RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

terça-feira, janeiro 31, 2006
Jane Seymour



Desirable até
hoje.

posted by RENATO DOHO 1:42 AM
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segunda-feira, janeiro 30, 2006
Cake – A Receita Do Amor (Cake)

Indicado mais para fãs da Heather Graham. Ela faz uma aventureira (em vários sentidos) que assume a revista sobre casamentos (conceito que ela abomina) para ajudar o pai doente. Previsível, mas não ruim. Bons coadjuvantes como Sandra Oh e Cheryl Hines ajudam. O foco no amadurecimento dela foi acertado ao invés de ser pura comédia romântica, as cenas com o pai até dão a impressão que podiam ser mais exploradas para serem muito mais significativas do que acabam sendo, mas o filme ao menos não desperdiça totalmente esse lado.

Amor Daquela Espécie (A New Kind Of Love)

Comédia romântica com o casal Paul Newman e Joanne Woodward. Pra mim que gosto dos dois foi bem agradável, mas os exageros de certas "alucinações" podem afastar o público. Eles só se juntam mesmo do meio pro fim e as soluções encontradas ao menos são bem diferentes do que vemos atualmente (mesmo que a base seja a mesma: a paixão ocorre com uma mentira e o dilema é quando contar a verdade). Como o cenário é Paris e o universo da moda é retratado os interessados pelo tema podem ter um extra a mais.

Sinfonia Prateada (Has Anybody Seen My Gal?)

Deliciosa comédia de Douglas Sirk. Não sei se o filme foi refilmado ou eu possa ter visto quando adolescente mas durante todo o filme tive a sensação que conhecia aquele roteiro, aquele milionário e aquela família, só não lembrava como as coisas se desenrolavam. Tem o tom dos filmes de Capra direcionando no que o dinheiro modifica as pessoas só que o final tomado é ótimo, sem revelações que poderiam ser esperadas.

Fala Greta Garbo (Garbo Talks)

Bom filme de Sidney Lumet dos anos 80 com Anne Bancroft fazendo uma mulher bem influenciada por Greta Garbo, toda independente e combativa. Quando adoece pede ao filho (Ron Silver) um encontro com Garbo antes de morrer. Além do filme lidar com essa coisa do mito, do cinema e as pessoas comuns, também mexe com as expectativas de vida profissionais e amorosas do filho, fora um belo momento com Harvey Fierstein incluindo o elemento gay que sempre esteve ligado à Garbo (com ela e seus fãs).

Apuros De Um Xerife (The Sheriff Of Fractured Jaw)

Western cômico de Raoul Walsh. Inglês arrumadinho vai para o oeste vender armas da loja do tio e acaba virando xerife de uma cidade que tem dois bandos rivais. A graça vem de como ele resolve tudo com o seu jeito civilizado inglês, até com os índios. Claro que nem tudo é perfeito, temos que aguentar algumas canções da Jayne Mansfield. Fora isso o filme é bem engraçado.

O Local Do Crime (Le Lieu Du Crime)

Filme de André Téchiné com colaboração no roteiro de um jovem Olivier Assayas. A história basicamente envolve um garoto de uma vila, sua mãe (Catherine Deneuve), seu pai, seus avós e dois criminosos foragidos. Só que tudo é mostrado da maneira francesa, alternando focos narrativos (pensamos que o foco é o garoto mas depois é a mãe, depois o foragido, etcs) e com os personagens tendo sentimentos contraditórios e impulsivos. Vários filmes com a Deneuve mais adulta (alguns com Téchiné) colocam um jovem se relacionando com ela, o que é totalmente compreensível, mas fica parecendo uma marca, uma exigência dela ou um presente especial para o jovem ator (que inveja). Não deixa de ser quase fetichista (décadas atrás, 90 e 80, hoje não sei) você, um jovem ator, ter a chance de se envolver com o mito Catherine Deneuve mesmo que só nas telas (quem sabe não só lá). No filme ela tinha 43 anos, e ainda muito bela. Mas desvio (é o efeito Deneuve)... o filme mistura drama com suspense e com um leve tom fatalista (achei até que seria bem mais, inclusive logo no começo quando achei que haveria uma morte que repercutiria durante todo o filme nos outros personagens) divagando sobre desejos, família e fugas. E o final, bem, é bem francês hehe



posted by RENATO DOHO 11:40 PM
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domingo, janeiro 29, 2006
Nellie McKay



Pra falar a verdade conheci hoje, mas depois fui saber que já tinha ouvido duas canções dela, uma no álbum This Bird Has Flown - Tribute To The Beatles' Rubber Soul e na trilha sonora de Weeds. Poxa, que cantora criativa e legal! Ouvi o novo álbum dela, Pretty Little Head.

O anterior, Get Away From Me (irônico com o Come Away With Me da Norah Jones), ainda não tenho ou ouvi. É um álbum duplo.

Ouvi falar que neste segundo álbum houve problema com a gravadora, ela queria lançar 21 canções mas acabou com apenas 16. Preciso me interar mais. Há participações especiais de kd lang e Cyndi Lauper.

Rob Reiner a chamou para a trilha de Dizem Por Aí que terá 6 canções inéditas dela incluindo uma cover de Cole Porter e um dueto com Taj Mahal.

É uma cantora que vale muito conhecer e curtir.


posted by RENATO DOHO 10:45 PM
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sábado, janeiro 28, 2006
The Legend Of Johnny Cash



Link

Senha: www.dancingmokey.com



Pra quem não tem nada (ou quase nada) dele é uma boa coletânea lançada para pegar carona no sucesso do filme Johnny & June. Comparem depois a versão de Jackson que aqui Johnny cantou com June Carter Cash e a da trilha de Walk The Line com Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon: impressionante!

A capa americana é mais bonita:



e tem mais canções, faltou aqui: Sunday Morning Coming Down, One Piece At A Time, Delia's Gone e The Man Comes Around (Early Take).

posted by RENATO DOHO 3:46 AM
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sexta-feira, janeiro 27, 2006
Atualizada

alguns álbuns baixados:

Clap Your Hands Say Yeah - Live On Morning Becomes Eclectic
Eva Cassidy - Live At Blues Alley
John Fogerty - The Long Road Home
Katie Melua - Call Off The Search
Katie Melua - Piece By Piece
Memoirs Of A Geisha
Richard Ashcroft - Keys To The World
Rufus Wainwright - Poses
Rufus Wainwright - Rufus Wainwright
Sepultura - Dante XXI
Sheryl Crow - The Trinity Church Sessions
The Very Best Of The Jacksons
thesurfmotherfuckers - Solano Star
Weeds - Music From The Original Series
Yamandú Costa - Ao Vivo

alguns livros lidos:

The Jaws Log – 30th Anniversary Edition: Carl Gottlieb

(bem interessante, sobre as filmagens de Tubarão; tem fama de ser um dos melhores livros de making of; gostaria que o próprio Spielberg tivesse escrito algo, pois foi nele a pressão total, no livro não fica tão opressivo assim a coisa com ele - nem diz que chorou, que o presidente do estúdio foi à locação, etcs - mas foi uma rotina pesada de 5 meses direto)

Quase Tudo: Danuza Leão

(ignorava a Danuza, não a lia, não queria saber dela - sem reais motivos - e nem conhecia sua história; foi ótimo ter lido o livro, é bem mais interessante que imaginava e ela narra tudo fluentemente)

Mandrake - A Bíblia E A Bengala: Rubem Fonseca

(que bom voltar a ler Fonseca! e ainda com Mandrake de protagonista; duas histórias numa mesma narrativa, gostoso de acompanhar e ler, desta vez mais leve tanto na violência quanto no sexo; foi uma super gentileza do meu amigo
Ailton que enviou o livro pra mim)

e comprados:

Humano, Demasiado Humano: Friedrich Nietzsche

(da coleção Companhia De Bolso que tem lançado coisas bem legais por preço mais acessível; recomendo o Auto Engano do Eduardo Giannetti, o Livro Das Religiões do Gaarder e o Além Do Bem E Do Mal do Nietzsche)

A Arte De Escrever: Arthur Schopenhauer

(outra coleção boa a barata, os pockets da L&PM, tenho vários; recentemente saiu Misto Quente do Bukowski que já reservei na livraria; em Sampa fácil de achar nas bancas de revista)

Vendo minhas anotações completei 350 livros lidos até hoje e se pegar a idade de 15 pra frente (eu não conto os que li antes, aliás os primeiros anotados são As Aventuras De Sherlock Holmes e Roteiro - Agatha Christie é numa listagem separada) quando comecei a ler mesmo dá uma média de 21 livros por ano, o que acho média baixa, uma boa média seria de 36, 3 por mês, o que acho mais do que possível ou quem sabe 4. O mais triste é que tenho uma quantidade superior de livros a serem lidos do que a totalidade do que li até hoje! Se continuar nesta média baixa só aos 60 terei lido todos os livros que tenho (e sem comprar mais nenhum até lá)! Poxa, agora fiquei triste hehe

posted by RENATO DOHO 11:42 PM
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Lançados





os dois do mesmo autor, Bloody Sam só agora em paperback



leria pelo Cohen, Hill, Kasdan, Leonard e Milius



essa coleção é boa, está para sair do Woody Allen e do Howard Hawks



boa capa hehehe


posted by RENATO DOHO 11:35 PM
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quinta-feira, janeiro 26, 2006
As Loucuras De Dick E Jane (Fun With Dick And Jane)

Divertida comédia que tentou esconder seu real tema, o político. Toda campanha lidava mais com trapalhadas de um casal assaltante e não dos efeitos da economia americana na vida das pessoas através dos escândalos corporativos, como o da Enron (Spike Lee lidou com isso de outra forma em She Hate Me). E o filme consegue ser extremamente divertido (Jim Carrey e Téa Leoni estão ótimos juntos) além de relevante. Não sei se só eu que notei, mas Jim Carrey me pareceu bem envelhecido, e notar isso em homem é coisa rara pra mim, só quando é bem evidente. Sem desmerecer o diretor, mas eu nem sabia quem tinha dirigido ou mesmo depois de saber continuava sem saber quem era Dean Parisot (dirigiu Monk e Curb Your Enthusiasm). Essa refilmagem consegue criar o mesmo clima do original (não vi, falo da década) quanto à situação política e social de um tempo, muitos filmes da década de 70 lidavam com o desemprego e a desilusão de uma era, o que de certa forma essa refilmagem também lida.

Amor Em Jogo (Fever Pitch)

Um dos filmes mais sem graça que vi nos últimos tempos. Incrível que pela primeira vez temos um protagonista que não consegue ter uma, eu disse uma, piada boa em todo filme! Se Jimmy Fallon já era sem graça no Saturday Night Live não seria num filme, sem contar com suas imitações que eram o que lhe salvava, que iria conseguir outro efeito que não o de tédio (e sem paixão por algo, o que mata todo o filme). O péssimo roteiro também não ajuda. Além do personagem ser sem graça ele é fanático e infantil ao ponto que é difícil imaginar uma mulher como Drew Barrymore o aguentando (se bem que ela não é um bom exemplo, ela foi casada com o Tom Green...). Algo errado acontece quando vibramos com a separação do casal. Aliás as duas únicas boas cenas do filme são quando Drew volta de Paris e o confronta pela primeira vez e logo a seguir quando um garoto vira conselheiro sentimental. Duas cenas que se mostram relevantes, minimamente tocantes e engraçadas ao mesmo tempo. O resto... bom o resto é resto. Os coadjuvantes são porcamente desenvolvidos: as amigas da Drew até que têm mais espaço dos que os amigos do Jimmy, basicamente apenas figuras de decoração (a não ser o inadequado médico possivelmente gay que o roteiro só brinca duas vezes e deixa por isso mesmo). O beisebol, tão distante de nós, fica ainda mais chato aqui (e olha que muitos outros filmes conseguiram a proeza de deixar o jogo fascinante como Bull Durham e Desafio Do Destino). Interessante pra quem curte beisebol ver nos extras mais da feitura do filme em sincronicidade com o campeonato milagroso dos Red Sox. Só pra falar que é um filme dos Farrellys tem um menino com problema em uma das pernas, duas de cadeiras de rodas, etcs, isso fica tão clichê que daqui a pouco soa como piada a presença de pessoas "especiais" em algum filme da dupla. E Nick Hornby no meio disso? O filme poderia ser creditado como "distantemente inspirado no livro Febre De Bola" pois não sobra nada dele no filme, nem o pai permanece, criam um tio... E não é que tem uma corridinha no final? hehe E ainda o aplauso geral que também aparece em 90% das comédias românticas (e estavam em falta nas duas comédias recentes que vi - bem que o pessoal do rio poderia ter aplaudido Diane Lane e John Cusack! hehe). A versão inglesa, mesmo que bem inferior ao livro ao menos era engraçada e conseguia transmitir essa paixão pela bola (e não fanatismo), com um protagonista levemente mais maduro. E não vira um filme de como-transformar-minha-namorada-em-geek-também.

Guerreiros Buffalo (Buffalo Soldiers)

Ácido e ótimo filme de guerra ou melhor, sobre o exército. Joaquin Phoenix é um militar em uma base americana na Alemanha no ano de 1989, o tédio é constante e sua principal atividade é o mercado negro entre os soldados. Até que duas coisas acontecem: cai em suas mãos sem querer um lote de misseis e armamentos e entra na base um sargento linha dura (Scott Glenn). Coadjuvantes muito bem escolhidos que acrescentam ao filme: Anna Paquin, Elizabeth McGovern (que saudades, muito tempo que não a via), Ed Harris, Michael Pena e Gabriel Mann. Situações hilárias e absurdas (o tanque pilotado pelos soldados chapados é muito bom, com humor negro na morte de dois soldados) que culminam na guerra final, de humor mais negro ainda onde achamos graça de soldados se esfaqueando. Em paralelo às ações na base vemos pela tv o que ocorre na Alemanha como a queda do muro de Berlim. Joaquin ideal como o anti-herói. Gregor Jordan é um cineasta australiano que chamou atenção com o filme Two Hands e após este de guerra fez Ned Kelly (que agora quero conferir). E o final não poderia ser outro.


posted by RENATO DOHO 8:04 PM
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quarta-feira, janeiro 25, 2006
Rejeitados Pelo Diabo (The Devil’s Rejects)

Eu poderia dizer que é bom, mas acho que estaria falseando a impressão ruim que ficou após o seu final que é justamente onde não gostei nada. Rob Zombie faz um road movie bacana em boa parte da metragem, mesmo que não explore o sexo como deveria (a violência tem destaque maior). O personagem de William Forsythe é o mais interessante e sua insanidade perto do final levaria a crer que seria muito boa, só que a enrolação já predizia o destino de seu personagem e apartir daí o filme segue a tradição chegando ao cúmulo de termos um final apoteótico para o trio assassino (com musiquinha clássica e tudo), condizente num western - para os fora da lei, mas não para psicopatas! Ligando psicopatas com rebeldes do sistema! Esse erro de abordagem mostra o que Rob pensa sobre o assunto e seus personagens. O que poderia ter sido o final seria bem mais interessante: o xerife se tornando tão psicótico quanto e eles apenas na morte sentindo um pouco o que fizeram com os outros, sem heróis, sem enaltecimento de algo, o mal acabando com o mal.

Procura–Se Um Amor Que Goste De Cachorros (Must Love Dogs)

Comédia romântica que no pouco que tenta ser diferente é na escolha da atriz principal (só que Sob O Sol Da Toscana já tinha sido feito) e na coisa da família grande e unida. O resto é o de sempre. Simpático e agradável, não muito além disso. Bons coadjuvantes que poderiam até ser mais explorados. Por que toda comédia romântica (quase toda) precisa de uma corridinha no final? Mesmo quando parece forçada?

Todas As Cores Do Amor (Goldfish Memory)

Outra comédia romântica, desta vez irlandesa e brincando com a sexualidade. Então temos mais casais gays (homo e lésbicas) do que heteros (desfavorecidamente visto na pele de um professor galinhão de meia idade). O começo parece que a abordagem multipla vai ser caótica (o que seria interessante, lembrando do peixinho que toda hora aparece em cena) até pelos ângulos escolhidos, mas depois quando vemos a ligação entre eles fica normal e até esquemática. Todo mundo vai ficando com todo mundo hehe as ligações femininas são as mais engraçadas e inesperadas (irreais também, mas estão no espírito do filme). Até uma gravidez surge da mesma forma que vemos em filmes similares. Mesmo assim é divertido em toda sua duração não se furtando de pegas entre os casais (destacando os casais gays, o hetero como disse não é bem visto hehe). A curiosidade é a trilha recheada de bossa nova cantada por Lisa Hannigan (parceira de Damien Rice) e arranjada por Damien. Não é que há uma corrida no final? Que coisa! Ah uma das atrizes não me era desconhecida e depois vejo que ela era uma das principais bailarinas do Riverdance! Bem que a conhecia, ela agora é atriz (interessante a moça, aliás outras 3 atrizes do filme também são bem interessantes).


posted by RENATO DOHO 1:12 PM
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terça-feira, janeiro 24, 2006
O Solitário Jim (Lonesome Jim)



Ótimo filme de Steve Buscemi na direção. Feito em digital, com pouco orçamento e com o roteiro do novato James C. Strouse (um pouco autobiográfico) o filme trata da volta do jovem Jim (Casey Affleck) à sua terra natal, para a casa dos pais, onde o irmão mais velho também voltou a morar com as filhas após sua separação. Voltou de NY por estar sem perspectivas e antes que seu intuito inicial de seu "breakdown" ocorrer algo acontece que vai modificar a trajetória das coisas. No meio disso ele conhece a enfermeira, mãe solteira, a doce Anika (Liv Tyler). O mais gostoso do filme é o vazio daqueles personagens ser ternamente visto, mesmo quando ridículo (o que ocorre com o irmão, com a mãe, a primeira transa com a enfermeira). Você se identifica e ao mesmo tempo ri daquela situação (a causa/efeito do que ocorre com o irmão não deixa de ser hilária/triste). Há tiradas que gargalhei como as fotos dos escritores na parede (Jim é aspirante à escritor, mais um Arturo Bandini da vida) quando sabemos algo das bios dos retratados ou os bares que Jim passa. Essa mistura muitas vezes não fica clara para o espectador (Jim no banho conversando com a mãe é constrangedor e carinhoso, por exemplo) que pode achar tudo deprê demais. Achei melancólico, mas com bom humor em perceber essa melancolia (como tocar Chicago numa cena) e com atenção para os pequenos detalhes ou gestos. Algumas perguntas também são postas na hora certa e soam sinceras (a mãe perguntando o que fez para que ambos os filhos ficassem tão deprimidos na vida; Jim questionando Anika do por que ela não arranja outra pessoa que não ele). Talvez soe por demais banal, mas não há uma narrativa sólida que mova as coisas, a não ser mais para o final com o lance do tio e a fábrica. Casey encarna muito bem Jim, todo desanimado. Kevin Corrigan é a cara do nada, ideal como o irmão. Seymour Cassel e Mary Kay Place equilibram como os pais, ele pragmático e ela sonhadora. Liv Tyler e Jack Rovello estão bem como mãe e filho (o garotinho é bem reconhecível, é o filho de Julianne Moore em As Horas). Mark Boone Junior como o tio é o alívio cômico e a ameaça do filme. O bom momento final, da carta narrada não resolve as coisas, ou resolve de certa forma; já o que acontece com o protagonista pode ser bem aceito ou não, dependendo das espectativas.

No
imdb dá pra saber o quanto o filme tem de autobiográfico. E sabendo disso a realização do filme de certa forma justifica o final escolhido. Um ótimo filme para ser descoberto. O trailer (pode revelar várias coisas da trama, mas acho isso o de menos).

posted by RENATO DOHO 6:07 AM
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Eva Cassidy (1963-1996)



Conheçam essa
cantora. Ouçam suas músicas. Saibam de sua breve história.

Amazon's 10th Anniversary Hall Of Fame Musicians

Eva Cassidy: By the time the pure, powerful voice of Eva Cassidy hit the airwaves, she had already passed away at the far-too-young age of 33. Early on she drew the attention of the "Godfather of Go-Go," Chuck Brown, who invited her to collaborate with his band, the Soul Searchers. Soon after, Cassidy was diagnosed with melanoma. After treatment, she recorded several collections of pop, blues, and jazz tunes, but the cancer was to return after only two years. Cassidy made one more public appearance in 1996, performing "What a Wonderful World," a rendition that still takes one's breath away today.

posted by RENATO DOHO 6:01 AM
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segunda-feira, janeiro 23, 2006
Êxito Fugaz (Young Man With A Horn)



Excelente filme de Michael Curtiz com um ótimo Kirk Douglas encarnando um jovem completamente apaixonado por seu trompete. Acompanhamos sua trajetória desde moleque e com ele nos apaixonamos também pela música, pelo jazz. Ao contrário de várias outras bio de músicos nesta eu senti que realmente havia uma pessoa em amor com sua arte, com sua música, como se fosse a última forma de expressão possível. Muitas outras bios focam em outras paixões (as drogas, as mulheres, o jogo, as festas, a família) ou mazelas enquanto aqui é o trompete e nada mais. Mesmo quando ele se envolve com Lauren Bacall e se afasta um pouco de sua paixão. Lauren também é um instrumento que ele quer tocar. Doris Day canta em algumas cenas e é a amiga para todas as horas. Estão muito bem Hoagy Carmichael como o pianista, seu eterno parceiro (e quem narra a história) e Juano Hernandez como o jazzista que ensina Kirk a tocar. Kirk foi dublado pelo grande Harry James (muitos acham que devia ter sido dublado por outro mais famoso, mas Harry faz um trabalho impecável). Contagia o amor do homem pela sua arte, pelo seu trompete, mesmo que com isso ele quase se feche para o mundo, diferente de todo o resto (com todas as dificuldades que isso traz). Foi levemente inspirado na vida do lendário Bix Beiderbecke (do qual fui conhecer através da série Jazz do Ken Burns junto com Wynton Marsalis).


posted by RENATO DOHO 2:40 PM
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domingo, janeiro 22, 2006
Katie Melua



Indicação bem recente. Estou ouvindo o novo álbum dessa jovem cantora e gostando bastante. Que voz! Lá embaixo há a cover dela que botei aqui para Just Like Heaven. Recomendo o álbum (que contém a cover). Só bem depois fui ver que ela é lindinha! Que beleza!



ATUALIZANDO: vejam um
vídeo dela cantando Moon River.

posted by RENATO DOHO 3:38 PM
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sábado, janeiro 21, 2006
E Se Fosse Verdade (Just Like Heaven)

Comédia romântica que se sustenta bem, sendo acima da média devido ao casal central (Reese Witherspoon e Mark Ruffalo) e a direção de Mark Waters. Pode parecer Um Espírito Baixou Em Mim e Ghost ao mesmo tempo só que é bem menos humoristico que um e menos meloso que o outro. O equilíbrio é tênue, mas há ótimos momentos pra se gargalhar e depois tocantes cenas. Os coadjuvantes não foram bem escolhidos, há acertos como Jon Heder (que o público americano na hora vai identificar e gostar por ser o Napoleon Dynamite, mas não o estrangeiro) e a amiga oriental (pouco explorada), mas o erro foi botar Donal Logue como o amigo. Ele está péssimo. Há ainda algumas tramas meio desnecessárias (a vizinha sedutora por exemplo) que poderiam ceder lugar há uma exploração do casal em busca de contato (entre eles, com outras pessoas). Aqui com o sucesso da novela Alma Gêmea o filme pode ser muito bem recebido, o que nos faz pensar nessa possibilidade ou não do destino interferir no amor. Aliás isso faz pensar no final, que se prevê logo após a cena que ele revela o que fazia antes da depressão, os momentos anteriores a isso, quando ela não o reconhece, abrem portas não cruzadas que seriam muito interessantes: e se almas gêmeas nunca conseguissem identificar essa ligação entre si? ou mesmo se soubessem que são almas gêmeas, mas não conseguissem chegar ao ponto que sintam isso, mesmo tentando juntos ou que outras pessoas sabendo disso tentassem essa ligação? Tá, seria triste, mas legal.

Reese vai se firmando como uma das mais inteligentes atrizes de sua geração, controlando muito bem sua carreira assim como Drew Barrymore faz. Ela consegue unir a simpatia com a sagacidade para o business, fora que é uma boa atriz. Go girl!

Pra quem se interessar eis a cover de
Just Like Heaven que toca no filme, cantada por Katie Melua. Só fui perceber que já tinha a canção aqui quando a ouvi nas telas.

Aproveitando boto mais duas covers legais, não relacionadas ao filme: Kate York com Boys Don't Cry e Jesus And Mary Chain com My Girl.

posted by RENATO DOHO 2:08 PM
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sexta-feira, janeiro 20, 2006
No Reason Whatsoever



Or All The Reasons In The World!


posted by RENATO DOHO 1:09 AM
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Il Mio Viaggio In Italia



Mais um excelente documentário realizado por Martin Scorsese. Desta vez mais pessoal do que o de cinema americano pois fala diretamente do que ele e sua família sentiram ao verem filmes italianos nas exibições televisivas e depois nos cinemas. É assim que ele vai introduzindo o cinema italiano, partindo da época pré neo realismo. Havia uma predileção pelos filmes passados na Sicília de onde seus pais vieram. Depois ele se aprofunda em alguns cineastas, pela ordem: Roberto Rossellini, Vittorio De Sica, Luchino Visconti, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni. Em cada um dá um breve histórico e se detém em alguns filmes chave, deixando correr cenas inteiras, pontuando aqui e ali algo. Todas as escolhas são pessoais. Nos filmes escolhidos ele quase faz um resumo narrativo, servindo ao propósito original do projeto: resgatar à uma nova geração esses filmes, esse cinema italiano que tanto o ensinou e emocionou. Ele deixa claro que suas escolhas foram pelo que viu e não pelo que leu e é isso que gostaria que os jovens pudessem sentir nos dias de hoje, uma experiência quase em primeira mão, sem filtros teóricos (livros, críticas, revistas) ou acadêmicos, o que é muito difícil nos dias de hoje. Por isso ele exibe muitas cenas dos filmes com poucas interferências, como se dizendo que o filme e as cenas têm que falar por si mesmas. Tanto faz se a pessoa viu ou não os filmes, o único problema é que os não vistos se tornam quase vistos já que vemos os momentos mais importantes, inclusive os finais. Mesmo assim, no meu caso, por exemplo, Umberto D. e Viagem À Itália só ficaram ainda mais tentadores de serem vistos mesmo que tenha ficado a par de tudo o que ocorre (Umberto D. me surpreendeu, realmente nunca prestei atenção ao filme e se mostrou extremamente emocionante). Foi bom rever outros como La Terra Trema, um pouco apagado da memória, e perceber o quanto outros continuam fortes na lembrança como Os Boas Vidas. Mas dá vontade de rever boa parte e ir atrás dos não vistos. Seus 246 minutos fazem com que seja um pouco mais direcionado aos realmente interessados em cinema do que meros espectadores, mas a viagem é deliciosa. Por ser uma viagem pessoal Scorsese deixa de falar vários outros cineastas italianos importantes e alguns apenas cita de passagem, nem por isso a qualidade decai. O documentário acaba de forma ainda mais pessoal com 8 1/2, para Scorsese (e creio que muitos outros) a mais pura forma de amor ao cinema registrada em filme.


posted by RENATO DOHO 12:57 AM
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Três bons filmes

O Assassino Da Furadeira (The Driller Killer)

É engraçado ver Abel Ferrara atuando. Boas cenas, fiel retrato de uma época, dvd com curtas e comentários (ainda não vistos).

Exorcismo Negro

Mojica contra Zé Do Caixão. Filme bem redondo, bem produzido, mas isso não é demérito.

Tudo Em Família (The Family Stone)

Elenco muito bem escolhido, Claire Danes apaixonante, engraçado e emotivo.


posted by RENATO DOHO 12:17 AM
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terça-feira, janeiro 17, 2006
Trilha ganhadora do Globo De Ouro



Aqui.

posted by RENATO DOHO 2:20 AM
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segunda-feira, janeiro 16, 2006
Weeds: Music From The Original Series



Excelente trilha para uma excelente série.

1 / 2

pw: weeds

01. Melvina Reynolds - Little Boxes (1:40)
02. Nellie McKay - David (2:48)
03. Peggy Lee - A Doodlin' Song (2:07)
04. Sufjan Stevens - All The Trees Of The Field Will Clap Their Hands (4:14)
05. Michael Franti & Spearhead - Ganja Babe (4:22)
06. All Too Much - More Than A Friend (3:47)
07. Sons & Daughters - Blood (2:52)
08. The New Pornographers - The Laws Have Changed (3:28)
09. Joey Santiago - Fake Purse (1:48)
10. NRBQ - Wacky Tobacky (2:45)
11. Marion Black - Who Knows (2:18)
12. Martin Creed - I Can't Move (3:34)
13. The Mountain Goats - Cotton (3:26)
14. Joey Santiago - Brithday Video (1:46)
15. Flogging Molly - If I Ever Leave This World Alive (3:23)
16. The Be Good Tanyas - The Littlest Birds (4:09)
17. Hill Of Beans - Satan Lend Me A Dollar (2:45)

posted by RENATO DOHO 8:20 PM
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Film Geek



posted by RENATO DOHO 4:01 PM
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terça-feira, janeiro 10, 2006
Melhores de 2005 (6)



SÉRIES

Seriados que vi, acompanhei e gostei em 2005.

01) Lost

A segunda temporada continua tão boa quanto a primeira, bem empolgante.

02) Alias

A quarta temporada se mostrou uma surpresa, muitos não gostam, eu adorei. Mia Maestro brilhou.

03) The Shield

A entrada de Glen Close arrasou e a série continua a melhor policial dos últimos tempos. Excelente em vários níveis.

04) 24 Horas

Melhor que a temporada anterior a série conseguiu produzir momentos memoráveis e uma história mais bem desenvolvida.

05) CSI

Continua ótima e contou com um season finale especial com direção de Quentin Tarantino. Gil Grissom é O cara!

06) Weeds

Ótima nova série com uma excelente Mary Louise Parker. E uma ótima Elizabeth Perkins. Não é série exclusivamente para maconheiros.

07) Boston Legal

David E. Kelley. James Spader. William Shatner. Nem precisava mais nada. Alan Shore é personagem pra se entrar na história dos seriados de tv.

08) My Name Is Earl

Nova série cômica com um Jason Lee em seu melhor papel até hoje, fazendo um dos personagens mais legais da tv recente. Jaime Pressly nunca esteve tão bem utilizada. Hilário e que consegue através do bom humor ser mais do que simplesmente engraçada. Afinal, o carma é algo essencial na história. De um jeito esquisito lembra Anos Incríveis!

09) Commander In Chief

Gosto dos filmes de Rod Lurie e gostei de sua incursão na tv (Line Of Fire). Agora voltando para a política e tendo alguns atores da série anterior, além de um elenco muito bem escolhido (sejam os conhecidos como os novatos) me agradou demais. Mais do que política a série se concentra no fato de ser a primeira mulher presidente e suas funções como governante e mãe.

10) Curb Your Enthusiasm

Não acompanhei bem essa última temporada, por isso deixo na última posição, para não passar desapercebido. Larry David é brilhante e a série mantém sua qualidade.

CANÇÕES

Canções. Que não estão nos melhores álbuns escolhidos. Não é uma seleção criteriosamente escolhida pois não tenho como saber que canções saíram em 2005, algumas podem ser mais antigas e outras ficaram esquecidas... E não há ordem de preferência.

01) Ana Carolina & Seu Jorge - É Isso Aí (Ao Vivo)
02) Andrea Corr & Bono - Don't Come Knocking
03) Bird York - In The Deep
04) Chantal Kreviazuk - In My Life
05) Delta Goodrem - Out Of The Blue
06) Jessi Lynn - Someday Soon
07) Juliette & The Licks - Comin' Around
08) Leigh Nash - Father And Son
09) Sheryl Crow - No Depression In Heaven
10) Tracy Chapman - Change
11) Antônio Marcos & Zezé Di Camargo E Luciano - Como Vai Você
12) Devendra Banhart - In Niel
13) James Blunt - You're Beautiful
14) Joe Purdy - Wash Away (Reprise)
15) Foo Fighters - Born On The Bayou
16) Jars Of Clay - Lonely People
17) Keane - Walnut Tree
18) Los Hermanos - Horizonte Distante
19) Nenhum De Nós - Igual A Você
20) Prodigy - Voodoo People (Pendulum Remix)
21) Terminal Guadalupe - Lorena Foi Embora...


posted by RENATO DOHO 3:39 AM
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segunda-feira, janeiro 09, 2006
Action: The Complete Series



Finalmente sai em dvd essa excelente série cancelada ainda em sua primeira temporada. O humor ácido era a melhor coisa e os bastidores de Hollywood eram mostrados de forma hilariante (e de certa forma, real). Acompanhamos a vida de Peter Dragon, produtor de filmes de ação (inspirado em Joel Silver) que precisa de um novo sucesso para se manter no negócio. Para isso planeja o filme Beverly Hills Gun Club e conta com a ajuda de uma ex-estrela mirim que virou prostituta, só que os problemas começam quando o astro dos filmes de ação que protagonizará o filme revela em rede nacional que é gay. Jay Mohr nunca esteve tão bem quanto nesta série. Várias participações especiais nos episódios (Sandra Bullock, Salma Hayek, Keanu Reeves, David Hasselhoff, Scott Wolf, Jules Asner, Tony Hawk, etcs). 13 episódios foram feitos, mas apenas 6 foram exibidos. É uma série que vale ter e ver.


posted by RENATO DOHO 4:39 PM
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domingo, janeiro 08, 2006
Melhores de 2005 (5)



Cinema. Esse ano mais dividido que ano passado, possibilitando que filmes diversos caibam ou sejam citados por aqui. A boa notícia é que ao contrário do ano passado o cinema nacional tem filmes de sobra para um top 10.

RECENTES

que vi este ano e contando com os festivais e mostras (pois senão fica difícil escolher entre os melhores)

01) Eu, Você E Todos Nós (Me And You And Everyone We Know)

Fiquei com receio quando vi na Mostra de elogiá-lo demais devido à sua simplicidade, mas com o tempo mais e mais vejo como é um espécie raro nos dias de hoje ter uma cineasta dessa natureza. Mostra simplicidade com inteligência, com sensibilidade, com bom humor, com uma real procura de comunicação, com um trabalho tocante de interpretações e descobertas de novos rostos, novos olhares para coisas tão banais do nosso cotidiano. Um filme que toca o espectador no que ele tem de mais básico, sua condição, sem precisar para isso recorrer à outros mundos ou mostrar uma realidade tão distante da vivência de quem vê. E isso é extremamente mais difícil do que se imagina, ainda mais sendo criativo e original em diversos momentos. Por isso sua posição na lista.

02) O Aviador (The Aviator)

De uma forma ou de outra muitos dos filmes escolhidos aqui falam de um assunto que muito me interessa e muito me emociona: o cinema. Pois de uma maneira ou outra o que mais extraio deles é o cinema. O ver. O fazer. O refletir sobre. Por isso deve ser muito diferente de alguma outra lista onde o que mais importa são outros assuntos tão diversos (do coração, da existência, da adrenalina, da diversão). Não que todo o resto não me emocione, mas é que a relação entre essas coisas pessoais e o cinema é tão estreita em mim que não sei diferenciar. Às vezes me pego angustiado num romance nas telas e logo a seguir percebo que ao mesmo tempo que aquilo me diz ao coração (algo que vivi ou vivo ou quero viver) é a maneira que foi transmitido isso em forma de filme que me traz as lágrimas, então vem antes o indivíduo ou o cinema? Claro em alguns momentos, obscuro em outros fico procurando uma resposta. E O Aviador, claro, está no meio disso.

03) Menina De Ouro (Million Dollar Baby)

Bom, depois da declaração acima é melhor só apontar pequenas coisas para esclarecer as escolhas. Somente um Eastwood maduro e velho poderia realizar esse filme tão bem quanto o fez.

04) Guerra Dos Mundos (War Of The Worlds)

O olhar em suas mais variadas formas. Spielberg sempre me surpreendendo, revertendo ou sabotando o que um fã dele como eu espera a cada novo filme (o que num primeiro momento é até decepcionante no bom sentido, e com o tempo fui aprendendo isso, desde A Cor Púrpura talvez - ele nunca faz o que eu gostaria que ele fizesse, mas oferece algo diferente para testar minha "amizade").

05) Doze Homens E Outro Segredo (Ocean’s Twelve)

Acho que esse ano não vi melhor brincadeira sobre o fazer cinema do que esse filme. Está tudo lá.

06) Reis E Rainha (Rois Et Reine)

Uma surpresa, uma beleza. E uma narrativa tão inusitada que valorizou ainda mais o talento do diretor.

07) Blood And Bones (Idem)

Uma das grandes interpretações de Kitano e que me trouxe muitas lembranças de algo que não é passado, mas instintivo. É tão familiar aquela violência, aquele jeito que há quase uma identificação sem ser exatamente uma identificação, mas um reconhecimento. Eu sei quem é aquele personagem, e de uma forma estranha o admiro.

08) 2046 (Idem)

E se Kar Wai construisse uma trilogia em cima do personagem de Tony Leung? Ou ele já construiu com Amor À Flor Da Pele e Amores Expressos? E mais uma vez a narrativa se mistura com o cinema, é como se Kar Wai se auto filmasse fazendo seu filme através de Tony e suas mulheres, o que é fascinante, ainda mais que ele vai construindo o filme aos poucos.

09) Marcas Da Violência (A History Of Violence)

Mesmo não sendo grande fã do cinema de Cronenberg (sempre disse que suas entrevistas eram mais interessantes que seus filmes) é aqui em seu formato mais convencional que ele expôs mais do seu cinema (e não é sempre assim? as pessoas não se revelam mais numa brincadeira que numa conversa séria?). Tanto a violência quanto vários outros sentimentos reprimidos (e eu insisto, a homossexualidade interessa ao cineasta) são incorporados muito bem na pele de Viggo Mortensen e todos os outros coadjuvantes, formando um corpo (mais uma vez ele) disforme que provoca erupções aqui e ali mas não explode (ou se libera) totalmente e nem se contém para sempre (e a cena final marca isso, para o bem ou para o mal).

10) Nine Lives (Idem) / Perto Demais (Closer)

Não há semelhança nos filmes para estarem empatados (ou há se eu fizer algum malabarismo intelectual - e isso sempre é possível hehe), mas é que não sabia qual deixar na décima posição. O do Rodrigo Garcia por ser episódico é irregular mas contém tantos momentos ótimos que superam as falhas. E só apartir do segundo episódio que me dei conta que eram todos em planos seqüências. Já o de Mike Nichols é tão forte no que expõe (em palavras, mas também nos rostos, nas imagens) que dá pena não deixá-lo entre os 10.

Quase chegaram lá outros belos filmes também:

A Lula E A Baleia (The Squid And The Whale)
Estrela Solitária (Don’t Come Knocking)
O Inferno (L’Enfer)
Espelho Mágico
Dumplings (Gaudzi)
Factotum (Idem)
O Mundo (Shijie)
A Criança (L’Enfant)

DOCUMENTÁRIOS

são apenas dois, mas que se colocados na lista principal colocariam outros pra fora e assim, separados, conseguem melhor destaque:

01) O Demônio E Daniel Johnston (The Devil And Daniel Johnston)

Já disse o que tinha que falar antes. Excelente.

02) Ingmar Bergman Completo (Bergman Och Filmen / Bergman Och Teatern / Bergman Och Farö)

Talvez muito mais cativante para fãs do cineasta e já que sou um: é ótimo!

ANTIGOS

01) Quatro Aventuras De Reinette E Mirabelle (Quatre Aventures De Reinette Et Mirabelle)

Mais um belo filme de Eric Rohmer.

02) A Carruagem Fantasma (Körkarlen)

Primeiro contato com o cinema de Victor Sjöström. E que contato!

03) Amor, Palavra Prostituta

Um dos melhores filmes de Carlos Reichenbach que vi.

NACIONAIS

que bom ter tantos filmes nacionais para se fazer um top 10 separado!

01) Crime Delicado

Maravilhoso o novo filme de Beto Brant! Não mostrando o que se espera dele, debatendo a arte, revelando uma atriz ótima, linda e especial em sua condição e mais uma vez mostrando que Marcos Ricca é um grande ator.

02) 2 Filhos De Francisco

Quem diria? Eu gostando de um filme de Zezé Di Camargo & Luciano. Mais do que isso é um belo trabalho do Breno Silveira, uma história de vida cinematográfica, não deles, mas do pai e uma emoção verdadeira do interior do país, pouco mostrado. Já revi umas quatro vezes mostrando para parentes aqui e ali e o diabo do filme me faz chorar toda vez, mesmo ficando preparado e "imune". Ah sim, admiro a forma consciente (só pode ser) de tirar todo o aspecto religioso do filme, nem sei se falam Deus ou Jesus no filme!

03) Cidade Baixa

Com recursos mínimos e uma história pra lá de batida o filme é de uma pegada que surpreende. Uma vitalidade que está à flor da pele na atuação, na câmera e na condução. Alice Braga, gratíssima revelação. Final como tinha que ser.

04) Vida De Menina

Boa descoberta deste filme tão anacrônico. O filme nem parece atual, mas realizado na própria época que se passa a história, o que é uma baita qualidade. E o trabalho com a Ludmila Dayer é tão bom que em poucos minutos eu esqueci daquela atriz de novela que estava virando a gostosinha da vez, rebolando e dançando em todo lugar. Estava diante da mais inocente das criaturas!

05) Celeste & Estrela

Gosto do jeito que Betse De Paula faz seus filmes. Irregulares, com situações meio constragedoras e mesmo assim de uma naturalidade (estranho né?) contagiante e uma câmera que passeia sobre as coisas. Dira Paes ajuda ainda mais no entusiasmo. E a história não deixa de ser bem divertida para o pessoal do meio.

06) O Fim E O Princípio

A mudança do fazer nesse novo do Eduardo Coutinho é o que mais instiga. A procura. Depois as narrativas que vão surgindo, muitas sobre a morte, vão aproximando mais e mais a câmera dos rostos dos entrevistados, até chegar num ponto que não vemos os rostos, mas algo a mais naquelas rugas e marcas do tempo, vemos nossa própria mortalidade.

07) Cinema, Aspirinas E Urubus

Gostaria de rever, pois vi com sono, talvez subisse de posição se visto sem sono. Grande começo.

08) Carreiras

É teatral em muitos momentos e isso é um defeito, mas a trajetória da personagem de Priscilla Rozenbaum é alucinada e nos carrega junto. Até que se chega na cena da praia, quase catártica. Um projeto da BOA (Baixo Orçamento Alto-Astral).

09) Gaijin – Ame Me Como Sou

Totalmente parcial e pessoal, eu sei que muita gente deve ter achado um lixo, mas o que fazer se me diz tão pessoalmente? E familiares que viram também se emocionaram.

10) Entreatos

Se antes dos escândalos o documentário revelava mais do que acha que estava mostrando imagine agora.

Ficaram de fora (pois vi em dvd) mas merecem menção:

- Fábio Fabuloso
- Duas Vezes Com Helena
- Bendito Fruto


posted by RENATO DOHO 1:03 AM
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sábado, janeiro 07, 2006
Melhores de 2005 (4)



Quadrinhos. Não marco quando adquiro hqs então não sei se todas foram compradas em 2005, mas eis os melhores que comprei e li este ano:

- O Nome Do Jogo: Will Eisner.
- Fagin – O Judeu: Will Eisner.
- Ex Machina: Brian K. Vaughan.
- The Originals – Sangue Na Rua: Dave Gibbons.
- Felino Selvagem Psicopata Homicida - Volume 2: Bill Watterson.
- O Último Dia No Vietnã – Reminiscências: Will Eisner.
- A Vingança Da Babá - Volume 1: Bill Watterson.
- Spirit 2: Will Eisner.
- Criaturas Da Noite: Neil Gaiman.
- A Metamorfose: Peter Kuper.
- Shazam! – O Poder Da Esperança: Paul Dini.


posted by RENATO DOHO 3:43 PM
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sexta-feira, janeiro 06, 2006
Melhores de 2005 (3)



Cds. Complicado. Baixei mais do que comprei, melhor então dividir? E muito dos comprados são antigos então nem dá um top 10 de álbuns deste ano... Bom, como baixados são mais recentes fica assim: top 10 de álbuns novos no baixados e um top 10 geral do que comprei este ano.

COMPRADOS

01) Have A Nice Day – Bon Jovi
02) Toda Cura Para Todo Mal – Pato Fu
03) 100,000,000 Bon Jovi Fans Can’t Be Wrong
04) American IV – The Man Comes Around – Johnny Cash
05) You Are The Quarry – Morrissey
06) Trouble Every Day – Tindersticks
07) Black Hawk Down – Hans Zimmer
08) Ao Vivo Em Tatuí – Renato Teixeira & Pena Branca e Xavantinho
09) MTV Especial Aborto Elétrico – Capital Inicial
10) Apenas Um Rapaz Latino Americano – Belchior

BAIXADOS

Bandas

01) System Of A Down - Hypnotize
02) Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah
03) Kid Abelha - Pega Vida
04) The Arcade Fire - Funeral
05) Iron & Wine And Calexico - In The Reins
06) Green Day - Bullet In A Bible
07) The Corrs - Home
08) Walk The Line (OST)
09) The Kills - No Wow
10) Ultraje A Rigor - Acústico MTV

Artistas Solo

01) Bruce Springsteen - Devils & Dust
02) Martha Wainwright - Martha Wainwright
03) Adriana Partimpim
04) Rufus Wainwright - Want Two
05) Fiona Apple - Extraordinary Machine
06) Sufjan Stevens - Illinois
07) Yo Yo Ma Plays Ennio Morricone
08) Aimee Mann - The Forgotten Arm
09) Ryan Adams & The Cardinals - Jacksonville City Nights
10) KT Tunstall - Eye To The Telescope


posted by RENATO DOHO 3:22 PM
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quinta-feira, janeiro 05, 2006
Melhores de 2005 (2)



Agora melhores filmes vistos em dvd, vhs, divx ou tv.

CLÁSSICOS

(para separar dos recentes)

- Eraserhead
- Laços Humanos (A Tree Grows In Brooklyn)
- Noites Brancas (Le Notti Bianche)
- A Roda Da Fortuna (The Band Wagon)
- Meu Nome É Ninguém (Il Mio Nome È Messuno)
- Rosa De Esperança (Mrs. Miniver)
- Bande A Part (Idem)
- Inferno No Deserto (Play Dirty)
- A Ilha Do Adeus (Islands In The Stream)
- Um Barco E Nove Destinos (Lifeboat)

RECENTES

- Paixão À Flor Da Pele (Wicker Park)
- Huckabees – A Vida É Uma Comédia (I Heart Huckabees)
- Last Days (Idem)
- Kung Fusão (Kung Fu Hustle)
- Os Gangsters (Gangster No. 1)
- Conflitos Internos (Internal Affairs)
- A Irmandade Da Guerra (Taegukgi)
- O Preço De Uma Verdade (Shattered Glass)
- Um Filme Falado
- O Retorno De Sweetback (Baadasssss!)


posted by RENATO DOHO 9:14 PM
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quarta-feira, janeiro 04, 2006
Melhores de 2005 (1)



Começando pelos livros. Mais uma vez a ficção fica pra trás (quando isso se reverterá?).

Um top 10 de cada categoria:

FICÇÃO

(é tão pouco que nem dá pra fazer um top 5 hehehe eis os únicos que li este ano, que vergonha!)

- Fortaleza Digital (Digital Fortress): Dan Brown
- Sangue Ruim (Muzzlers, Guzzlers And Good Yeggs): Joe Coleman
- 100 Escovadas Antes De Ir Para A Cama (100 Colpi Di Spazzola Prima Di Andare A Dormire): Melissa Panarello

NÃO FICÇÃO

- O Drama Da Criança Bem Dotada (Das Drama Des Begabten Kindes): Alice Miller
- A Verdade Liberta (Evas Erwachen): Alice Miller
- Lynch On Lynch: Chris Rodley
- 31 Canções (31 Songs): Nick Hornby
- Na Toca Dos Leões: Fernando Morais
- Uma Nova História Do Tempo (A Briefer History Of Time): Stephen Hawking & Leonard Mlodinow
- O Elefante E A Pulga (The Elephant And The Flea): Charles Handy
- O Que É Arte: Jorge Coli
- Reações Psicóticas (The Estate Of Lester Bangs): Lester Bangs
- Seinfeld E A Filosofia (Seinfeld And Philosophy): William Irwin


posted by RENATO DOHO 9:00 PM
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