segunda-feira, julho 30, 2007
1918 - 2007
“Film as dream, film as music. No art passes our conscience in the way film does, and goes directly to our feelings, deep down into the dark rooms of our souls.”
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sexta-feira, julho 27, 2007
On The Lot - Episódios 11 e 12
Atrasei um pouco mas alcancei o programa. No episódio 11 o tema foi ação e o jurado convidado foi o Antoine Fuqua. Hilary e Shalini foram as eliminadas da semana anterior fazendo com que só homens permaneçam na competição.
Key Witness (Sam) - tiros, correria e visual "cool" não compensam o inexistente roteiro, ficou vazio.
Zero2Sixty (Andrew) - Andrew sempre tenta botar humor em seus curtas e isso acaba, às vezes, o prejudicando (como na semana de horror), aqui ocorre o mesmo, a idéia do curta parece mais de um comercial, com o vendedor tentando a todo custo empurrar uma venda, mesmo que para um policial no meio de uma perseguição de carros.
The Losers (Kenny) - mais outro péssimo curta dele, numa competição de skate que de tão mal desenvolvida não dá pra entender o final da prova (os vencedores são os que caem na piscina e se dão mal?!), com inserts sem sentido, mudança de fotografia também sem sentido, brincadeirinhas visuais que parecem de videomaker (a mudança de roupa de um personagem, a frase escrita na tela). Como no curta anterior ele tinha tido atritos com o DP ele mesmo assumiu a câmera em algumas tomadas, fora que queria fazer alguns stunts que a equipe não deixou por não ser seguro. O Fuqua foi forte com ele ao dizer que isso só demonstrava que ele não confiava em ninguém e que ao fazer muitas coisas ao mesmo tempo não faria algo bom em nada, e sugeriu que ele passe a saber confiar na equipe, delegar tarefas e se concentre nos atores e roteiro.
Sweet (Jason) - o Jason vai se mostrando um ótimo candidato, e melhor, extremamente pessoal, todos os curtas dele tratam de algo que ele sabe ou acredita. Aqui fez ação sem se sustentar em tiros e violência, mas um filme de herói na situação mais corriqueira possível, um homem que vai comprar flores para a esposa no dia do aniversário, que ele esqueceu. O melhor são os detalhes que se sobressaíram como as aparições da esposa durante o curta, a volta na barrquinha do garoto para a moeda, etcs. E é dedicado pra esposa dele.
Catch (Mateen) - talvez o melhor curta dele na competição, o que não quer dizer maravilhas, mas que melhorou durante o programa. O começo enrola um pouco pra chegar onde importa e a dupla surpresa é até demais pra algo de 3 minutos.
Garry Marshall e Antoine Fuqua escolheram o curta do Jason como o preferido e a Carrie Fischer ficou com o do Andrew.
Dois seriam eliminados e apostava em Kenny e Mateen ou Kenny e Sam, pois Kenny era certeza. Acabou que Kenny foi o primeiro eliminado mesmo e o segundo foi por pouco, numa disputa entre Mateen e Sam. Quer dizer, acertei os 3 piores. Mateen saiu.
Nesta semana os 6 restantes apresentariam comédias românticas com Brad Silberling como jurado convidado. Todos foram bem medianos e quase nenhum se destacou. Seria cansaço criativo? Ou o gênero que pouco muda?
The Bonus Feature (Zach) - ao invés de melhorar Zach anda decepcionando, não que seus curtas tenham ficado ruins, continuam bem legais, mas falta o algo a mais que se destaque. Desta vez ele parece que vestiu a camisa do clichê em cima dele, de ser o cara dos efeitos especiais. Só teve isso no curta, o casal nos mais diversos cenários dentro de um carro. Cheio de homenagens há diversos filmes, como se isso fosse importante. Faltou desenvolvimento de personagens como bem ressaltaram os jurados.
Girl Trouble (Adam) - engraçado, mas com cara de sketch cômico ou piada visual, ao menos há bom trabalho com os atores. Também tem homenagens/paródias.
Keep Off Grass (Andrew) - 2 narrativas que não se cruzam muito bem. Brad disse certo ao apontar uma solução em botar o jardineiro interferir na outra narrativa. A parte da discussão do casal que é de super heróis é até boa, mas a parte do jardineiro é ruim, além de não perceber nada, ele só reage ao final sem ter noção de nada.
Unplugged (Will) - mais um curta quase sem diálogos (quase todos dele têm essa característica que a Carrie Fischer vive alertando para o fato de querer vê-lo mostrar que sabe dirigir algo além disso). É como se aquela lâmpada do logo da Pixar tivesse seu curta romântico. Engraçadinho, mas fica nisso.
American Hoe (Sam) - um casal discute por causa de selos dos convites do casamento próximo. A piada do curta só entendi quando um jurado foi falar sobre isso, pois não tinha notado. Isso se deve ao roteiro mal estruturado e à direção de atores. O mais fraco da seleção.
Old Home Boyz (Jason) - mais uma bela surpresa de Jason já que ele participa como ator no curta e fez algo bem pessoal, como se fosse a visão dele de quando velho indo numa reunião de turma de colégio, num baile dançante e disputando uma antiga paixão dançando hip hop. Dá pra notar que é um curta que ele tem algo a dizer, não poderia ser de outra pessoa, é engraçado e romântico ao mesmo tempo. É o único que tem relevância, que não é de um operário padrão entregando curtas impessoais toda semana.
Brad Silberling escolheu o do Jason como o favorito da noite, Garry Marshall ficou na dúvida entre Will e Andrew e Carrie Fischer escolheu o do Adam.
Uma coisa interessante dos últimos episódios é que os participantes contam com um elenco fixo para trabalhar que se intercambiam entre os curtas. Assim vamos percebendo como a direção influencia no bom ou mal desempenho deles. Alguns deles são caras conhecidas de inúmeros papéis de coadjuvantes em filmes e seriados como Janet Varney, Patrick Kerr e Fred Koehler.
Semana que vem apenas um será eliminado, provavelmente o Sam. Se fosse 2 não teria a menor noção de quem seria o segundo escolhido, fora o Jason, pois todos os outros se igualam. O programa terminará dia 14/08 com 3 participantes. O mais bem votado dessa seleção terá a ator Jerry O'Connell para participar do próximo curta. O jurado convidado será Gary Ross (Seabiscuit) e o tema será automóveis.
P.S. - eu gostaria que um dos temas fosse erotismo e que a apresentadora Adriana Costa tivesse que participar de todos os curtas hehehe
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quinta-feira, julho 26, 2007
The Kill Point
John Leguizamo e Donnie Wahlberg.
Damages
Glenn Close e Rose Byrne.
"FX reinvigorates the legal thriller"
Californication
David Duchovny e Natascha McElhone.
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domingo, julho 22, 2007
The Sopranos (1999 - 2007)
Finalmente cheguei ao final da maior série de tv de todos os tempos. E, sinceramente, não queria chegar ao seu final. Não porque nunca mais iria acompanhar aqueles personagens, mas real medo do que iria acontecer nos últimos episódios, ainda mais que um dos personagens centrais morre de repente com 3 episódios para o final. Fui adiante e David Chase, fdp, deixou todo mundo com os nervos à flor da pele. Aí vem o final e, meu deus, o que é aquele final? Magnífico, totalmente angustiante, não conclusivo, desafiador e corajoso. Por isso que houve tanta controvérsia por causa desse final, eu sabia disso, mas mesmo assim você é pêgo de surpresa com o pensamento "isso não pode ter acabado assim!", até se controlar, repensar, refletir e chegar à conclusão que é um final excepcional. Até o elenco falou sobre o final após a exibição. E teve gente explicando-o. E se vermos como o final se aplica tanto aos personagens quanto aos EUA de hoje fica ainda mais brilhante (o que esse video fala em partes, sem o paralelo com o país, tendo um vídeo resposta para explicar alguns detalhes).
Sobre toda a trajetória da série acho que já disse boa parte em posts antigos. Aqui acrescento que essa sexta temporada em poucos momentos pareceu ser a temporada final. Aliás, Chase fez com que muitas coisas no próprio último episódio não tivessem esse peso já que nunca foi característica da obra fazer com que haja um andamento narrativo que leve à algo, muitas coisas têm sua importância fundamental apenas naquele momento ou naquele episódio, depois outras coisas acontecerão. Exemplo melhor é o famoso russo fugitivo, que fim levou aquele personagem? Por nunca mais tocar em sua história ficou claro que o seriado se movia daquele jeito. Personagens aparecendo, sumindo e reaparecendo até causam uma confusão que uma revisão é necessária.
A própria estrutura de observar o cotidiano de uma família de um mafioso de uma cidade por muitas vezes ignorada ou rebaixada demonstra que o assunto não é sobre a máfia, mas aquele indivíduo chamado Tony Soprano. E tanto ele quanto os outros personagens não têm uma trajetória clara que poderia ser abordada, quais as grandes ambições deles? Eles querem viver em paz (no quanto isso for possível) e só. Nisso os filhos de Tony são perfeitos, eles, tanto quanto os pais, estão perdidos, sem uma direção certa. E é por isso que Tony vai se tratar com uma terapeuta, Carmela entrará em paixões não realizadas, Meadow e A.J. se debaterão sobre uma carreira, Christopher tentará entrar no mundo do cinema, etcs. E nisso eles, como sempre foram, são o retrato mais acurado do país em que vivem. Nos últimos episódios com os constantes paralelos entre o que ocorria, a guerra no Iraque, o terrorismo e a questão israelense/palestina mais ia se formando um quadro dos dias atuais num cenário totalmente distante, aparentemente, desses temas. Era a mistura do lado caipira de New Jersey com a situação do mundo, onde tudo está conectado. E nisso a série é importantíssima no tempo atual. Chase sacrificou, poderia-se dizer, uma certa atemporalidade da série para encarar de frente os problemas atuais e assim deixar uma marca no tempo. O mais fácil seria deixar tudo aquilo no mundo da fantasia televisiva, colocando referências atuais aqui e ali sem que interferissem muito, e assim pensar nas eternas reprises quando uma pessoa pode ver tanto agora quanto daqui há vários anos, sem muita perda ou importância. Não é o caminho que Chase quis, como não é o caminho que a série tomou desde seu início, sendo um reflexo acurado dos EUA ano após ano, e isso pode se perder um pouco para quem for ver tudo de uma vez num futuro próximo sem ter vivenciado cada ano junto com os personagens (a série passou da administração Clinton para Bush e também pelo 9/11 e suas conseqüências).
Sempre disse que Tony Soprano era (junto com Vic Mackey de The Shield) um símbolo ou melhor dizendo, uma figura emblemática do americano contemporâneo nas suas qualidades e defeitos. Quem sabe o Bill Henrickson de Big Love venha a se juntar ao time em breve (potencial para isso o personagem tem). Só que há muito da mãe na série, tanto quanto Tony, Carmela foi uma das grandes forças da história e como a mãe de Tony tem grande importância, além da irmã, da filha, da dra. Melfi e de suas amantes, a série também é um painel da mulher atual, muito mais diversificado e rico do que o universo masculino retratado. O quanto mais nos identificamos com os temores de Carmela durante muitas das temporadas? Era nela que a força parecia residir, ainda mais quando Tony fraquejava, psico e fisicamente.
E em tudo isso os atores merecem grande crédito por tudo alcançado. A galeria é tão grande que nem preciso escrever aqui.
Tudo sob o comando severo e brilhante de David Chase que transformou uma série de tv em obra prima da cultura popular americana.
Um texto legal para ser lido mais para o final (ao menos após a primeira parte da sexta temporada) é o artigo para a Vanity Fair escrito pelo Peter Biskind. E um ótimo vídeo que um fã fez que em 7 minutos resume toda a série (menos os últimos episódios)!
P.S. - Hillary e Bill Clinton refizeram o final da série para a campanha dela.
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sexta-feira, julho 20, 2007
O Solar De Dragonwyck (Dragonwyck)
Filme de estréia de Joseph L. Mankiewicz substituindo Ernst Lubitsch por motivos de saúde. Um drama que vai virando um suspense bem conduzido com algumas falhas de roteiro ao sumir com 2 personagens e não explicar bem porque a moça (Gene Tierney), escolhe o primo sinistro (Vincent Price) quando tinha encontrado alguém com maiores afinidades, o médico. Walter Huston me surpreendeu por não tê-lo reconhecido durante todo o filme (só depois ao conferir os créditos que percebi), ainda mais que a gravação antiga começava do "directed by". Há algo de Rebecca no filme, só que se explora mais o lado do marido do que da falecida.
Transformers (Idem)
Vindo de Michael Bay até que é bom, quase se comparando com Bad Boys (1) que ainda acho o único que presta (A Ilha é mais ou menos e o resto é horrível). Só que não conseguiu aqui com nenhum personagem (virtual ou não) a química que rolou entre Will Smith, Martin Lawrence, Téa Leoni e Theresa Randle. O roteiro é péssimo em tentar combinar seriedade com comicidade colocando cenas ridículas como as na casa do moleque (onde os autobots parecem saídos de Monstros S/A), ou John Turturro ora ridículo ora ameaçador, o ataque na vila em paralelo com o telefonista (e a procura pelo cartão de crédito), ou Optimus Prime explicando a origem do seu povo (e quem não via o desenho só pode dar risada daquilo). E o que é a cena Kill Bill no filme?! Se aquilo fosse num Todo Mundo Em Pânico que usa referências atuais até que dava pra engolir, mas num blockbuster de ação? Ainda mais que o filme referido é de 3 anos atrás! Se fosse referência causada pelos próprios protagonistas (eles citam Matrix e O Virgem De 40 Anos) seria coerente, mas do próprio filme... Eu achei que era cena de Planeta & Casseta. Isso anula a tentativa de dar alguma seriedade nas cenas de batalha ou em qualquer grande perigo, como se não houvesse real ameaça pra todo aquele corre corre (e no final até que não há mesmo, a população some e aquilo parece um grande cenário de prédios para serem demolidos). A trajetória do personagem de Shia LaBeouf não chega a lugar algum (e olha que até seus antepassados entram na jogada), mesmo que tenha potencial para isso (e ser o lado mais Spielberg do filme). E o tal do sacrifício necessário quer nos remeter ao que? À guerra? Ao 9/11? E que o sacrifício venha do povo e não do governo, né? No que se espera é onde há mais problemas, a batalha final. Primeiro que os robôs transformados perdem muito nas cores (ao contrário do desenho) e ficam todos bem parecidos, como ferramentas ambulantes, dificultando saber quem é quem nas lutas, entre o próprio grupo e entre mocinhos e vilões. Por isso só fui saber quem morreu ao final quando alguém diz isso. Fora que a geografia é confusa e a estratégia geral se perde em sons altíssimos e destruição geral, onde os vilões estão e atacam? Como os mocinhos se defendem e contra-atacam? Só sei que é uma barulheira geral que deve agradar muito esses consumidores modernos de home theater (onde avaliam o filme pela quantidade de som e visual de um filme, é sério). Fora os brinquedos gerados. Obviamente não tendo muita noção da confusão geral ficamos mais distanciados, vendo o espetáculo de longe. Tanto que "a máquina" que me fez ficar mais identificado, como se fosse um herói e sua arma, foi um helicóptero militar atirando no escorpião no deserto, aquilo que eram tiros! Pena que foi rápido... Os vilões são meio mal construídos, no começo são aqueles misteriosos do deserto, que não passam muito de lá (só o helicóptero que nem é muito aproveitado depois), depois o carro de polícia sinistro e a agência secreta do governo (o que acho um erro, os outros vilões somem e a caracterização dessa agência em nada causa temor) e depois Megatron que mal aparece já some... Bay é tão genérico que às vezes acho que Independence Day e 60 Segundos são dele, por terem o mesmo estilo e o mesmo elenco. Não sei porque estende cenas desnecessárias para dar seriedade na coisa quando o que importa mesmo é cortado. Exemplo melhor é a que poderia ser a da perseguição de carros, até com trilha rock pra empolgar, só que em poucos segundos ela acaba e Bay ainda continua filmando pessimamente essas cenas (lembrando as cenas de 60 Segundos que nem é dele). O que é aquela analista feita pela Rachael Taylor? Uma Paris Hilton da informática é difícil de acreditar... ao menos a Megan Fox fingindo que sabe de motores de carro a gente deixa passar. Algo positivo? O autobot que se expressa pelo rádio. Quem sabe num Transformers 2 mudem os roteiristas e o diretor?
P.S. - a frase do filme devia ser "Não, não, não!" pois é dita várias vezes pelo protagonista e por mais personagens durante o filme (o soldado sendo um deles). Uma mensagem inconsciente do filme como negação de si mesmo? hehehe
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quinta-feira, julho 19, 2007
Chacun Son Cinéma
Filme comemorativo dos 60 anos do festival de Cannes, exibido este ano. São diversos pequenos curtas (3 minutos cada) de vários cineastas do mundo todo falando sobre cinema, mais precisamente da sala de cinema. Esses filmes com vários curtas dependendo de como são apresentados, podem gerar boas brincadeiras além de proporcionar pequenos bons momentos ou apenas acompanhar trabalhos de diretores favoritos. Como a maioria só assinou ao final de cada curta, foi interessante tentar adivinhar aqui quem era o diretor. Acho que apenas dois estragam ao botar o nome no início. Boa parte é reconhecível de imediato, alguns não dá pra ter idéia e alguns surpreendem. Como são só 3 minutos nem dá pra avaliar bem, alguns são esquecidos tão logo acabam, outros parecem piadas filmadas, alguns são bons mas fica nisso e outros fica-se pensando no que exatamente o diretor quis dizer (se é que quis). Há visões pessimistas, otimistas, saudosistas, cômicas, emocionais...
Pela ordem:
Open-Air Cinema - Raymond Depardon (interessante, mas pouco conheço de seu cinema)
One Fine Day - Takeshi Kitano (Kitano atua então é óbvio que é dele)
Three Minutes - Theo Angelopoulos (um reencontro de figuras lendárias através do cinema)
In The Dark - Andrei Konchalovsky (apesar das intenções não me pegou)
Diary Of A Spectator – Nanni Moretti (ótimo, é o próprio Nanni que narra fatos diversos de sua experiência numa sala de cinema, principalmente com relação ao cinema comercial, dos pés da Michelle Pfeiffer ao aplauso em Rocky Balboa)
The Electric Princess House - Hou Hsiao-Hsien (algo de pessimismo no confronto de passado com presente de uma sala de cinema)
Darkness - Jean-Pierre & Luc Dardenne (a câmera próxima se movimentando pela sala denuncia a autoria)
Anna - Alejandro González Iñárritu (não me pareceu algo típico dele, o que é bom)
Movie Night - Zhang Yimou (singelo curta com crianças)
The Dybbuk Of Haifa - Amos Gitai (sala de cinema como palco político ficou de mau gosto)
The Lady Bug - Jane Campion (péssimo)
Artaud Double Bill – Atom Egoyan (a modernidade vista mais de forma curiosa do que crítica)
The Foundary - Aki Kaurismäki (a cara de seu realizador)
Upsurge – Olivier Assayas (parecido com o dos Dardenne, mas falho)
47 Years Later - Youssef Chahine (meio auto congratulatório com o próprio aparecendo no final)
It's A Dream - Tsai Ming-Ling (não tem como errar que é dele, porém falta algo)
Occupations - Lars Von Trier (o próprio atua e apesar de cômico e inesperado revela um egocentrismo enorme)
The Gift - Raul Ruiz (sinceramente nem tentei entender...)
The Cinema Around The Corner - Claude Lelouch (saudosista dos momentos dos pais no cinema)
First Kiss - Gus Van Sant (a escolha do jovem é típica do Van Sant e o final é previsível)
Cinema Erotique - Roman Polanski (piada filmada)
No Translation Needed - Michael Cimino (após tanto tempo longe há mais curiosidade em ver o que Cimino fez do que qualquer outra coisa; não sei se o próprio que se interpreta ou é o ator Yves Courbet, pois Cimino mudou tanto... e fica no curta ora parecendo Samuel Fuller ora Jean Luc Godard, e uma banda cubana toca na frente da tela... a montagem é a mais dinâmica dentre os curtas)
At The Suicide Of The Last Jew In The World In The Last Cinema In The World - David Cronenberg (Cronenberg atua sozinho fazendo algo que me aflige um pouco, apontando uma arma para si mesmo enquanto uma dupla de repórteres narra o que ocorre durante a transmissão)
I Travelled 9000 Km To Give It To You – Wong Kar Wai (além de ótimo é reconhecido na hora)
Where Is My Romeo? – Abbas Kiarostami (um belo curta do Kiarostami, também reconhecível)
The Last Dating Show - Billie August (bem mais ou menos)
Irtebak – Elia Suleiman (não conhecia o Suleiman então não sabia que era ele que estava atuando, o curta é quase mudo, meio Buster Keaton, meio Mr. Bean)
Sole Meeting – Manoel De Oliveira (um encontro com o Papa em formato de cinema mudo, sem graça)
5.557 Miles From Cannes - Walter Salles (incrível, mas é o melhor curta, o que isso revela eu não sei, mas é ótimo, com Castanha & Caju fazendo repentes em frente de um cinema, só não sei se só funciona conosco, se há perda na tradução com o público estrangeiro não entendendo o que eles cantam)
War In Peace – Wim Wenders (Black Hawk Down exibido numa tv para africanos em recente estado de paz)
Zhanxiou Village - Chen Kaige (mediano, mostrando crianças e Chaplin)
Happy Ending - Ken Loach (eu até que gostei do filho escolhendo o que vai ver com o pai no cinema e não gostando de nada e optando por jogar futebol com ele, nada melhor que isso pra encerrar um filme sobre cinema)
Há um curta dos irmãos Coen que não está na seleção, mas passou em Cannes. E do David Lynch, Absurda, só chegou depois. Parece que há um segundo curta do Walter Salles também que não está nessa seleção. Possivelmente estarão numa edição especial em dvd. Alguns curtas podem ser achados no youtube. Se não passar aqui em breve vai ter a mesma procura de Paris, Eu Te Amo nas mostras Rio e SP ano passado. Outros cineastas poderiam ter participado, alguns aí de cima aparecem toda hora em qualquer filme de curtas!
Cronenberg, Iñarritu, Cimino, Assayas e Ming-Ling em Cannes na apresentação do filme.
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quarta-feira, julho 18, 2007
Sortimento
Editors - An End Has A Start
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Almas Em Fúria (The Furies)
Grande filme de Anthony Mann, um de seus primeiros westerns, extremamente psicológico com uma trama operística onde pai (Walter Huston) e filha (Barbara Stanwyck) se amam e odeiam e rumam em direção à tragédia. Os intérpretes estão magníficos e os planos em silhueta são memoráveis, dando esse ar de hiper-dramaticidade necessária para a história. Nisso a trilha de Franz Waxman só reforça o aspecto bigger than life que aquela fazenda e aqueles personagens assumem. O roteiro, com diálogos e ações fortes, consegue ser muito mais ousado do que qualquer filme atual, o que só depõe contra os filmes de hoje.
Directed By John Ford
Atualização do famoso documentário que Peter Bogdanovich realizou no início de sua carreira. Há uma mistura entre o filme original, com entrevistas com John Wayne, Henry Ford, James Stewart e o próprio John Ford e narração de Orson Welles, com entrevistas atuais com Martin Scorsese, Steven Spielberg, Walter Hill e Clint Eastwood. Engraçado comparar as entrevistas e ver como antes havia uma preocupação em movimentar a câmera, fazendo recuos, mostrando Bogdanovich no quadro e tal e hoje em dia apenas cabeças falantes em quadros fixos. O bom mesmo é além de tudo rever as cenas dos filmes de Ford e ficar maravilhado. Emocionante é a parte em áudio com John Ford no final de sua vida num encontro com Katharine Hepburn. Se como cineasta ele foi o maior dos maiores como pessoa foi uma figura fascinante e misteriosa que daria dezenas de filmes e livros. Obrigatório. Agradeço ao amigão Ailton que me mandou o documentário.
Pecados Íntimos (Little Children)
Estranho que o tão malhado filme venha a ser muito bem construído e realizado. O diretor com grande domínio da imagem (e algumas influências de Kubrick), os atores bem escolhidos (principalmente Patrick Wilson, Kate Winslet e Jackie Earle Haley) e uma trama que soa menos trágica do que aparenta (pelo trailer, pelo som inicial, pela Madame Bovary citada), o que parece ser algo que o realizador espera do espectador, para que ele possa jogá-lo em outra direção, apostando no que o espectador, em seus preconceitos, ache que vai acontecer (a cena perto do final no parquinho é o ápice desse jogo). A narração só falha quando em algumas horas diz muito o que se pode ver e perceber pelo visual, mas acerta bastante pelo tom de documentário de vida animal e comportamental dando um aspecto irônico no geral. A cena do pedófilo no carro é desnecessária e quase lança o filme em outro rumo (ruim). O discutido final me parece o mais adequado, tanto por não apostar na fuga boba do casal que reforçaria o título original (little children) quanto a não valorização do cônjuge (é mais importante os filhos do que os parceiros), fazendo com que os protagonistas cresçam (reconheçam erros, esqueçam fantasias adolescentes), definam prioridades (os filhos, o outro) e com isso criem uma identidade (seja o ex-policial perdido ou os pais meio inconsequentes) e tenham o futuro para enfrentar com menos bobeiras infantis. Nisso o final é maduro e não conservador (ele propõe mudanças) ou moralista (ele estabelece ética) como muitos apontam, ele deixa a porta aberta, como o próprio narrador diz: "You couldn't change the past. But the future could be a different story. And it had to start somewhere."
Candidato Aloprado (Man Of The Year)
Barry Levinson voltando aos tempos de Mera Coincidência fazendo uma comédia com fundo político. Robin Williams tolerável, o que é algo positivo diante de seus últimos trabalhos, e Laura Linney sempre ótima. Com algo de humor e algo de thriller a trama chega a ser ambígua demais em seus propósitos colocando uma fraude eleitoral para o candidato mais honesto e carismático, passando a imagem de "deixe a política com os políticos" que soa estranha.
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terça-feira, julho 17, 2007
Pato Fu - Daqui Pro Futuro
Ótimo novo disco da banda!
01. 30.000 Pés 02. Mamã Papá 03. Espero 04. Cities In Dust 05. Tudo Vai Ficar Bem (participação especial: Andrea Echeverri) 06. A Hora Da Estrela 07. Woo! 08. A Verdade Sobre O Tempo 09. Quem Não Sou 10. Vagalume 11. Nada Original 12. 1000 Guilhotinas
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domingo, julho 15, 2007
On The Lot - Episódio 10
Essa semana os participantes teriam que fazer curtas baseados na seguinte idéia: "Quando Dois Mundos Colidem". O jurado convidado foi o diretor Luke Greenfield (Show De Vizinha). Quem saiu foi a Shira-Lee por ter o menor número de votos do episódio passado.
Time Upon A Once (Zach) - mais uma idéia boa de Zach e conduzido com a habilidade de sempre na história de novos vizinhos que fazem tudo ao contrário, para espanto da vizinha da frente que vê tudo isso acontecendo. Simples e ainda por cima consegue falar da diversidade e da tolerância. A única coisa que faltou foi um final com mais força.
The Legend Of Donkey-Tail Willie (Hilary) - surpresa que a Hilary tenha feito algo que ao menos não é ruim, o curta até que é bem simpático, um western romântico, mostrado e contado como se fosse uma fábula. Boas sacadas e bons intérpretes.
Spaghetti (Will) - pisada de bola do Will que até tentou homenagear os westerns spaghettis pelo cenário, pelos ângulos, música e interpretação do caubói, mas a idéia é besta demais: casal moderno se perde numa cidadezinha do velho oeste (ou num set de filmagem) e o cara encontra um caubói que o desafia, em vez da arma o cara saca seu celular derrubando o caubói, ele volta pro carro e parte dali... enfim, deu pra ver que é básico demais, sem desenvolvimento de nada, quase uma piada filmada.
First Sight (Shalini) - horroroso! e olha que ela tinha mostrado talento nos outros curtas... um conto moral que parece vídeo institucional de aula motivacional ou religioso; os efeitos são bem ruins, a interpretação é péssima e a idéia é ridícula com uns óculos especiais que fazem uma patricinha ver o verdadeiro ser das pessoas, fazendo com que ela pare de ser consumista e vire generosa. A Carrie Fischer foi bem dura na avaliação.
Worldly Possessions (Adam) - Adam dando uma de Zach colocando vários efeitos no curta; ficou engraçado e com um final legal, mas há um amadorismo dos atores e de algumas situações, mesmo assim não atrapalham no geral.
Dois dos curtas menos votados serão os eliminados do próximo episódio. Shalini é certa que estará entre os eliminados. Acho que Zach e Adam estarão salvos. A dúvida é se Hilary e Will serão votados pelos curtas que fizeram ou pelo que vinham fazendo. Se for só pelo curta apresentado a Hilary se salva, se for pelo histórico o Will se salva. O Luke como jurado foi nulo. Os próximos curtas serão de ação e o jurado convidado será Antoine Fuqua. Há um texto legal sobre o que o programa poderia ter sido, mas não foi em que concordo com vários pontos. O formato acabou ficando errado, virando um festival de curtas quando o que se esperaria era o processo de feitura deles, e os participantes interagindo, tendo conflitos e tudo o mais. Como está, eles ficam por conta própria, fazem seus curtas, exibem e esperam a votação do público. Por isso que os primeiros episódios foram bem melhores por ter tarefas em conjunto, mostrar mais como cada participante agia, focar nos bastidores da realização e não no resultado final. Mas agora é tarde, duvido que mudarão alguma coisa significativa.
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sexta-feira, julho 13, 2007
Correndo Com Tesouras (Running With Scissors)
Eis um filme que desafia um pouco a lógica da apreciação pessoal. Esclareço: é o primeiro filme de Ryan Murphy, o homem por detrás do seriado Nip/Tuck, que eu não gosto. O tom do filme que fala de uma família disfuncional lembra outros filmes que não gosto como Beleza Americana e Os Excêntricos Tenenbaums reforçado por ter Annette Benning e Gwyneth Paltrow em papéis muito parecidos com os papéis que interpretaram nos respectivos filmes. Joseph Fiennes participa do filme e eu não o suporto. E mesmo assim acabei gostando bastante do filme... E Fiennes não está ruim! Mais curioso ainda é ver que houve reações extremadas entre os que gostaram e os que odiaram (na crítica americana, por exemplo, você pode ler Jonathan Rosenbaum desprezando o filme e Andrew Sarris adorando) e ainda por cima, lendo as reações negativas identifico tudo o que não gosto de Nip/Tuck sendo ditas deste filme. Então por que diabos gostei? Não sei, e talvez esse seja o charme do filme. Muito se deve aos atores, isso fica claro, pois sem Brian Cox, Annette Benning, Gwyneth Paltrow, Evan Rachel Wood, Alec Baldwin, Jill Clayburgh e o novato Joseph Cross dando humanidade aos seus personagens, os deixando menos caricatos do que estão escritos, o filme poderia tomar um outro rumo. E o que é o filme? As memórias (reais) de Augusten Burroughs que teve uma criação bem diferente da normal. Sendo filho de pai omisso e ausente e mãe dominadora e histérica o fato dele ser gay não espanta (ou psicopata, não que uma coisa tenha a ver com a outra, mas ambos têm esse background em sua maioria). Ele passa a viver com a família do terapeuta da mãe que é bem excêntrica (como não seria sendo uma família de um terapeuta? hehe). Como são memórias não há um rumo definido, mas uma série de acontecimentos. A procura do protagonista por uma identidade e um senso mais verdadeiro de realidade é que nortearão seu caminho. Um dos relacionamentos mais bonitos do filme é o de Augusten com a esposa do doutor, proporcionando ao menos 3 boas cenas emocionais. Talvez esteja ali algo que tenha que cativado. Há também uma maturidade no olhar do protagonista que acaba sendo a pessoa mais "sã" ou racional dali, fazendo com que ao menos haja uma identificação, por menos que seja, no meio daquela bela loucura. Se bem que o pai de Augusten que Alec Baldwin faz também tem esse lado, só que é pouco explorado, mas deve ser dele esse lado que floresce no filho. Murphy como diretor não esquece do visual seja na composição dos planos ou no cenário. E se já tinha essa suspeita pelo seriado, ao vê-lo no making of e em algumas de suas características como diretor, fica óbvio que há uma identificação total entre ele e o protagonista, ambos gays. O autor aparece no finalzinho do filme e também no making of, dando mais informações de sua vida. Quem leu o livro diz que há vários lances que foram atenuados no filme, o que é uma pena quando sabemos quais são, pois poderia ter tido mais coragem na abordagem já que o filme, com essa trama, não é exatamente para todo mundo. E explicaria muito mais a formação do personagem e algumas de suas decisões, principalmente o relacionamento dele com Neil Bookman (um filho meio adotado pelo doutor), e o que ocorreu entre o doutor e a mãe de Augusten. Gostei das espetadas na psicoterapia e naquela noção de "nasci para ser artista" que a mãe tem (que é muito mais aquele sentimento americano de "quero ser importante/famoso). E aquela vida só levaria alguém a ser escritor mesmo, ao menos de um livro de memórias, se isso dá fôlego para mais literatura não sei. Enfim, um ótimo filme, ou não.
P.S. - Evan Rachel Wood ótima em suas escolhas diferentes, se destacando das atrizes de sua geração, e isso também se revela em sua vida pessoal ao namorar o Marilyn Manson... aí não precisava tanto né Evan, hehe mas fazer o quê.
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quinta-feira, julho 12, 2007
1.18.08
Teaser do projeto secreto de J.J. Abrams que estréia só em 2008. Pra mim tem cara de ter algo com Lost, aquele som do teaser é bem familiar...
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P.S. - após indicação do Marcos e do Marlonn não tive como recusar uma corrente literária através dos blogs mesmo que não vá muito com a cara de correntes. São 5 dicas literárias que, pelo que entendi, tanto podem ser os melhores já lidos ou algo recente lido e que possa ser recomendado. Resolvi indicar coisas mais recentes:
- Entre Aspas – Diálogos Contemporâneos, de Fernando Eichenberg: ótima coletânea de entrevistas com muitas personalidades interessantes e um jornalista que sabe do que fala e assim faz perguntas pertinentes nas mais diversas áreas. A seleção de entrevistas vai de Jean Luc Godard à Jean Baudrillard passando por Eric Rohmer, Paul Virilio, Isabelle Huppert, Philippe Starck, entre outros. O melhor não são só os conhecidos, mas se encantar com desconhecidos entre pensadores, escritores, economistas, etcs.
- Breve História De Quase Tudo, de Bill Bryson: não deixo de recomendar esse livro que é excelente e aborda quase tudo no que se refere ao nosso planeta. Sem ser chato e técnico demais Bryson vai em busca do conhecimento com a mesma curiosidade do leitor e o envolve em ritmo de reportagem. Os assuntos são tão diversos e são encadeados tão bem que não dá pra englobar aqui exatamente tudo o que ele trata. É quase tudo mesmo.
- A Morte De Ivan Ilitch, de Lev Tolstói: esse é um clássico que nem precisa ser indicado, mas fica aí a indicação de qualquer jeito. O engraçado é que só fui realmente pegar o livro pra ler depois que o Alain De Botton simplesmente contou toda a história e comentou o livro num dos trechos de seu livro Desejo De Status. Se não fosse esse incentivo a leitura dele seria bem mais tarde.
- Art & Fear, de David Bayles & Ted Orland: indicado pelo Robert Rodriguez eis um livro muito bom sobre o ato de criação. Os dois autores/artistas destrincham todos os aspectos da arte não em sua forma mais conceitual e abstrata, mas nos questionamentos e caminhos de um artista na prática. Feitura, auto-questionamentos, recepção, mundo real/mundo acadêmico, técnicas, etcs. Não há como não haver identificação nos assuntos que eles tratam. Depois um dos autores, Ted Orland, lançou o livro The View From The Studio Door que seria uma continuação abordando temas como a arte após a graduação, o sentido da arte, a comunidade artística, o papel do artista na sociedade, onde sua arte se encaixa, etcs. E tudo de forma simples, como num bate papo ou uma aula mais informal.
- Auto-Engano, de Eduardo Giannetti: não é tão recente assim, li faz tempo, mas como ele atualmente é encontrado barato na coleção Companhia De Bolso vale a dica. Giannetti escreve de forma cativante sobre um assunto extremamente fascinante e importante que é a necessidade humana de se auto-iludir nas mais diversas circunstâncias e atividades. Desde o aspecto biológico até o lado amoroso, social, profissional e existencial. Quais os lados positivos e negativos dessa auto-ilusão? Como isso afeta a vida privada e a social? E a ética? E a morte? O autor tem outros ótimos livros como Felicidade, O Mercado Das Crenças, As Partes & O Todo e O Valor Do Amanhã.
Eu não queria passar a corrente, mas aí eu seria o chato que acabou com tudo hehehe Não sei quem já foi indicado ou não mas passo a bola para a Cris Miura, o André ZP, o Renato Thibes, o Bruno Andrade e o Bruno Amato.
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quarta-feira, julho 11, 2007
O Túmulo Dos Vagalumes (Hotaru No Haka)
Ótima animação japonesa sobre a guerra e um casal de irmãos. A garotinha nos conquista e isso faz com que a tristeza seja maior ao final. Uma canção infantil que os garotos cantam no filme é uma muito conhecida de minha infância! Por isso, talvez, me senti tão familiarizado com tudo que ocorre no filme.
Treze Homens E Um Novo Segredo (Ocean’s Thirteen)
Boa continuação mesmo que eu ainda prefire o segundo filme (acho que o primeiro é fraco mesmo). O plano se realiza tão facilmente que as habilidades do grupo não são postas realmente em prática.
Aurora Boreal (Aurora Borealis)
Boa surpresa esse belo pequeno filme. Do nada acabei me pegando emocionado em alguns momentos sem que o filme force a situação. Joshua Jackson é um jovem ainda perdido entre empregos temporários, Donald Sutherland é seu avô que começa a apresentar sinais de mal de Alzheimer e Juliette Lewis uma jovem aventureira que apresenta a mudança. Lewis ultimamente apresenta uma calma e simpatia que antes não eram comuns. O filme levou alguns prêmios em festivais, principalmente pelo elenco.
As Cinco Pessoas Que Você Encontra No Céu (The Five People You Meet In Heaven)
Adaptação do famoso livro de Mitch Albom que nem sabia que tinha sido realizada. Ele mesmo roteirizou o filme. De Albom li outro livro dele que também virou filme (com Jack Lemmon), A Última Grande Lição. Jon Voight é um velho senhor que faz a manutenção de brinquedos num parque de diversões que morre e no céu encontra 5 pessoas que vão lhe fazer entender o sentido de sua vida. O filme não esconde o fato de ser um telefilme, com fades indicando pausa para comerciais e uma estrutura em atos com ganchos na passagem de um para o outro. Ellen Burstyn, Jeff Daniels e Michael Imperioli são algumas das pessoas que ele vai encontrar no céu. Destaque para a bela Dagmara Dominczyk que faz a falecida esposa do protagonista. Um típico filme de boas intenções e boas interpretações que serve para a família ver toda reunida ou que um passe para o outro ver.
Uma Espécie Em Extinção (Where The Buffalo Roam)
Bill Murray fazendo Hunter S. Thompson é algo que não tinha conhecimento e essa é a maior surpresa do filme. E ele está melhor do que Johnny Depp. As desventuras de Thompson com seu advogado não seguem uma narrativa única, são mais pequenos casos, como se fossem relatos de várias reportagens. Apesar da direação careta de Art Linson (famoso produtor que dirigiu apenas 2 filmes) a anarquia ocorre com os atores e as situações. Trilha sonora de Neil Young.
A Volta Dos Bravos (Home Of The Brave)
A difícil volta ao lar de soldados da recente guerra no Iraque. Mesmo que seja um tema batido e tenha situações clichês o filme trabalha bem a questão da raiva descontrolada desses veteranos. Poderia ser uma série para que víssemos mais a fundo essa re-adaptação de cada personagem, no filme etapas são queimadas. Deve ser o primeiro papel realmente dramático da Jessica Biel fazendo uma militar mãe solteira com a mão amputada.
Material Girls (Idem)
Primeiro filme com as irmãs Duff, Hilary e Haylie, num projeto que era para ser das irmãs Olsen. Não sei de quem é a culpa, mas o filme é extremamente fraco mesmo que Hilary seja uma graça. Acho que a direção da Martha Coolidge é inadequada, o roteiro é ruim e a montagem péssima. Muitas vezes as cenas soam amadoras, faltando algum close, uma piada melhor ou um ritmo mais movimentado. E como é tão comum esse tipo de filme que é quase automático que se faça o mínimo para ser decente surpreende mais ainda como o filme não alcança nem isso.
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