição, que é vista com bons olhos, colocando até a esposa do personagem o liberando depois para a "amante" para a felicidade do casamento dos dois. Não sei se a escolha de JLo pro papel é adequado, a tristeza da personagem nunca transparece bem e a personagem japonesa era quase uma princesa, intocável, distante, enquanto JLo apenas parece uma gostosona, botando um componente sexual que atrapalha a atração de Gere por ela (no filme japonês a atração do homem por ela, além da beleza etérea, era pela tristeza da personagem, a curiosidade de saber porque tal beleza estava triste). Há uma cena proposital para o choro que funciona (pelo que se nota entre o público). E a conclusão é ainda mais explícita, mostrando como cada personagem finaliza sua história.
Na Idade Da Inocência (L'Argent De Poche)
O mais adorável filme de Truffaut que vi até o momento. Trabalhando com crianças na maioria das cenas Truffaut se mostra ideal para retratá-las. Mostrando episódios da vida tanto na escola quanto na vida social (familiar, fora da escola) o filme abrange também um professor que está para ser pai e alguns dos pais das crianças. As situações mostradas são memoráveis pela graça, pela sensibilidade, pela identificação. O filme é tão cheio de ótimos momentos que nem dá para citá-los aqui. Depois lendo o trecho do livro O Cinema Segundo Truffaut onde se fala sobre o filme fica-se sabendo mais sobre o projeto e as filmagens (contando com improvisações), incluindo algumas explicações como a ausência da crueldade das crianças, a seqüência do pequeno garotinho, o garoto que assobia, etcs.
Escravos Do Rancor (Abismos De Pasión)
Buñuel adaptou O Morro Dos Ventos Uivantes de forma que ressalta a relação trágica e doentia dos amantes, assim como os envolvidos (o marido e sua irmã). Ernesto Alonso como o marido tem uma interpretação excelente, o que faz depois também em Ensaio De Um Crime. É pelo marido que vamos ver essa história, pois os amantes são mostrados, mas o conflito para entender tudo é dele. O final que todos devem saber como é foi filmado de forma soberba.
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terça-feira, dezembro 21, 2004
Dead & Breakfast
Um filme que consegue ser terror, comédia, musical, ridículo, engraçado, retardado, sem graça, hilário, muito sangrento, tudo ao mesmo tempo. É irregular, mas vale a conferida. Do elenco o mais famoso é o Jeremy Sisto, mas tem muita gente de seriado (Gina Philips, Erik Palladino, Portia De Rossi, Bianca Lawson e Devon Gummersall). O destaque é da sobrinha do David Carradine (que faz uma participação especial), Ever Carradine. Ela parece a irmã mais nova da Uma Thurman, principalmente em Kill Bill, e é ela que sai na porrada com os zumbis. Ela devia até ter tido mais destaque. As interfêrencias musicais (um cantor country "narra" o filme) são engraçadas. A estória, bem a estória é sem pé nem cabeça hehe
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segunda-feira, dezembro 20, 2004
Olhos De Vampa
Filme de Walter Rogério realizado em 1996 e que só agora pode ser visto (em dvd). Marco Ricca, por exemplo, estava começando ainda (pelo menos no cinema). É um ótimo filme sobre um assassino de mulheres que as mata chupando o sangue delas pela bunda. Apesar de ter coisas engraçadas não é uma comédia (mas algumas falas e algumas posições de mulheres mortas são hilárias). Curioso ver a conceituada Christiane Tricerri como uma das prováveis vítimas, ela é uma ótima atriz de teatro (já vi duas peças que ela atuou, escreveu e dirigiu) e não lembro dela participando de cinema. Logo em sua estréia faz uma gostosona que serve de isca pra polícia pra pegar o provável "vampiro". Ao mesmo tempo que achei inusitado tem tudo a ver se lembrar o personagem dela em Patty Diphusa, texto do Almodóvar. Ricca, sou fã e está muito bom, já o parceiro dele (entre outros) tem falas muito empostadas, como se decoradas, mas mesmo assim ajudam no clima irreal. Quanto mais o filme avança, mais ele fica surreal e melhor ele fica (o filme é curto, uns 76 minutos). Quem ver bem vai notar a bunda da Mari Alexandre numa cena (acho que também devia ser começo de carreira), é inconfundível hehehe E o vampiro? Perfeito!
Glauber O Filme, Labirinto Do Brasil
As imagens de arquivo são o que mais me atraíram para ver o documentário, já que foi tão criticado que não esperava muita coisa. Realmente, a produção parece um trabalho escolar ou um extra de dvd (mal realizado) do que uma produção para cinema. O labirinto de computação gráfica é tosco e poderia ser cortado. Algumas entrevistas são despojadas demais, com problemas na captação de som. Mas serve como intro ao Glauber para exibição em tv aberta ou algo institucional, quem não conhece seu trabalho vai ser guiado didaticamente pelos seus trabalhos. O personagem é tão fascinante que vamos acompanhando sem problemas a duração. Há uma ênfase no enterro dele (as cenas voltam durante todo o documentário) que parece que esse foi o momento mais marcante da vida do Glauber, o que é bizarro!
The Eye - A Herança (Jian Gui)
Terror dos irmãos Pang que lembra muito O Sexto Sentido misturado com Blink e À Primeira Vista. Uma jovem cega desde os dois anos recebe transplante de córnea e passa a enxergar, mas também passa a ver e entrar em contato com mortos. Há também algo com relação à doadora das córneas. Já que a ênfase é na visão há um trabalho maior no uso do foco, dos segundos planos, no enquadramento, etcs. Como no filme do Shyamalan há conceitos espíritas e um guia (o médico dela), mas acrescenta-se premonições ao enredo. Os momentos de tensão são bons mesmo para quem já saiba do que se trata. O filme pode ser visto como um aprendizado espiritual mais que um terror.
Coração Sem Lei (The Lawless Heart)
Produção inglesa que apesar de terna, nunca decola. São 3 histórias que partem de um mesmo ponto (então voltamos ao ponto inicial a cada meia hora pra uma nova história) falando de relacionamentos amorosos. O que mais gostei foi da primeira, do cara de meia idade que se encanta com uma mulher vivaz, mas como o filme não segue sua histórai e seus dilemas... Os outros dois, do gay que perdeu recentemente o amante e se envolve com uma mulher e do cuca fresca que se envolve com uma vendedora que teve um caso com seu amigo tempos atrás nunca chegam a envolver o espectador. Bill Nighy (o cantor em Simplesmente Amor) é o cara de meia idade e a cena dele recebendo um boquete no carro é ótima, pois é feita de um jeito que traição não se aplica (opa, tô soando como o Bill Clinton que disse que sexo oral não é traição hehe), foi mais um alívio, quase solitário.
São Francisco (Francesco)
Produção para a tv dirigida por Michele Soavi sobre a história de São Francisco De Assis. As outras produções sobre o santo não vi (Irmão Sol, Irmã Lua, um com o Mickey Rourke) para comparar, mas essa se mostra uma boa cine-bio com uma boa interpretação Raoul Bova (que vi pouco tempo atrás bem diferente em Sob O Sol De Toscana). Acho Francisco um personagem fascinante, também estava predisposto a gostar, mas o filme em si tem belos momentos, extremamente religiosos que podem irritar certas pessoas. Nunca fica certo se ele era apenas maluco ou santo já que ele é mostrado mais como um rebelde do que um curador ou homem que faz o bem. A bela Amélie Daure como Chiara (conhecida como Santa Clara) traz um pouco de romance impossível entre os dois. Não sei se a oração famosa de São Francisco De Assis foi criação dele, mas se foi senti falta no filme, há um trecho que encaixaria perfeito. Só faltou isso. Adoro a oração e seria tão bom que eu e todos mais ouvissem e praticassem mais essas palavras. Quis ouvir depois a bela versão que Sarah McLachlan fez para a oração, Prayer Of St. Francis. Coloquei pra vcs ouvirem, aqui. Senha: D2002AF5
Lord make me an instrument of your peace,
Where there is hatred let me sow love
Where there is injury, pardon
Where there is doubt, faith
Where there is despair, hope
Where there is darkness, light
And where there is sadness, joy
O divine master grant that I may
Not so much seek to be consoled as to console
To be understood as to understand
To be loved as to love
For it is in giving that we receive
It is in pardoning that we are pardoned
And it's in dying that we are born to eternal life
Amen.
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domingo, dezembro 19, 2004
Livros
Faz um tempinho que não comento livros lidos aqui... Os últimos lidos:
- O Lucro Ou As Pessoas? (Profit Over People): Noam Chomsky
como sempre ler Chomsky é muito bom
- Yossel Rakover Dirige-Se A Deus (Jossel Rakouvers Wendung Zu Gott): Zvi Kolitz
livrinho pequeno e poderoso sobre o holocausto, a segunda parte é toda a história envolvendo este texto que virou uma lenda; bom para ser lido em parceria com Em Busca De Sentido de Viktor E. Frankl, este sim um relato real dos campos de concentração
- Paulo Francis – Brasil Na Cabeça: Daniel Piza
breve, mas bom perfil de um dos melhores jornalistas deste país, Piza não fica só nos elogios, fala dos defeitos, contradições e fraquezas de Francis
- O Código Da Vinci (The Da Vinci Code): Dan Brown
não é que é um thriller muito bem realizado? Brown faz capítulos curtos e sempre com ganchos para que continuemos lendo com atenção e no meio disso oferece vários assuntos legais (para quem curte, como eu) sobre sociedades secretas, conspirações, Cristo, Maria Madalena, Da Vinci, etcs não sei como vai ser quando virar filme pois a parte expositiva das teorias deve ser sacrificada e é um dos aspectos mais fascinantes do livro; também quero ver como vão resolver a questão da identidade do vilão, já que em vários momentos a narração fica com ele, o recurso é ótimo pra literatura e péssimo pro cinema, o espectador não vai poder ver quem é antes da hora e se cortarem estas partes a narrativa enfraquece
com isso as próximas leituras são:
Os Segredos Do Código - Dan Burstein, bom destes thrillers que envolvem pesquisa é que depois queremos saber mais do assunto tratado, e como Código Da Vinci fez sucesso vários outros saíram na cola, este aqui é um dos "filhotes" que é o mais bem conceituado, pegando vários especialistas para análise e discussão dos assuntos tratados na narrativa
Criatividade E Grupos Criativos - Domenico De Masi, meu desejo seria ler todo esse livro entre o natal e ano novo, mas sei que é algo improvável para suas 700 páginas de letras bem pequenas
Como Faço O Que Faço E Talvez Inclusive O Porquê - Gore Vidal, ensaios reunidos e traduzidos por Diogo Mainardi, serve de primeiro contato com Vidal que nunca li nada
Sol Negro, Depressão E Melancolia - Julia Kristeva, anotado e comprado depois de ver a maravilhosa Márcia Tiburi comentando o livro num Café Filosófico
Seinfeld E A Filosofia - William Irwin, aproveitando que estou com a primeira caixa do seriado nada melhor que seguir na onda para ler sobre filosofia
e algum de cinema, não sei qual ler no momento, algum desses: Hitchcock / Truffaut, As Teorias Dos Cineastas, Abbas Kiarostami ou Luis Buñuel – A Critical Biography.
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sábado, dezembro 18, 2004
Presente de Natal
Para os leitores deste blog (vários? alguns?) coloquei algumas faixas de trilhas sonoras no disco virtual para baixar. Indico todas. As faixas são:
Back To The Future Theme - Alan Silvestri (clássica! um dos melhores temas que o Silvestri compôs)
Blain Gets Killed - Alan Silvestri (fãs de Predador vão identificar esse trecho na hora, é o prelúdio de uma das melhores cenas dos anos 80, finalmente tenho a música, meu vício era tanto nesta cena que além de tê-la copiada em vídeo nos anos 80 eu ainda gravei numa fita cassete o trecho e ouvia sempre! a palavra "contact" gritada por Bill Duke foi uma das mais marcantes da minha adolescência e até hoje fico emocionado quando revejo a cena)
I Do Believe In Fairies - James Newton Howard (faz parte de uma das mais emocionantes seqüências do brilhante filme Peter Pan, de P.J. Hogan)
Everywhere - Jerry Goldsmith (mais um emocionante trecho musical, do filme Energia Pura, a seqüência final tem um impacto emotivo grande devido à essa composição do grande Goldsmith)
Festivo - Keiichi Suzuki (pra quem viu Zatoichi vai adorar relembrar o final com essa música, maravilhosa!)
Life's Incredible Again - Michael Giacchino (uma das composições para a trilha de Os Incríveis, adorável!)
Warriors - Tan Dun (da bela trilha de Tan Dun para Hero, com destaque para a percussão no início e as cordas no final)
Frantic - Yeong Wook Jo (hipnótica música da trilha de Old Boy que nos faz entrar no belo pesadelo que é o filme)
Acessem e baixem.
Senha: 4024D14D
disponível até 25/12/2004.
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sexta-feira, dezembro 17, 2004
O Agente Da Estação (The Station Agent)
Pequeno e belo filme dirigido por Thomas McCarthy, ator em sua estréia na direção (e roteiro). Fala de um anão que após a morte do amigo recebe de herança uma pequena cabana perto de um linha de trem onde antigamente o agente da estação ficava. Lá, em outra cidade, vai interagir (em princípio à contragosto) com os habitantes locais, principalmente um vendedor cubano, uma pintora e uma jovem bibliotecária. Belos momentos mostrados em andamento lento e bem humorado. Não há exatamente uma história a seguir, mas sim como se desenvolve a amizade entre essas pessoas. É curioso a forma como o telefone é presente (e importante), e no que isso traz de bom e ruim para as pessoas, além de qualquer forma de identidade e expressão (carta com endereço, pinturas, vídeo, livros, a comida) que faz a conexão entre as pessoas. Pequenas coisas aqui e ali se mostram importantes como o significado do relógio estraçalhado. Peter Dinklage, o anão, tem um desempenho maduro e complexo. Patricia Clarkson é sempre ótima. Bobby Cannavale é o personagem que impulsiona a narrativa, pois não sendo ele este espírito bem humorado e falante não haveria um relacionamento maior entre os personagens (ele é mais conhecido atualmente como o namorado de Will no seriado Will & Grace). Michelle Williams é a jovem que trabalha na biblioteca. O filme recebeu prêmios no festival de Sundance. Nem dá para perceber o final, já que não há um ponto final para a narrativa chegar, o filme apenas acaba, mas sabemos que as coisas continuarão. Vale conhecer e apreciar este filme docemente emocional.
Inocência Marcada (Amy & Isabelle)
Telefilme que integra os filmes que Oprah Winfrey escolhe a partir de livros favoritos do ano (é famoso o poder que ela tem quando recomenda um livro em seu programa, vira best seller instantâneo). A história da perda da inocência, o amadurecimento de uma garota e a relação com a mãe com um passado conturbado é bem conduzida com boas interpretações de uma Elisabeth Shue propositadamente desglamourizada (quase sem maquiagem) e uma adorável Hannah R. Hall que muitos devem lembrar como a pequena Jenny em Forrest Gump ou a caçula de As Virgens Suicidas. A escolha de Hannah é perfeita pois estava na idade ideal que mescla um rosto ainda de criança com uma sensualidade nascente (hoje já tem 18 anos, na época do filme, 15). Engraçado que sendo um telefilme a forma como é retratada a relação da garota com o professor (Martin Donovan) não é automaticamente reprovável e também que posteriores relacionamentos com uma outra família (não falo para não falar demais da trama) sejam por demais liberais para a época, 1971 (aliás nem sei como hoje seriam as reações em certas famílias). Como não sei se o livro é baseado num caso real fica a impressão que a autora que quis esses aspectos mais positivos nas reações das pessoas da época. A história toda mostra um aspecto positivo do gosto de Oprah a ponto dela querer produzir o filme (até o Michael Moore queria Oprah para presidente). Com o talento e a beleza irresistível eis um nome para se guardar: Hannah R. Hall!
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quinta-feira, dezembro 16, 2004
Bem Vindo À Selva (Welcome To The Jungle / The Rundown)
Primeiro filme que vejo do The Rock (não cheguei a ver O Rei Escorpião) e toda idéia ruim que tinha dele se desfez, o cara é ótimo e esse filme é uma diversão só. Ele tem toda pinta para ser protagonista e carregar um filme nas costas pois alia talento para interpretar (mais do que seus antecessores), habilidade física e humor. As melhores cenas do filme juntam essas qualidades como a da luta com os "índios", The Rock pendurado e com macacos, e outra logo a seguir envolvendo uma fruta e macacos de novo (onde ele não tem medo de passar por ridículo). Ele usa bem a auto ironia. Peter Berg tem no currículo a comédia de humor negríssima Uma Loucura De Casamento (que achei muito divertido) e aqui conduz bem a parceria de Rock com Seann William Scott (que é meio chato até no American Pie). As cenas de ação são boas (mas pelo making of parece que feitas mais pela segunda unidade que pelo Berg mesmo). Tem quem possa se irritar com as referências ao Brasil (cidade chamada El Dorado, gente falando português com sotaque, etcs), ou os exageros do filme, mas o filme empolga e diverte tanto que isso fica irrelevante. Engraçado que Rosario Dawson fala português melhor do que os supostos brasileiros. Christopher Walken, coitado, é meio ridículo como vilão, mas não atrapalha. Atenção para a participação do Schwarzenegger no começo do filme. Agora fiquei com vontade de ver mais filmes do The Rock (e ele vem aí com um filme com John Woo). No dvd vários extras além de comentário de Berg e Rock legendados (só faltou erros de gravação e entrevistas, tipo queria saber da Rosario como ela estudou o português para as falas dela).
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terça-feira, dezembro 14, 2004
Memoirs Of A Geisha
Com Zhang Ziyi, Ken Watanabe, Gong Li e Michelle Yeoh.
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Million Dollar Baby
Com Clint Eastwood, Hilary Swank e Morgan Freeman.
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Intacto (Idem)
Thriller espanhol dirigido por Juan Carlos Fresnadillo (estréia em longas) que conta com um andamento diferente do habitual no gênero. O filme fala da sorte, em jogos de azar estranhos e inusitados, entre escolhidos, onde se aposta a sorte de outras pessoas. Max Von Sydow tem uma participação significativa. Quem entrar no ritmo do filme vai apreciar um belo exemplar do cinema espanhol, inteligente e instigante.
O Álamo (The Alamo)
Filme correto, sem muito a ser elogiado ou criticado. A comparação com o filme de John Wayne não é possível já que não o vi. John Lee Hancock faz de novo parceria com Dennis Quaid (Desafio Do Destino, que acho superior) e tem um estilo de direção invisível, só vendo o making of depois notamos várias boas tomadas realizadas com diversas gruas, cabos, dollys, mas não notamos no decorrer da narrativa (apenas uma, que é da trajetória da primeira bola de canhão sob o Álamo). Talvez falte ao filme um foco ou personagem carismático. O roteiro esteve em boas mãos como Stephen Gaghan (Traffic), Leslie Bohem (Taken) e o próprio diretor. A partir do ataque ao Álamo e depois o contra-ataque o filme melhora, mas mesmo assim prefiro as reconstituições feitas por Ronald F. Maxwell em Anjos Assassinos, por exemplo. No elenco além de Quaid temos Jason Patric, Billy Bob Thornton e Patrick Wilson (que reconheci de Angels In America).
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domingo, dezembro 12, 2004
Line OF Fire
Infelizmente esta semana foi exibido o último episódio dessa série que durou 13 capítulos. A criação foi de Rod Lurie, cineasta que realizou Minutos Extremos, A Conspiração e A Última Fortaleza, todos ótimos. Parece que o seriado se originou de um piloto fracassado que Lurie escreveu que resultou no telefilme A Capital Do Poder onde uma jovem idealista começa a trabalhar em Washington para um senador e depois de saber seus jogos de poder se rebela e tenta ela mesma concorrer ao cargo. O telefilme é bom e tinha potencial para uma belo seriado político, o final é até frustrante pois dá vontade de saber o que viria pela frente. Mas, se o cancelamento deste piloto causou a criação de Line Of Fire então pelo menos a troca foi boa. Leslie Bibb fazia a jovem e David Paymer o senador. Eles e mais outros atores foram aproveitados em Line Of Fire, desta vez girando em torno do FBI em Richmond querendo acabar com o império do mafioso local (Paymer). Além de Julie Ann Emery e Jeffrey D. Sams (de Capital Do Poder) os atores Anson Mount, Leslie Hope e Brian Goodman completam o elenco.
O paralelo entre as atividades da agência governamental e o sindicato do crime permeia os primeiros episódios e vai se diluindo nos outros, não ficando tão esquemático e coincidente demais.
Além de toda boa produção, direção, roteiro e interpretações o que mais se destacou foi a escolha de ótimas atrizes para as agentes federais. Hope como a chefe, Bibb e Emery como as agentes ficaram tão bem nos papéis que seria um desperdício não serem chamadas em outros filmes ou seriados sobre o tema. Hope, com sua maturidade atraente, se mostrou uma líder, algo que nunca tinha desempenhado antes na carreira. Bibb passou de atriz de seriados juvenis (Popular) para uma convincente agente novata, trabalhando o físico e intelecto (novamente algo inédito na sua carreira). Emery é uma revelação, já tinha chamado atenção na minissérie Taken, mas seu papel de agente veterana, casada e com filhos, foi tão bom que logo ela começou a fazer parte do imaginário de fãs por aí, sendo a escolha preferida para qualquer seriado ou filme que envolvesse o FBI (ou força policial). As três tiveram ótimas oportunidades de serem versáteis. Fiquei fã delas (Leslie Hope eu já conhecia e gostava, mas de outro modo) e espero vê-las em mais produções (se possível dentro do gênero policial).
Leslie Hope
Os episódios envolveram temas como o tráfico de imigrantes ilegais, terrorismo, prostituição, tráfico de drogas, corrupção policial, agentes infiltrados, e até um episódio homenagem ao filme Doze Homens E Uma Sentença. Mas no meio dos casos víamos a vida pessoal de ambas as facções, em como o trabalho influia na vida familiar (e em muitas das vezes os casos tinham relações diretas às vidas pessoais dos envolvidos, tanto agentes quanto criminosos).
Lurie dirigiu 7 episódios e se encarregou dos dois episódios finais (precoces) para tentar de alguma forma finalizar a história. O episódio duplo é muito bom e mesmo que não consiga dar um fecho esperado de fim de seriado, termina bem, dando a dica do que vai ocorrer no futuro.
Deste final as cenas marcantes são com Leslie Bibb. Uma impedindo um assassinato que poderia estar num filme, com ela jogando o carro em cima do matador (numa van), saindo atordoada do carro após a batida e o matando no chão. E outra uma briga com uma suspeita na cozinha de uma casa (a cena em si remete ao truque utilizado em O Silêncio Dos Inocentes da investigadora estando no lugar certo e a equipe no lugar errado).
Mas a atuação de Julie Ann Emery é a melhor, estando o personagem dela em plena crise após sua filha ser alvejada quando o alvo era ela. A culpa pelo estado da filha, a incomunicabilidade com o marido (devido ao seu trabalho no FBI que leva à situações assim), a decisão dos procedimentos cirúrgicos que oferecem altos riscos à vida de sua filha e apenas os informes que recebe da caça ao atirador a fazem ser a mais emocionalmente instável dos episódios. Seu choro final é palpável pelo mistura de sentimentos.
Leslie Bibb / Julie Ann Emery
A AXN deve começar a reprise do seriado esta semana, por isso, quem se interessar acompanhe todas as quartas às 21:00.
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Primer
Veja o trailer.
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O Pagamento (Paycheck)
De imediato não parece um filme de John Woo e quando começa a se assemelhar é o Woo diluído dos dias de hoje. Mesmo assim o filme empolga em boa parte de sua duração, apesar de ter Ben Affleck inadequado no papel principal. Uma Thurman, saindo de Kill Bill, está bem e consegue ser mais que do que geralmente é esperado desse tipo de papel. A trama é absurda, mas crível, só que há grandes falhas em certas partes para acomodar esse absurdo enfraquecendo a criação do faz de conta da estória, como a aquisição de certos objetos para o envelope, a habilidade na moto, o incrível lance do pente da arma na linha do metrô, etcs. Mas, é um bom Woo.
Matemática Do Diabo (Devil’s Arithmetic)
Um telefilme feito com a clara intenção de despertar nos jovens (judeus?) a consciência do holocausto. A estória criada é um pouco O Mágico De Oz, com uma jovem judia nos dias de hoje de saco cheio em ter que comparecer numa cerimônia familiar até que ela volta ao passado, na Polônia na época da segunda guerra e vai ser presa e levada à um campo de concentração. Ela acha que tudo aquilo é um pesadelo, mas como não consegue sair dele vai lidando com a situação e amadurecendo. Há uma ênfase nos costumes judaicos (por isso a dúvida se o filme é direcionado especificamente à juventude judaíca americana que é retratada como alienada). Kirsten Dunst e Brittany Murphy se desglamourizam no filme e conseguem bons resultados (principalmente Brittany). A ambição pequena (além do orçamento e da duração) faz com que o filme não alce grandes vôos e o roteiro é apenas correto. Produção de Dustin Hoffman e Mimi Rogers.
Táxi (Taxi)
Refilmagem americana de sucesso francês (com a grife Luc Besson) que não consegue juntar bem os ingredientes que dispoe. Queen Latifah e Jimmy Fallon, geralmente bons comediantes, estão meio perdidos, sem timing e desmotivados (pelo que aparentam em algumas cenas). Os próprios personagens não têm muita garra, como a taxista que é paciente demais com o policial, ou a tenente tolerante demais com a inabilidade dele. Algumas situações potencialmente engraçadas são mal aproveitadas (a do gás hilariante é curta demais). A estória é ridícula. Ann-Margret coitada, faz um personagem engraçado, mas decadente para sua imagem (parece fim de linha pra carreira dela). A atração principal para o público nacional é Gisele Bündchen que não está ruim, suas caras e boas são boas e as poucas falas não caem no ridículo. Só paga mico na reação final. Jennifer Esposito, uma maravilha, aparece pouco, mas a cena dela com a Gisele vale a conferida.
Cazuza – O Tempo Não Pára
Filme estranho. Depois que se vê dá pra se perguntar qual o propósito do projeto? Uma cine-biografia não é (o que se fica sabendo dele que até um leigo já não sabia?); um retrato geral tenta ser, mas não é (falta profundidade em muitas coisas e fatos); um painel da época não é (é infeliz as poucas interferências do que acontecia no mundo somente através da tv); no final parece que é apenas a idéia da mãe sobre o filho famoso (a única coisa mais explorada)...
Que o filme amenize muito a vida do Cazuza já era esperado, agora, que não o retrate bem é inusitado. Amizades e amores, onde estão? Vemos transas, vemos grupos de pessoas, mas entre elas quem é retratado bem? Leandra Leal, por exemplo, é uma incógnita. Deborah Falabella só serve de desculpa. Andréa Beltrão quase vira uma pessoa de carne e osso, mas não tem a oportunidade. André Gonçalves é figurante de luxo. Até o Frejat não é bem retratado! Apenas o produtor Zeca é mais significante. Fica parecendo que os únicos amigos do Cazuza foram sua mãe e em menor grau seu pai. Talvez até tenha sido assim, não sei, mas nenhum amor fora os pais também?
A opção de não ter uma narrativa tradicional e sim, trechos de vida, é boa e ruim. Boa por sair do comum, ruim por não dar consistência ao filme. Isso só parece aumentar o rumor de que o filme passou por mudanças onde uma nova versão foi realizada com a entrada de mais um diretor (Walter Carvalho veio ajudar Sandra Werneck ou o contrário), já que o filme parece juntado, com partes aqui, acréscimos ali, uma narração off aparecendo de vez em quando pra ligar coisas...
E por ter muitas apresentações musicais num filme relativamente curto a dramaturgia necessariamente teria que se sacrificar. Resumidamente parece tratar de um filhinho de papai rebelde que vira estrela musical e por seus excessos acaba doente e com isso encontra a paz em si mesmo.
Há uma cena boa visualmente: a descoberta da Aids na corrida na praia.
A atuação de Daniel De Oliveira é boa, e fica especialmente melhor conforme o tempo passa, se entregando ao personagem.
O filme não chega a ser ruim, mas poderia ser muito mais, o "personagem" Cazuza merecia bem mais.
O Encontro (The Gathering)
Bom suspense que à princípio não se espera muita coisa, mas mostra-se uma boa surpresa. Sendo o motivo principal a Christina Ricci encontramos uma trama bem curiosa e que nos faz acompanhar tudo com atenção. A idéia pode ser emprestada e antiga, mas não a conhecia e é interessante: fala das pessoas que viram a crucificação de Cristo, não por reverência ou ódio, mas por prazer. Falar mais estraga. Acompanhamos duas histórias em paralelo que vão se juntar depois, na primeira é descoberta uma antiga igreja, soterrada, onde se acredita que José De Arimatéia fundou, sendo ele um dos que estavam no local da crucificação, podendo então haver um registro do que ocorreu em primeira mão. Figuras são achadas, olhando a cruz, e um especialista vai conferir a autenticidade. Na outra uma jovem (Ricci) é atropelada por um carro e depois não lembra por que estava naquele local e nem sua história passada. Ela é acolhida na família da motorista que a atropelou e estabelece um vínculo com o filho menor, calado e asmático. Há um clima de tensão e cria-se a vontade de saber o que exatamente vai acontecer. Os elementos são bem trabalhados, como a atitude e visual de um certo grupo ou as cenas premonitórias que Ricci têm de vez em quando. A conclusão tem até uma leve surpresa e o final é bem arranjado. Para o que aparenta ser um filme modesto o resultado é bem acima da média, com uma mitologia criada (ou emprestada se já existe obra falando sobre isso) que envolve o espectador e até uma mensagem extremamente feliz sobre atitudes, oportunidades e passividade. Ah, Ricci está uma delícia! hehe
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quarta-feira, dezembro 08, 2004
O Gigante De Ferro (The Iron Giant)
Animação ESPETACULAR realizada por Brad Bird! Um dos mais emocionantes e engraçados desenhos animados que vi em tempos. A trama do filme tem muito de E.T. e Frankenstein, Jr. (alguém via essa série de desenhos quando criança?) misturada com várias outras referências. Uma das coisas de E.T. é dar emoção ao gigante de ferro através dos olhos. A dublagem é excelente e recomendo que poucos tentem saber quem são os dubladores para terem uma grata surpresa nos créditos finais. Eu não sabia quem eram e minha surpresa foi pra lá de positiva com a mãe, o amigo e o robô que são atores bem conhecidos. O garoto não conhecia, mas fez um trabalho de primeira. No dvd há um mking of onde os dubladores dão entrevista. Podemos ver o dvd em wide ou full. O filme tanto faz rir (e muito, com pequenas coisas brilhantes colocadas aqui e ali) quanto chorar (na parte final, que não é triste, mas emocionante de diversas formas). É um filme que todos deveriam ter para mostrarem para todos os adultos e crianças que conheçam. Mal posso esperar pelo novo trabalho de Brad Bird, Os Incríveis.
Outros vistos:
Memories (Idem) **1/2 - anime com episódios irregulares
Sedução Da Carne (Senso) ***1/2 - hoje em dia a trama do filme de Visconti é por demais conhecida, mas só a cena do ataque final do protagonista, que vira um desabafo escancarando sua decadência e o que se segue após já vale todo o filme
À Francesa (Le Divorce) ** - produção de sempre de James Ivory, ao menos o charme das duas atrizes compensa; as diferenças entre franceses e americanos é a coisa mais engraçada do filme
Noite Inolvidável (The Big Night) **** - ótimo filme de Joseph Losey passado numa única noite
As Amigas (Le Amiche) ***1/2 - muita coisa da filmografia posterior de Antonioni se encontra neste filme, que ainda tinha um registro meio neo realista
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O Show Da Vida (The Jimmy Show)
Frank Whaley é um ator esquisito, nada mais natural que um filme escrito e dirigido por ele também o seja. Ele faz o papel de um comediante iniciante que não leva o menor jeito para a coisa, mas é a única coisa que o faz suportar uma vida dura onde tem que cuidar de sua avó inválida e sustentar a filha que teve com a namorada de colégio trabalhando num supermercado. Só que as coisas pioram com a esposa o deixando por não aguentar a vida insuportável que levam e ele sendo despedido do emprego. Ele acaba indo parar nos mais diversos empregos banais (atendente de lanchonete, cobrador de estacionamento) e a eventual falta de seguro de saúde o faz ter mais gastos ainda com os medicamentos da avó.
Whaley opta por não utilizar o alívio cômico, mesmo que ele exista em pequenas doses. O clima geral é de tristeza, depressão, onde não vemos saída para a vida do protagonista. Suas apresentações como stand up comedian viram uma terapia aberta, onde ele cada vez mais vai se abrindo e questionando sua própria existência vazia.
Carla Gugino faz sua esposa e Ethan Hawke seu amigo meio lesado do supermercado.
O filme é baseado numa peça que os amigos Whale e Hawke montaram bem antes do filme, com Whaley atuando e Hawke dirigindo. Whaley então adaptou para um roteiro, acrescentando várias coisas, incluindo o casamento fracassado que na peça não existia porque o protagonista era bem mais jovem.
A música ao piano é extremamente triste (e bonita). O final é ótimo, bem amargo.
Creio ser este o filme mais triste que vi este ano, mas não ao ponto de lágrimas, pois o sentimento depressivo é tanto que ficamos atordoados. Quem sabe as lágrimas apareçam numa revisão.
O primeiro filme que Whaley dirigiu, Joe The King, também tem esse clima depressivo e fiquei com vontade de ver. Pode ser que Whaley venha a ser um cineasta a se acompanhar. Não recomendável para pessoas que queiram se sentir bem ao ver um filme. Pode irritar muita gente por ser na superfície um filme "chato", "monótono", "sem sentido", etcs. Não é.
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segunda-feira, dezembro 06, 2004
Breve em dvd
Disc 1:
Audio Commentary with Writer/Director Richard Kelly and Kevin Smith
Disc 2:
• Donnie Darko Production Diary (with optional commentary by Director of Photography Steven Poster)
• A story-board to screen featurette
• The Director’s cut theatrical trailer
• They Made Me Do It Too
• The Cult of Donnie Darko
• #1 Fan: A Darkomentary
Extras:
• Deleted Scenes
• "Deconstructing The Village", a look at the making of the film
• A special M. Night Shyamalan home movie
• Production photo gallery
Extras:
• Additional Scenes
• Audio Commentary
• Documentaries
• Theatrical Trailer
Ainda bem que segurei em não comprar a edição simples!
Outras capas, aqui.
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Make Trade Fair
The EU gives six companies over 800 million euros a year to over-produce sugar and dump the surplus in poor countries at rock-bottom prices - driving local farmers out of business and into poverty.
Bono
Every cow in Europe gets $2 a day in subsidies. This is more money than half the world's population get to live on each day.
Michael Stipe
"How sweet does your chocolate taste when you know the producer in a country you will never see did not even get paid enough to feed his family?"
Thom Yorke
Mais celebridades engajadas na campanha, aqui.
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sexta-feira, dezembro 03, 2004
Celular - Um Grito De Socorro (Cellular)
Pra começar: eis o maior comercial de celulares que Hollywood produziu! Tirando esse fato o filme é empolgante, absurdo em várias situações, trabalhando com clichês básicos que manipulam o emocional (o espectador sente desespero, tristeza, ódio, alívio, humor). O motivo do seqüestro é um dos pontos fracos, não tem grande importância e é até ridículo, poderia ser algo mais bem trabalhado para justificar toda a operação envolvendo a família. Engraçada a relatividade que faz com que neste filme os policiais corruptos sejam vistos como desprezíveis enquanto que num seriado como The Shield a mesma trama seria mostrada de forma que a platéia torcesse para os "bad guys". Um dos méritos do filme é transformar o protagonista durante a narrativa. A primeira impressão é a pior possível: um ator que parece ser a imagem exata do que mostra - insensível, infantil, superficial, egoísta. E conforme a trama progride ele vira outra pessoa (mérito do ator que convence nos dois registros). Kim Basinger tem um papel quase ingrato de ter que fazer quase todas as suas cenas sozinha e chorando, mas é a mais forte do casal. Dá pra ver porque Jason Statham não convence como mocinho (como O Transportador e outros): a cara de mau caráter dele é difícil de modificar. Bom também é que ninguém é herói auto suficiente, todos erram e uns ajudam aos outros. Voltando aos celulares é incrível como o filme explora todos os recursos do aparelho, fazendo com que seja essencial possuir um. Afinal no filme o celular mata, salva, grava coisas importantes... item básico de sobrevivência moderna! O que são aqueles créditos finais senão mais um grande comercial da Nokia?
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