domingo, dezembro 31, 2006
Melhores De 2006 (1)
Não, apesar de tudo não somos os melhores de 2006, isso só foi para ilustrar o post.
Cinema
A lista mais precária em muitos anos. A falta de filmes nos cinemas daqui já não é novidade, mas foi agravada com a impossibilidade de ir ao Festival Do Rio e acompanhar a Mostra São Paulo por poucos dias e sem pacote algum. Por isso, como os melhores filmes eu via nos festivais restou os poucos que vi e apreciei no ano. Há graves ausências, mas que podem entrar nos melhores do ano que vem caso realmente se mostrem bons como O Céu De Suely, Volver, Filhos Da Esperança e O Labirinto De Fauno.
Eu listo filmes tanto vistos comercialmente quanto em festivais, mesmo assim não consegui listar 20 filmes (a não ser que botasse alguns que gostei só para completar ao invés de realmente colocar os que achei de ótimo para excelente), o que explica um pouco eu ter achado esse ano bem mais ou menos, pois mesmos os perdidos não são assim daquele tipo que acho que me entusiasmaria demasiadamente.
Como Inland Empire não veio pra cá este ano, não deu pra colocar na mesma lista a rara ocasião de ter 4 dos meus cineastas vivos favoritos.
Critério único de ir pela emoção que cada filme provocou.
E adianto que não vai ter Os Infiltrados, Pequena Miss Sunshine, O Segredo De Brokeback Mountain, Ponto Final, A Última Noite, Paris Te Amo, Serpentes A Bordo...
Já que quase todos os filmes têm posts aqui no blog não preciso novamente falar porque gostei tanto deles, só preciso listá-los:
01) Miami Vice (Idem)
02) Munique (Munich)
03) Dália Negra (The Black Dahlia)
04) Amantes Constantes (Les Amants Réguliers)
05) Belle Toujours - Sempre Bela (Belle Toujours)
06) Johnny & June (Walk The Line)
07) ABC Do Amor (Little Manhattan)
08) Síndromes E Um Século (Sang Sattawat)
09) Terror Em Silent Hill (Silent Hill)
10) Leonard Cohen - I'm Your Man (Idem)
11) Syriana - A Indústria Do Petróleo (Syriana)
12) Juventude Em Marcha (Idem)
13) O Novo Mundo (The New World)
14) Abismo Do Medo (The Descent)
15) O Plano Perfeito (Inside Man)
16) A Casa Monstro (Monster House)
. . .
Comments:
terça-feira, dezembro 26, 2006
It's (after) Christmas!
Em Defesa Da Honra (Deacons For Defense)
Bom filme dirigido por Bill Duke sobre um fato real na história da luta pelos direitos civis dos negros nos EUA. Forest Whitaker está ótimo como um pacífico trabalhador do sul do país que passa a agir de forma revolucionária em defesa de sua família e comunidade. Os "diáconos" são quase uma lenda urbana dessa época, poucos admitem que fizeram parte, mas muitas ações se deram no nome da organização.
Contos Da Lua Vaga (Ugetsu Monagatari)
Pouca coisa a dizer dessa obra prima de Kenji Mizoguchi, um dos filmes fantásticos mais realistas já feitos. A não ser por poucos momentos a pessoa poderia achar estar diante de um filme extremamente realista da época das guerra civis nipônicas, mas o que realmente o filme trata é do fantástico na vida de habitantes de um pequeno vilarejo. A ambição e cobiça humana, principalmente dos homens, provocando todo o sofrimento de cônjuges e família (a mulher como a principal vítima das circunstâncias). Dentre tantas cenas memoráveis há um plano espetacular que reúne o real e o fantástico em um movimento de câmera (Bergman até usaria isso anos depois em Morangos Silvestres).
O Albergue (Hostel)
Apesar de não ser tão forte quanto achava até não é de todo ruim. Dias atrás tinha revisto Riki Ô e mesmo sendo mais tosco e com algo de humorístico a violência é bem mais forte e provocativa do que aqui. Não vi algo que diferencie o filme de outros exemplares ao tratar do outro como algo para se desconfiar e temer. As cidadezinhas do interior americano foram transpostas para o Leste Europeu, onde não há lei e ordem. Suspeite de tudo e de todos. E os americanos viajantes não se diferenciam de qualquer outro jovem (de qualquer país) em viagem à procura de diversão. O mais interessante é a oposição clara entre os que se movem por instinto e os que recusam essa desculpa para não se responsabilizar por seus atos. Não é à toa que o herói é vegetariano e um dos "vilões" um senhor que come carne com as mãos. Há algo de homossexual no senhor, num tom meio homofóbico. Claro que ainda há sexismo, racismo e xenofobia no longa. Fazer parte daquele clube é algo que justifica esse instinto pelo prazer (mesmo torturando alguém) e o protagonista age contra isso (e ainda é latino e que sabe outros idiomas, mostrando ser mais racional que os outros personagens retratados, além de tentar salvar uma oriental). O alerta que fica é: se garotas bonitas dão mole fácil no estrangeiro o preço por isso vai ser sua vida hehehehe
Zuzu Angel
Nada demais e ainda por cima ao final parece que mais se justifica a importância do filme sobre ela do que a própria já que ela não conquista algo realmente relevante na luta contra a ditatura mas sim o retrato dela em filme é que faz isso. Um aspecto positivo é a estrutura da narração, misturando passado e presente de uma forma mais de associação do que flashback.
. . .
Comments:
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Jackass Number Two
Melhor comédia do ano até agora. Gargalhei do começo ao fim. Bem melhor que o primeiro, com mais doideiras, nojeiras, idiotices e nudez. Se no início do primeiro filme tínhamos Carmina Burana agora vamos de Ecstasy Of Gold. Eles continuam com fixação anal de várias formas, seja enfiando um tubo com cerveja diretamente "lá" pra ver se bebe algo ou marcando com ferro em brasa o traseiro do Bam com um desenho de pênis. E isso é só um aperitivo. Nem vale contar as dezenas de coisas retardadas que eles criam, muitas delas bem engraçadas. Melhor é ver mesmo. Só um quadro de todo filme é mais parado (o do mau avô). Até o John Waters aparece fazendo um truque de mágica. O pessoal cada vez mais aparecendo pelado em frente às câmeras (Chris Pontius é um que adora mostrar o pau, seja em sunga ou travestido de ratinho). Não tem outro como Steve O para fazer as coisas mais inusitadas como botar uma sanguessuga no olho ou enfiar um grande anzol na boca e pular no meio dos tubarões. Ele também é especialista nos desafios pouco higiênicos como a máscara do pum. Se bem que um deles beber porra de cavalo não é lá algo de classe. Ou pregar o saco num cavalinho de gelo. Ou comer bosta de vaca. É inútil, é retardado, é um retrocesso, mas é engraçado, fazer o quê. Devo ter visto a versão unrated, parece que uma das formas de se saber qual versão está vendo (além de notar que aparece muito saco e pau) é ver a cena da porra do cavalo, na versão censurada não vemos a tomada de Pontius tomando a coisa.
. . .
Comments:
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Cassino Royale (Casino Royale)
Eu já não esperava nada deste Bond e acabei saindo com a mesma impressão. Deveria ter seguido meu instinto que me fez nem ver o anterior (Um Novo Dia Para Morrer) no cinema. Melhor ver em dvd mesmo, ao menos nos extras pode ter algo mais interessante... Do começo: prólogo em p&b é bem sem graça, se antes ao menos alguma ação isolada e espetacular era esperada agora nem isso, não há nem um bom gancho para que se encare isso como uma abertura de série (como Tarantino usou em Pulp Fiction). A abertura conta com uma canção insossa de Chris Cornell (fui pensar e acho que desde A-Ha que não há uma abertura musical boa mesmo, que empolgue e vire hit, Licence To Kill chegou quase lá). Depois há uma ação que apesar de movimentada não é nada excitante, parecia que Rob Cohen estava na direção, introduzindo modinhas da época na ação, no caso o Le Parkour (até a sempre oportunista Madonna não deixou de colocar isso no seu recente clipe). Comecei a perceber duas coisas, uma irônica, ter Daniel Craig (que supostamente atua bem) para fazer um dos Bonds que mais corre e fica calado dos últimos tempos e que há um atraso de algumas décadas no filme, os brutamontes que resolviam na porrada eram da década de 80! Parece que só agora botaram um Bond que emula os actions heroes dos anos 80 (Schwar, Sly, Norris, Willis), pouca inteligência e mais músculos. Quando chegamos na cena do aeroporto estamos mais para Duro De Matar do que 007 (a profusão de machucados em Bond é algo tão John McClane...). E aquele mini-vilão da seqüência com sua cara de mármore mais parece um T-1000. Metade do filme e só agora entra a trama do cassino, é um outro filme. Eva Green além de atuar mal parece constrangida de estar no filme (e em muitas cenas, feia, ainda mais se comparada com a Caterina Murino), seus diálogos com Bond parecem a única contribuição de Haggis no roteiro. Bond se apaixonar por ela em minutos, já que ele mais passou horas jogando pôquer que com ela, é quase uma brincadeira. Ele parecia mais íntimo com a primeira conquista, aquela bem mais gostosa que logo morre. Sendo essa uma das primeiras aventuras do agente 00 fica estranho a história se passar em 2006, como se todas aquelas aventuras do passado na realidade fossem do futuro. O vilão (vilão?) é meio ridículo: chora sangue, é asmático, treme nas bases com os africanos, perde feio no pôquer, não consegue uma forma mais inteligente de se ganhar míseros 100 milhões de dólares (o Tom Cruise pode emprestar se quiser), tem prazer em esmagar sacos alheios e morre de forma banal. Aliás, de uns tempos pra cá esses filmes que necessitam de vilões resolveram aposentar a idéia de um vilão que vai do começo ao fim sendo construído para o protagonista ter um adversário à altura para o confronto final; nos tempos atuais há vilões e vão se sucedendo, como se para mostrar a "complexidade" das coisas e fazendo com que o último vilão seja um mero rascunho que o espectador nem se importa de ver destruído ao final (quando não fazem o vilão ser o chefe vira-casaca do protagonista). O charme sumiu, a inteligência inexiste, um agente secreto atual nem parece que sabe mais do que atirar e lutar (esqueçam as centenas de treinamentos para as mais diversas habilidades, muitas delas exigindo o cérebro) e as ações são bem mundanas, coisa que um mercenário serveria mais ao intento. Só Sydney Bristow mesmo para salvar tudo, nem Jack Bauer serveria, ele seria mais o capataz da ação ao final da operação. Falando em agentes sou bem mais o Tom Quinn na ótima série Spooks, eis um grande agente britânico! As cenas de ação se não são excitantes não chegam a ser ruins, mas isso é mérito mais do Alexander Witt (segunda unidade em Falcão Negro Em Perigo, A Identidade Bourne, Uma Saída De Mestre) que do Martin Campbell (que só consegue inutilizar Jeffrey Wright no elenco). A música constante de David Arnold é irritante. A cena final, pelo menos, é boa como pretexto para se soltar a célebre frase.
. . .
Comments:
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Rastro Perdido (Broken Trail)
Belo filme de Walter Hill que na verdade é uma minissérie de 3 horas. Por motivos de herança um tio vem ao encontro do sobrinho para avisá-lo de sua parte e aproveita para levar gado de um estado para o outro. Os dois partem e no meio do caminho cruzam com chinesas virgens compradas para futura prostituição e as coisas começam a complicar. A presença das chinesas é um aspecto pouco explorado e curioso (e a opção de muitos diálogos serem no idioma original é bem acertada). O grande tema no entanto é a ética em oposição ao poder do dinheiro, o quanto ambos são bem antagônicos ainda mais num ambiente como o western onde mais valia o que cada indivíduo pensava e se comportava do que normas e regras sociais e jurídicas. E nisso a presença de Robert Duvall é quase simbólica, em outros tempos James Stewart seria a encarnação perfeita para o papel. Duvall diz que para ele é a conclusão de uma trilogia formada por Lonesome Dove e Pacto De Justiça. Thomas Haden Church como o sobrinho tem presença marcante desfazendo aquela imagem cômica que ele tem. Hill nos apresenta belíssimas paisagens e um roteiro enxuto. A introdução de Greta Scacchi parece demarcar a segunda parte da narrativa. E é ela que vai proporcionar a discussão de um segundo tema, o tempo e a vida para os velhos caubóis solitários e o medo da felicidade e do amor. O final chega a ser tocante. No dvd duplo há um making of (com legendas em japonês!). Concorre ao Globo De Ouro 2007 nas categorias filme/minissérie para tv, ator e ator coadjuvante. Merece os 3 prêmios!
. . .
Comments:
Breach
Novo fime de Billy Ray com Ryan Phillippe, Chris Cooper, Laura Linney e Dennis Haysbert. Ray segue o caminho aberto por seu primeiro (ótimo) filme, O Preço De Uma Verdade (Shattered Glass), pegando uma história real para falar de verdades e mentiras, dessa vez num assunto mais abrangente (FBI/segurança nacional) do que somente no jornalismo.
Trailer
. . .
Comments:
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Steven Spielberg, 60 anos
Longa vida, Steven!
No cinema:
1974: A Louca Escapada (The Sugarland Express). 1975: Tubarão (Jaws). 1977: Contatos Imediatos Do Terceiro Grau (Close Encounters Of The Third Kind). 1979: 1941 – Uma Guerra Muito Louca (1941). 1981: Os Caçadores Da Arca Perdida (Raiders Of The Lost Ark). 1982: E. T. – O Extraterrestre (E. T. – The Extraterrestrial). * 1983: No Limite Da Realidade (Twilight Zone – The Movie). * 1984: Indiana Jones E O Templo Da Perdição (Indiana Jones And The Temple Of Doom). 1985: A Cor Púrpura (The Color Purple). * 1987: Império Do Sol (Empire Of The Sun). * 1989: Indiana Jones E A Última Cruzada (Indiana Jones And The Last Crusade). 1989: Além Da Eternidade (Always). * 1991: Hook – A Volta Do Capitão Gancho (Hook). 1993: Jurassic Park – O Parque Dos Dinossauros (Jurassic Park). 1993: A Lista De Schindler (Schindler’s List). * 1997: O Mundo Perdido – Jurassic Park (The Lost World – Jurassic Park). 1997: Amistad (Idem). * 1998: O Resgate Do Soldado Ryan (Saving Private Ryan). * 2001: AI – Inteligência Artificial (A.I.). * 2002: Minority Report – A Nova Lei (Minority Report). 2002: Prenda-Me Se For Capaz (Catch Me If You Can). * 2004: O Terminal (The Terminal). * 2005: Guerra Dos Mundos (War Of The Worlds). * 2005: Munique (Munich). *
* - também produtor.
. . .
Comments:
sábado, dezembro 16, 2006
John McClane's Back!
Yippee-ki-yay, mutherfucker!
Teaser
. . .
Comments:
Miami Vice em dvd
Já nas locadoras desde ontem. A versão que veio para cá é a normal, em wide com alguns extras: Miami Vice Undercover, Miami & Beyond: Shooting On Location e o clipe do NonPoint.
Não veio a unrated director's cut que tem cenas a mais na montagem (como a famosa abertura com a corrida de lanchas), os extras que saíram na versão nacional e mais Visualizing Miami Vice, Gun Training, Haitian Hotel Camera Blocking, Mojo Race e áudio de comentário com Michael Mann.
No site oficial é possível baixar outros behind the scenes featurettes bem legais:
Gong Li In The Air Tonight Club Mansion Haitian Hotel 42nd Street Opa Locka Hanger Miami River Cuban Jazz Club Racetrack
. . .
Comments:
The Black Dahlia em dvd
Extras de Laurent Bouzereau:
• The Case File - A behind-the-scenes look at the filmmakers, actors and crew that brought this infamous mystery to the screen
• The De Palma Touch - A look at how acclaimed director Brian De Palma brought his unique and shocking visual style to the film
• Reality And Fiction: The Story Of The Black Dahlia - A conversation with best-selling novelist James Ellroy, who gives an in-depth perspective on the crime and how he turned fact into fiction
. . .
Comments:
Noivo Em Fuga (The Groomsmen)
Mais um filme dirigido e escrito por Edward Burns que se revela um de seus melhores trabalhos. Quem o acompanha sabe o que vai encontrar e por isso pode apreciar mais. O título nacional já tenta vender algo que ele não é, um mera comédia. E quem não conhece os filmes anteriores pode achar que tudo é muito normal demais para um filme, não há grandes acontecimentos e reviravoltas. Burns gosta de passar em filme suas experiências do bairro onde cresceu, seus amigos, suas vidas e assim vai. Nada exatamente excitante, mas honesto e carinhoso. E com orçamento baixo. Aqui acompanhamos a vida de 5 amigos semanas antes de um deles se casar. Paulie é quem vai casar com sua namorada com quem já vive por alguns anos e está grávida. Seu irmão mais velho, Jimbo, é casado, mas sem filhos e se encontra no meio de uma crise pessoal, desempregado, não se mantendo num emprego por mais que alguns meses, engordando, bebendo um pouco mais que o normal e sendo cliente vip de clubes de strip. Mike é o primo deles, trintão que ainda mora com o pai, mesmo emprego desde o colegial e que não superou a ex-namorada, bonita garota que não o quis mais por achá-lo imaturo demais que ainda se importa em colecionar figurinhas de beisebol e histórias em quadrinhos. Dez é o amigo que casou cedo, aos 21 anos e já tem dois filhos pré-adolescentes, e sente que seus anos de glória ficaram pra trás, o que ele tenta recuperar ao querer que a turma volte a ensaiar a antiga banda deles e ensinar aos filhos canções dos anos 80 (quando o que eles mais querem é um blues). Finalmente T.C. é o amigo que saiu da cidade e passou longos 8 anos fora e sem contato com os amigos voltando com coisas para resolver e revelar. Sim, os personagens de Burns parecem saídos de uma canção do Bruce Springsteen (talvez em Uma Chance Para Ser Feliz isso fique mais evidente com canções do Bruce na trilha e Jon Bon Jovi atuando). Nenhum deles tem um emprego maravilhoso e seu tempo livre se limita a conversa em bares, bilhar, ver alguns jogos, etcs (coisa que um deles afirma que não é grande coisa por estar perdendo depois que teve dois filhos). Cada um enfrenta seus medos de crescer e envelhecer. Burns dá oportunidade de cada um ter seu momento mais tocante e faz isso de forma natural. O companheirismo dos personagens parece que é real entre os atores, um conjunto (ensemble como falam lá fora) muito bom onde temos de forma inesperada Matthew Lillard e John Leguizamo em modo contido, Jay Mohr muito engraçado (e nem por isso não sentimos suas angústias por detrás do seu jeitão), Donal Logue mais dramático (geralmente usa seu lado mais cômico) e Burns do jeito Burns de ser (é como Woody Allen, sempre é o Woody Allen em seus filmes). Brittany Murphy, Heather Burns (sem parentesco com Edward) e Jessica Capshaw são o elenco feminino que se não têm muito destaque estão bem em seus papéis (particularmente gosto bastante da Heather). Geralmente Burns consegue boas interpretações dos atores com quem trabalha. Numa das pré-estréias Burns revelou que fora as histórias e pessoas de sua própria vida ele se inspirou em Quando Os Jovens Se Tornam Adultos (o clássico Diner do Barry Levinson) e Os Boas Vidas do Fellini. Não poderia deixar de ser essas referências mesmo, aliás o do Fellini é um dos meus preferidos dele. Quem quiser ver o trailer não tem muito problema já que não estraga muita coisa, pois não há surpresas para serem estragadas, melhor assistir sem ver o trailer, mas só pra saber como é o clima da coisa não faz mal. Pena que dois dos mais recentes filmes de Burns antes desse, Ash Wednesday e Looking For Kitty, estão inéditos por aqui. O que ele acabou de completar se chama Purple Violets e tem no elenco Selma Blair, Patrick Wilson, Debra Messing e Dennis Farina.
. . .
Comments:
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Earthlings
Os três estágios da verdade:
1) Ridículo 2) Forte oposição 3) Aceitação
Melhor deixar o resumo como está tirado do site oficial para melhor explicação:
"Narrated by Academy Award Nominee Joaquin Phoenix and featuring music by the critically acclaimed platinum artist Moby, EARTHLINGS is a documentary film about humankind's complete economic dependence on animals raised for pets, food, clothing, entertainment and scientific research. Using hidden cameras and never-before-seen footage, EARTHLINGS chronicles the day-to-day practices of the largest industries in the world, all of which rely entirely on animals for profit. Powerful, informative, controversial and thought-provoking, EARTHLINGS is by far the most comprehensive documentary ever produced on the correlation between nature, animals and human economic interests."
Ou em português do Wikipédia:
"Earthlings (Terráqueos, em português) é um documentário sobre como a humanidade trata os animais de quem tanto dependem para alimentação, vestuário, entretenimento e experiências científicas. Compara o especismo da espécie humana com outras relações de dominação, como o racismo e o sexismo.
Escrito, produzido e dirigido por Shaun Monson e co-produzido por Persia White, o filme é narrado pelo ator e ativista dos direitos animais Joaquin Phoenix, que também é vegano e membro da PETA, maior organização de defesa dos direitos animais do mundo. Earthlings também conta com a contribuição do músico vegano e ativista Moby."
Aqui não vai nenhuma manifestação pró-vegan ou algo assim já que eu mesmo não sou. É mais o interesse no trabalho realizado sobre um tema muito importante.
Na lista de agradecimentos ao final outros ativistas aparecem: Irmelin DiCaprio (mãe do Leonardo), Woody Harrelson, Dennis Hopper, Bryce Dallas Howard, Alison Lohman e Bill Maher.
Pra baixar alguns links:
No rapidshare: 1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6
No youtube: 1 / 2 / 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10
No google video (download direto, "salvar destino como"): 1
Via torrent (de onde eu baixei): 1
Legendas: 1
. . .
Comments:
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Os Infiltrados (The Departed)
Que decepção esse novo trabalho de Martin Scorsese. Não é que o filme seja ruim, mas não vai mais do que um competente filme policial, genérico. Aliás, refilmagem, Conflitos Internos é melhor. Por onde começar? Do começo... o que deu na Thelma, esqueceu a montagem? Aquele começo é uma picotagem de cenas que impressiona negativamente, não sei se culpa dela ou de Martin por dar dezenas de ângulos e planos de detalhe e jogar no colo dela, nada se sustenta, tudo parece corrido (e não resumido já que a intenção era dar toda a trajetória da história em minutos) e pouco refletido (até um plano e contraplano soa estranho). As coisas se normalizam no decorrer ou nos acostumamos mesmo? Depois são os personagens rasos onde o maior problema é o de Costello que não tem história alguma, e isso de um mafioso pé de chinelo de 70 anos. O que ele é, de onde veio, o que pensa, quais suas crises? Intencionalmente ou não ele é retratado como um adolescente, com brincadeirinhas com falos, brincando com armas, zoando padres ou mexendo em sua montanha de pó (sua atitude final não passa de um adolescente birrento). Nem suas raízes irlandesas se destacam. Nem o próprio Jack Nicholson (que até lembra o Costello da maneira que vive) deixa de ter um passado, uma história. A (não) relação paternal com Colin ou mesmo Billy inexiste a não ser por algumas falas soltas que não tem base em algo mais profundo. Ele acabar morrendo com aquela camiseta parece até uma caricatura (o que até pode ser se nos lembrarmos do rato ao final, mais caricatural que isso só se Costello aparecesse no céu numa projeção dando tchauzinho pra câmera...). Os infiltrados então nem se fala, não mudam nada do começo ao fim. O bom é bom, o ruim é ruim, não se questionam em nenhum momento, seja Colin no meio policial e construindo uma suposta vida e Billy sob influência de Costello. Nesse ponto o contraste fica mais forte ainda (para não deixar dúvidas): Queenan é a figura paternal perfeita, quase um santo diante de Costello. A sedução da liberdade do mundo criminal ou a corrupção policial passam longe das mentes dos protagonistas. Billy ao menos tenta perto do final querer recuperar sua identidade (um esboço mal feito é falado para o público pelas falas de Dignam em sua entrevista inicial), mas fica nisso, ele ainda crê na instituição policial. Conflitos Internos, como o título nacional mesmo diz, se debatia mais na psiquê dos dois envolvidos, na difícil vida de agente duplo. Aí dá pra lembrar o trabalho muito bem realizado de Miami Vice e O Homem Da Máfia sobre o mesmo tema, o trabalho dos agentes infiltrados e toda merda que isso traz para a vida deles, quando eles começam a perder os traços que os faziam o que são (sua ética, sua moral, sua religião, seus objetivos, suas famílias). Até mesmo a questão do pequeno mafioso e a operação policial para prendê-lo foi mais carismática no seriado Line Of Fire (David Paymer fazia o mafioso e a estrutura era bem parecida ao do filme, só que ele tinha toda uma história e passado, além de uma filosofia sobre o que era e o que fazia). A constante trilha musical chega a irritar por não deixar espaço para o som natural, como se um rádio estivesse sempre ligado em qualquer lugar (a única boa utilização é a música dos Dropkick Murphys que aparece duas vezes e é ressaltada quando aparece). A coitada da Vera Farmiga tem sua chance num filme de grande porte e acaba fazendo uma psiquiatra das mais medíocres, tanto desconhecendo com quem se relaciona e vai morar junto quanto cai na conversa furada de qualquer um que lhe aborda, seja no elevador (Colin) ou no consultório (Billy) e ainda passa receitas na maior tranquilidade, ela não consegue nem criar uma moral para se indignar ao final. As reviravoltas finais (ou devo dizer, os tiros finais pois é um atirando no outro) até perdem o foco ao dar um final "justo" para Colin ("o desgraçado morreu") quando sua ruína seria bem outra, a perda de sua identidade que seria de sua vida, basicamente ele ainda, apesar dos pesares, continuava com sua vida segundos antes de morrer, realmente nunca chegou a lhe passar pela cabeça a farsa de toda sua existência. Consola o fato de que Billy reencontra sua identidade quando morre. Enfim, se eu esquecer que é um filme do Scorsese eu até acho o filme bonzinho, boa diversão (um pouco longo demais pra ser só diversão, há momentos que poderiam ser cortados), mas se eu lembro... Preferia ele errando mais (em outros sentidos) em Gangues De NY (tortíssimo, mas ao menos mais pessoal e mais relevante) do que acertando desse jeito. Como foi nesse que ele conseguiu sua maior bilheteria a resposta monetária fala mais alto, ele pode achar que está no caminho certo (ainda mais se um Oscar vier concretizar essa idéia). Scorsese, você virou Colin e não sabia? Quem vai ser o seu Dignam, hein?
. . .
Comments:
terça-feira, dezembro 12, 2006
Women
Hayden Panettiere, uh... já falei dela aqui, mas não custa aparecer de novo hehehe Foi capa da Entertainment Weekly mês passado e segunda passada esteve junto com o elenco de Heroes numa divertida entrevista no programa da Ellen DeGeneres.
Alicia Keys no novo de Joe Carnahan, Smokin' Aces.
Vanessa Hudgens, revelação do High School Musical. Lançou um cd recentemente que não é grande coisa. O que importa é que é uma gracinha, por isso que seja bem vinda! Falando nesse RDB americano melhor é ouvir a versão nacional de uma das canções, feita pelo Ludov, O Que Eu Procurava
. . .
Comments:
domingo, dezembro 10, 2006
Podcast Tony Scott, Joe e Melissa discutem os filmes de Tony. Mesmo que enalteçam os mais previsíveis (Top Gun) e desprezem os que precisem de maior estudo (Domino) vale ouvir o papo.
Hayden Panettiere cada vez se destacando mais no seriado Heroes ao ponto de quase ser o ponto central da história. E Hiro continua imbatível. O gancho para a pausa do natal e ano novo parecia até mais gancho de final de temporada. Fora isso há bons nomes na direção (Allan Arkush, John Badham e Ernest Dickerson) e no roteiro (Tim Kring e Jeph Loeb).
Que venha o Energyman!
Pesadelo Americano (American Gun) •••1/2
Bom elenco e interpretações (Forest Whitaker, Marcia Gay Harden, Chris Marquette, Tony Goldwin). Várias histórias lidam com o tema da violência e armas e nem todas se interligam. Não chega a ser um painel e muitas coisas não se fecham ao final, mas é interessante no que tenta tratar, principalmente no papel de Harden que faz a mãe de um dos garotos que realizou um massacre na escola e se matou logo após (totalmente inspirado em Columbine) e como ela lida com os eventos após o massacre e a relação com seu filho mais jovem. Comparam com Crash, mas não achei parecido. O filme concorre ao Independent Spirit Awards 2007 (Forest e Marcia também).
O Bárbaro E A Gueixa (The Barbarian And The Geisha) •••
Um filme tradicional de John Huston mesmo que em ambiente diferente. John Wayne no Japão é inusitado e várias falas são na língua original. Baseado em fatos reais fala do primeiro cônsul americano em terras nipônicas e seu caso com uma gueixa. Não é todo filme que podemos ver Wayne de quimono ou apanhando de um baixinho e isso já vale a conferida.
Erros Irreversíveis (Reversible Errors) •••1/2
Baseado em um livro de Scott Turow esse telefilme é bem competente, parecendo um episódio triplo de algum seriado policial/tribunal. Se isso antes isso era algo negativo (telefilme / lembra seriado) hoje isso não é tão ruim assim já que muitas coisas para a tv em relação à telefilmes e seriados têm mais qualidade que vários filmes. E uma das qualidades é que apesar da duração (140 minutos) não cansa. O caso que parecia simples se mostra mais complexo, não há exatamente um protagonista, no início o destaque é para Tom Selleck e Monica Potter, depois passamos para William H. Macy e Felicity Huffman (casal na vida real e uma chance legal de contracenarem juntos). Vários atores que fazem coadjuvantes são facilmente reconhecíveis de seriados como Shemar Moore (Criminal Minds) ou Glenn Plummer. Tentando parecer com o estilo de Turow dá pra notar que o filme consegue mudar o foco narrativo, ter várias reversões e não deixar com que haja mocinhos e vilões (Tom Selleck é o personagem mais interessante neste aspecto, ele tem atitudes contraditórias). Se há algum vilão talvez seja do sistema judiciário seja na parte investigativa da polícia quanto no tribunal com a (in)competência de defensores públicos e a vida pessoal dos juízes. Pena que o título nacional seja o oposto ao original (acham que irreversível é algo que atrai) já que é justo no título que esconde o tema principal do filme, a tal segunda chance, a possibilidade de reverter erros do passado e é nisso que o final se concentra (nos dois casais, mesmo que pareça ser só de um casal).
. . .
Comments:
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Protetores Do Universo (Shu Shan Zheng Zhuan)
Fantasia demais. É o que diria desse filme do Tsui Hark que em nenhum momento me entusiasmou. Mesmo aclamado e tudo o mais achei de um desinteresse enorme. Hark meio que refilmou o seu antigo filme de 1983 com mais efeitos desta vez. Eis algo bem discutível, há efeitos demais e muitos deles toscos (certos momentos achava que estava vendo aqueles seriados japonês, do tipo Power Rangers). E quando começam a pipocar nomes, lugares e situações fantasiosas (Omei, Amnesia, King Sky, caverna de sangue, espada do trovão, Enigma, Moon Orb, Insomnia) meu interesse foi baixando, baixando... Nem as presenças de Zhang Ziyi (bronzeada e suja), Cecilia Cheung e Sammo Hung (às vezes parecia o Chow Yun Fat mais gordo) ajudaram. Ou mesmo Yuen Woo-Ping coreografando as lutas. A trilha também não ajuda reforçando o clima kitsch. Acho que prefiro Hark fazendo policiais (Alvo Duplo 3, O Tempo E A Maré) ou algo menos fantasioso (Era Uma Vez Na China, Dragões Em Dose Dupla, O Mestre, The Blade).
. . .
Comments:
Mais um Johnny To nas locadoras
Com isso deve ser o quarto filme dele que chega por aqui. Os outros sendo: Jogo Da Vingança, Breaking News e Profissionais Do Crime. Todos ótimos.
. . .
Comments:
segunda-feira, dezembro 04, 2006
INLAND EMPIRE
Trailer
. . .
Comments:
domingo, dezembro 03, 2006
Isso que é música erudita!
Anna Netrebko, famosa soprano russa.
Foi ex-faxineira!
O álbum dela é um sucesso e está chegando ao status de diva.
. . .
Comments:
sábado, dezembro 02, 2006
Assassino Invisível (The Prodigy)
Apesar de tudo é um bom filme. Como assim? Eis um caso estranho. Filme independente, barato (200 mil dólares), diretor estreante e atores desconhecidos. As atuações em boa parte não são exatamente boas, alguns erros de roteiro aparecem aqui e ali (exemplo: não revistar o protagonista e comparsas no início quando entram para uma transação de drogas) e mesmo assim há algo de instigante na criação do "vilão" que é um assassino que é mais retratado como se fosse um vilão de filme de terror. As referências ao homem invisível aparecem no nome que ele assina e nas vestimentas. Em certa parte do filme o jogo entre ele e o protagonista parece lembrar Jogos Mortais (e o cartaz japonês força a semelhança, mesmo que o filme tenha sido realizado antes). Ainda há alucinações e um trauma infantil que rodam a cabeça do protagonista que não é um policial como pode-se achar no início, mas o principal capanga de um mafioso. Aliás, o "vilão" poderia virar um protagonista em outro filme. O filme mistura coisas de filme de ação, thriller, suspense e um pouco de terror. Nada muito sofisticado mesmo porque o orçamento não deixa. O destaque fica por conta das cenas de tiroteio e das lutas: são bem feitas e há uma brutalidade corporal diferencial (houve treinamento específico com certos atores para isso). A reviravolta final é meio sem sentido se racionalizada (por que o vilão faria algo assim?), mas fica dentro do limite do que se espera de um thriller. E dentre as várias referências a cena final parece querer remeter à Coração Satânico no destino do protagonista. Curioso que o roteiro é escrito pelo ator principal, o seu parceiro no filme e o diretor, William Kaufman. Acho uma estréia bem interessante, vamos ver o que Kaufman fará daqui pra frente. O filme pode não agradar muita gente, pode-se achar precário, diluidor, banal, etcs, mas há de se concordar que é menos comum do que se vê por aí em produções do gênero. Engraçado que lendo depois as reações no imdb deu pra notar que muita gente do Texas (de onde é a equipe do filme) adorou o filme em sessões de festivais e tal e outra parcela de outros lugares não gostou (principalmente os ingleses).
Quem tem curiosidade (saiu em dvd por aqui) pode dar uma olhada nos trailers. Interessante notar as diferenças de como um mesmo filme pode ser vendido através do trailer:
Trailer oficial - dando uma visão geral do filme Trailer japonês - enfatizando o lado terror
Uma coisa boa do filme é ter conhecido essa atriz, Mirelly Taylor. Uma graça que faz a namorada do ator principal. Ela tem um quê de Jennifer Beals com Penélope Cruz e um sorriso delicioso. Espero que fique mais conhecida daqui pra frente. Legal que achei foi um tipo de vídeo promocional dela, mostrando várias cenas de suas participações em filmes, um tipo de currículo visual que a agência dela deve ter feito (ou ela mesma).
P.S. - a música que toca neste vídeo promocional é This Years Love do ótimo David Gray.
. . .
Comments:
quinta-feira, novembro 30, 2006
684 Unidade De Combate (Silmido) •••1/2
Mais um ótimo filme de sucesso sul coreano que chega por aqui (como Shiri - Missão Terrorista, Zona De Risco e A Irmandade Da Guerra). A mistura de ação com toques políticos permeia todos esse filmes. Aqui há uma história real ainda pouco revelada, por isso com maior liberdade narrativa. A trama básica lembra Os Doze Condenados, onde temos um grupo de condenados que é treinado pelo exército sul coreano para uma missão secreta para assassinar o líder norte coreano (na década de 60). Vemos o treinamento até a metade do filme e o desenrolar das coisas na outra metade. Mesmo tendo toda a ação e violência há uma dramaticidade que quase chega ao melodrama na questão da união daqueles homens e o aspecto patriótico da coisa. Um filme que vale ser conhecido.
Dois É Bom, Três É Demais (You, Me And Dupree) •••
Comédia que parece ser apenas divertida, mas se mostra até dramática e sentimental. O lado cômico é a presença de Dupree na vida recém casada do seu melhor amigo. Toda a outra parte foca no relacionamento desse novo casal, as dúvidas dela quanto ao recém marido e as pressões em cima dele pelo trabalho e o novo sogro. Interessante notar como o filme tenta minimizar os coadjuvantes, deixando o mínimo possível restrito aos 3 (excetuando Michael Douglas e um dos amigos do casal). As mulheres não são mostradas (as que ficam com Dupree, a esposa de um dos amigos). Opção curiosa. Seria para deixar nossa atenção exclusiva em Kate Hudson? O final todo mundo imagina e acaba assim mesmo.
U–Boat – Nas Mãos Do Inimigo (In Enemy Hands) •••
Bom filme de submarino mesmo com orçamento reduzido. Tripulação americana acaba num submarino alemão em plena segunda guerra mundial e em certo momento todos têm que se unir para se salvarem. Os alemães falam em alemão, o que ajuda a não ficar tão falso. William H. Macy é um dos nomes mais conhecidos do elenco que conta com vários atores reconhecidos de séries de tv (Lost, 24 Horas, Six Feet Under). Quem curte o gênero vai apreciar.
Drunken Monkey (Chui Ma Lau) •••
Lau Kar Leung ainda na ativa como diretor. Estava afastado desde Drunken Master III. O mais incrível que é além da direção é o ator mais versátil do filme, com 66 anos à época das filmagens! Por outro lado isso mostra que não deu para utilizar bem a dupla jovem e a mocinha, que lutam, mas não tanto quanto poderiam. Quem manda bem no filme são os veteranos como Gordon Liu e Chi Kuan Chun (o vilão do filme). Há uma mudança no tom do filme de drama de ação para comédia, tentando voltar ao drama no final, o que deixa o filme irregular. Mas as lutas compensam tudo.
. . .
Comments:
domingo, novembro 26, 2006
Our Daily Bread
Com muita vontade de ver esse documentário, logo!
"The Austrian filmmaker Nikolaus Geyrhalter's superb documentary is an unblinking, often disturbing look at industrial food production from field to factory. "Our Daily Bread" can be extremely difficult to watch, but the film’s formal elegance, moral underpinning and intellectually stimulating point of view also make it essential. You are what you eat; as it happens, you are also what you dare to watch." - The New York Times
"'Our Daily Bread' confia exclusivamente no poder de suas imagens. Não há entrevistas, nem trilha sonora. O filme foi definido como o “2001” da produção de alimentos, por suas imagens futuristas e assépticas, mas lembra muito também “Koyaanisqatsi” (1982), de Godfrey Reggio, pela coleção de cenas de grande força visual, que prescindem das palavras." - Ricardo Calil
Algumas cenas, que na verdade são teasers do filme. Isso que é teaser!
Teaser 1 Teaser 2 Teaser 3 Teaser 4
. . .
Comments:
sábado, novembro 25, 2006
Borat OST
Divertidíssima trilha sonora da esperada comédia de Sacha Baron Cohen.
Link
. . .
Comments:
sexta-feira, novembro 24, 2006
Alex Colville
Famoso e aclamado pintor canadense.
Pacific
Essa pintura de 1967 serviu de inspiração para Michael Mann na composição do personagem de Robert De Niro em Fogo Contra Fogo. Podemos ver ali também tanto o Sonny Crockett de Don Johnson quanto o de Colin Farrell. E até o Will Graham de William Petersen.
Horse And Train
Poderosa imagem.
On A River
Virou até capa de um dos livros que estudam sua obra, Alex Colville: Return.
Couple On Beach
As pessoas de costas parecem até uma constante em sua obra. O que pensam? O que estão sentindo?
To Prince Edward Island
E quando o retratado está de frente eis como se apresenta! O que ela vê em nós? O que pensamos? O que sentimos?
Outras pinturas de Colville, aqui.
. . .
Comments:
Alias - The Complete Collection
Caramba, como gostaria de ter isso!
Num dos extras Steven Spielberg conversa sobre Alias com J.J. Abrams, Jennifer Garner, o diretor Ken Olin, os produtores Sarah Caplan e Jesse Alexander, o diretor de fotografia Michael Bonvillian, e o supervisor de efeitos visuais Kevin Blank.
29 discs with every episode of all five seasons, plus bonus disc of never-before-seen extras including:
• Jennifer Garner's never-before-seen first interview as Sydney Bristow • Exclusive J.J. Abrams interview • Identity theft – Alias' sexiest aliases • Case Closed: Emotional cast reunion from the series finale • Dossier 47 – The Secret of the Infamous Number • Fan montage, bloopers, and more! • Packaged in replica of Rambaldi artifact box, with secret compartment holding the bonus disc • Hardbound book revealing answers to the show's deepest secrets, including introductory letter from J.J. Abrams • Plus commentary on select episodes, deleted scenes, featurettes, bloopers, and other supplements from the original season releases
. . .
Comments:
quinta-feira, novembro 23, 2006
Na Estante
Ou no armário? Adquiridos nos últimos 2 ou 3 meses.
O Gato Por Dentro: William Burroughs Tristessa: Jack Kerouac
Da boa coleção Pocket Plus da L&PM, 6 reais cada em várias livrarias e bancas (de capital) por aí.
Lembranças De Hollywood: Dulce Damasceno De Brito
Bela edição, cheio de fotos dela com os artistas. Ela até podia ter escrito mais de cada um, mas acho que nem era essa a intenção, tem mais o intuito de ser um álbum de recordações, como se ela estivesse do lado falando um pouquinho de cada artista/foto. Tem até revelação de seu primeiro homem, um ator de razoável fama! Legal que a Dulce deve ter sido uma das primeiras pessoas que fui ver uma palestra quando eu era adolescente, ela ia falar sobre o Oscar. Desde lá tenho simpatia por sua pessoa, lia sua coluna na Set e até tenho um de seus livros. O bom é que nunca se passou por crítica, mas uma jornalista-fã, ainda tendo aquele fascínio quase ingênuo com o cinema hollywoodiano.
Chegando Juntos: Emlyn Rees & Josie Lloyd
Há uns, sei lá, 5 anos atrás eu anotei esse livro pra ler/comprar por ter achado interessante. É escrito por um casal, e tem os dois pontos de vista sobre um casal que se encontra e começa a namorar (acho que é até meio autobiográfico). Nunca vi em promoção ou sebo e o tempo foi passando. Quando vi tempos atrás num sebo em São Paulo eu lembrei que ainda estava na minha lista. Pelo preço quis finalmente riscá-lo da lista e adquirí-lo. Espero que ao menos seja divertido. Um trecho:
Amy, the female protagonist, calling her best friend Helen the morning after meeting Jack, the soon-to-be boyfriend:
H: (sleepily) Hmmm?
Me: (a pause, just so she'll know it's me) Blachhhhhhhhh! (I inject this greeting with as much postpuking throaty misery as I can muster)
H: Blachh-blachh-blachh? Or just blachh?
Me: Blaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaachh!
H: I'll be right over.
I love H. She understands me.
A Lei Em Randado: Elmore Leonard
Os faroestes do Elmore estão aparecendo de vez em quando na Fnac por 9 reais. Lembro que em Julho, junto com o Ailton, vimos e compramos o O Último Posto No Rio Sabre pelo mesmo preço. Só falta é ler hehe.
Michael Mann: F. X. Feeney Eisner / Miller: Will Eisner & Frank Miller U2 By U2: Bono & The Edge & Adam Clayton & Larry Mullen, Jr.
Os importados. Do Mann era muito aguardado, quase compro em pré-venda. Deve ser o terceiro livro hardcover que compro importado (se não me engano os outros dois são da Jewel e sobre os westerns do Leone) e é sempre diferente ter um em mãos, a capa avulsa (anti-pó, dizem, não?), a encadernação excelente, as folhas de alta qualidade que ressaltam as fotos extraordinárias... que diferença dos daqui (se bem que quase não há esses livros de capa dura por aqui, o Beatles Antologia é um desses). Do U2 era quase obrigatório e também é hardcover. E do Will Eisner e do Frank Miller foi um belo acaso, fiquei sabendo do mesmo semanas antes de encontrá-lo numa livraria. Se não fosse o ao vivo, pegar o livro na mão e folheá-lo provável que iria ficar por meses na minha wishlist da Amazon. O melhor é que tinha desconto que eu não sabia no meu cadastro na livraria, ficando ainda mais tentador a compra. Estou lendo e é muito bom!
. . .
Comments:
Na Orelha
É mais título que realidade, muitos desses álbuns eu só baixei e ouvi uns 30 segundos de cada faixa. Quem sabe num futuro com ipod possa curtir mais certos álbuns que de outra forma não ouviria.
Aimee Mann - Another Drifter In The Snow Aly & AJ - Acoustic Hearts Of Winter Sarah McLachlan - Wintersong
Tradição americana de lançar cds de natal continua firme. Muitos artistas até gostam de realizar esses trabalhos, nem sempre é uma imposição da gravadora. Ainda acho o da Jewel o melhor. Sei (e pretendo baixar) que ainda tem do Chris Isaak e do Brian Setzer Orchestra este ano.
Jerry Lee Lewis - Last Man Standing Tony Bennett - Duets, An American Classic
Os velhões voltando com aqueles discos cheio de convidados. Os Duets do Sinatra deram cria. Recentemente ouvimos Ray Charles, B.B. King, dentre outros fazendo isso. Outros fazem os seus standards como o Rod Stewart, Paul Anka e Barry Manilow.
Folkways - A Vision Shared
Trilha de um especial que tenho em vhs há anos. Um tributo ao Woody Guthrie e Leadbelly com Bruce Springsteen, U2, Bob Dylan, Brian Wilson, Pete Seeger e outros.
Immediate Music - Epic #1 Immediate Music - Epic #3 Immediate Music - Themes For Orchestra And Choir My Name Is Earl - The Album The Departed X Ray Dog
Trilhas. A curiosidade é ter conseguido álbuns dos profissionais que fazem as músicas para trailers e comerciais, X Ray Dog e Immediate Music. É como se ouvisse a trilha de um filmão cheio de clímaxes e momentos de impacto.
Beirut - Gulag Orkestar TV On The Radio - Return To Cookie Mountain
Devo ter pêgo esses dois por causa de uma lista de melhores álbuns do ano (passado?) ou algo assim.
Gram - Seu Minuto, Meu Segundo The Beatles - Love U2 - 18 Singles U2 - 18 Vertigo 05 (Live From Milan)
Trabalho curioso com as canções dos Fab Four.
Sugarland - Enjoy The Ride
A banda da bela Jennifer Nettles já no segundo álbum. Agora mais conhecida depois da projeção que teve o dueto de Jennifer com o Bon Jovi com Who Says You Can't Go Home que chegou a liderar as paradas country e foi um marco na indústria fonográfica.
. . .
Comments:
Manns
Saindo em Dezembro.
Na fila pra começar a leitura.
P.S. - uma entrevista com o autor, F.X. Feeney, sobre o livro.
. . .
Comments:
segunda-feira, novembro 20, 2006
A Cidade Perdida (The Lost City)
Este projeto pessoal de Andy Garcia não consegue se realizar plenamente, seja pelas condições precárias (levou mais de 15 anos para produzir e quando conseguiu não teve tanta grana quanto queria) quanto por escolhas do que e como mostrar. Quem conhece o lado anti-castrista de Garcia não vai ficar surpreso em ver um filme que ousa criticar a revolução cubana, assumindo um ponto de vista de uma família rica cubana. Ao mesmo tempo consegue ter sentimentos contraditórios de nostalgia por uma velha Cuba que nunca foi exatamente bela (com os mafiosos comandando tudo). Qual Cuba Garcia sente saudades? Parece mais uma Cuba de desejo e não de recordações. Fidel, neste contexto, não difere muito do que existia antes. Um dos pontos tocados é o lado artístico, mais reprimido pós-revolução (o roteiro é do famoso escritor Guillermo Cabrera Infante). O personagem de Bill Murray é um dos mais interessantes, parecendo até descolocado da história principal, mas acrescentando um lado cômico crítico importante. Pena o filme ter sido muito atacado, não sendo exibido em muitos lugares, justamente por um dos seus aspectos mais relevantes: uma outra visão da revolução cubana.
Amantes Constantes (Les Amants Réguliers)
Excelente filme de Philippe Garrel, veterano cineasta que só agora tem um filme lançado comercialmente no Brasil. Se não avisassem poderíamos imaginar que o filme foi realizado em 1968 ou perto disso e não em 2005. E com isso não quero dizer que o filme pareça velho, mas a forma de filmar se liga mais a Nouvelle Vague que ao que se faz hoje em dia e o próprio tema tratado ajuda nessa impressão. Um dos mais notáveis aspectos do filme é o uso brilhante do som, principalmente em sua primeira parte, tanto que dispara diversas coisas na mente em meio aos motins que acontecem nas ruas de Paris. Toda a encenação dessa passagem é excepcional, ligando-se diretamente ao que se fala no filme, o poder da arte e da transformação. Algumas sucatas, um pouco de fogo e muito uso do som e caimos diretamente naquele momento histórico sem uma vez pensarmos estar diante de um filme. Também aqui, como no filme de Garcia, retomamos um momento do passado para ser refletido de outra forma através de um grupo de estudantes burgueses que se dividem entre o real e a arte, os que querem "a revolução do proletariado, apesar dele" e os que almejam a pintura e a poesia, e no meio disso se entorpecem com ópio. O filho do diretor é o protagonista e se enamora com uma jovem (a bela Clotilde Hesme), romance que vai pautar a segunda parte do filme e de certa forma refletir o que se mostrou anteriormente, como ação/teoria ou agir/refletir ou mesmo razão/emoção. Muito se disse do filme ser a antítese de Os Sonhadores de Bertolucci, um motivo para que eu finalmente veja o filme. Mas o melhor mesmo seria rever o do Garrel e me perder entre sons e p&b.
A Ponta De Um Crime (Brick)
Um mistério, uma mulher perigosa, informações desencontradas, o submundo de um ambiente relativamente comum, ângulos tortos, trilha jazzistica, falas elaboradas... estamos em terreno noir só que desta vez um noir à luz do dia (em boa parte) e com personagens adolescentes numa típica high school americana. Joseph Gordon-Levitt (Mistérios Da Carne) está à procura da ex-namorada após um telefonema esquisito recebido, para isso vai aos poucos se infiltrando no mundo escondido de um mini-rei do tráfico local. Se a opção de deslocar o noir para esse ambiente e esses personagens é interessante faz também com que fique ressaltada a construção falsa desse tipo de narrativa. Há que se acreditar com um pouco mais de força nesse universo para não achar tudo encenado e beirando o ridículo. O filme ao menos consegue se equilibrar, não se tornando uma piada de si mesmo mas também não conseguindo convencer plenamente. Para quem embarcar na brincadeira pode até achar mais interessante.
. . .
Comments:
domingo, novembro 19, 2006
Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth)
O que mais chamaram este documentário é de ser um filme em powerpoint. Não deixa de ser, mas acho melhor descrever como uma palestra filmada. Mas que palestra! Al Gore se mostra, como nunca antes, um ótimo palestrante, discorrendo sobre um assunto não lá muito empolgante e conseguindo manter o interesse com dados, comparações, informações, um alerta e humor. Fora isso é um pouco uma forma de renovar sua imagem, pois entre a apresentação vemos seu lado mais pessoal, sua história e sua jornada pelo mundo com essa palestra. O diretor, Davis Guggenheim (marido de Elisabeth Shue), não deixa que o filme se torne enfadonho, precário ou simplesmente puro registro que um mero cinegrafista faria do auditório. É até uma espécie de homenagem ao pai, documentarista com vários prêmios, já que Davis trabalha mais com ficção. O objetivo de difundir para um público maior o que ele tenta fazer com suas palestras é evidente e acho que consegue realizar com ótimos resultados. Não vejo problemas, e espero que possa ser visto na tv aberta, nas escolas e em outros lugares.
. . .
Comments:
terça-feira, novembro 14, 2006
As Torres Gêmeas (World Trade Center)
Eu quase não falo isso ou tenho essa impressão quando vejo um filme, mas não pude não deixar de sentir que esse novo trabalho de Oliver Stone é uma grande nulidade. Achei realmente péssimo. Sobre 9/11 não diz quase nada, poderia ser qualquer outro evento parecido. Não se tocou em nada polêmico ou no mínimo esclarecedor. Como as comunicações truncadas das equipes que, dizem, chegaram a fazer com que pessoas não evacuassem uma das torres. Sobre a situação enfrentada pelos dois personagens há dois outros filmes que lidam melhor com isso: Apollo 13 (as duas situações em paralelo: a família e os que enfrentam uma situação de risco) e Brigada 49 (e os dois têm finais diferentes). Acho que comecei a achar o filme ruim quando ocorre o desmoronamento, pois antes ao menos havia a expectativa de ver como as coisas seriam postas em andamento. Ninguém ainda tinha feito nada e já estavam enterrados. O que importa a sobrevivência desses dois personagens? Nem os flashbacks lançam alguma luz nisso. Os dramas ficam no nível de um Supercine. Depois entra o personagem do soldado, péssimo. E aí já estamos no resgate! Diante de tantas e melhores histórias reais saídas do WTC escolheram logo essa! Lendo as faixas da trilha sonora bem antes de ver o filme notei que haveria algo de religioso, só que nem nisso há algo mais bem elaborado, seja em visões ou alucinações, apenas uma visão do que pode ser Jesus... O único segundo que parece ser um pouco o que o filme quis passar é aquele pensamento que o personagem de Cage tem ao ser retirado, a solidariedade entre as mais diversas pessoas, só que é justamente esse sentimento (eu diria quase global naqueles dias pós 9/11) que foi soterrado pelas ações da administração Bush logo a seguir. "Oportunidade" como essa de reverter algo ruim em bom os EUA podem não ter mais em sua história. O que é aquela lente de contato da Maria Bello? Ficou falso e se destacou demais. Maggie Gyllenhaal tem boa interpretação, mas isso já é algo regular dela. Pior é que usando esse pomposo nome ele fica meio como que o filme oficial sobre o evento, o que é uma lástima (acentuado pelas legendas finais). Parece realmente filme de encomenda para as vítimas se sentirem bem, por isso o sucesso, só achei estranho a crítica gostar também (ao menos a americana).
. . .
Comments:
segunda-feira, novembro 13, 2006
Shut Up & Sing
O documentário sobre toda a polêmica que envolveu o grupo Dixie Chicks após um comentário negativo sobre Bush. De líder em vendagens e shows lotados para banidas de rádios, destruição de cds, shows vazios e até ameaça de morte. A volta por cima acontece com o ótimo álbum Taking The Long Way e esse documentário. Mais do que isso é um filme sobre liberdade de expressão. Dirigido pelas documentaristas Barbara Kopple e Cecilia Peck. Vale conferir o trailer.
Trailer
. . .
Comments:
|
. . .
|