domingo, abril 30, 2006
John Wayne / John Ford Film Collection
June 6, 2006
The Searchers - 50th Anniversary 2-Disc Special Edition (1956)
Disc One:
• Newly remastered and restored from original VistaVision film elements • Introduction by Patrick Wayne • Commentary by Director Peter Bogdanovich • Theatrical Trailer
Disc Two:
• "The Searchers: An Appreciation" • "A Turning of the Earth: John Ford, John Wayne, and The Searchers" • Behind the Cameras: Meet Jeffrey Hunter, Monument Valley, Meet Natalie Wood, and Setting Up Production
Stagecoach - Two Disc Special Edition (1939)
• Newly remastered from best available film elements • New feature-length American Masters: John Ford/John Wayne: The Filmmaker and the Legend • New documentary "Stagecoach: A Story of Redemption" • Commentary by Scott Eyman, author of "Print the Legend: The Life & Times of John Ford" • Audio-only bonus: radio adaptaion with Claire Trevor and Randolph Scott • Theatrical Trailer
Fort Apache (1948)
• Digitally remastered and restored from original nitrate elements • New featurette Monument Valley: John Ford Country • Theatrical Trailer
The Long Voyage Home (1940)
• New featurette "Serenity at Sea: John Ford and the Araner"
Wings of Eagles (1957)
• Theatrical Trailer
3 Godfathers (1948)
• Theatrical Trailer
She Wore a Yellow Ribbon (1949)
• John Ford home movies • Theatrical Trailer
They Were Expendable (1945)
• Theatrical Trailer
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sábado, abril 29, 2006
Ticker (Idem) O Forasteiro (The Foreigner)
Mais dois do Steven Seagal. Pra me atualizar faltam 7 filmes ainda. Em Ticker ele nem é o principal, Tom Sizemore (agora ator pornô) que é o protagonista, o que até melhora as coisas pois não há necessidade de Seagal ficar fazendo cenas dramáticas. Dennis Hopper é o vilão. Foi o primeiro filme de Seagal fora da Warner que desde o início produzia seus filmes. Depois ele passaria às produtoras independentes, lançando direto pra locação. O engraçado é que em Ticker todas as falas dele tem tom budista, servindo de conselheiro zen para o protagonista, mas ele parte pra ação também. Bem movimentada (mesmo que banal) a direção é de Albert Pyun famoso pelos "clássicos" Cyborg - O Dragão Do Futuro e Capitão América, já o roteirita, Paul B. Margolis, fez o roteiro do novo do John Carpenter, The 13th Apostle. O Forasteiro tem trama complicada demais para filme tão simples, não há motivo pra isso, e há pouca ação. Porque teve continuação é um mistério.
Outros:
Heróis Esquecidos (The Roaring Twenties)
Ótimo filme de Raoul Walsh com tom documental e uma grande interpretação de James Cagney. A parte romântica trágica no final dá mais brilho ainda ao filme (só fico me perguntando se não seria melhor o protagonista morrer sozinho ou então com a garota de seus sonhos perto ao invés da que o amava realmente).
Dormindo Fora De Casa (Sleepover)
Estréia de Joe Nussbaum na direção, ele ficou conhecido na internet pelo curta George Lucas In Love. Aqui tendo Alexa Vega (Pequenos Espiões) como principal, Joe conseguiu fazer uma boa comédia juvenil que lembra bastante os climas dos filmes de John Hughes, focando uma fase da vida pouco abordada: a passagem do primeiro pro segundo grau. Muito mais comuns são histórias da quase saída do segundo grau. E ainda por cima a história é com garotas. A participação de Steve Carell é que evidencia a ligação com Hughes, pois há um tratamento diferenciado dos adultos do filme em relação à outros do gênero. É como se estivéssemos vendo Gatinhas E Gatões versão mais jovem. Tem até um Anthony Michael Hall wannabe.
American Meltdown – Pesadelo Americano (Meltdown)
Bem influenciado por 24 Horas, tendo inclusive 2 atores do seriado nele, Leslie Hope e Arnold Vosloo (fazendo um terrorista antes de fazer o mesmo no seriado! então seria o caso do telefilme ter influenciado o seriado?), o filme só peca por abusar das câmeras tremidas, em toda cena. Cansa, irrita e dá dor de cabeça o abuso desse recurso. Por outro lado é bem interessante, tentando dar um cenário geral (apesar da falta de grana) bem mais plausível que no seriado, relatando as conseqüências de uma tentativa de atentado, as atitudes tomadas pelo comando geral, etcs, coisa que o seriado passa batido. Bruce Greenwood é o agente que vai tentar lidar com a situação. Uma virada mais perto do final coloca uma boa perspectiva política na coisa. A direção é de Jeremiah S. Chechik do horroroso Os Vingadores (por isso desde 1998 que não dirigia, só voltando para este telefilme de 2004), mas também do simpático Benny & Joon.
A Marcha Dos Pinguins (La Marche De L’Empereur)
Documentário com seu interesse que dá o que pensar: o que leva tanto sacrifício apenas para viver? o que há nos pinguins e também em vários outros seres vivos (incluindo nós) esse instinto de sobrevivência mesmo nas mais adversas situações e até nas mais absurdas formas de existência? Talvez seja isso que mantenha uma vida por aqui, mas não deixa de ser hilária a idéia de tamanho esforço por quase nada.
Soldado Anônimo (Jarhead)
Melhor do que esperava, ainda mais que foi criticado pela maioria. Fora a cópia de Nascido Para Matar no início o filme consegue dar um bom retrato da guerra que não existe. Nada melhor que um filme de guerra onde nada acontece e o quanto tanto a ação quanto a não ação no final acabam com os soldados. Os que não realizam as ações que foram treinados a realizar e desejar e os que partem pra ação e sofrem todos os seus traumas (o que o filme não aborda já que todos os outros filmes de guerra falam sobre isso). O filme transforma uma bem sucedida guerra na realidade (rápida intervenção americana e poucas perdas dos EUA) numa completa besteirada militar, onde soldados voltando às suas vidas normais nem têm noção do que fizeram, mas já carregam dentro de si todas as merdas que uma guerra traz consigo.
Doze É Demais 2 (Cheaper By The Dozen 2)
O filme não consegue ter momentos engraçados mesmo tendo reunido todos de volta e acrescentado Eugene Levy. Uma mistura de roteiro fraco com bad timing. A parte dramática convence mais. E o diretor não é ruim, Adam Shankman, que fez Um Amor Para Recordar e O Casamento Dos Meus Sonhos, além de ser o coreógrafo de Missão Marte. Coreografia aliás é sua especialidade que poderia ser melhor utilizada no filme. Um ponto positivo foi Carmen Electra num papel que vai contra sua imagem e do próprio esteriótipo que seria o personagem (jovem gostosa casada com velho rico).
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quinta-feira, abril 27, 2006
Não Dá Pra Parar A Música
Finalmente achei uma das canções que mais gostava da Turma Do Balão Mágico (tirando a hors concours Superfantástico). Como ouvi essa canção! Além de ter ficado muito bom o dueto da Virginie com a Simony a música tem aquela coisa de liberdade, de se soltar e de um auto elogio (uma música que elogia o poder da música) que sempre me contagiou (é como, numa declaração "soltando a franga" eu apontar Dancing Queen como minha favorita do ABBA pelos mesmos motivos). Fiquei até levemente decepcionado recentemente quando baixei uma coletânea do Balão Mágico e notei que essa canção não estava. Depois de uns 15 anos volto a ouvir a canção e continuo gostando! "Sim, é mesmo incrível, a música é invencível" hehehe
Tirei o mp3 e a capa do single do ótimo site da banda Metrô, Olhar que contém várias músicas pra se baixar como os sucessos Beat Acelerado, Ti Ti Ti e Johnny Love.
Aproveitando indico um link para baixar o álbum "peixe fora d'água" da banda, logo após a saída da Virginie e responsável pelo fim da banda (anos atrás eles voltaram com a Virginie para um álbum meio eletrônico). Chama-se A Mão De Mao e é muito interessante. O vocal é de Pedro Parq que compôs as letras também. Nada a ver com o Metrô antigo e vale a audição. Quem quiser mais motivos pra baixar tem esse texto também.
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terça-feira, abril 25, 2006
Oh Jewel!
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Ouça entrevista dela na rádio com ótima versão acústica de Again And Again sendo tocada.
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E chega o novo da Jewel!
Finalmente! Misturando as vertentes que explorou em álbuns anteriores ela tentou dar uma geral na carreira, recuperando canções que apenas os fãs conheciam de shows e incluindo inéditas. Há folk, pop-folk, pop-rock, pop e country. Nada mais diferente do que ouvir Words Get In The Way e depois 1000 Miles Away num mesmo álbum. O que continua com a qualidade de sempre é a excelente voz, além das letras bem pessoais.
Álbum
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segunda-feira, abril 24, 2006
Dawn Anna (Idem)
É bom avisar logo de início para qualquer pessoa que venha a se interessar pelo filme que não leia nada sobre do que se trata para não estragar uma surpresa que explico a seguir. Acho legal voltar a ver Debra Winger que estava meio afastada (de 1995 à 2001 não fez nenhum filme) e depois de participações pequenas só agora tem o papel principal. Debra é daquelas atrizes promessa que por diversos motivos (escolhas de carreira, sorte, vida pessoal) nunca chegou a ser uma estrela (poderia vir a ser no começo dos anos 80). Gosto dela e por isso que quis ver o filme. Não sabia sobre o que era o filme, a não ser que era baseado em fatos reais. Depois de ver é que me lembrei que quis ver o filme quando li algo sobre e, ainda bem, esqueci sobre o que era. O que dá pra dizer é que conta a história de Dawn e seus 4 filhos, sem marido (não sei se revelam se ela é viúva ou separada). Aí ela tem que enfrentar um problema vascular no cérebro. Seria um filme "doença da semana" e mesmo assim seria bem feito e recomendável só que há uma surpresa na parte final que aumenta o escopo da história, traz mais elementos de nossa realidade à mesa. Isso que não seria legal saber antes de ver o filme, pois a surpresa realmente não é esperada. Mas, caso se saiba antes creio que mesmo assim vale acompanhar a história, conhecer a personagem e ainda ter uma bela atuação de Debra. O marido dela, Arliss Howard, dirigiu, escreveu e produziu. Pena que no dvd não haja extra algum (lá fora há um pequeno extra), pois a história daria belos documentários com a verdadeira Dawn e sua família.
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domingo, abril 23, 2006
Boston Legal - Season 1
May 23, 2006
• Court Is Now In Session: How Boston Legal Came To Be • On camera interviews with cast and writers • Audio commentary on "Death Be Not Proud"
Por aqui a FOX está reprisando a primeira temporada de segunda à sexta em dois horários (07:00 e 14:00) e passando a segunda temporada às sextas (21:00). Quem nunca viu pode cair de paraquedas mesmo pois cada episódio geralmente é fechado, podendo ser compreendido ao contrário de séries-novelas.
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Spun
O filme de estréia de Jonas Åkerlund só reforça algumas más impressões de clipeiros que viram diretores. A coisa mais irritante é, claro, a edição totalmente picotada que pode até se adequar ao tema de retratar alguns dias da vida de viciados em metanfetaminas, mas em boa parte só serve para deixar a coisa com uma embalagem "moderna" irritante (haja close extremos, até de motor de carro a cada ignição...). Em certas partes essa montagem e a direção conseguem passar essa impressão de chapação, de dias sem dormir, mas isso contamina todas as cenas que isso não era necessário, reduzindo o potencial do que se conseguia em certas partes e deixando tudo dormente após um certo tempo de exposição. Sobre o tema não sei o por que dessa fascinação por drogas, mesmo que o filme seja em tom levemente negativo, talvez por clipeiros conviverem tanto nesse mundo achem que somente isso é interessante (sei lá, mostrar isso é "real", é "subversivo", é "cool" ou melhor falando: é chance pra ficar fazendo brincadeiras com a câmera). Por um acaso uma tia acabou vendo o filme comigo e foi engraçado vê-la comentar o tanto de palavrões que os personagens diziam e como tinha cenas de cheiração a cada minuto, o que pra ela se fez importante por "mostrar a realidade". A opinião mais comum sobre o filme é que a não ser que você tenha passado pelas metanfetaminas o filme não te envolve e faz com que você não entenda todas as piadas e situações. O que realmente pode acontecer, mas a forma como o filme foi feito deixa espaço para apontar várias falhas que prejudicam o todo. O filme nem tenta se levar tão a sério, senão os dois policiais do filme estariam totalmente deslocados, além de várias outras cenas esdrúxulas (a punheta telefônica do John Leguizamo, a cagada da Mena Suvari). Há porém bons momentos cômicos vindos dessa não seriedade. Fora todos os cacoetes "estéticos" o que também prejudica é que tudo fica meio vazio e isso não é algo bom mesmo que se tente falar que a vida dessas pessoas é vazia, é só chato mesmo. E há atores interessantes nisso (Jason Schwartzman, Brittany Murphy, John Leguizamo, Mickey Rourke, Mena Suvari, Deborah Harry), só que Jonas não é diretor de primeira viagem que se preocupa exatamente com interpretação e personagens, ele cria tipos e nisso os atores se encaixam e se contorcem bem para criá-los. O roteiro é baseado em relatos de viciados reais, o que explica várias situações ridículas que só drogados podem vivenciar sem se dar conta disso. A trilha sonora é de Billy Corgan, que faz uma participação especial como um médico no hospital (há outras participações especiais durante o filme como Ron Jeremy, por exemplo). A versão censurada do filme deve conter menos cheiração, nudez e um close de pico pelo que imagino. No final é até um filme curioso para se ver, mas há muita chance de irritar profundamente certas pessoas (e o filme sendo de 2002 e até agora inédito por aqui parece um indício de que não há interesse). Eu esperava mais do Akerlund.
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quinta-feira, abril 20, 2006
Tupac Resurrection (Idem)
Ótimo documentário sobre o polêmico, contraditório e, agora, lendário rapper Tupac Shakur. A diretora Lauren Lazin conseguiu dar um bom retrato de toda vida do rapper através de imagens de arquivo, fotos, jornais e noticiários. A narração é única e exclusiva de Tupac e em alguns momentos é impressionante pois parece que é uma narração pós morte mesmo. Como Tupac falava pra caramba há muito material para não deixar qualquer detalhe biográfico de sua vida sem um comentário e opinião, seja no momento que ocorria quanto depois, numa visão mais distanciada. Extremamente bem articulado, Tupac lembrava um Ali dos anos 90 no que falava e no que gerava de imagem para crianças e jovens. A pessoa e personagem de Tupac é fascinante, com uma vida breve mas muito rica de acontecimentos. O documentário tem produção de sua mãe, Afeni Shakur, outro personagem fascinante, de ativista dos Pantera Negras, toda consciente, corajosa e independente à viciada em crack. Tendo em vista essa produção "maternal" algumas partes podem ser favoráveis à Tupac sem que possamos ter acesso ao outro lado, mas no geral tanto o lado bom quanto o ruim são mostrados. Fora a vida do rapper o que se apreende também são as mudanças e conflitos da geração negra pós anos 60/70, de como aquela geração mudou e no que isso repercutiu nos filhos (o hip hop, o gangster rap, as facções) e na sociedade. Indicado mesmo para quem não tenha interesse no artista ou no gênero de música retratado.
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terça-feira, abril 18, 2006
La Luna (Idem)
O melhor trabalho de Bernardo Bertolucci que vi até agora. Mesmo não tendo visto suas produções anteriores considero que os filmes de antes de 1980 são melhores, menos diluídos e internacionalizados. Há o trabalho esplêndido de Jill Clayburgh na sua relação conflituosa com o filho (feito por Matthew Barry) além de uma bela contradição de fluência e controle das imagens, num dos mais belos trabalhos de Vittorio Storaro (devia estar inspirado na época pois fez Apocalypse Now antes deste). Música de Ennio Morricone. A boa utilização de Bee Gees numa cena localiza e trabalha bem a época. No dvd nacional há um documentário de uns 50 minutos sobre carreira do diretor. Depois fui saber que o filme foi um enorme fracasso de público e crítica, uma pena. Pra mim foi um grande belo fracasso então.
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quarta-feira, abril 12, 2006
Em Seu Lugar (In Her Shoes)
Tanto pelo filme quanto pelo início achei que seria o que esperava, mais um filme pra se ver em dvd pra completar a filmografia da Cameron Diaz, legalzinho e tchau. Mas não foi isso que aconteceu. O filme se mostra bem melhor do que a encomenda.
A coisa das irmãs opostas e o que vai acontecendo com elas é meio batido e esquemático, só que a direção de atores de Curtis Hanson junto com o trabalho do elenco (e sim, um pouco do roteiro) elevam a coisa. Há cenas de uma ternura tão bem trabalhada que não encontramos por aí no cinemão. Destaco a interação de Shirley MacLaine com a amiga velhinha, a Cameron Diaz aprendendo a lidar com sua dislexia, Toni Collette e seu pai após saber que sua avó está viva, a cena que Toni revela mais do passado da mãe para Cameron (a sutil interpretação de mãos da Cameron é excelente e provável ser coisa da direção) e a primeira dispensada que Toni dá em Mark Feuerstein (eis um ator coadjuvante que sempre acho legal quando aparece nos filmes).
É um típico filme de personagens ou como eles falam lá, "character driven". Você reage mais com seu lado humano que cinéfilo, tanto é que no making of (curto, mas muito elucidativo) Hanson detalha certas opções que eu nem tinha notado (conscientemente) como o uso de espelhos e reflexos para o personagem de Cameron, assim como a câmera na mão para ela e não para Toni, o uso de vários quadros de John Register (e eu que sou fã do pintor até tinha notado, mas nem parado pra pensar no motivo daquilo) tanto no apartamento de Toni quanto na casa de Shirley, fotos usadas em quadros, a decupagem da cena do restaurante com as irmãs (plano de conjunto das duas e logo após elas separadas por planos quando brigam), entre outras coisas que, ainda bem, não são para ser percebidos mesmo, entram subconscientemente no espectador. O que apreciamos de imediato é nos envolvermos e nos identificarmos com os personagens, o que cada personagem nos faz refletir e lembrar de uma situação ou pessoa. E tão melhor é que além de ser um bom filme emocional é daqueles que podem ser revistos para se apreciar a riqueza de detalhes (a simples diferenciação que Feuerstein dá de uma interpretação de uma única fala no filme revela o quanto se pode acrescentar em simples gestos).
A troca na procura de sentido das duas irmãs é interessante, enquanto uma tenta achá-lo procurando um trabalho (Diaz), a outra (Collette) vê o quanto ela se escondia atrás do trabalho, como se tivesse criado um sentido para a vida através dele e se perdesse isso se confrontaria com o vazio. Não fica claro que Collette tenha achado ainda um sentido ao final, mas Diaz sim, e isso fora do trabalho, no que seria um hobbie dela. Falando do final é significativo o olhar de Collette, muito parecido com o que acontece em A Primeira Noite De Um Homem. Ela ainda está à procura de um sentido? Ela conheceu um pouco desse sentido tanto na súbita atividade paralela (passear com os cachorros) quanto nos "hobbies" do namorado: os jogos de basquete, os restaurantes e a comida.
Ah, bom notar: produção de Ridley Scott o que dá especial atenção aos "fracassos" das duas irmãs no início e como lidam com isso (tema tão caro ao Ridley).
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terça-feira, abril 11, 2006
A Rússia Na Visão De Jean-Luc Godard (Les Enfants Jouent À La Russie)
Um ensaio visual/sonoro sobre a Rússia onde Godard mistura registros documentais, filmes, fotos e encenações (ele mesmo é o idiota de Dostoievski). Encontramos Eisenstein, Chekhov, Dovzenko, Tolstoi e outras referências artísticas russas (muito provavelmente na música também só que não consegui identificar compositores) no filme, que vai além de tentar compreender o estado das coisas que a Rússia passava naquele momento (93), através da história e da arte, para mais uma vez Godard estabelecer o estado das coisas do cinema, da invasão americana em solo sagrado da ficção, o ataque ao cinema americano, a reconstrução de Auschwitz por Spielberg (sim, no mesmo ano de A Lista De Schindler Godard começava o ataque que dura até hoje como vemos em Elogio Do Amor), o não uso do contraplano no cinema soviético, história & cinema, história & ficção, etcs. Chega até a fugir um pouco da Rússia, entrando até Full Metal Jacket do Kubrick.
A voz off de Godard muitas vezes se dá pela repetição, o que acontece também na direção das encenações com atores de certos trechos de livros ou peças. O estilo é bem similar ao que fez (e faria) em Histoire(s) Du Cinéma seja na montagem quanto nos caracteres que sempre aparecem, informando, desinformando e jogando com palavras.
Mesmo tendo apenas uma hora há tanta informação cruzada que apenas em revisões é possível estabelecer uma ordem nas idéias para melhor apreciação. Começando por identificar os textos encenados e as músicas tocadas que não estão lá à toa.
Histórias Do Olhar * - eu quis ver justamente porque falavam tão mal... e não é que a coisa é constrangedora mesmo? e parece comercial mal feito da famosa Livraria Da Travessa já que as histórias partem de lá. há o alento da escalação da garota da terceira história (virou até o cartaz do filme), pena que não há tanta sacanagem com ela quanto dava a entender.
O Jardineiro Fiel (The Constant Gardner) * - Tony Scott encontra Michael Bay, uau!
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domingo, abril 09, 2006
Sessão Da Meia Noite
Por acaso vi hoje numa loja de cds alguns dvds que nunca tinha visto à venda. Eram de uma coleção chamada Sessão Da Meia Noite da Fantasy Music onde cada dvd contém 2 filmes ou como a capa diz: "2 clássicos do cinema trash em 1 único dvd!". As capas e os títulos na hora despertam atenção e curiosidade. Não dava pra ver a contracapa na procura de título original, elenco e diretor. Fui no que mais me interessou (capa acima) e pelo fato que A Mulher Vespa era ao menos um filme que eu vagamente reconhecia. Acabou que é filme do Roger Corman e o outro uma produção dele. São dvds da Killer Creature Double Feature que vem até com uma animação de drive in antes de começar os filmes (fora os trailers). A qualidade não é lá aquelas coisas, mas dá até charme para esses tipos de filme.
Então eis os que vi lá (não sei se foram lançados mais):
- A Mulher Vespa / O Ataque Das Sanguessugas Gigantes (The Wasp Woman / Attack Of The Giant Leeches), direção: Roger Corman / Bernard L. Kowalski
- Criatura Sangrenta / O Lobisomem No Quarto Das Garotas (Blood Creature / Werewolf In A Girls' Dormitory), direção: Gerardo De Leon / Paolo Heusch
- A Besta Da Caverna Assombrada / O Cérebro Que Não Queria Morrer (Beast From Haunted Cave / The Brain That Wouldn't Die), direção: Monte Hellman / Joseph Green
Tinha outros filmes lá, alguns já conhecidos e outros dois que pra mim eram inéditos, só que não faziam parte dessa coleção: Horror Hotel (com Christopher Lee) e O Cadáver Desaparecido (com Bela Lugosi). Provavelmente vou adquirir o do Monte Hellman a seguir e quem sabe o outro para completar.
Não deixa de ser uma iniciativa legal essa coleção, ainda mais mantendo as capas originais!
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sexta-feira, abril 07, 2006
Um Apelo À Consciência
Comprei a versão nacional lançada pela Jorge Zahar. Bela edição com bom preço. Há apresentações especiais antes de cada discurso, destaques para Rosa Parks, Aretha Franklin, Dalai Lama e Edward Kennedy. O audio book americano tem os discursos originais, o que deve ser maravilhoso de se ouvir.
Lidos:
Conversations With Wilder: Cameron Crowe - um bom papo entre os dois cineastas principalmente porque a memória do Wilder era muito boa; o porém é a qualidade de algumas fotos publicadas, ampliadas demais, mal definidas, fica parecendo fanzine
O Velho E O Mar (The Old Man And The Sea): Ernest Hemingway - finalmente li um Hemingway, excelente e foi a versão do Sturges com o Spencer Tracy que deu o incentivo final para que começasse a ler Hemingway
Segredos De Uma Lésbica Para Homens: Milly Lacombe - divertido, simples e até com um conto lésbico no meio hehe
A Última Transmissão (In The Fascist Bathroom): Greil Marcus - ótima essa iniciativa da Conrad em lançar escritos musicais de famosos críticos, repórteres e teóricos do rock; Marcus é mais teórico que Lester Bangs, por exemplo, com um texto menos acessível, mas mais abrangente com mais referências fora do mundo musical
Lendo:
Irmãos – Inimigos: Ney Vilela - sobre judeus e palestinos, está bem esclarecedor e é do meu ex-professor de cursinho!
O Prazer Dos Olhos: François Truffaut - li mais da metade, só pegar firme que dá pra acabar logo, a parte "é barra" é das estrelas devido ao pouco interesse pelas estrelas escolhidas
Aprendendo A Silenciar A Mente: Osho - faltam 18 páginas então é quase lido, o guru do Ailton se concentra em falar sobre meditação transcedental e criticar Freud e a psicologia e a noção errada que há um contentamento na pobreza dos indianos
Quando Nietzsche Chorou: Irvin D. Yalom - é o mais parado no ranking de leitura...
Se bem que acho que o livro do MLK passa na frente desses bem como Pai E Filho do Tony Parsons que é leitura rápida e recomeçar o ótimo Breve História De Quase Tudo do Bill Bryson. E não sei porque (será que porque eu tenho pra ler aqui os livros do Bill Clinton e Hillary Clinton?) eu quero ler o livro do FHC.
Hqs:
WE3 – Instinto De Sobrevivência: Grant Morrison - boa obra, mais pela narrativa visual do que pela estorinha (bem basicona)
O Ladrão Da Eternidade: Clive Barker - faz um tempo que não lia nada do Barker e retomar com essa hq foi ótimo, é um belo trabalho tanto visual (de Gabriel Hernandez) quanto de história (adaptação de Chris Oprisko) e numa bela edição nacional com texto introdutório de Rodrigo Fonseca, entrevista com Barker e comentários visuais de Hernandez
Buda – Volume IX: Osamu Tezuka - brilhante obra, mesmo tendo começado pelo nono volume (era o único com desconto hehe) não fiquei perdido ou senti falta de algo, Tezuka é excelente na narrativa, nas falas, nas brincadeiras metalinguísticas (inesperadas para mim) e nos desenhos
Avenida Dropsie – A Vizinhança: Will Eisner - mais uma obra prima de Eisner conseguindo dar toda dimensão da história de uma vizinhança pelos tempos e por extensão da cidade, além do estudo humano; espero não perder a nova temporada da peça do Felipe Hirsch quando esta voltar em São Paulo no meio do ano
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quinta-feira, abril 06, 2006
Anos Incríveis (The Wonder Years)
Após ver um documentário sobre a série relembrei o quanto ela foi especial. Foi feito em 2002 para o canal A&E e quem quiser baixar para ver (está sem legendas, mas dá pra entender tudo claramente) recomendo:
A&E Tvography
Boa parte dos atores do seriado deram entrevista, inclusive o narrador (Daniel Stern). Além de contar a trajetória da série podemos ver algumas cenas de bastidores, algumas histórias da produção e o que aconteceu com cada um após a série (incluindo umas cenas do curta que Danica McKellar dirigiu).
Algumas coisas eu não sabia como a misteriosa (até hoje) saída dos criadores da série (um casal) logo no começo por problemas pessoais nunca divulgados. E como Bob Brush e outros conseguiram manter o nível da série e não deixá-la ser cancelada após esse inesperado acontecimento.
Alguns grandes momentos são lembrados e o incrível que mesmo num documentário, com a cena retirada do contexto do episódio, a coisa emociona ao ponto do choro. Em especial, o documentário lembra o episódio ganhador de prêmios, Goodbye, com a relação de Kevin com seu professor de matemática.
Era perceptível, mas é bom saber, que o elenco virou realmente uma família (às vezes temos belas surpresas ao sabermos que casais de seriados não se toleravam atrás das câmeras).
Como Bob Brush diz ao final, e concordo, é que a série não é lembrada ou reconhecida como a mais engraçada já feita ou a mais inovadora, mas sim a que mais tocou e comoveu o espectador e isso, apesar de ótimas séries de hoje e ontem, é raro numa série de tv. É daqueles seriados que realmente pode-se dizer que está guardado no coração. Conseguiu não só com que eu lembrasse de minha infância ou adolescência como também criou memórias que não existem (por exemplo eu não tive a experiência de viver com irmãos ou ter um professor de matemática como aquele do Kevin ou até uma Madeleine apaixonada por mim).
Uma pena que até hoje a série não tenha saído em dvd e quando sair infelizmente não terá muitas de suas canções famosas por conta dos direitos autorais. Nas reprises que ainda passam na Tv Cultura e Multishow já dá pra notar a mudança de algumas canções e uma pena que algumas delas eram essenciais na cena e as que entraram em substituição não têm o mesmo poder. Falando em reprises preciso ressaltar o excelente trabalho de dublagem da série por aqui, especialmente em Kevin e no narrador que até hoje eu ainda prefira do que a versão original. Seria um item obrigatório caso os futuros dvds saíssem por aqui.
E revendo episódios ainda fico impressionado com diversas coisas: como uma série de 20 minutos (sem intervalos) conseguia misturar humor e emoção de forma tão honesta que nem filmes às vezes conseguem; quão excelente era Fred Savage para atuar em muitas cenas apenas por expressões faciais enquanto ouvíamos a narração em off; como conseguiam deixar todos os episódios orgânicos com relação ao todo sendo quase imperceptíveis as mudanças de roteiristas e diretores (excetuando a quinta e sexta temporada, depois que se formam, pois eles crescem e a série fica mais irregular, dependendo mais de quem escreva e dirija para se mantenha o tom).
Quem quiser as seleções de canções que passaram pela série eis o arquivo com os 5 cds lançados lá fora (contendo também as músicas instrumentais feitas por W. G. Snuffy Walden):
The Wonder Years Soundtracks
Nota fora de contexto: duas das melhores namoradinhas dos seriados de todos os tempos (e as duas têm grande semelhança) - Winnie Cooper (Anos Incríveis) e Joey Potter (Dawson's Creek). Tá, tem a Naru Narusegawa, mas é de animê e não é tão conhecida quanto.
Terminando a recordação que tal rever o piloto que começou tudo? Com a memorável cena do primeiro beijo:
Piloto
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terça-feira, abril 04, 2006
Atrasados
Vistos há tempos, só para não deixá-los sem cotação:
Foi Deus Quem Mandou (God Told Me To) ****
Um ótimo filme de Larry Cohen que consegue misturar bem a paranóia dos atiradores à esmo com a vinda do messias sem deixar que isso vire paródia, tratando com interesse os assuntos. O catolicismo do protagonista nos remete diretamente à Scorsese e Ferrara.
Céu Amarelo (Yellow Sky) ***1/2
Bom western de William A. Wellman bem simples onde se destaca a bela passagem pelo deserto e relação dos bandidos com a família da cidade fantasma. Há um pouco de um machismo exacerbado de Gregory Peck com relação à Anne Baxter, a conquista é na força, reforçando aquela idéia de que mulher mesmo que resista quer um homem que a domine. Richard Widmark acrescenta, como sempre, sendo coadjuvante.
Os Reis De Dogtown (Lords Of Dogtown) **1/2
A diretora Catherine Hardwicke (13 Anos) tem a "incrível" habilidade de deixar seus filmes com temas mais rebeldes ou radicais com cara de sessão da tarde, é incrível. E olha que a versão do dvd é a sem censura, imagine o que passou nos cinemas (censura livre?).
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domingo, abril 02, 2006
Heist
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Nova série criada pelo diretor Doug Liman e os roteiristas Mark Cullen e Robb Cullen. No elenco os destaques ficam com Dougray Scott, Steve Harris (O Desafio), Seymour Cassel e Michele Hicks (The Shield). Acompanhamos tanto o grupo de assaltantes liderado por Dougray, que pretende roubar as três maiores joalherias da Rodeo Drive no mesmo dia, quanto a detetive que Michele interpreta, a mais provável antagonista do grupo.
O piloto conseguiu ser empolgante e engraçado ao mesmo tempo. Ótimas tiradas e ação com aquele charme dos filmes de golpes. Estabelece bem os personagens principais, alguns já com um passado a ser explorado no futuro e uma possível estranha ligação entre o líder do grupo com a detetive. O relacionamento entre duas duplas em ambos os lados (um branco e um negro) tem potencial para momentos de humor. A trama do piloto gira em torno da arrecadação de dinheiro para financiar o grande golpe.
Não sei como a série vai se estruturar já que o grande assalto estaria planejado para no máximo o terceiro episódio. Ou a coisa vai sendo adiada ou o assalto acontece e a narrativa vai além disso. Uma coisa é certa, este piloto é muito bom e se sustenta sozinho.
Pra mim é muito atraente ver Michele Hicks como uma policial, ela está mais do que adequada e charmosa. A novata Marika Dominczyk parece ser futuro destaque, lembrando um pouco a Lisa Marie Presley mais jovem e bonita, mas com o mesmo tipo de atitude.
Ainda não sei qual canal a cabo vai exibir a série.
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